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Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

Curso de Pós-Graduação em Ciências Sociais – EEFLCH


Programa do Curso e Cronograma das Aulas – Primeiro Semestre de 2018

TEMAS CLÁSSICOS DE CIÊNCIAS SOCIAIS


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Professores responsáveis:
Alessandra El Far – alessandraelfar@gmail.com
José Lindomar Coelho de Albuquerque -joselindomar74@gmail.com
Maria Fernanda Lombardi Fernandes – felombardi@uol.com.br

Horário: 4ª feira, das 9h30 às 13h3

Objetivo:
A disciplina intitulada Temas Clássicos das Ciências Sociais pretende oferecer
aos alunos de pós-graduação a oportunidade de retomar e aprofundar temas e
conceitos considerados fundamentais na consolidação da produção de saberes
nas áreas da Sociologia, da Antropologia e da Ciência Política. A presença desta
unidade curricular e o seu caráter de obrigatoriedade visam suprir uma
necessidade específica: incentivar o alunado a ter cuidado e rigor na utilização
de temas e noções dessas áreas, dado que o caráter científico da pesquisa nas
Ciências Sociais tem por base as conexões conceituais entre problemas que são
construídos no âmbito da investigação.

Metodologia:
Aulas expositivas e discussão coletiva de textos. Eventuais exposições
individuais acerca de textos lidos no curso (seminários) poderão ser realizadas.

Avaliação:
Trabalho individual – tema e formato a serem definidos com os professores.

Conteúdo programático:
O curso será dividido em três eixos principais, cada um com quatro aulas,
abordando questões fundamentais das disciplinas Antropologia, Sociologia e
Ciência Política, a saber:
1. Capitalismo, modernidade e a relação indivíduo-sociedade em diferentes
abordagens sociológicas;
2. Poder, representação, direitos e conflito: questões de teoria e história
política;
3. Alteridade, desafios do trabalho de campo e uma visão subjetiva da cultura

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Cronograma das aulas:

Aula 1: apresentação

PARTE I: CAPITALISMO, MODERNIDADE E A RELAÇÃO INDIVÍDUO-SOCIEDADE


EM DIFERENTES ABORDAGENS SOCIOLÓGICAS.

Aula 2: Capitalismo e colonialismo


QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In:
LANDER. A colonialidade do saber: eurocentrismo e Ciências Sociais.
Perspectivas latinoamericanas, Buenos Aires: CLACSO, 2005.
MARX, Karl. Assim chamada acumulação primitiva. O Capital: crítica a
economia política. São Paulo; Nova Cultural, 1988, p. 251-294.
Complementar:
PRADO JR, Caio. Sentido da colonização. Formação do Brasil Contemporâneo.
São Paulo: Brasiliense; Publifolha, 2000, p. 7-21.

Aula 3: Evolucionismo e imperialismo


CONNELL, Raewyn. O Império e a criação de uma Ciência Social.
Contemporânea, v. 2, n. 2 p. 309-336 Jul.–Dez. 2012
__________ A iminente revolução na teoria social. Revista Brasileira de
Ciências Sociais. Vol.27 no.80. São Paulo, out. 2012.
DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. E Ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1999, p. 39-109 (capítulos II e III).
Complementar:
GUERREIRO RAMOS. Alberto. Cartilha brasileira do aprendiz de sociólogo.
Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: editora da UFRJ,
1995, p. 103-162.

Aula 4: Indivíduo e sociedade


MARTUCELLI, Danilo. Los metarrelatos del indivíduo. Existen indivíduos
enelsur?. Santiago: LOM Ediciones, 2010, p. 13-70.
SIMMEL, Georg. O nível social e o nível individual. Questões fundamentais de
sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006, p. 39-59.
Complementar:
DAMATTA, Roberto. Sabe com quem está falando? Um ensaio sobre a distinção
entre indivíduo e pessoa no Brasil. Carnavais, malandros e heróis: para
uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1997, p. 187-
259.

Aula 5: Singularidade e universalidade da modernidade ocidental


WALLENSTEIN, Immanuel. O universalismo europeu: a retórica do poder. São
Paulo: Boitempo, 2007, p. 25-61.
EISENTADT, Shmuel. Modernidades múltiplas. Sociologia, problemas e práticas,
n.º 35, 2001, pp. 139-163.

