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Introdução
Ao longo desta aula, trataremos das questões que envolvem o processo avaliativo.
Estas referem-se às modalidades, aos tipos, aos critérios, aos instrumentos e
procedimentos da avaliação.
Prova, exame, chamada oral, trabalho, seminário, seja qual for o instrumento
utilizado, a avaliação sempre representará um momento de dificuldade e ansiedade, tanto
para o professor quanto para os alunos. Isso porque, como já verificamos anteriormente, a
avaliação normalmente é utilizada, na escola, como instrumento disciplinar. As provas são
aplicadas como controle ou castigo; notas e conceitos são atribuídos como punição. A
prática da avaliação como ameaça, então, produz o medo, eliminando a possibilidade da
ajuda, do aproveitamento pedagógico do erro.
Os alunos não são passivos no processo de avaliação; eles precisam ter consciência
de como e por que estão sendo avaliados. Precisam entender a avaliação como uma aliada
do seu aprendizado, e não como instrumento de punição que pode acabar com a sua
autoestima, ou até com o seu futuro na escola.
1 AS MODADILADES DE AVALIAÇÃO
2 OS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Ao elaborar a prova, é preciso que o professor tenha cuidado com a abordagem dos
conteúdos; deve ater-se àqueles que são importantes e que efetivamente tenham sido
trabalhados durante o processo ensino-aprendizagem. No momento da correção, precisa
evitar cometer injustiças.
b) Leia todas as respostas dadas à mesma questão, isto é, corrija uma questão de
cada vez.
d) Separe as provas por grupos (ótimo, muito bom, bom, regular, ruim), após a
leitura. Só a partir daí, atribua a nota.
e) Assinale os erros de português, sem descontá-los, a menos que a prova seja de
Língua Portuguesa.
f) A nota final poderá corresponder ou não à classificação inicial (ótimo, bom etc.).
3 OS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Fonte: https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tok=iYaLuhkCaBqiR_VXCptpgA&
cp=5&gs_id=e&xhr=t&q=charge+avalia%C3%A7%C3%A3o+escolar. Acesso em
20/02/09.
Em primeiro lugar, precisamos ter consciência de que, por meio dos instrumentos,
solicitamos que nossos estudantes manifestem sua intimidade, isto é, seu modo de
aprender, sua aprendizagem, sua capacidade de raciocinar, de poetizar, de criar histórias,
de entender, de viver, enfim, de ver e de se relacionar com o mundo. Isso requer cuidado
porque não podemos nos aproveitar dessa manifestação dos nossos alunos para deles
“tomar posse”. Temos, ao contrário, de respeitar as intimidades e delas cuidar com
carinho, utilizando-as a favor do diagnóstico, da troca dialógica e da possível reorientação
da aprendizagem, visando, unicamente, o desenvolvimento dos educandos.
c) utilizar linguagem clara e objetiva, visando garantir a clareza do que está sendo
pedido. O instrumento de avaliação não pode confundir a compreensão do educando. Para
responder ao que pedimos, ele precisa saber com clareza o que está sendo pedido.
Ninguém tem possibilidade de responder satisfatoriamente a uma pergunta, caso não a
tenha compreendido adequadamente.
d) seja estabelecido o tipo de assistência especial para o aluno que não apresentou
o rendimento favorável;
3.2 Pré-teste
3.3 Autoavaliação
A autoavaliação é instrumento fundamental na construção da autonomia dos
educandos no processo de aprender. Graças a ela os alunos adquirem uma capacidade
crescente de análise de suas próprias aptidões, atitudes, comportamentos, pontos fortes e
fracos, necessidades e êxitos na execução de propósitos. Por meio da autoavaliação, os
alunos desenvolvem sentimentos de responsabilidade pessoal ao considerar a eficácia dos
esforços individuais e de seu grupo.
Para que a autoavaliação tenha êxito, é preciso que o professor acredite no aluno e
ofereça condições favoráveis à aprendizagem, fazendo com que ele se sinta seguro,
confiante e capaz de manifestar autenticidade na emissão de opinião sobre si mesmo. Isso
permite evitar situações em que alunos com dificuldades de aprendizagem atribuam
conceitos altos ao seu desempenho, enquanto que alunos que apresentam bom
desenvolvimento na aprendizagem menosprezem sua capacidade, atribuindo valores muito
inferiores àqueles que poderiam ser atribuídos ao grau de seu desenvolvimento.
Escola:
________________________________________________________________________
Aluno:
________________________________________________________________________
Turma:
________________________________________________________________________
Disciplina:
________________________________________________________________________
Data:
________________________________________________________________________
─ Na área afetiva (hábitos de trabalho, atitudes para com o professor e colegas etc) meu
crescimento foi _______________
Dados de identificação
Escola: __________________________________________________________________
Disciplina: ___________________________________________ Turma: _____________
Professor: ____________________________________________ Data: ______________
Avaliação
N Ótimo =O
Í Muito Bom = MB
V Bom = B
E Regular = R
I Insuficiente = I
S
Contribuição ao trabalho do grupo
Participação ativa nas discussões
Respeito às ideias do grupo
Capacidade de criticar com objetividade
Capacidade de receber críticas
Conceito geral
_______________
Nível do grupo
Assinaturas:
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
3.5 Observação
Fonte: https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tok=iYaLuhkCaBqiR_VXC
ptpgA&cp=5&gs_id=e&xhr=t&q=charge+avalia
%C3%A7%C3%A3o+escolar&bav=on.2Acesso em 20/02/09.
