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OS REQUISITOS PARA OS CARGOS DE MINISTRO DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA E SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL1

Andréa da Silva Smolarek2


Cristiano Sielichow3

Resumo: O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça são


referências do Poder Judiciário brasileiro. É lá que desaguam todas aquelas
demandas não solucionadas pelas instâncias judiciais inferiores. Desta feita, as
pessoas que integram tão seleto grupo de brasileiros devem ser portadoras de
atributos morais e técnicos que as capacitem a ocupar tão relevantes cargos. É
delas que se espera o deslinde de matérias judiciais controversas, de forma a reinar
entre aqueles que buscam a proteção jurisdicional do Estado, a segurança jurídica
necessária para a solução de suas demandas. Este artigo tem a pretensão de
apresentar uma abordagem sobre os requisitos exigidos para os cargos de
Ministros, seja do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça de
forma a oportunizar ao leitor o necessário conhecimento dos processos
selecionadores dos integrantes das Supremas Cortes brasileiras, possibilitando
assim o desenvolvimento de um posicionamento crítico a respeito deste assunto.
Neste diapasão, discorreu-se a cerca das exigências legais para a investidura
nestes cargos, destacando-se os critérios objetivos previstos na norma
constitucional, bem como os preceitos subjetivos de reputação ilibada e notório
saber jurídico, com destaque especial para estes últimos, haja vista o contexto
político vivenciado pelos brasileiros, que coloca em cheque a credibilidade das
Cortes Superiores de Justiça, em especial a respeito da forma de escolha dos
brasileiros para ocupar estes cargos. Para tal abordagem utilizou-se do método da
pesquisa bibliográfica de feição explicativa e descritiva, sob a forma de artigo
cientifico.

Palavras-chave: Ministros. Supremo Tribunal Federal. Superior Tribunal de Justiça.


Cargos. Requisitos.

Abstract: The Supreme Federal Court and the Superior Court of Justice are
references of the Brazilian Judicial Branch. It is there that all those demands
unresolved by the inferior judicial instances. This time, men who are part of such a
select group of Brazilians must be holders of moral and technical attributes that
enable them to occupy such relevant positions. They are expected to demarcate
controversial judicial matters, in order to reign among those seeking the jurisdictional
protection of the State, the legal security necessary to solve their demands. This
article intends to present an approach on the requirements for the positions of

1 Artigo científico apresentado como requisito parcial para obtenção de título de bacharel em Direito
pelo Centro Universitário de Osório/UNICNEC.
2 Aluna do 9º semestre do Curso de Direito do Centro Universitário de Osório/UNICNEC.
3 Professor do Curso de Direito do Centro Universitário de Osório/UNICNEC. Mestre em Direito.

Advogado.
2

Ministers, either the Federal Supreme Court or the Superior Court of Justice in order
to provide the reader with the necessary knowledge of the selection processes of the
members of the Supreme Courts of Brazil, thus developing a critical position on this
subject. In this tuning, the legal requirements for the investiture in these positions
were discussed, emphasizing the objective criteria foreseen in the constitutional
norm, as well as the subjective precepts of unblemished reputation and notorious
legal knowledge, with special emphasis for the latter, the political context
experienced by Brazilians, which puts in check the credibility of the Superior Courts
of Justice, especially regarding the way of choosing Brazilians to fill these positions.
For this approach the method of bibliographical research was used with explanatory
and descriptive features, in the form of a scientific article.

Key Words: Ministers. Federal Court of Justice. Superior Justice Tribunal. Charges.
Requirements

1 INTRODUÇÃO

O Poder Judiciário tornou-se um dos personagens principais da sociedade


brasileira. Nos tempos atuais, após inúmeros casos de corrupção em diversos
escalões dos poderes executivo e legislativo, os olhos da sociedade se voltam ao
judiciário ansiando por justiça e uma nova realidade.

Nesta toada, os Tribunais Superiores são a referência desta estrutura do


judiciário. São eles que tentam apaziguar e trazem uma resposta final as matérias
de suas competências.

Entretanto, a grande maioria da população desconhece suas peculiaridades,


tais como, sua composição, estrutura interna, forma de ingresso e atribuições.

Nestes escritos será abordado acerca dos requisitos para a escolha dos
Ministros dos Tribunais, tendo como foco principal o Superior Tribunal de Justiça e o
Supremo Tribunal Federal, sob a ótica da Constituição Federal de 1988.

Porém antes, de descrevermos de forma apartada as peculiaridades de cada


um dos dois Tribunais, será feito uma conceituação dos requisitos básicos comuns
aos dois, os quais, hodiernamente devem ser objeto de balizamento para a escolha
dos pretendentes a tão relevantes cargos do Serviço Público da Nação Brasileira.

Por fim, serão apresentados os casos polêmicos dos ministros, que geraram
maior repercussão.
3

2. REQUISITOS FUNDAMENTAIS PARA INVESTIDURA NOS CARGOS DE


MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA

Para serem indicados aos cargos de Ministros, os candidatos devem possuir


constitucionalmente os requisitos objetivos e claros, a fim de poder ter direito a
candidatura. As exigências são muitas para se tornar um ministro do Supremo
Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça. Encontrar uma pessoa que
preencha todos os critérios impostos se torna algo um pouco complicado, mas não
impossível4.

Conforme expressamente determina a Constituição Federal, é o Presidente


da República que nomeia os Ministros, após passar pelo crivo da maioria absoluta
dos Senadores do Senado Federal. O ato do Presidente tem que ser o último após a
essa definição do Senado. Conclui-se, portanto, que a escolha dos Ministros
perpassa por três fases distintas, quais sejam: indicação, escolha pelo Senado e
nomeação pelo Presidente da República5.

Na escolha dos nomes dos candidatos para ambos os cargos, o Presidente


da República deverá observar se os indicados são possuidores dos requisitos
essenciais exigidos pela norma constitucional brasileira, quais sejam: idade
adequada, pleno gozo dos direitos políticos, nacionalidade e cidadania, reputação
ilibada e notório saber jurídico6.

Para uma melhor compreensão destes requisitos, far-se-á, doravante, uma


conceituação individualizada destes, a fim de facilitar ao leitor o estabelecimento de
uma visão crítica a respeito dos nomes que ocupam os atuais cargos, e os que por
ventura venham a assumi-los7.

