Professional Documents
Culture Documents
CONDUTA DE PATRULHA
EM
LOCAL DE RISCO
1
CONDUTA DE PATRULHA EM LOCAL DE RISCO
DEFINIÇÃO
Conduta de patrulha é
Para efeito deste material de ensino, considera-se patrulha, a fração de tropa composta
de, no mínimo, 4 (quatro) integrantes operacionais, como unidade básica de prevenção
ao crime.
OBJETIVO
Capacitar o GCMa atuar em terreno urbano, de alto risco, valendo-se de sua presença,
capacidade de mobilidade nos mais variados terrenos e conhecimento técnico para
desestimular a prática delituosa, principalmente pela demonstração de preparo
técnico-profissional.
CONCEITOS
Patrulha: força operacional que emprega grandes efetivos, sendo destacada para
cumprir missões de reconhecimento, combate, apoio de fogo e segurança entre outras;
2
O DESLOCAMENTO E SEUS QUESITOS
Para uma decisão firme e acertada o GCM deve, ao preparar um lanço, ter em
mente respostas aos seguintes questionamentos
c) “como vou?”
De acordo com o ponto de destino e o itinerário a seguir, será escolhido o
processo de progressão mais adequado à realização do deslocamento, utilizando-se
os vários processos de progressão;
d) “quando vou?”
É a tomada de decisão do GCM para efetuar a progressão. Leva-se em conta o
momento mais adequado, de acordo com a segurança e oportunidade para progredir.
TIPOS DE PATRULHA
Patrulha de Reconhecimento:
d) missões típicas:
- o reconhecimento de uma área antes da operação propriamente dita,
- a definição de itinerário e
- a identificação de pontos de interesse.
Patrulha de Combate:
3
b) a patrulha GCM possui, geralmente, equipamentos e armamentos com maior
poderio do que o da patrulha de reconhecimento, a qual poderá tornar-se patrulha de
combate se a necessidade assim exigir; por isso, a patrulha de reconhecimento deve ter
o mínimo de equipamentos necessários para uma ação de pronta resposta ou mesmo
para permitir a retração de todos os seus integrantes de maneira segura e rápida.
COMPOSIÇÕES DA PATRULHA
É a recomendada para emprego nas operações policiais nos termos deste Manual,
uma vez que possibilita maior mobilidade e com número de Guardas Civis Municipais
suficientes para responder às diversas necessidades que se apresentarem e na seguinte
conformidade:
4
Patrulha com 8 (oito) integrantes
A patrulha com 8 (oito) integrantes difere da patrulha com 6 (seis) integrantes, pela
possibilidade de ser dividida em duas patrulhas compostas por quatro Guardas Civis
Municipais (célula mínima), divisão esta, que não poderá ser realizada na patrulha
com seis componentes, além de poder ser utilizada em locais de maior periculosidade.
ATRIBUIÇÕES
I) Ponta
a) GCMmais experiente dentro da patrulha e/ou aquele que melhor conheça o terreno em
que se dá a atuação, pois sua função é a de definir os pontos de abrigo seguindo o
objetivo do comandante;
II) Comandante
5
III) Ala
IV) Retaguarda
Na hipótese da patrulha ser composta por 6 (seis) Guardas Civis Municipais, admite-se
acrescentar um GCM com a função de ponta e outro na retaguarda.
6
POSTURAS TÁTICAS COM ARMAS
Neste capítulo são definidas as posturas táticas com armas, para fins de atuação do
GCMem patrulha e em locais de risco.
b) utilizada para deslocamentos rápidos, uma vez que permite o enquadramento de tiro
em massa de mira, conforme a ilustração abaixo:
7
III) Posição de Tiro
Chamada posição de combate, em que o atirador tem o alvo em mira e está preparado
para realizar o disparo.
8
Posição Individual com Arma de Fogo Longa
I) Posição de Retenção
a) o armamento portátil fica paralelo ao corpo, empunhado por ambas as mãos para
eventual necessidade de mudança de posição;
b) é utilizada nos deslocamentos por lanços, exceto para o GCMcom a função de ponta
da patrulha.
