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31/07/2015
2. COMÉRCIO E EMPRESA
Na antiguidade, as roupas e artigos de utilidade eram produzidos na própria casa para os moradores.
Apenas parcos excedentes eram trocados entre vizinhos. Alguns povos, como os fenícios, se
destacaram ao intensificar as trocas, estimulando a produção de bens especificamente destinados à
venda.
Na Idade Média (1ª fase do Direito Empresarial. Corporações de ofícios), o comércio já havia
deixado de ser característica de alguns povos. Durante o Renascimento Comercial, artesãos e
comerciantes reuniam-se nas chamadas corporações de ofícios (entidades burguesas), que tinham
grande autonomia. Como resultado disso, surgiram normas destinadas a disciplinar a relação entre os
seus filiados. Os usos e costumes de cada corporação determinavam a aplicação das normas.
No início do século XIX, na França (2ª fase do Dir. Emp. Atos de Comércio), Napoleão patrocinou a
criação de dois códigos, o Código Civil e o Código Comercial. A delimitação do alcance do Código
Comercial era feita pela chamada Teoria dos Atos de Comércio. Sempre que alguém explorava uma
atividade que o Direito considerava atos de comércio, estava submetido às obrigações (manter
escriturações de livros, etc) e usufruía dos direitos deste código (concordata, etc).
Na lista dos atos de comércio não estavam atividades importantes como a prestação de serviço e
aquelas ligadas a terra (resultado da briga ideológica entre burgueses e senhores feudais).
Dessa forma, esta teoria revelou-se insuficiente para a delimitação do alcance do Direito Empresarial.
4. CONCEITO DE EMPRESÁRIO
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Profissionalismo:
É associada, na doutrina a consideração de três ordens:
a) Habitualidade: Não será considerado empresário aquele que realiza tarefas de modo
esporádico
Atividade:
É o conceito de empresa, ou seja, a atividade de produção ou circulação de bens ou serviços.
Importante destacar as definições técnicas termológicas:
c) Sociedade: É o conjunto de capital delimitado por pessoas para a exploração de uma empresa.
Econômica:
A atividade deve ser econômica, uma vez que busca o lucro, que pode ser o objetivo ou o meio para
se alcançar o objetivo (universidades controladas por igrejas).
Organizada:
Na empresa (atividade) se encontram articulados os quatro fatores de produção, quais sejam:
a) Capital
b) Mão de obra
c) Insumos
d) Tecnologia (não precisa ser de ponta)
*Sem qualquer um destes fatores, a sociedade não será empresária
Bens ou Serviços:
A definição clássica diz que bens são corpóreos, enquanto serviços não possuem materialidade.
No entanto, no mundo globalizado, com a existência dos chamados bens virtuais, essa definição se
mostra insuficiente.