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ESTRUTURAS DE AÇO-07

Prof. Alberto Leal, MSc.


Grupo HCT
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 2

Objetivo
• Apresentação dos conceitos básicos relacionados às ligações entre os
elementos estruturais de aço.

• Apresentação dos conceitos básicos para dimensionamento de


ligações parafusadas
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1. Introdução
1.1 Considerações iniciais
• As ligações abordadas nesta aula são:

 Ligações entre vigas.


 Ligações entre viga e pilar.
 Emenda de pilares.
 Emenda de vigas.
 Apoio de pilares.
 Ligações de contraventamento.

• Deve-se determinar os esforços solicitantes


atuantes nas ligações.

• A verificação de segurança é atendida quando


os esforços solicitantes forem inferiores aos
esforços resistentes.
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1. Introdução
1.1 Considerações iniciais

• A determinação dos esforços solicitantes


perpassa pela análise estrutural.

• A rigidez da ligação, adotada na análise


estrutural, deve ser coerente com o
comportamento real da construção.

• Em geral, as ligações são modeladas como


perfeitamente rígidas ou rotuladas.

• Na realidade, a rigidez das ligações está


compreendida entre estes dois extremos.
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1. Introdução
1.2 Classificação das ligações

• Em relação a sua rigidez à rotação, as ligações


podem ser classificadas como:

 Ligação rígida: tem rigidez suficiente para


manter praticamente constante o ângulo de
rotação relativa entre as peças.

 Ligação flexível: permite rotação relativa entre


as peças e apresenta um comportamento bem
próximo de uma ligação rotulada.

 Ligação semirrígida: apresenta um


comportamento intermediário entre as duas
situações anteriores.
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2. Emendas de pilares
2.1 Considerações iniciais

• As emendas dos pilares podem ser feitas


através de ligações soldadas ou
parafusadas.

• Deve-se tomar cuidado com relação às


características da ligação em função do
efeito de flambagem.

• Se a ligação não possuir rigidez à rotação


elevada para deslocamentos fora do plano,
é ideal que esteja localizada em regiões
próximas à contenções laterais.
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2. Emendas de pilares
2.2 Exemplos de aplicação
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2. Emendas de pilares
2.2 Exemplos de aplicação
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3. Emendas de vigas
3.1 Considerações iniciais

• As emendas das vigas podem ser


desenvolvidas com solda de entalhe
com penetração total.

• A sequência de soldagem, neste


sentido, deve ser cuidadosamente
observada para não induzir esforços
internos muito elevados causados por
resfriamento de solda.

• Recomenda-se soldar primeiramente


as mesas do perfil e, em seguida,
emendar a alma.
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3. Emendas de vigas
3.1 Considerações iniciais

• Feito isso, deve-se completar a solda


de filete que promove a ligação entre a
alma e a mesa do perfil.

• Sempre que possível, efetuar o


procedimento de soldagem de maneira
simétrica para evitar distorções.

• Em campo, é preferível adotar ligações


do tipo parafusados para garantir uma
melhor confiabilidade do processo
construtivo.
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3. Emendas de vigas
3.1 Considerações iniciais

• As soldas com penetração total


permitem uma transmissão direta das
tensões.

• As emendas feitas com chapas laterais


e soldas de filete “desviam” as tensões
e, por isso, diminuem a resistência à
fadiga da ligação.

• De maneira geral, busca-se emendas


elementos estruturais em regiões de
menores esforços solicitantes.
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3. Emendas de vigas
3.1 Considerações iniciais

• A região de emendas geralmente está


solicitada por esforço cortante e
momento fletor.

• Sugere-se que a placa da emenda da


mesa tenha mesma espessura.

• As placas de emendas da alma


geralmente são mais finas. Cerca de
80% da espessura da alma.
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3. Emendas de vigas
3.1 Considerações iniciais

• A proporção de momentos fletores


absorvidos pela mesa e pela alma pode
ser determinada.

• Considera-se que a razão entre a


contribuição do referido elemento e o
momento de inércia total é um
indicativo da proporção de momentos
fletores.
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4. Ligações flexíveis
4.1 Ligação com dupla cantoneira

• As ligações flexíveis permitem a


rotação relativa entre os elementos que
compõem a conexão.

• Transmitem momentos tão pequenos


que podem ser desprezados para efeito
de cálculo.

• A ligação com dupla cantoneira na


alma é um dos exemplos mais
utilizados de elementos flexíveis.
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4. Ligações flexíveis
4.1 Ligação com dupla cantoneira
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4. Ligações flexíveis
4.2 Ligação com cantoneira de apoio
• Outro ligação do tipo flexível é aquela
com cantoneira de apoio, conforme
retratada pela figura anterior (item b).