4 Supremo Tribunal Federal: O PROCESSO DE NOMEAÇÃO DOS MINISTROS. Disponível em


<http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI172816,71043-
Supremo+Tribunal+Federal+o+processo+de+nomeacao+dos+ministros> Acesso em: 01 Maio 2018.
5 Idem;
6 Ibidem;
7 op cit.
4

2.1 Idade

Conforme determina a legislação pátria, a idade vem sendo exigência em


todos os tribunais, o que a muito tempo é definido na Constituição. Esta norma é
clara quanto à obrigatoriedade de possuir idade mínima e máxima para ser ministro,
estabelecida nos artigos 101 e 104 da Constituição Federal, que exige do candidato
à idade mínima de 35 e máxima de 65 anos de idade. Esta exigência consubstancia-
se na ideia de que aos 35 anos o indivíduo será portador de maturidade e
experiência suficiente para poder tomar posse de um cargo de tamanha relevância
para a nossa sociedade. Já o limite máximo 65 anos está alicerçado na necessidade
do servidor, uma vez nomeado, poder servir a nação por um tempo mínimo, no caso
05 (cinco) anos, posto que aos 70 anos ocorre a aposentadoria compulsória de
qualquer servidor8.

Seção II
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros,
escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta
e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha
pela maioria absoluta do Senado Federal9.

Seção III
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e
três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão
nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de
trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e
reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal, sendo:
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço
dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice
elaborada pelo próprio Tribunal;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério
Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente,
indicados na forma do art. 9410.

8 Folha De São Paulo. PARA ENTENDER OS CRITÉRIOS DE NOMEAÇÃO DE UM MINISTRO DO


STJ. Disponível em: <http://direito.folha.uol.com.br/blog/para-entender-os-critrio-de-nomeao-de-um-
ministro-do-stj>. Acesso em: 05 Maio 2018.
9 BRASIl,CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso em: 09 Maio 2018.


10 Idem
5

Cabe salientar também que os limites de idades são verificados ainda para
uma gama de outros cargos eletivos. A exemplo disso destacamos os cargos de
Presidente, Vice-presidente e Senador, cuja idade mínima de ingresso é 35 anos;
Governador e Vice-Governador, 30 anos, Deputados e Prefeitos 21 anos. A lógica
desta exigência é buscar pessoas para ocupar estes cargos, que sejam possuidoras
da experiência de vida necessária para tal11.
Ainda sobre a idade, é importante salientar que muito embora seja uma
exigência da Constituição, esse critério é algo tanto quanto complicado de se
respeitar, pois para se encontrar um candidato com longa experiência, é preciso
somar a idade de formação universitária, os títulos obtidos de pós-graduação,
evolução profissional em diversas carreiras jurídicas, experiência e a formação do
acervo profissional pessoal12.

2.2 Pleno Gozo dos Direitos Políticos

É uma exigência que visa conhecer a vida política do cidadão candidato a um


cargo público almejado em seu país. É necessário que comprove estar habilitado
para assumir o cargo pretendido, demonstrando ser possuidor de capacidade
jurídica para a prática de atos civil, ser maior de 18 anos, ter discernimento, estar
devidamente quite com as obrigações eleitorais, demonstrando através de certidões
de quitação fornecida pela Justiça Eleitoral, que votou nas últimas eleições, estando
assim, habilitado as candidaturas para cargos eletivos e nomeação aos cargos
públicos13.
É importante salientar que o cidadão é passível de perda de seus direitos
políticos, uma vez não esteja quites com as suas obrigações perante a nação. Esta

11 ZAVASCKI. Teori Albino. Direitos políticos - perda, suspensão e controle jurisdicional.


Disponível em: < http://www.tre-sc.jus.br/site/resenha-eleitoral/revista-tecnica/edicoes-
impressas/integra/2012/06/direitos-politicos-perda-suspensao-e-controle-
jurisdicional/index450b.html?no_cache=1&cHash=fa6a4b1164995979fba115f5d6c1e29e> Acesso
em: 31 Maio 2018.
12 CABRAL. Wellingto. Saraiva in Direito Constitucional, Estatuto da Magistratura, Ministério

Público. Disponível em: < https://wsaraiva.com/2013/06/24/quinto-constitucional/> Acesso em: 31


Maio 2018.
13 Revista Eleitoral, A SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS DECORRENTE DE SENTENÇA

PENAL CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO. Disponível em: <http://www.tre-


sc.jus.br/site/resenha-eleitoral/revista-tecnica/edicoes-impressas/integra/2012/06/a-suspensao-de-
direitos-politicos-decorrente-de-sentenca-penal-condenatoria-transitada-em-
julgado/indexe55e.html?no_cache=1&cHash=65455b4a4adb4a9fa4c706418ea12857 > Acesso em:
06 Maio 2018.
6

possibilidade, de perda ou suspensão dos direitos políticos, está sedimentada na


Constituição Federal em seu artigo 15, incisos I e V14.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou


suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em
julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem
seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º 15.

Destaque-se ainda, que o pleno gozo dos direitos políticos não é um critério
exigido apenas para pretensões eleitorais, mas sim, é condição para o exercício de
vários outros cargos públicos ou atuação e outras áreas, por exemplo: ocupar cargo
de diretor ou redator chefe de jornal ou periódico (artigo 7º, §1º da lei 5.250/67);
exercer a função de jurado do Tribunal do Júri (artigo434 do CPP); legitimação ativa
em ação popular (artigo 5º LXXIII da CF/88); investidura em cargo público mesmo
que não eletivo (artigo 5º, II da lei 8.112/90 e artigos 87, 89, VII, 101, 131, §1º da
CF/88); subscrever projeto de lei de iniciativa popular (artigo 61, §2º da CF/88);
exercer cargo administrativo ou representação econômico ou profissional em
entidade sindical (artigo 530, V da CLT)16.
Na Lei complementar relata que na Constituição não era aplicada essa
exigência, o Supremo Tribunal Federal que passou a exigir esse critério do cidadão
estar em pleno gozo dos direitos políticos17.

14 ZAVASCKI. Teori Albino. DIREITOS POLÍTICOS - PERDA, SUSPENSÃO E CONTROLE


JURISDICIONAL. Disponível em: < http://www.tre-sc.jus.br/site/resenha-eleitoral/revista-
tecnica/edicoes-impressas/integra/2012/06/direitos-politicos-perda-suspensao-e-controle-
jurisdicional/index450b.html?no_cache=1&cHash=fa6a4b1164995979fba115f5d6c1e29e> Acesso
em: 31 Maio 2018.
15 BRASIl,CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso em: 09 Maio 2018.


