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Para aqueles que se recusam a aceitar que todos nós temos direito a viver,
cabe lembrar-los do Art. 2 da Declaração Universal dos Direitos Humanos,
proclamada e aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de
dezembro de 1948:
Figura 1
2.-O 40% mais pobre da população mundial, recebe um 5 por cento da renda
global. O 20% mais rico, recebe setenta e cinco por cento da renda mundial.
3.- De acordo com dados do UNICEF, 22,000 crianças morrem por dia devido
à pobreza. E, “morrem em silêncio em algum dos povoados mais pobres da
terra, longe dos olhos e da consciência do mundo. A fragilidade de suas vidas,
faz mais invisível a sua morte..” (GLOBAL ISSUES,2011).
5.-Até o ano 2000, menos de um por cento do que o mundo gastou em armas,
por ano, era necessário para dar escola a todas as crianças do mundo
Podemos constatar que isso não aconteceu. (NEW INTERNATIONALIST,
2011)
Figura 2
“Os níveis de pobreza entre os indígenas são mais altos que na população em
general”, denunciou comparando as médias nacionais de 44% de pobreza e
19% de pobreza extrema existentes na região.
A pobreza no Brasil,
Figura 3
██ até6%
██ + 6%
██ + 12%
██ + 18%
██ + 24%
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1 A identificação de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza foi feita pelo Instituto de
Geografia e Estatística (IBGE) a pedido do governo federal para orientar o programa “Brasil
sem Miséria”,.O objetivo do programa será garantir transferência de renda, acesso a serviços
públicos e inclusão produtiva para resgatar brasileiros da miséria.
Fatores de pobreza.
Figura 4
Ignorância:
Doença:
Apatia:
Dependência:
Desonestidade:
De acordo com esse autor (ibid) , nos últimos 14 anos, desde o fim da guerra
fria até 2006, aproximadamente 250 milhões de seres humanos morreram
prematuramente por causas relacionadas com a pobreza. A cada ano
adicionam-se 18 milhões . Um número muito maior de seres humanos vivem
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em condições de pobreza quase fatal que lhes dificulta articular seus interesses
e efetivamente lutar por sí próprios e suas famílias. Essa catástrofe acontece
sob uma ordem institucional global pensada para benefício dos governos,
corporações e cidadãos dos países ricos e das elites dos países pobres.
Concordando com Paulo Gentili (2009), não podemos negar, que após
sessenta anos da proclamação da Declaração dos Direitos Humanos, continua
tão poderosa no fundamentos e tão frágil na sua aplicação. Para Paulo Sérgio
Pinheiro (apud. Gentili, 2009, p.21), “toda celebración de un tratado o
declaración por los derechos humanos suele ser un «ejercicio de frustración».
Para Gentili:
“La capacidad de estos arreglos o acuerdos jurídicos
para modificar la intolerable cotidianeidad de quienes
sufren la violencia del hambre, la exclusión, la
segregación, El racismo, la explotación, el maltrato y el
martirio por la prepotencia de gobiernos, empresas o
grupos más poderosos, suele ser bastante poco efectiva
(GENTILI, p22)
O paradigma de Habermas.
Habermas, não critica a filosofia de um modo geral, mas aquela que tem
suporte na consciência. Assim, o que está propondo na verdade é a
substituição da filosofia da consciência por outra, uma filosofia da linguagem,
que vai ser a base de sua teoria da comunicação.
Para Habermas essa razão deve ser substituída por uma razão dialógica que
considere a compreensão entre as pessoas e a lógica do melhor argumento.
Figura 5
Razão centrada no sujeito e a razão comunicativa
RAZÃO
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SUJEITO OBJETO
Razão comunicativa:
COMUNICAÇÃO
(LINGUAGEM)
Tabela 1 – Os paradigmas
Figura 6
Paradigma de comunicação
RAZÃO
COMUNICATIVA
RELAÇÃO
(CONSENSO)
SUJEITO SUJEITO
INTERAÇÃO
A B
foi uma época marcada pela enorme influência da igreja sobre a razão e a
busca da verdade.
Diversos pensadores, tais como Jean Paul Sartre, André Malraux e Hannah
Arendt tem opinado que para poder compreender a existência das pessoas é
fundamental fazer referência à condição humana. A Wikipédia (2007, versão
em espanhol), a define como,
O que surpreendeu à filósofa foi que a reação ante o fato, que mostrava a
capacidade da ciência e da tecnologia, no foi de orgulho ou de medo, mas de
um sentimento de um desejo cumprido: escapar de prisão da terra, a alegria de
sentir-se liberados dessa cárcere.
