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gumas de nossas observações sobre este processo nos últimos cinquenta anos, das
pesquisas que realizamos, em particular, com o grupo de pesquisas Alfabetização
e, especialmente, de nosso intercâmbio com os colegas professores da educação
básica e com colegas de outros países vinculados à Red Latinoamericana para
Trasformación de la Formación Docente en Lenguaje.
No primeiro capítulo, intitulado “As tendências pedagógicas: os conceitos de
leitura e de escrita”, são contrastados o ensino tradicional e o construtivismo, as
duas grandes correntes pedagógicas que marcam os discursos dos profissionais
da educação nos ambientes escolares. É atribuída ênfase aos conceitos de leitura
e de escrita que contribuem para diferenciar essas tendências.
Em “A leitura e a escrita: aprendizagem e ensino”, o segundo capítulo, são
examinados os enfoques dados ao processo de alfabetização em diferentes ten-
dências pedagógicas, sobretudo na didática tradicional e no construtivismo.
“A teoria de Piaget e o trabalho do professor no processo de alfabetização”
constitui o terceiro texto apresentado. Nele focalizamos alguns aspectos do cog-
nitivismo piagetiano e da psicogênese da escrita e suas implicações para a prática
pedagógica. Estudamos, também, algumas interpretações equivocadas da proposta
construtivista que ocorrem no ensino.
O quarto capítulo, intitulado “Metodologia do processo de alfabetização”,
contempla a questão dos métodos de ensino. Assunto que por vezes é visto como
desnecessário com base no pressuposto de que os métodos estão superados. Con-
tudo, este estudo é importante para a compreensão do processo de alfabetização
praticado em muitas escolas.
No texto intitulado “A educação infantil e o processo de alfabetização”, que
constitui o quinto capítulo, tratamos da inserção das crianças no universo da lei-
tura e da escrita e do papel que essa educação pode desempenhar neste processo.
Ênfase é atribuída à importância do respeito ao direito de as crianças viverem a
própria infância.
No sexto capítulo, “O ensino fundamental com nove anos de duração”, exa-
minamos a inserção da alfabetização no novo currículo deste ensino que se inicia
aos 6 anos de idade.
“As crianças, as professoras e as suas práticas em alfabetização” é o título do
sétimo capítulo. Nele são contrastadas as realizações em leitura e escrita de crianças
em idade pré-escolar e as práticas alfabetizadoras, realizadas pelos professores.
O oitavo texto, “A alfabetização e a pedagogia por projetos”, focaliza a
proposta de pedagogia por projetos apresentada por Jolibert e colaboradores,
que não distancia o letramento da alfabetização. Ênfase é dada à leitura e à
10 Alfabetização