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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS


CASOS MOTIVADORES II

THIAGO RODRIGO ROCHA SENA DOS SANTOS

SÍNTESE DE ARTIGO: OBESIDADE VERSUS OSTEOARTRITE: MUITO ALÉM


DA SOBRECARGA MECÂNICA

BELÉM
2017
THIAGO RODRIGO ROCHA SENA DOS SANTOS
201609740071
CD/2016

SÍNTESE DE ARTIGO: OBESIDADE VERSUS OSTEOARTRITE: MUITO ALÉM


DA SOBRECARGA MECÂNICA

Síntese escrita como


requisito para obtenção de
conceito no eixo de Casos
Motivadores II. Prof.Dr.
Moisés Hamoy

BELÉM
2017
1. Introdução
A obesidade já assume características epidêmicas segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS). Trata-se do maior fator de risco associado a diversas
doenças, entre elas está a osteoartrite (OA), uma doença reumática
osteometabólica, caracterizada pela degradação da cartilagem articular.
A influência da obesidade na OA está além da sobrecarga nas articulações,
como as do joelho e quadris, mas também em articulações que não são
responsáveis por suporte de peso, como as articulações da mão e
temporomandibulares (ATMs). Esse é um estudo de revisão que busca agrupar os
estudos mais recentes sobre a relação supracitada.
2. Fisiopatologia da obesidade e osteoartrite
A partir da hipertrofia do tecido adiposo na obesidade, ocorre a liberação de várias
substâncias como IL-6, leptina TNA que com um alto nível são capazes de iniciar
um processo inflamatório de baixo grau. Outro fator responsável pelo
desencadeamento da resposta inflamatória de baixo grau é o consumo exagerado de
alimentos ricos em gordura saturada, como leite, carnes e queijo.
Assim, a gênese da AO estaria no processo inflamatório iniciado na cartilagem
articular, como consequência de componentes inflamatórios circulantes em obesos,
principalmente IL-1 e TNF-.
3. Relação entre obesidade e osteoartrite
Diversos estudos concluíram uma relação entre obesidade e o status inflamatório
sistêmico, que, por sua vez, proporciona aos condrócitos articulares aumento na
expressão das MMPs e agrecanases, com consequente redução na expressão de
colágeno e proteoglicanos. Dessa maneira, ocorre desequilíbrio homeostático da
cartilagem, favorecendo o início da inflamação osteoartrítica. Assim, a composição da
dieta, rica em gordura, independentemente do aumento de peso e consequente
sobrecarga mecânica nas articulações, predispõe ao surgimento da OA.
4. Pespectivas de tratamentos: exercício e dieta
A AO não possui ainda pespectiva de cura O tratamento tem se baseado no
controle da dor, na disfunção e no controle da velocidade do processo de destruição
da cartilagem, feito principalmente pela administração de medicamentos e também
pela controversa prática de exercício. Já o excesso de peso pode ser controlado e até
revertido com a melhoria de hábitos alimentares e com a inclusão da prática de
atividade física na rotina diária, o qual promove ação protetora contra a AO, desde
que iniciado antes do início das lesões. É recomendado também a ingestão de ácidos
graxos insaturados, os quais possuem potente efeitos anti-inflamatórios, ao
reverterem a adiposidade corporal e a inflamação hipotalâmica induzida por dieta
hiperlipídica.

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