A observação pode ser entendida tanto como um processo quanto como uma
técnica. Como processo, pelo fato de constituir-se no ato de apreender coisas e
acontecimentos, comportamentos e atributos pessoais, bem como concretas inter-relações.
3.6 Relatório
Para que sirva como aliado da aprendizagem, ainda, é necessário garantir ao aluno
o retorno da informação acerca da avaliação realizada pelo professor. Após a correção, o
professor precisa emitir parecer conclusivo, de preferência por escrito, para que o aluno
possa situar-se no processo de construção do seu saber, avaliar sua posição no mesmo e
reconstruir, se necessário, o caminho da aprendizagem.
3.7 Prova
Cada questão elaborada deve ter um propósito, isto é, o professor, ao elaborar uma
prova, precisa ter consciência da necessidade de verificar o que o aluno conseguiu
progredir na sua aprendizagem, partindo, sempre, do planejamento. É no planejamento que
constam as intenções e estas, colocadas em prática ao longo do processo ensino-
aprendizagem, terão seu alcance verificado na avaliação. Cada questão da prova, portanto,
deve ter referência ao que foi proposto no planejamento.
A título de contribuição, oferecemos, aqui, um roteiro que pode ser utilizado pelo
professor quando da elaboração e aplicação de provas objetivas:
a) Especificação dos dados de identificação, com base nas características da
população alvo.
e) Montagem da prova.
Segundo Lindman (1972, apud SANT’ANNA, p. 43), ‘dissertação (ou ensaio) implica
uma resposta escrita, cujo tamanho varia de uma ou duas frases a algumas páginas’. Nestes termos,
a prova dissertativa permite ao aluno uma maior liberdade de expressão. Embora facultando uma
maior liberdade na resposta, uma questão dissertativa não prescinde da objetividade.
Vamos, agora, por fim, verificar como pode ser feita a generalização de conhecimentos,
através da dissertação. As duas formas mais conhecidas de generalização são a integração e a
síntese. A integração ocorre nos resumos, onde o aluno deverá apresentar, de forma condensada, o
núcleo de um assunto, sem perder os aspectos importantes. Muitas vezes os alunos apresentam
dificuldade na elaboração de resumos. O professor pode ajudá-los propondo uma metodologia
como a enumeração das ideias mais importantes, seguida da descrição rápida de cada uma delas.
Na elaboração do resumo, alunos e professor devem estar atentos a que ele deve discernir e avaliar
o que é e o que não é significativo, além de exigir a integração e a síntese de aspectos importantes.
Uma outra proposta de resumo pode ser feita através da leitura, pelo professor, de um
documento/texto, solicitando, em seguida, que os alunos dêem um título adequado. A proposição
de títulos também é uma forma de resumir.
Caso 1
Certa vez, numa escola real, uma professora real aplicou o seguinte teste de
Ciências, numa turma de 3ª série (atual 4º ano) do Ensino Fundamental:
Teste de Ciências
1
Os três casos aqui comentados foram relatados pela Profª. Jussara Hoffman, em palestra proferida a
professores da educação básica da rede cenecista (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade), em
novembro de 2003.
A palavra tem ____________________________ muito
__________________________.
Caso 2
O que é espaço?
– É o lugar que há de intervalo de um lugar ao outro, onde se pode fazer algo como
correr, brincar etc. É também um espaço que possa ser ocupado pelo ar.
Aí está um grande equívoco: aceitar tudo não é ser construtivista. Valorizar é ser
construtivista.
O professor precisa saber bem os conteúdos para discutir com o aluno. Para levá-
lo a formular perguntas e hipóteses inteligentes. O professor construtivista é um
problematizador e como tal provoca o questionamento e guia o aluno na busca das
respostas ao problema, porque ser construtivista é ser um investigador, é aceitar a posição
das crianças e dela partir em busca do novo, é acompanhar e orientar o aluno em sua
trajetória de crescimento.
Caso 3
Certa manhã, ao final de uma aula de Língua Portuguesa, numa turma de 4ª série
(atual 5º ano) do Ensino Fundamental, após o término das atividades do dia, quando ainda
restavam alguns minutos, a professora decidiu, para ocupar o tempo das crianças, pedir-
lhes que escrevessem, em grupos, um texto sobre qualquer tema; texto esse que “valeria
ponto” para a média final. As crianças iniciaram o processo de escrita, preocupadas com o
tempo. Um determinado grupo, após exercitar o pensamento coletivo na tentativa de
encontrar um tema, escreveu o seguinte:
A epidemia do nada
– Nada!
Carolina perguntou:
– Nada?
Já Bruno perguntou:
Leonardo respondeu:
Você poderia, prezado professor, sugerir um resultado para essa história? O que
teria feito a Profª. Mônica diante da ousadia das crianças?
Pois é... o resultado não foi dos melhores. A professora desconsiderou a produção
dos alunos e ofendeu-se com o texto, alegando que as crianças desrespeitaram uma
proposta de trabalho apresentada por ela. Não é difícil imaginar, então, qual foi a nota
atribuída ao texto: zero, isto é, nada.
Que argumentos teríamos a favor das crianças, neste caso? O primeiro deles
parece-nos óbvio: o da criatividade. O segundo, o do respeito à iniciativa dos alunos diante
de uma proposta vaga da professora. Parece-nos que eles conseguiram, neste caso, dar um
propósito a uma atividade despropositada. Salve a imaginação das crianças!
CONCLUSÃO
Atividade