16 ZAVASCKI. Teori Albino. Direitos políticos - perda, suspensão e controle jurisdicional.

Disponível em: < http://www.tre-sc.jus.br/site/resenha-eleitoral/revista-tecnica/edicoes-


impressas/integra/2012/06/direitos-politicos-perda-suspensao-e-controle-
jurisdicional/index450b.html?no_cache=1&cHash=fa6a4b1164995979fba115f5d6c1e29e> Acesso
em: 31 Maio 2018.
17 DIAS, José Orlando Lara. A SUSPENSÃO DE DIREITOS POLITICOS DECORRENTE DE

SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADA. Disponível


em:<http://www.tre-sc.jus.br/site/resenha-eleitoral/revista-tecnica/edicoes-
impressas/integra/2012/06/a-suspensao-de-direitos-politicos-decorrente-de-sentenca-penal-
condenatoria-transitada-em-
7

2.3 Nacionalidade

A depender do cargo pretendido, o candidato deverá ser brasileiro nato ou


naturalizado conforme assim define o artigo 12 da Constituição Federal, que traz um
rol taxativo de requisitos limitadores da posse ou não de direitos políticos 18. Quando
se fala em nacionalidade, esta de certa forma a se estabelecer uma conexão do
indivíduo a determinado Estado19.

Art. 12. São brasileiros:


I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde
que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a
residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano
ininterrupto e idoneidade moral;
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu
território ou para o exercício de direitos civis20;

julgado/indexe55e.html?no_cache=1&cHash=65455b4a4adb4a9fa4c706418ea12857> Acesso em:


16 Jun. 2018.
18 ZAVASCKI. Teori Albino. DIREITOS POLÍTICOS - PERDA, SUSPENSÃO E CONTROLE

JURISDICIONAL. Disponível em: < http://www.tre-sc.jus.br/site/resenha-eleitoral/revista-


tecnica/edicoes-impressas/integra/2012/06/direitos-politicos-perda-suspensao-e-controle-
jurisdicional/index450b.html?no_cache=1&cHash=fa6a4b1164995979fba115f5d6c1e29e> Acesso
em: 31 Maio 2018.
19 CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional/Kildare Carvalho. – 17. Ed., ver. Atual. E

ampl. – Belo Horizonte: Del Rey, 2011. P. 803.


20 BRASIL, CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso em:11 Out. 2017.


8

A nacionalidade se define pelo país de nascimento do cidadão ou daquele


onde tenha cidadania reconhecida. Temos dois tipos: o primeiro deles é o direito de
sangue afeto a uma pessoa que não nasceu no Brasil, mas tem seu pai ou sua mãe
com nacionalidade brasileira, o que lhe garante duas nacionalidades; e o segundo é
o direito do solo, que vincula a nacionalidade ao local de nascimento do cidadão 21.

No Brasil o estrangeiro adquire sua nacionalidade se tiver vivido pelo menos


por 15 anos sem interrupção22.

2.4 Brasileiro nato

O brasileiro nato é aquele nascido no Brasil que se enquadre nos preceitos do


local de nascimento como menciona o artigo 12, inciso I da Constituição Federal.
Temos dois tipos de nacionalidades, ou seja, a originária e derivada. A originária não
cabe de manifestação de vontade do individuo, apenas a declaração de
naturalização, e a derivada é um aceitamento do país23.

Aqueles que nascem em terras brasileiras são apontados como brasileiros


natos24.

Quando os pais são estrangeiros ou a serviço de outro país de origem há uma


ressalva: são considerados os nascidos em outros territórios. Quando nascem no
exterior sua nacionalidade será brasileira tendo registro em repartição competente,
os filhos não registrados que vierem morar em território brasileiro poderão escolher a
nacionalidade originaria, para isso é precisa ser maior de (18) dezoito anos, não
podendo ser oriundos de extradição25.

21 CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional/Kildare Carvalho. – 17. Ed., ver. Atual. E
ampl. – Belo Horizonte: Del Rey, 2011. P. 803.
22 idem
23
Ibidem
24 op cit
25 Op cit
9

2.5 Brasileiro naturalizado

Os brasileiros naturalizados são os estrangeiros que lutam para ter a


nacionalidade brasileira conforme menciona o art. 12, ll da Constituição Federal.
Neste caso, quem escolhe é o individuo de livre e espontânea vontade. Entretanto,
pode ser extraditado se vier a cometer algum crime como, por exemplo, comum
antes da naturalização e tráfico de entorpecentes seja antes ou depois de
naturalizado26.

2.6 Cidadania

É um complexo de deveres e direitos de um cidadão que convive na


sociedade alegando seu poder e grau de intervenção de seu usufruto. Na
antiguidade era aquele individuo que fazia parte da cidade. Sendo possuidor de
cidadania, toda a legislação está voltada ao cidadão, como o voto eleitoral, seu zelo
pelo cumprimento das leis, direitos de ir e vir, acesso à moradia, saúde, educação e
alimentação27.
A Constituição esclarece que cidadania é um parâmetro da República
Federativa do Brasil tem por finalidade garantir à sociedade que seja construída de
forma livre, justa e solidária28.

2.7 Reputação Ilibada

É um requisito oriundo de uma exigência constitucional previsto nos artigos 92


e 101 da Constituição Federal de 1988, para nomeação dos Ministros dos Órgãos do
Poder Judiciário29.

26 CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional/Kildare Carvalho. – 17. Ed., ver. Atual. E
ampl. – Belo Horizonte: Del Rey, 2011. P. 810.
27 idem
28 ibidem
29 Minuta, SENADO FEDERAL. Disponível em:

<www.senado.leg.br/atividade/rotinas/materia/getDocumento.asp?t=85357> Acesso em: 06 Maio


2018.
10

A reputação ilibada é um requisito exigido não somente para o Cargo de


Ministro, mas sim, para qualquer cargo público30.
Consiste no comportamento da pessoa durante todo tempo da sua vida
pública e privada, observando-se o não cometimento de atos desabonatórios a sua
conduta, que possa comprometer a credibilidade e o respeito pelo cargo que
ocupar31.

