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Art. 251 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão,
arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos:
Aumento de pena
Modalidade culposa
O crime de explosão tem como bem jurídico tutelado a incolumidade pública, em especial
o perigo comum que pode suceder a prática das condutas tipificadas pelo código. Esse
crime é formal, portanto, não exige para que seja consumado, a ocorrência de resultado;
é unissubjetivo, podendo ser praticado por um único sujeito; plurissubsistente, com a
conduta podendo ser desdobrada em vários atos. Também é um crime instantâneo e de
forma livre, podendo ser praticado da forma que o agente escolher1.
No caso de configurada a existência do agente garantidor previsto art. 13, § 2º, do Código
Penal, é admitida a modalidade de omissão imprópria, porém, a regra geral é de que este
seja um crime comissivo. Ademais, por ser um crime de perigo concreto, em que um
número indeterminado de pessoas é colocado em perigo, deve-se comprovar a existência
do perigo.2 Como a lei não prevê nenhuma qualidade relacionada ao sujeito ativo, logo,
o crime é definido como comum, podendo, portanto, qualquer pessoa ser o sujeito ativo.
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BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Especial 4 – Dos crimes contra a
dignidade sexual até dos crimes contra a fé pública. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
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BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Especial 4 – Dos crimes contra a
dignidade sexual até dos crimes contra a fé pública. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
Tipo penal
A explosão é um crime cuja conduta tipificada é expor a perigo o bem protegido. O caput
do art. 251 deixa explicito que neste caso é protegida a vida, a integridade física ou o
patrimônio de alguém. A exposição ao perigo pode ser efetuada de três maneiras:
Pelo perigo que a bomba em si representa, também é punido pelo crime de explosão
qualquer das três condutas anteriores praticadas com a utilização de qualquer outro
artefato, semelhante a um engenho de dinamite.
Aumento de Pena
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NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Penal: parte especial : arts. 213 a 361 do Código
Penal. Rio de Janeiro: Forense, 2017. P. 287
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de
transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
Tipo Privilegiado
Modalidade Culposa
Dano Qualificado
Se não houver perigo à incolumidade pública, e não sendo própria a coisa, o agente
responderá pelo delito de dano qualificado previsto no art. 163, parágrafo único, II.5
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BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Especial 4 – Dos crimes contra a
dignidade sexual até dos crimes contra a fé pública. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
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BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Especial 4 – Dos crimes contra a
dignidade sexual até dos crimes contra a fé pública. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
USO DE GÁS TÓXICO OU ASFIXIANTE
Art. 252 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, usando de gás
tóxico ou asfixiante:
Modalidade Culposa
Esse tipo penal refere-se à exposição a perigo de vida, integridade física ou o patrimônio
de alguém com a utilização de gás tóxico ou asfixiante. Assim como no caso da explosão,
o bem jurídico tutelado é a incolumidade pública, mas especificamente o perigo que pode
decorrer das condutas proibidas pela lei penal.6
Esse crime é formal, e instantâneo, porém de forma vinculada, ou seja, o crime só será
configurado com a utilização do gás tóxico ou asfixiante. É importante ressaltar que o gás
não precisa necessariamente ser mortal, apenas possuir características passíveis de
intoxicar ou asfixiar alguém, sendo necessária a comprovação por perícia.
Sem a previsão legal de qualidades relacionadas ao sujeito ativo, o crime é definido como
comum, sendo possível que qualquer pessoa seja o sujeito ativo.7
O sujeito passivo é toda a sociedade e aqueles que eventualmente forem lesados. A ação
penal é pública incondicionada.
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BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Especial 4 – Dos crimes contra a
dignidade sexual até dos crimes contra a fé pública. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
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BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Especial 4 – Dos crimes contra a
dignidade sexual até dos crimes contra a fé pública. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
Tipo Penal
É importante que haja dolo, ou seja, a vontade de agir de acordo com os núcleos do artigo.
Assim, é necessário que o agente tenha a vontade consciente de expor a perigo o bem
jurídico tutelado pelo tipo penal. Apesar disso, é também admitida a modalidade culposa.
Modalidade Culposa
Tentativa
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NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Penal: parte especial : arts. 213 a 361 do Código
Penal. Rio de Janeiro: Forense, 2017. P. 289