9
II - Posição Tática (ou Pronto Emprego)
a) chamada posição de combate, em que o GCM tem o alvo em mira e está preparado
para a realização de disparos em defesa da vida e em consonância ao ordenamento
jurídico vigente;
Chamada posição de combate, em que o atirador tem o alvo em mira e está preparado
para realizar o disparo, nas hipóteses autorizadas pela legislação pátria.
10
POSTURAS TÁTICAS CORPORAIS
Posições de Conduta
Combate
11
TORRE
Para efetuar a mudança de direção, levanta-se ligeiramente a perna que se encontra com
o joelho no chão e gira-se o corpo para o lado da perna ajoelhada. Antes de efetuar a
mudança de direção, o GCM deve posicionar seu armamento em posição tática
(retenção) e, aí sim, efetuar o giro, recompondo a postura de pronto emprego após
completar o movimento. Esta atitude deve ser adotada para inviabilizar o cruzamento da
linha de tiro entre os componentes da patrulha.
12
HI-LO
É a soma da posição de combate (“High”) com a posição torre (“Low”). O termo“ Hi-Lo” ,
derivado da língua inglesa, significa “ Alto-Baixo”.
O GCM que adotar a posição “Hi” deverá permanecer nas costas do GCM que fizer a
posição “Lo”. O contato físico entre ambos é necessário, uma vez que as pernas de um
dos Guardas Civis Municipais servirá de apoio às costas do outro.
Os braços do GCMem posição “Hi” devem estar sobre a cabeça do companheiro, para
certificar-se de que a ponta do cano de sua arma de fogo não se encontre no alinhamento
da cabeça do GCM em “Lo” e ainda para impedir que eventual levantamento deste o faça
exposto à arma daquele, conforme figura abaixo:
13
SIAMESA
É utilizada para a transposição de ambientes sem abrigo ou cobertura, ou ainda que não
possibilitem uma progressão segura por não haver posicionamento prévio de pontas e
retaguardas.
14
PROGRESSÃO SOB FOGO
É a técnica utilizada quando a patrulha se deparar com uma situação em que seja
possível a progressão mesmo sob fogo do oponente, após criteriosa análise do Cmt.
O Cmt só avançará quando for liberado pelo ala; quando este for liberado pelo volante e
assim sucessivamente.
O procedimento previsto neste artigo exige análise bem fundamentada e deve ser
adotado em situações em que outras opções não se fazem presentes, vez que revestido
de elevado risco.
A retração sob fogo é o posicionamento adotado quando a patrulha se deparar com uma
situação em que não seja possível a progressão, a sustentação do fogo ou a permanência
da patrulha no local em que se encontra, deverá, então, ocorrer à retração.
No momento em que o ponta nº 01 passar pelo Cmt, este determinará a retração do ponta
nº 02 e ele, Cmt, sustentará o fogo. Quando o ponta nº 02 passar pelo ala, este
determinará a retração do Cmt e passará a sustentar o fogo, permitindo o deslocamento
daquele.
RESGATE DE FERIDOS
É o procedimento adotado quando a patrulha se depara com oponentes e, diante da
agressão, um membro da equipe é baleado.
15
AMBIENTE CONFINADO
Estima-se que a(s) patrulha(s) atue(m) diante de ambientes confinados, durante as ações
táticas.
I - entradas cobertas:
a) também chamadas de entradas furtivas, lentas e programadas, são penetrações em
ambientes sem visualização, quando as técnicas de varreduras tornam-se insuficientes
para o controle da área, ou quando há necessidade de continuação do deslocamento.
II - entradas dinâmicas:
b) a entrada dinâmica deve ser realizada somente por grupos táticos especiais e só é
admitida quando o risco em relação aos reféns torna-se um risco insuportável ou ainda
quando, na situação em andamento, houver uma grande possibilidade de sucesso.
16
c) havendo a necessidade de uma segunda olhada, o ponto de entrada deverá ser
alterado.
17