• A cantoneira superior tem função de


promover a estabilidade lateral do
elemento estrutural.

• A espessura da cantoneira de apoio


pode ser dimensionada pela
resistência à plastificação total do
elemento:

𝑙𝑡 2 𝑓𝑦
𝑀𝑅𝑑 = 𝑍𝑓𝑦 𝛾𝛼1 =
4 𝛾𝛼1
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4. Ligações flexíveis
4.2 Ligação com cantoneira de apoio

• Deve-se verificar ainda a resistência ao


escoamento por cisalhamento.

• A capacidade resistente da cantoneira


à flexão é um fator que usualmente
condiciona o dimensionamento
estrutural.

• Para aumentar a capacidade


resistente, pode-se adotar
enrijecedores entre as duas abas da
cantoneira, formando um console.
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4. Ligações flexíveis
4.3 Ligação com console enrijecido
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4. Ligações flexíveis
4.3 Ligação com console enrijecido
• Deve-se verificar ainda a
resistência ao escoamento por
cisalhamento.

• A capacidade resistente da
cantoneira à flexão é um fator que
usualmente condiciona o
dimensionamento estrutural.

• Para aumentar a capacidade


resistente, pode-se adotar
enrijecedores entre as duas abas
da cantoneira, formando um
console.
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4. Ligações flexíveis
4.3 Ligação com console enrijecido

• O elemento de apoio é uma console


enrijecido por uma chapa vertical.

• A espessura do enrijecedor deve ser


maior ou igual à espessura da alma
da viga estrutural.

• Deve-se utilizar ainda chapas que


não estejam sujeitas ao efeito da
flambagem local.

𝑏 𝑡0 < 16
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4. Ligações flexíveis
4.3 Ligação com console enrijecido

• Usualmente, o console é conectado


aos pilares ou chapas de
extremidade através de soldas de
filete.

• A capacidade resistente dos


cordões de solda devem ser levados
em consideração no
dimensionamento da altura do
enrijecedor.
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4. Ligações flexíveis
4.4 Ligação entre vigas metálicas

• O apoio da viga A sobre a viga B


pode ser classificada como flexíveis
sob dois aspectos.

• O primeiro decorre da pequena


rigidez à torção do elemento de
suporte, no caso a viga B.

• Em segundo lugar, o fato da viga A


estar ligada apenas pela alma torna
a ligação flexível.
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4. Ligações flexíveis
4.4 Ligação entre vigas metálicas
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4. Ligações flexíveis
4.5 Manual de ligações Gerdau
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4. Ligações flexíveis
4.5 Manual de ligações Gerdau
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4. Ligações flexíveis
4.5 Manual de ligações Gerdau
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4. Ligações flexíveis
4.5 Manual de ligações Gerdau
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4. Ligações flexíveis
4.5 Manual de ligações Gerdau
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4. Ligações flexíveis
4.5 Manual de ligações Gerdau
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4. Ligações flexíveis
4.5 Manual de ligações Gerdau
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4. Ligações flexíveis
4.5 Manual de ligações Gerdau
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4. Ligações flexíveis
4.5 Manual de ligações Gerdau
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5. Ligações parafusadas
5.1 Considerações iniciais

• As ligações parafusadas podem ser realizadas através de rebites,


parafusos comuns e parafusos de alta resistência.

• A partir dos anos 50, as ligações com rebites foram sendo


gradativamente substituídas pelos parafusos (PFEIL, 2009).
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5. Ligações parafusadas
5.1 Considerações iniciais

• Os rebites são conectores executados a quente e apresentam como


particularidade a presença de duas cabeças.

• O procedimento de cálculo usual contempla a distribuição de forças


ao longo do fuste do conector e o efeito de corte na seção transversal.
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5. Ligações parafusadas
5.1 Considerações iniciais

• Os parafusos comuns geralmente são forjados com aço contendo


baixo teor de carbono e regidos pela especificação ASTM A307.

• Possuem uma extremidade com cabeça quadrada ou sextavada, ao


passo que a outra apresenta rosca com porca.
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5. Ligações parafusadas
5.1 Considerações iniciais

• Os parafusos de alta resistência são compostos por aços


termicamente tratados e geralmente são especificados segundo a
ASTM A325 (Aço carbono temperado).

• A particularidade em relação aos demais tipos de conectores se dá


pela possibilidade de aproveitamento de ligações tipo atrito.
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5. Ligações parafusadas
5.1 Considerações iniciais

• Os parafusos de alta resistência podem ser especificados com aperto


mínimo

• A particularidade em relação aos demais tipos de conectores se dá


pela possibilidade de aproveitamento de ligações tipo atrito.
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5. Ligações parafusadas
5.2 Classificação

• As ligações parafusadas podem ser caracterizadas de formas


distintas. Uma das classificações mais usuais refere-se ao tipo de
esforço atuante: (a) corte, (b) tração e (c) corte + tração.