2.8 Notório Saber Jurídico

O notório saber jurídico tem uma alta dimensão, o individuo precisa ter um
conjunto de elementos em sua vida para mostrar que está apto para ocupar tal
cargo, onde ter títulos acadêmicos, obras publicadas, funções e cargos não basta
para preencher os requisitos. É necessário ter contato com a vida jurídica, para
poder assim adquirir essa condição notória para a ocupação do cargo 32.

No notável saber jurídico precisa ter experiência em atividade jurídica


atendendo título acadêmico, tese e trabalhos publicados e atuação jurídica
destacada, podendo se concretizar no magistério, advocacia, na magistratura, no
Parlamento e diversos outros33.

Feitas estas conceituações gerais a respeito dos requisitos para a investidura


nos Cargos de Ministros do Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de
Justiça, passaremos a análise individualizada de cada um dos Cargos.

30
idem
31 SENADO NOTICIAS, REPUTAÇÃO ILIBADA É A QUALIDADE DA PESSOA ÍNTEGRA, DEFINE.
Disponível em:
CCJ<HTTPS://WWW12.SENADO.LEG.BR/NOTICIAS/MATERIAS/1999/09/29/REPUTACAO-
ILIBADA-E-A-QUALIDADE-DA-PESSOA-INTEGRA-DEFINE-CCJ> Acesso em: 06 Maio 2018.
32 Minuta, SENADO FEDERAL. Disponível em:
<www.senado.leg.br/atividade/rotinas/materia/getDocumento.asp?t=85357> Acesso em: 06 MAIO
2018.
33 idem
11

3 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Consagrado o tribunal de mais alta relevância na hierarquia da República e


um dos mais antigos, sua função é atribuída basicamente na guarda do artigo 102
da Constituição da República. Sua cúpula é concentrada no Poder Judiciário,
exercendo perpetuamente por meio de ações e recursos de controles centralizados
e difusos de constitucionalidade34.

3.1 Histórico

A denominação Supremo Tribunal Federal foi adotada na Constituição


Provisória publicada com o Decreto nº 510, de 22 de junho de 1890, e repetiu-se no
Decreto nº 848, de 11 de outubro do mesmo ano, que organizou a Justiça Federal35.

Foi implementado por quinze juízes, todos nomeados pelo Presidente da República
e aprovados no Senado Federal. Não continha limite de idade e o cargo era vitalício,
tendo sido chefiada por João Evangelista de Negreiros Sião Lobato – Visconde de
Sabará – que instalou em 28 de fevereiro de 189136.

Em 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a Constituição, tendo como base


o sistema americano de governo, também utilizou em certos pontos a Corte
Suprema dos Estados Unidos e deu expressamente ao Supremo Tribunal Federal o
poder de declarar a inconstitucionalidade das leis37.

Em 1934 mudou o nome para Corte Suprema, reduzindo para onze Ministros,
estabelecendo um limite de idade no exercício do cargo, tendo a aposentadoria
compulsória aos 75 anos de idade38.

34 FILHO, Newton Tavares. Composição dos Tribunais Superiores. Disponível em:


<http://www2.camara.leg.br/a-camara/documentos-e-pesquisa/estudos-e-notas-tecnicas/areas-da-
conle/tema6/composicao-dos-tribunais-superiores_newton-tavares> Acesso em: 13 Out. 2017.
35 CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional/Kildare Carvalho. – 17. Ed., ver. Atual. E

ampl. – Belo Horizonte: Del Rey, 2011. P. 1148.


36 idem
37 ibidem
38
Op cit
12

Em 1937 teve o nome restaurado para Supremo Tribunal Federal e continua


persistindo até os dias atuais39.

Em 1946 manteve onze ministros, com o Ato Institucional n. 2 de 27 de


outubro de 1965 elevou o número para dezesseis ministros, mantendo-se este
número até o ano de 1967. Através do Ato Institucional nº 6 de fevereiro de 1969 e
por meio da Emenda Constitucional nº 1 teve o seu número reduzido novamente
para onze ministros40.

3.2 Composição Atual

O Supremo Tribunal Federal hoje é integrado por onze Ministros, todos


brasileiros natos conforme menciona o artigo 12, § 3º, inciso lV, da Constituição
Federal de 1988, tratando-se de cidadãos todos com mais de 35 e menos de 65
anos de idade, de notável saber jurídico, procedendo a sua reputação ilibada
conforme artigo 101 da Constituição Federal de 1988, sendo todos nomeados pelo
Presidente da República possuindo aprovação pela maioria absoluta do Senado
Federal como mencionado no Parágrafo único, do artigo 102, da Constituição
Federal de 198841.

Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros,


escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de
sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação
ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal42.

39 Op cit
40 Op cit
41 BRASIL. Supremo Tribunal Federal, Institucional. Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=sobreStfConhecaStfInstitucional> Acesso em:
05 Out. 2017.
42 BRASIL, CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso em: 11 Out. 2017.


13

O procedimento se dará tanto em Plenário ou Turmas, dispõe de duas turmas


e cinco membros cada uma, o presidente não engloba nenhuma, somente nas
sessões plenárias. A escolha dos Ministros tem três fases, primeiro o Presidente da
República indica o nome, depois o Senado Federal aprova a escolha e por fim o
Presidente da República nomeia o indicado43.

Nos seus 121 anos de história, somente uma vez tivemos um Ministro que
não era formado em Direito44.

Em 23 de outubro de 1893 o Supremo Tribunal Federal teve como Ministro


um médico chamado Dr. Cândido Barata Ribeiro que chegou a exercer o cargo por
quase um ano, indicado pelo Presidente Floriano Peixoto. Houve uma rejeição pelo
Senado por não ter o notável saber jurídico levando o Ministro a abandonar o cargo
em 24 de setembro de 1894, desde então a posição majoritária exige que sejam
bacharéis em Direito e tenham conhecimento sobre a área jurídica45.

Depois do ocorrido com o ministro Dr. Cândido Barata Ribeiro que era
médico, o notável saber jurídico passou a ser requisito exigido no artigo 101 da
Constituição Federal, foi o mais debatido para exercer o cargo de Ministro.

Sendo exigido pela Constituição Federal, expressa respeito sobre o


conhecimento que o candidato deve ter sobre as leis e doutrinas. A formação
jurídica dará ao candidato melhores condições de atuar nas atividades afetas ao seu
cargo posto ser exclusivamente relacionadas com direitos. Um candidato sem esta
formação certamente não teria como se conduzir diante dos inúmeros processos
que lhes são distribuídos durante suas carreiras46.