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WEBER, Max. Introdução. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São
Paulo:Pioneira, 1996, p. 1-15.
Complementar:
TAVORALO, Sérgio. Existe uma modernidade brasileira? Reflexões em torno de
um dilema sociológico brasileiro. RBCS , Vol. 20 nº. 59 outubro/2005.

PARTE II: PODER, REPRESENTAÇÃO, DIREITOS E CONFLITO: QUESTÕES DE


TEORIA E HISTÓRIA POLÍTICA

Aula 6: Estado e nação


ANDERSON, Benedict (2008). Comunidades Imaginadas. São Paulo: Cia das
Letras – principalmente cap. 3 “Pioneiros crioulos” (pp. 84-106).
TILLY, Charles. (1996). “As cidades e os Estados europeus”. In: Coerção, capital
e Estados europeus. São Paulo: Edusp.
Complementar:
HOBSBAWN, Eric. (1990). Nações e Nacionalismo desde 1789: programa, mito
e realidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra. – principalmente cap. 1 “A
nação como novidade: da revolução ao liberalismo” (pp. 27-61)

Aula 7:Representação e governo representativo


MANIN, Bernard. (2006). Los princípios del gobierno representativo. Madrid:
Alianza Editorial. (capítulos 5 e 6)
MADISON, James; HAMILTON, Alexander e JAY, John. O Federalista. Artigo 10
(Madison). Várias edições.

Aula 8: Cidadania e Direitos


ARENDT, Hannah. (1990). Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia das Letras.
BOBBIO, Norberto. (2004). A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Elsevier.
Complementar:
LIMA JR., Jayme B. (2001). Los derechos humanos económicos, sociales y
culturales. La Paz: Plural Editores.

Aula 9: Cultura, civilização e conflito


HUNTINGTON, Samuel P. O choque de civilizações. São Paulo: Ed. Objetiva,
1997.
SAID, Edward. “O choque da ignorância” in: SAID, Edward. Cultura e política.
SãoPaulo, Boitempo Editorial, pp. 42-47, 2003b. (originalmente
publicado em The Nation (NY), em 04/10/2001
SAID, Edward. “Prefácio da edição de 2003” in: Orientalismo: o Oriente como
invenção do Ocidente. São Paulo, Cia das
Letras, 2007.

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PARTE III: A QUESTÃO DA ALTERIDADE, OS DESAFIOS DO TRABALHO DE CAMPO
E UMA VISÃO SUBJETIVA DA CULTURA

Aula 10: Alteridade e o trabalho de campo como condição de conhecimento


LEVI-STRAUSS, Claude. “Jean-Jacques Rousseau, fundador das ciências do
homem”, Antropologia Estrutural II. São Paulo, Cosac Naify, 2013.
MALINOWSKI, Bronislaw. Tema, método e objetivo de pesquisa. Argonautas do
pacífico ocidental. [Coleção “Os pensadores”], São Paulo, Editora Abril,
1998.
Complementar
GEERTZ, Clifford. Estar lá. Vidas e obras. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2009.

Aula 11: Cultura e personalidade


BENEDICT, Ruth. A ciência do costume. Padrões de cultura. Edição Livros do
Brasil, Lisboa.
MEAD, Margaret. O inadaptado. Sexo e temperamento. São Paulo, Perspectiva,
1976.
Complementar
FREYRE, Gilberto. O escravo negro na vida sexual e de família do brasileiro.
Casa Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime de
economia patriarcal. Rio de Janeiro, Record, 1996.

Aula 12: Uma visão subjetiva da cultura


GEERTZ, Clifford. Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da
cultura. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, Guanabara, 1989.

Aula 13: O outro como invenção etnográfica


CLIFFORD, James. Sobre a autoridade etnográfica. A experiência etnográfica.
Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2008.
SAID, Edward. Introdução. Orientalismo. O oriente como invenção do Ocidente.
Said, Edward. S.P., Companhia das Letras, 1996.
Complementar
CLIFFORD, James. Introdução: verdades parciais. A escrita da cultura. Rio de
Janeiro, Ed. UERJ/Papéis Selvagens, 2016.

Datas indicativas (alterações poderão ser feitas ao longo do semestre)


21/03 – apresentação
Parte I –28/03, 04/04, 11/04 e 18/04
Parte II – 25/04, 02/05, 09/05 e 16/05
Parte III – 23/05, 30/05, 06/06 e 13/06

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