• Os esforços combinados de corte e tração são típicos de elementos de


ligação com excentricidade de carga.
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5. Ligações parafusadas
5.3 Disposições construtivas

• A furação de chapas para parafusos comuns deve ser realizada com


folga de 1,5 mm para permitir adequadas condições para montagem
da estrutura.

• Recomendações de PFEIL (2009) indicam que os furos mais


econômicos são aqueles que utilizam o diâmetro definitivo, nos quais
a espessura da chapa t deve ser equivalente ao diâmetro do parafuso
mais 3 mm.
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5. Ligações parafusadas
5.3 Disposições construtivas

• No caso de chapas mais espessas, geralmente é utilizada uma broca


ou punção com diâmetro, pelo menos, 3 mm inferior ao definitivo e,
posteriormente, alargados com broca.

• No caso de cortes por punção, tendo em vista que o procedimento


danifica parte do material, deve-se acrescer ao diâmetro do furo 2
mm para verificações de cálculo.
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5. Ligações parafusadas
5.3 Disposições construtivas

• Além dos furos padrão, é comum o emprego de furos alongados ou


oblongos. Se a força atua na direção do alongamento, a ligação deve
ser dimensionada obrigatoriamente para funcionamento por atrito.

• Caso a direção da força seja perpendicular ao alongamento do furo,


pode-se dimensionar as ligações para funcionamento por contato. É
muito comum este situação para facilitar o processo de montagem.
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5. Ligações parafusadas
5.4 Espaçamento entre conectores
ESPAÇAMENTOS MÁXIMOS

o 24 t (<300mm) para elementos


pintados ou não sujeitos à corrosão.

o 14 t (<180mm) para elementos sujeitos


à corrosão, executados com aço
resistente à corrosão e também para
aço não pintado.

• A norma brasileira ABNT NBR 8800:2008 descreve os espaçamentos


mínimos que devem ser especificados em ligações parafusadas.

• Deve-se respeitar ainda os espaçamentos máximos, no intuito de


impedir penetração de água e sujeiras entre as chapas metálicas:
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5. Ligações parafusadas
5.5 Dimensionamento - Conectores
ESPAÇAMENTOS MÁXIMOS

o 24 t (<300mm) para elementos


pintados ou não sujeitos à corrosão.

o 14 t (<180mm) para elementos sujeitos


à corrosão, executados com aço
resistente à corrosão e também para
aço não pintado.

• O dimensionamento dos conectores numa ligação parafusada é


realizado após o entendimento sobre os modos de ruptura
associados ao problema em questão.

• Modos de colapso geralmente associados aos conectores são: (a)


colapso do conector. (b) colapso por rasgamento da chapa ou
ovalização do furo e (c) colapso por tração da chapa.
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5. Ligações parafusadas
5.5.1 Corte dos conectores
ESPAÇAMENTOS MÁXIMOS

o 24 t (<300mm) para elementos


pintados ou não sujeitos à corrosão.

o 14 t (<180mm) para elementos sujeitos


à corrosão, executados com aço
resistente à corrosão e também para
aço não pintado.

• A capacidade resistente dos conectores ao cisalhamento pode ser


determinada por:

𝑅𝑛𝑣 𝑅𝑛𝑣 é a resistência nominal para um plano de corte.


𝑅𝑑 =
𝛾𝛼2 𝛾𝛼2 para solicitações originadas de combinações
normais de ações.
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5. Ligações parafusadas
5.5.1 Corte dos conectores

𝑅𝑛𝑣 é a resistência nominal


𝑅𝑛𝑣 para um plano de corte.
𝑅𝑑 =
𝛾𝛼2 𝛾𝛼2 para solicitações
originadas de combinações
normais de ações.

• A avaliação deste modo de ocorrência do Estado Limite Último é


dada em função da tensão limite de escoamente ao cisalhamento,
tomada como 60% da tensão limite de escoamento.

• Parafusos em geral e barras rosqueadas, onde o plano de corte


passa pelo segmento rosqueado: 𝑅𝑛𝑣 = 0,40 ∙ 𝐴𝑔 ∙ 𝑓𝑢
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5. Ligações parafusadas
5.5.1 Corte dos conectores

𝑅𝑛𝑣 é a resistência nominal


𝑅𝑛𝑣 para um plano de corte.
𝑅𝑑 =
𝛾𝛼2 𝛾𝛼2 para solicitações
originadas de combinações
normais de ações.