A constituição esclarece essa delimitação da idade mínima sendo imposta


pelos tribunais com cargos elevados pela presidência, vice-presidência da República
e senador uma pessoa nessa idade tem um pouco mais de experiência ao chegar

43 MORAES, Alexandre de. DIREITO CONSTITUCIONAL / Alexandre de Moraes. - 13. ed. - São
Paulo: Atlas, 2003. P. 666.
44 PARISIO, Cristiano. CURIOSIDADE JURÍDICA DO DIA. Disponível em:
<http://curiosidadejuridicadodia.blogspot.com.br/2014/05/voce-sabia-que-ministro-do-stf-
nao.html#.Wd5-qGhSzIU> Acesso em: 11 Out. 2017.
45 OLIVEIRA, Edmar. REQUISITOS PARA NOMEAÇÃO DE MINISTRO DO STF TUDO QUE VOCÊ

PRECISA SABER. Disponível em: <http://direitonarede.com/requisitos-para-nomeacao-de-ministro-


do-stf-tudo-que-voce-precisa-saber/>Acesso em: 11 Out. 2017.
46 SHAYER, Hugo. O NOTÁVEL SABER JURÍDICO. Disponível em: < http://esdp.net.br/o-

notavel-saber-juridico/> Acesso em: 11 Out. 2017.


14

aos setenta anos ocorre à aposentadoria, não sendo possível nomear a partir desta
idade, nenhum ministro pode ficar por alguns meses nomeados47.

Reputação ilibada é ter seu passado sem manchas, essa analise é o


Presidente quem determina a pessoa mais confiável do país e que foi eleita, 48 uma
pessoa que esteja no âmbito da sociedade tem que ter idoneidade moral, uma boa
imagem, integra e um compromisso com a sociedade49.

4. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Por uma questão de necessidade devido ao grande número de processos, foi


encaminhada ao Congresso Nacional em 1976 uma reforma do Poder Judiciário
para a criação dos Tribunais Regionais com o objetivo de dar mais celeridade aos
processos50.

4.1 Histórico

Antigamente o Superior Tribunal de Justiça era conhecido como o Tê-Fê-Rê


com a instalação da nova corte foi extinto esse nome51.
A Constituição de 1988 criou o Superior Tribunal de Justiça se tornando uma
inovação.
Em 7 de abril de 1989 foi instalado, tendo uma influência em todos os
aspectos na vida das pessoas. Teve sua base nos ministros, servidores e estrutura

47 FOLHA DE SÃO PAULO. PARA ENTENDER OS CRITÉRIOS DE NOMEAÇÃO DE UM MINISTRO


DO STJ. Disponível em: <http://direito.folha.uol.com.br/blog/para-entender-os-critrio-de-nomeao-de-
um-ministro-do-stj> Acesso em: 05 Out. 2017.
48 idem
49 BRASIL. Agência Senado. REPUTAÇÃO ILIBADA É A QUALIDADE DA PESSOA ÍNTEGRA,

DEFINE CCJ. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/1999/09/29/reputacao-


ilibada-e-a-qualidade-da-pessoa-integra-define-ccj> Acesso em: 12 Out. 2017.
50 FILHO, Newton Tavares. COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES. Disponível em:

<http://www2.camara.leg.br/a-camara/documentos-e-pesquisa/estudos-e-notas-tecnicas/areas-da-
conle/tema6/composicao-dos-tribunais-superiores_newton-tavares> Acesso em: 12 Out. 2017.
51 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. SURGE O STJ INSTALAÇÃO. Disponível em:

<http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Institucional/Hist%C3%B3ria/Surge-o-STJ> Acesso em:


14 Out. 2017.
15

servindo de base para sua criação52. Através da criação esse tribunal recebeu a
atribuição de julgar os conflitos relativos á lei federal referindo-se á Corte Suprema.
A sua fundação teve cinco Tribunais Regionais Federais53.

4.2 Composição Atual

Contamos hoje com 33 ministros conforme art. 104 da Constituição Federal,


entretanto, o artigo 96, ll, C da Constituição Federal, menciona que poderá ser
alterado esse número de ministros.
O artigo 104 “caput” e parágrafo único da Constituição Federal, estabelece os
requisitos para concorrer ao cargo de ministro do STJ, quais sejam: ser brasileiro,
nato ou naturalizado, ter notável saber jurídico, ter mais de 35 e menos de 65 anos.
Os Ministros do STJ também serão escolhidos e nomeados pelo Presidente
da República, serão sabatinados pelo Senado Federal e aprovados pelo voto da
maioria absoluta dos Senadores, igualando-se nestes aspectos aos ministros do
Supremo Tribunal Federal54.

Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e


três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão
nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de
trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e
reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal, sendo:
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço
dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice
elaborada pelo próprio Tribunal;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério
Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e dos Territórios,
alternadamente, indicados na forma do art. 9455.

52 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. História. Disponível em:


<http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Institucional/Hist%C3%B3ria> Acesso em: 12 Out.
2017.
53 FILHO, Newton Tavares. COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES. Disponível em:

<http://www2.camara.leg.br/a-camara/documentos-e-pesquisa/estudos-e-notas-tecnicas/areas-da-
conle/tema6/composicao-dos-tribunais-superiores_newton-tavares> Acesso em: 12 Out. 2017.
54 LENZA, Pedro. DIREITO CONSTITUCIONAL ESQUEMATIZADO / Pedro Lenza – 14. ed. rev.

atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2010 P. 594.


55 BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 11 Out.


2017
16

As seções de julgamento se processam com três seções de julgamento


composta cada uma delas por três turmas, onde são analisados e julgados os
processos conforme a natureza da causa submetida56.

