Professional Documents
Culture Documents
Freud e a Psicanálise
Fundou a Psicanálise que vai operar uma profunda revolução na psicologia e na concepção de homem.
PSICOLOGIA B 1/6
Freud e a Psicanálise
2. O OBJECTO DE ESTUDO
2º TÓPICA
O Id, o Ego e o Superego são as estruturas essenciais da personalidade, estabelecendo entre si uma relação
conflituosa à qual se deve o dinamismo da vida psíquica.
constitui o fundo ou a matriz a partir da qual se formam, por diferenciação o Ego e o Superego;
é formado por tudo o que herdamos e está presente à nascença: instintos, pulsões, desejos;
é o reservatório dos impulsos biológicos mais básicos que dinamizam ou dão energia ao
comportamento;
é totalmente inconsciente;
está totalmente desligado do mundo real, da realidade externa e não actua segundo princípios lógicos e
morais;
é amoral porque pretende realizar tudo o que lhe agrada sem se preocupar com o facto de isso ser bom
ou mau;
é, em grande parte, animado pelo impulso sexual, o grande reservatório da libido (a energia das pulsões
sexuais) e tem, por isso, uma forte ligação ao corpo, à nossa dimensão biológica.
O Ego visa impedir não o prazer mas sim uma descarga imediata da energia pulsional, isto é, uma satisfação
que não tenha em conta os limites característicos do meio ambiente.
PSICOLOGIA B 2/6
Freud e a Psicanálise
funciona segundo princípios lógicos e racionais embora, paradoxalmente, tenha uma parte
inconsciente;
actua segundo o princípio da realidade. Regulando-se por este princípio, o Ego adia a satisfação dos
impulsos do Id até que o objecto apropriado a essa satisfação surja na realidade;
desempenha o papel de executivo e de mediador em relação ao Id: decide que instintos e pulsões
podem, na realidade, ser satisfeitos e de que modo. O Ego, na verdade, desenvolve-se a partir do Id e
existe para satisfazer as necessidades deste e não para as frustrar. Mas é realista: sabe ou aprende que
para termos certas coisas temos de renunciar a outras. O princípio de realidade não exclui o princípio
de prazer.
O Superego é o representante da moralidade: diz-nos não o que podemos ou não fazer mas sim que
devemos ou não devemos fazer.
Conclusão
PSICOLOGIA B 3/6
Freud e a Psicanálise
impulsos, e ignora a realidade. O Superego sobrepõe a moralidade à realidade. Entre a força dos impulsos
instintivos e as ameaças de punição do representante da moralidade, está o Ego que Freud,
metaforicamente, compara a um "escravo" que tem de agradar a dois senhores em luta um com o outro.
Se já era difícil, dados os constrangimentos da realidade, encontrar forma de satisfazer as pulsões do Id, o
surgimento do Superego (cujo desenvolvimento se conclui com a ultrapassagem do complexo de Édipo)
traz problemas acrescidos. Neste "colete-de-forças" a racionalidade e o equilíbrio do Ego ameaçam
desmoronar-se. Uma vez que surgiu a partir do Id vai tentar satisfazer os impulsos deste, mas tendo em
conta o que a realidade permite e o que a moralidade admite.
O termo libido é utilizado por Freud para designar a energia inata que nos motiva e possibilita sobreviver. O
impulso sexual seria uma das mais importantes manifestações. Freud recorre à imagem da máquina a vapor
para melhor fazer entender o seu conceito: a libido seria o "vapor" que dá a energia, que permite que a
"máquina" se mova. Sendo um aspecto central da nossa personalidade, o modo como usamos essa energia
varia tendo em conta as nossas necessidades, desejos e actividades.
A libido manifesta-se de modos diferentes nos diferentes estádios de desenvolvimento psicossexual. O
quadro que se segue apresenta os diferentes estádios psicossexuais.
PSICOLOGIA B 4/6
Freud e a Psicanálise
Estádio oral A zona erógena principal é a boca: o bebê obtém prazer ao mamar, ao levar objectos à
(do nascimento boca e através de estimulações corporais.
até cerca dos 12 A sexualidade é auto-erótica.
meses) O desmame corresponde a um dos primeiros conflitos vividos: o Id, orientado pelo
princípio
do prazer, é dominante, opondo-se ao Ego, que se rege pelo princípio da realidade.
É neste estádio que o Ego se forma
A zona erógena principal é a região anal: a criança obtém prazer pela estimulação do
Estádio anal ânus ao reter e expulsar as fezes.
(1-3 anos) Adquire o controlo dos esfíncteres.
É nesta fase que se faz a educação para a higiene.
O controlo da defecação gera simultaneamente sentimentos de prazer e de dor -
ambivalência.
A sexualidade é auto-erótica.
Há um reforço do ego.
A zona erógena principal é a região genital: os órgãos sexuais são estimulados
pela criança, obtendo prazer. A curiosidade sobre as diferenças sexuais é
PSICOLOGIA B 5/6
Freud e a Psicanálise
PSICOLOGIA B 6/6