• Parafusos de alta resistência, admitindo que o plano de corte não


passa pelo segmento rosqueado: 𝑅𝑛𝑣 = 0,50 ∙ 𝐴𝑔 ∙ 𝑓𝑢

• Conectores longos, caracterizados pela perda de eficiência por


flexão, pode-se reduzir a capacidade resistente dos conectores por
contato de forma empírica.
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5. Ligações parafusadas
5.5.1 Corte dos conectores

𝑅𝑛𝑣 é a resistência nominal


𝑅𝑛𝑣 para um plano de corte.
𝑅𝑑 =
𝛾𝛼2 𝛾𝛼2 para solicitações
originadas de combinações
normais de ações.

• Segundo PFEIL (2008), em parafusos com comprimento do fuste


maior que 5 vezes o diâmetro do conector, deve-se reduzir a
capacidade em 1% para cada 1,5 mm de excesso.
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5. Ligações parafusadas
5.5.2 Pressão de contato na chapa

• Em casos com furos padrão, a capacidade resistente à pressão de


contato entre o parafuso e a chapa é dada por:

2,4 ∙ 𝑑 ∙ 𝑡 ∙ 𝑓𝑢 𝑑 é o diâmetro nominal do conector.


𝑅𝑑 =
𝛾𝛼2
𝑡 é a espessura da chapa.
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5. Ligações parafusadas
5.5.3 Rasgamento da chapa

• Em casos com furos padrão, a capacidade resistente ao rasgamento


da chapa é dada por:

1,2 ∙ 𝑎 ∙ 𝑡 ∙ 𝑓𝑢 𝑎 é a distância entre a borda do furo e a extremidade da


𝑅𝑑 = chapa medida na direção da força. Ou ainda, a distância
𝛾𝛼2
entre a borda do furo e a borda do furo adjacente.
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5. Ligações parafusadas
5.5.3 Rasgamento da chapa

• As equações relativas ao rasgamento e à pressão de contato podem


ser empregadas também para ligações com furos alongados na
direção perpendicular à direção da força.

• No caso de furos muito alongados, as expressões analíticas não se


aplicam.
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5. Ligações parafusadas
5.5.4 Tração nos conectores

• No caso de conectores submetidos ao efeito de tração, a avaliação da


capacidade resistente pode ser realizada por:
𝑅𝑛 é a resistência nominal, considerando a tensão limite de ruptura.
𝑅𝑛
𝑅𝑑 =
𝛾𝛼2 Em parafusos e barras rosqueadas com diâmetro nominal superior a
12mm, deve-se utilizar 0,75 ∙ 𝐴𝑔 . Em outras situações, deve-se utilizar
a tensão limite de escoamento como variável.
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5. Ligações parafusadas
5.5.5 Interação corte + tração

• Em situações onde haja interação entre os esforços de cisalhamento


e de tração, deve-se verificar a equação de interação.

2 2
𝑉𝑆𝑑 𝑇𝑆𝑑
+ ≤ 10
𝑅𝑛𝑣 𝛾𝛼2 𝑅𝑛 𝛾𝛼2
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5. Ligações parafusadas
5.6 Distribuição de forças internas

• A distribuição de forças numa ligação parafusada varia em função de


variáveis como imperfeições geométricas oriundas da fabricação por
corte, furação e solda (PFEIL, 2009).

• De maneira geral, busca-se definir modelos representativos


simplificados e baseados em resultados experimentais para dar
maior segurança ao procedimento de cálculo.
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5. Ligações parafusadas
5.6.1 Ligação axial por corte

• Na ligação axial por corte com diversos conectores, admite-se uma


distribuição uniforme de forças entre os parafusos. Para deformações
em regime elástico, os conectores de extremidade absorvem maiores
parcelas de carga (PFEIL, 2009).
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5. Ligações parafusadas
5.6.1 Ligação axial por corte

• Tendo em vista a ductilidade do aço e o modelo elástico, perfeitamente


plástico, é fácil compreender que, à medida que aumenta-se o
carregamento, os parafusos adjacentes passam a absorver esforços
adicionais.

• Se a ligação for longa, maior que 1.270 mm, a força solicitante deve ser
multiplicada por 1,25 (PFEIL, 2009).
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5. Ligações parafusadas
5.6.2 Ligação excêntrica por corte

• Nas ligações excêntricas por corte, os parafusos estão submetidos


apenas ao efeito de forças de cisalhamento. No entanto, como a linha
de ação da força não passa pelo centro de gravidade dos parafusos,
não há uniformidade de esforços internos.

• Deve-se verificar o comportamento dos parafusos para a força de corte


e para o binário atuante.
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5. Ligações parafusadas
5.6.2 Ligação excêntrica por corte

• A força resultante em cada parafusos, por efeito do binário, é dada em


função da intensidade do momento e das características geométricas
da ligação.

𝑀 𝑀
𝑅𝑥 = ∙𝑥 𝑅𝑦 = ∙𝑦
𝑟2 𝑟2

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