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Ministério do Trabalho desenvolve Big Data para ampliar

atuação de seus Auditores-Fiscais


By e-Auditoria | 24/07/2017 | Coluna Diária de Notícias | auditores, auditores fiscais, Big
Data, fiscais, fiscalização, Ministério do Trabalho | Like |

Depois de lançar uma insígnia identificando a categoria do Auditor-Fiscal do Trabalho (foto), o


Ministério do Trabalho (MTb) anunciou nesta sexta-feira (21/07) que pretende investir R$ 8,5 milhões
ainda este ano na aquisição de servidores eletrônicos superpotentes para compor um Big Data, ou seja,
um sistema de informações on-line para a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Outros R$ 3,5
milhões já foram usados para compra desses equipamentos de alta capacidade de armazenamento de
dados e de processamento.

Equipamentos armazenamento, de potência semelhante aos usados pelo Serpro e Dataprev, já estão em
funcionamento no ministério para armazenar bases como a Rais, Caged e, mais recentemente, os dados do
eSocial doméstico.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, destaca que os investimentos vão inaugurar uma nova era
para fiscalização do trabalho. “Mais moderna, eficiente, eficaz e efetiva. O resultado será positivo para o
mercado de trabalho, com mais transparência e regularidade nas contratações”, observou Nogueira.

Dados integrados com Receita Federal e Caixa


Segundo o coordenador-geral de Integração Fiscal do Trabalho, auditor-fiscal Edmar Bastos, o MTb está
construindo um centro de gestão de informação com dados dos empregadores e trabalhadores contidos
nas mais diversas bases de dados governamentais, como Receita Federal (faturamento das empresas,
pagamentos a terceiros, comunicações de transporte etc.), INSS (comunicações de acidentes de trabalho,
relação de benefícios concedidos etc.), Caixa, eSocial, Rais, Caged e Seguro-Desemprego.

A interligação desse banco de dados vai possibilitar a criação de uma malha trabalhista. “O objetivo é
detectar fraudes, sonegação de FGTS, identificar irregularidades trabalhistas por técnicas estatísticas de
modo a efetuar os cruzamentos com alta velocidade”, explicou Bastos.

O centro de gestão de informações irá completar a tecnologia Big Data da Secretaria de Inspeção do
Trabalho, que permite lidar com imensos conjuntos de dados diversos e, assim, garantir a extração e
análise das informações. O coordenador explica que esses cruzamentos serão feitos em todas as fases das
auditorias trabalhistas.

“No planejamento, os cruzamentos irão identificar as empresas que apresentam algum indício de
irregularidade, como, por exemplo, a existência de trabalhador não formalizado, atividade econômica que
causa mais afastamento previdenciário e outras situações. Com isso, pretende-se dar maior acuidade ao
processo de identificação dos empregadores a serem fiscalizados”, afirmou.

Já na fase de fiscalização, a partir da ordem administrativa para fiscalizar determinado empregador, o


auditor-fiscal do Trabalho terá acesso a todos os dados do empregador além dos que indicam
irregularidades. Em relação à abrangência da fiscalização, com as técnicas estatísticas, a auditoria fiscal
do Trabalho poderá avaliar a abrangência das ações nas relações empregador/empregado, ou seja, o que
determinada ação fiscalizatória representou em uma região ou para uma atividade econômica específica,
por exemplo.

Convênio UnB
Em outra frente de ação complementar, o MTb firmou convênio com a Universidade de Brasília (UnB),
por meio do Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Inspeção do Trabalho e o Centro de
Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB).

O convênio possibilitou a criação de um grupo de pesquisadores (mestrando e doutorandos) de


Tecnologia da Informação para criar as malhas de auditoria com a participação direta de três auditores-
fiscais do Trabalho e, indiretamente, de mais nove auditores.

Esse grupo está fazendo a transferência do conhecimento simultaneamente ao desenvolvimento do


Projeto. Os pesquisadores, por sua vez, aproveitam os casos estudados para desenvolverem artigos e
projetos junto à Universidade para publicação e apresentação em Congressos.

“Além disso, de tempos em tempos é feito um repasse de conhecimento para outros auditores-fiscais do
Trabalho com formação em Tecnologia da Informação e áreas afins com o objetivo de uma maior
disseminação deste conhecimento”, observou Menezes.

Fonte: MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

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