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Escapar da “condição humana”, viver além dos limites fixados, são os desejos
que surgem nos seres humanos, antes mesmo de poder realizá-los. O homem
anseia mudar a existência humana do “dado” ao “feito por ele mesmo”. Esta
idéia está no centro da reflexão de Hannah Arendt sobre o problema que ela
acredita ser essência do mundo moderno: De que maneira o “artificio humano” 1
separa a existência humana do mundo animal e da Terra.
Mas, como se apresenta esse “mundo sem sentido”? A distinção que autora
faz entre “labor”, “trabalho” e “ação” é fundamental para compreender os seus
posicionamentos ante a tecnologia.
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A ação é a única atividade da condição humana que só pode ser praticada com
outros homens. Corresponde à condição humana da pluralidade. A ação é a
condição de toda a vida política do homem na Terra. Nela o homem exerce sua
qualidade de inteligência para introduzir seu conhecimento no espaço em que
convive, com a intenção de modificar para melhor esse espaço, com a
finalidade de estabelecer um acréscimo ao bem-estar de seus habitantes. É
uma atividade exercida entre homens, independentemente da produção de
coisas ou da manutenção da vida, devido ao fato de que os homens e o
homem vivem na terra e habitam o mundo. Para a Hannah Arendt, é a
pluralidade humana a condição de existência do homem sobre a terra: somos
seres racionais igualmente humanos, mas cada qual apresenta diferenças e
variações em seus caracteres individuais e para que se reflitam essas
diferenças necessitamos da constante presença e continuado diálogo com os
outros.
Como afirma Claudia Petrina (1994) " Quem tem fome tem pressa ". Essa frase
de Betinho serve para ilustrar a necessidade da urgencia das acoes
emergenciais. Nao se trata de reforcar o assistencialismo classico, mas sim de
exercitar a solidariedade como a maneira mais rapida de solucionar o problema
de milhoes de famintos no pais. "O objetivo dessas acoes nao e tornar as
pessoas beneficiadas objetos de caridade alheia ", como diz Betinho. Quem
recebe alimentos, melhoria nas condicoes de saude, educacao etc, tambem
deve participar do trabalho do comite que cadastrou sua familia ou
comunidade. Muito mais do que redescobrir a solidariedade de quem da, e
preciso respeitar a cidadania de que recebe.
(2006), a partir dessa década, com o início do debate nacional sobre segurança
alimentar, a fome passou ser considerada como expressão mais nefasta do
estado de insegurança alimentar, o que contribuiu para entendê-la de uma
forma mais ampla e tratá-la dentro de uma concepção de segurança alimentar
e nutricional.
Fome Zero
Vínculo institucional: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome.
Público-Alvo: 46 milhões de brasileiros com renda menor que US$1.00
per capita/dia.
Abrangência: Todo território nacional
Tabela 2
Figura 7
Bolsa Famíla no paradigma de comunicação
RAZÃO
COMUNICATIVA
PRINCÍPIOS E
AÇÕES A SEREM
IMPLEMENTADAS
(DECISÃO
CONSENSUAL)
Mas o que é mais certo é que não haverá superação da fome sem a
construção da autonomia das pessoas e famílias que passam pela situação de
pobreza . Se há fome, deve haver uma ação assistencial. Mas, se não são
incorporadas, desde o início, ações que levem as pessoas e famílias a saírem
da situação de miséria e se tornarem autônomas para gerarem a própria renda,
esse discurso tem um sério problema. Ele colabora para a perpetuação da
situação de fome. Então, ações, programas em torno desse tema devem,
necessariamente, incorporar a conquista de autonomia por parte dos famintos.
Assim, essas limitações do Programa Bolsa Família devem ser revistas sob
pena de perder legitimidade e efetividade uma das estratégias mais avançadas
de combate à fome e à pobreza que o país já teve. (DA SILVA, 2006)
Referências
ANUP, Shap (2010), Poverty Facts and Stats, 2010. Global Issues Social,
Political, Economic and Environmental Issues That Affect Us All.
Disponível em: http://www.globalissues.org/ Acesso 04 de janeiro de 2012
NEW INTERNATIONALIST. State of the world report . Issue 287 - Feb 1997,
Disponível em: http://www.newint.org/features/1997/01/05/keynote. Acesso:14
de dezembro de 2011.
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