5. QUADRO COMPARATIVO

No quadro abaixo são apresentadas algumas diferenciações que podem ser


notadas entre os dois Tribunais:

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA


11 ministros 33 ministros
Não pode ser alterado o número de Pode ser alterado o número de ministro
ministro
Função de servir como guardião da Sua função é a proteção das leis federais
Constituição Federal
Ser brasileiro nato Ser brasileiro nato ou naturalizado
Art.101 CF Art. 104CF
JULGAR Ação direta de Processar e julgar os crimes comuns....
constitucionalidade
Não tem necessidade de indicação Os ministros são escolhidos entre os
institucionais, os ministros são desembargadores dos Tribunais de
escolhidos diretamente pelo presidente Justiça e dos Tribunais Regionais
da República e aprovados pelo Senado. Federais, indicações do Ministério
Público e da Advocacia.
Responsável pela interpretação da Responsável por uniformizar a
Constituição interpretação da lei federal em todo
Brasil

6 CASOS DE NOMEAÇÕES POLÊMICAS DE MINISTROS

Historicamente tivemos nomeações de Ministros que geraram polêmicas em


face da forma que foram nomeados, ou em relação a inobservância ou relativização
dos requisitos exigidos. Apresentamos a seguir um relato dos casos mais
emblemáticos envolvendo as cortes superiores de justiça do nosso país.

56 LENZA, Pedro. DIREITO CONSTITUCIONAL ESQUEMATIZADO / Pedro Lenza – 14. ed. rev.
atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2010 P. 594.
17

6.1 Médico que foi Ministro Rejeitado

O caso do médico Cândido Barata Ribeiro gerou uma extensa polêmica na


história da República na época de 1893. Com a morte de Barão de Sobral ministro
do Supremo Tribunal Federal, o Presidente Floriano Peixoto viu uma oportunidade
de colocar seu amigo para vir a assumir o cargo de ministro, não pensando que o
senado não aceitaria57.

O médico Cândido Barata Ribeiro, chegou atuar como ministro no Supremo


Tribunal Federal tendo uma reprovação pelo Senado, no tempo podia exercer a
função antes de ocorrer o voto do Senado. O então Ministro ficou quase um ano
exercendo o cargo tendo posteriormente o abandonado58.

Em 24 de setembro de 1894, seu nome foi analisado pelo senado em sessão


secreta, durante todo esse período vinha exercendo seu cargo como ministro. A
Comissão de Justiça e Legislação analisando notou que era formado na área de
medicina, não constava todos os requisitos necessários, faltava o notável saber
jurídico exigido pela Constituição59.

Embora detentor de um imenso currículo, Cândido Barata Ribeiro não tinha


condições de atuar como ministro, pois como médico lhe faltava o necessário
conhecimento do mundo jurídico para exercer a função, posto que precípua da área
de ciências jurídicas e sociais. Não havia exigência expressa de que o candidato
fosse possuidor de graduação em Direito, mas sim, um notável saber jurídico um
conhecimento da área jurídica, entretanto, o único conhecimento que tinha era da
medicina como vejamos logo abaixo60.

57 O GLOBO. BARATA RIBEIRO FOI UM DOS CINCOS CASOS PARA INDICAÇÃO PARA O STF
VEDADA. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/brasil/barata-ribeiro-foi-um-dos-cinco-casos-de-
indicacao-para-stf-vetada-6189868> Acesso em: 10 Jun 2018.
58 SENADO NOTÍCIAS, SENADO JÁ REJEITOU MÉDICO E GENERAL PARA O SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. Disponível em: <
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/06/01/senado-ja-rejeitou-medico-e-general-para-
o-supremo-tribunal-federal> Acesso em: 11 Jun 2018.
59 BARATA, Ribeiro. Médico E MINISTRO (REJEITADO) DO STF – COLUNAS CARTAS FORENSE.

Disponível em: < http://www.cartaforense.com.br/conteudo/colunas/barata-ribeiro-medico-e-ministro-


rejeitado-do-stf/15737 > Acesso em: 10 Jun 2018.
60 LIMA, Djahy. UM MÉDICO MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Disponível em:

<https://www.recantodasletras.com.br/textosjuridicos/6198103> Acesso em: 16 Jun 2018.


18

Barata Ribeiro nasceu dia 11 de março de 1843 na capital da província da


Bahia, em 1853 veio para o Rio de Janeiro, estudou o curso de preparatórios no
Mosteiro de São Bento, logo mais matriculou na Faculdade de Medicina do Rio de
Janeiro, em 1867 recebeu grau de Doutor em Ciências Médicas e Cirurgias, formado
foi para Campinas, nomeado Diretor do Serviço Médico e Cirúrgico do Hospital de
Caridade da cidade fundou a escola de crianças pobres61.

Nomeado no dia 10 de janeiro de 1874 Comissário Vacinador da província de


São Paulo, trouxe sua residência a capital do Império, em 25 de março de 1883
sendo nomeado Lente Catedrático, teve uma enorme atuação na campanha do
regime republicano, em 1891 ocupou o cargo de Presidente do Conselho Municipal
e em 1892 foi Prefeito do Distrito Federal, mesmo com esse enorme currículo não
pode ocupar o cargo de ministro62.

Naquela época ainda precisava somente “notável saber”, depois com o tempo
que a Constituição de 1988 acrescentou o “notável saber jurídico”. Devido à
controvérsia decorrente da nomeação de um médico para ocupar uma carreira
jurídica na Corte da República mais alta, houve uma tomada de posição pelos
Senadores, onde colocaram limites e manifestação dos poderes na República
Brasileira, Passando-se a exigir notório saber jurídico e não somente notório saber63.

6.2 Nomeação do Ministro Toffoli

José Antônio Dias Toffoli nasceu em 15 de novembro de 1967 em Marília São


Paulo. No meio jurídico é conhecido como Dias Toffoli e hoje é ministro e vice-
presidente do Supremo Tribunal Federal. É formado em Direito na Universidade de

61 Baú migalheiro - Candido Barata Ribeiro - Migalhas Quentes. Disponível em:


<http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI118217,31047-
Bau+migalheiro+Candido+Barata+Ribeiro> Acesso em: 12 Jun 2018.
62 Bezerra, Katharyne. BIOGRAFIA DO MINISTRO DO STF DIAS TAFFOLI. Disponível em:

<https://www.estudopratico.com.br/biografia-ministro-stf-dias-toffoli/> Acesso em: 12 Jun 2018.


63 KOKKE. Marcelo. UM MÉDICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Disponível em:

<http://domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=4299> Acesso em: 16 Jun 2018.


19

São Paulo (USP), fez uma especialização em Direito Eleitoral em 1990, em 1991 foi
trabalhar como advogado na Capital Paulista, onde trabalhou até 1995 64.

Ainda foi assessor parlamentar na Assembléia Legislativa em São Paulo e


consultor jurídico do Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais da Central
Única dos Trabalhadores (CUT), em 1995 e 2000 foi assessor jurídico da liderança
do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, em 1998 foi
advogado do PT nesse tempo Luís Inácio Lula da Silva concorreu para o cargo de
presidente da República, sendo advogado dele nas campanhas eleitorais65.

Em 1996 a 2002 foi professor ministrando aula de Direito Constitucional e


Direito de Família na Faculdade de Direito do Centro de Ensino Unificado de Brasília
(UNICEUB), em 2007 foi indicado por Lula para exercer a função de advogado Geral
da União ate 200966.

Para se tornar ministro do Supremo Tribunal Federal teve que deixar o cargo
anterior, onde também foi indicado por Lula, entrando do lugar de Carlos Alberto
Menezes que faleceu. Toffoli possui condenação na Justiça, não sendo
impedimento, mas tendo que se explicar ao Senado67.

Toffoli foi criticado por ser advogado do PT, pela sua ligação com o ex-
deputado José Dirceu, por ter defendido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o
presidente Lula nas três campanhas de 1998, 2002 e 2006, foi reprovado em dois
concursos na magistratura em 1994 e 1995 e não tem diploma de mestrado, muito
embora a Constituição não exija expressamente esses critérios, e mesmo assim foi
um pouco criticado na hora68.

Mesmo sendo criticado pela idade, 41 anos, mas devido ao seu imenso
currículo conseguiu o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, tomando
posse no dia 23 de outubro de 2009. Apesar dos vários impedimentos que teve,

64 Bezerra, Katharyne. BIOGRAFIA DO MINISTRO DO STF DIAS TAFFOLI. Disponível em:


<https://www.estudopratico.com.br/biografia-ministro-stf-dias-toffoli/> Acesso em: 12 Jun 2018.
Bezerra, Katharyne. BIOGRAFIA DO MINISTRO DO STF DIAS TAFFOLI. Disponível em:
<https://www.estudopratico.com.br/biografia-ministro-stf-dias-toffoli/> Acesso em: 12 Jun 2018.
65 idem
66 ibidem
67
CORREIO FORENSE, INDICADO POR LULA AO STF TOFFOLI TEM CONDENAÇÃO EM 1ª
INSTÂNCIA. Disponível em: < https://correio-forense.jusbrasil.com.br/noticias/1889682/indicado-por-
lula-ao-stf-toffoli-tem-condenacao-em-1-instancia> Acesso em: 12 Jun 2018.
68 idem
20

pode ficar no cargo até 2037, quando completará 70 anos e ocorrerá a


aposentadoria compulsório, até lá, entretanto, terá papel fundamental em
julgamentos previstos na corte.

O nome de Toffoli passou pelo plenário para ser averiguado, para poder vir a
ocupar exerce a função, tendo que esclarecer certos conflitos que teve, devendo ser
favorável à união69.

Como já mencionado, a forma de escolha que deve ocorrer, infelizmente na


verdade não é assim a ordem, o Toffoli é o oitavo ministro indicado por Lula no
Supremo Tribunal Federal70.

6.3 Ministro que não é Brasileiro Nato

O atual Ministro Felix Fischer nasceu em Hamburgo na Alemanha período


pós-guerra, quando tinha um ano de idade veio morar no Brasil com seus pais que
se naturalizou, formado em economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro e
formado em direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, foi procurador de
Justiça do Ministério Público do Paraná, lecionou de Londrina até Curitiba, na
matéria de penal71.

Lecionou ainda na Escola da Magistratura do Paraná, foi examinador dos


concursos do Ministério Público do Paraná, da Procuradoria-Geral do Estado do
Paraná e da Universidade Federal do Paraná, exerceu o cargo de ministro no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi também diretor da Escola Nacional de
Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, diretor da Revista e presidente da

69 UOL, POLÊMICA, TOFFOLI TOMA POSSE COMO MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL


FEDERAL. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/politica/2009/10/23/ult5773u2818.jhtm>
Acesso em: 13 Jun 2018.
70 ABREU, Diego. TOFFOLI TOMA POSSE NO CARGO DE MINISTRO DO STF. Disponível em: <

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1352818-5601,00-
TOFFOLI+TOMA+POSSE+NO+CARGO+DE+MINISTRO+DO+STF.html > Acesso em: 16 Jun 2018.
71 STJ, MINISTRO FELIX FISCHER COMPLETA 20 ANOS DE STJ. Disponível em:
<http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/Not%C3%ADcia
s/Ministro-Felix-Fischer-completa-20-anos-de-STJ >Acesso em: 13 Jun 2018.
21

Comissão de Jurisprudência, vice-presidente e presidente do Superior Tribunal de


Justiça em 2012 e 201472.

Em 31 de agosto de 2012 tomou posse no Superior Tribunal de Justiça como


Ministro. Felix também enfrentou umas dificuldades ao entrar no Superior Tribunal
de Justiça por causa da idade e por ser um alemão que iria assumir o cargo,
gerando polêmicas na internet, que estava difícil de conseguir um ministro que foram
buscar um alemão naturalizado73.

Entretanto Felix tinha um longo currículo em diversas áreas jurídicas e mesmo


assim gerou polêmicas ao entrar no senado, por sua idade, por ser alemão
naturalizado. Hoje tem 20 anos de sua posse74.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos apontamentos feitos a respeito dos requisitos exigidos para os
cargos de Ministros do Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça,
cabe destacar inicialmente que as exigências são semelhantes, restando, entretanto,
algumas diferenças, como podem ser vistas a seguir:

Para o Cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal, destacamos a


exigência de cinco requisitos, dos quais três objetivos e 2 subjetivos. Dentre os
requisitos objetivos, destaca-se: 1) ser brasileiro nato; 2) ter idade entre 35 e 65
anos e 3) estar em pleno gozo dos direitos políticos. Já, no que se refere aos
requisitos subjetivos, cita-se: 4) o notável saber jurídico e 5) a ilibada conduta.

Cabe salientar que muito embora a legislação Pátria não traga de forma
expressa a exigência da formação em ciências jurídicas e sociais para ocupar o
cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal, esta fica subentendida com base na
exigência de ser o candidato possuidor de “notável saber jurídico”, condição esta

72 idem
73 DM/OPINIÃO, NO DIGLADIAR DE MINISTROS, O STJ MOSTRA SEU DESPREPARO. O
JUDICIÁRIO PRECISA DE SER UM URGENTEMENTE REPAGINADO. Disponível em: <
https://www.dm.com.br/opiniao/2016/03/no-digladiar-de-ministros-o-stj-mostra-seu-despreparo-o-
judiciario-precisa-de-ser-urgentemente-repaginado.html>Acesso em: 13 Jun 2018.
74 STJ, MINISTRO FELIX FISCHER COMPLETA 20 ANOS DE STJ. Disponível em:
<http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/Not%C3%ADcia
s/Ministro-Felix-Fischer-completa-20-anos-de-STJ >Acesso em: 13 Jun 2018.
22

que já foi objeto de discussão em tempos pretéritos, envolvendo o ex-ministro


Candido Barata Filho, como já abordado nas entranhas deste trabalho.

No tocante ao Superior Tribunal de Justiça, as exigências são convergentes,


diferenciando-se apenas em dois pontos, quais sejam: a) no que se refere à
nacionalidade, pois enquanto para o Supremo Tribunal Federal é condição sine qua
non ser brasileiro nato (artigo 12, § 3º, IV, CF/88), para o Superior Tribunal De
Justiça a exigência é ser cidadão brasileiro, admitindo-se, portanto, a possibilidade
de ser brasileiro nato ou naturalizado, como é o caso do Ministro Felix Fischer,
também referenciado nestes escritos; b) o outro ponto divergente reside na origem
profissional destes brasileiros, pois, enquanto para o Supremo Tribunal Federal não
há previsão de uma classe profissional especifica, para a formação do Superior
Tribunal de Justiça, exige-se a seguinte composição: 1/3 entre desembargadores;
1/3 entre Juízes Federais e 1/3 entre advogados e membros do Ministério Público.

A respeito da formação exigida para os candidatos, em que pese também não


haver exigência expressa quanto a formação em ciências jurídicas e sociais para
ocupar Cargos de Ministro do Superior Tribunal De Justiça, ela ocorre por analogia,
em face da composição do quadro de Ministros, os quais são todos oriundos de
carreiras jurídicas.

Reside ainda diferença entre os dois Tribunais, no que se refere ao


quantitativo de ministros, posto que para o Supremo Tribunal Federal são 11 (onze)
Ministros, enquanto para o Superior Tribunal De Justiça são 33 (trinta e três).
Destaca-se também como fator diferenciador, as atribuições afetas a cada um dos
poderes, conforme define a Constituição Brasileira.

Nota-se, portanto, que as regras para a ocupação dos cargos de Ministro


tanto do Supremo Tribunal Federal como do Superior Tribunal De Justiça, estão
claramente definidas na legislação pátria, entretanto, hodiernamente tem surgido
muitos questionamentos a respeito dos critérios para a nomeação de tão relevantes
cargos, em face, principalmente, das questões relacionadas com a corrupção que
tem talado nosso pais. Diz-se isso, baseado no sentimento de confiança outorgado
às supremas cortes de justiça da nação, e que está atualmente abalado pelos
últimos acontecimentos vivenciados pelo povo brasileiro.
23

Assim sendo, muito embora sem a pretensão de esgotar o assunto,


esperamos que estes apontamentos sirvam de caminho por onde o leitor possa
trilhar na busca de exigir das autoridades, providências saneadoras para os males
que solapam nossa sociedade.

REFERÊNCIA

ABREU, Diego. TOFFOLI TOMA POSSE NO CARGO DE MINISTRO DO STF.


Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1352818-5601,00-
TOFFOLI+TOMA+POSSE+NO+CARGO+DE+MINISTRO+DO+STF.html> Acesso
em: 16 Jun 2018.

BARATA, Ribeiro. Médico E MINISTRO (REJEITADO) DO STF – COLUNAS


CARTAS FORENSE. Disponível em:
<http://www.cartaforense.com.br/conteudo/colunas/barata-ribeiro-medico-e-ministro-
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BAÚ MIGALHEIRO - Candido Barata Ribeiro - Migalhas Quentes. Disponível em:


<http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI118217,31047-
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BEZERRA, Katharyne. BIOGRAFIA DO MINISTRO DO STF DIAS TAFFOLI.


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Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>
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PESSOA ÍNTEGRA, DEFINE CCJ. Disponível em:
<https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/1999/09/29/reputacao-ilibada-e-a-
qualidade-da-pessoa-integra-define-ccj> Acesso em: 12 Out. 2017.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. História. Disponível em:


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<http://www.stj.jus.br/sites/stj/default/pt_br/institucional/hist%c3%b3ria/surge-o-stj>
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BRASIL. Supremo Tribunal Federal, INSTITUCIONAL. Disponível em:


<http://www.stf.jus.br/portal/cms/vertexto.asp?servico=sobrestfconhecastfinstituciona
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24

CABRAL. Wellingto. SARAIVA IN DIREITO CONSTITUCIONAL, ESTATUTO DA


MAGISTRATURA, MINISTÉRIO PÚBLICO. Disponível em:
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CARVALHO, Kildare Gonçalves. DIREITO CONSTITUCIONAL/Kildare Carvalho. –


17. Ed., Ver. Atual. E Ampl. – Belo Horizonte: Del Rey, 2011. P. 1148.

CORREIO FORENSE, INDICADO POR LULA AO STF TOFFOLI TEM


CONDENAÇÃO EM 1ª INSTÂNCIA. Disponível em: <https://correio-
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DIAS, José Orlando Lara. A SUSPENSÃO DE DIREITOS POLITICOS


DECORRENTE DE SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA TRANSITADA EM
JULGADA. Disponível em: <http://www.tre-sc.jus.br/site/resenha-eleitoral/revista-
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julgado/indexe55e.html?no_cache=1&chash=65455b4a4adb4a9fa4c706418ea12857
> Acesso em: 16 Jun 2018.

DM/OPINIÃO, NO DIGLADIAR DE MINISTROS, O STJ MOSTRA SEU


DESPREPARO. O JUDICIÁRIO PRECISA DE SER URGENTEMENTE
REPAGINADO. Disponível em: <https://www.dm.com.br/opiniao/2016/03/no-
digladiar-de-ministros-o-stj-mostra-seu-despreparo-o-judiciario-precisa-de-ser-
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FILHO, Newton Tavares. COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES.


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