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Biografia de Luís de Camões

Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta português. Autor do


poema "Os Lusíadas", uma das obras mais importantes da
literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de
Portugal. É o maior representante do Classicismo Português.
Luís de Camões (1524-1580) nasceu em Coimbra ou Lisboa, não se
sabe o local exato nem o ano de seu nascimento, supõe-se por volta
de 1524. Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo,
ingressou no Exército da Coroa de Portugal e em 1547 embarcou
como soldado para a África, onde participou da guerra contra os
Celtas, no Marrocos. Durante o combate perde o olho direito .
Em 1552, de volta à Lisboa frequentou tanto os serões da nobreza
como as noitadas populares. Numa briga, feriu um funcionário real e
foi preso. Embarcou para a Índia em 1553, onde participou de várias
expedições militares. Em 1556, foi para a China, também em várias
expedições. Em 1570, voltou para Lisboa, já com os manuscritos do
poema "Os Lusíadas", que foi publicado em 1572, com a ajuda do rei
D. Sebastião.
O poema "Os Lusíadas" funde elementos épicos e líricos e sintetiza as
principais marcas do Renascimento Português: o humanismo e as
expedições ultramarinas. Inspirado em A Eneida de Virgílio, narra
fatos heroicos da história de Portugal, em particular a descoberta do
caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama. No poema,
Camões mescla fatos da História Portuguesa à intrigas dos deuses
gregos, que procuram ajudar ou atrapalhar o navegador.
Um aspecto que diferencia Os Lusíadas das antigas epopeias
clássicas é a presença de episódios líricos, sem nenhuma relação
com o tema central que é a viagem de Vasco da Gama. Entre os
episódios, destaca-se o assassinato de Inês de Castro, em 1355,
pelos ministros do rei D. Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu
amante.
Luís de Camões é o poeta erudito do Renascimento, se inspira em
canções ou trovas populares e escreve poesias que lembram as
cantigas medievais. Revela em seus poemas uma sensibilidade para
os dramas humanos, amorosos ou existenciais. A maior parte da obra
lírica de Camões é composta de sonetos e redondilhas, de uma
perfeição geométrica e sem abuso de artifícios, tudo parece estar no
lugar correto.
No século XVI, em todos os reinos católicos, os livros deveriam ter a
aprovação da Inquisição para serem publicados. Isso ocorreu com "Os
Lusíadas", conforme texto de frei Bartolomeu, onde comenta as
características da obra e ressalva que a presença de deuses pagãos
não devem preocupar porque não passa de recurso poético do autor.
Uma das amadas de Camões foi a jovem chinesa Dinamene, que
morreu afogada em um naufrágio. Diz a lenda que Camões conseguiu
salvar o manuscrito de Os Lusíadas, segurando com uma das mãos e
nadando com a outra. Camões escreve vários sonetos lamentando a
morte da amada. O mais famoso é "A Saudade do Ser Amado".
Camões deixou além de "Os Lusíadas", um conjunto de poesias
líricas, entre elas, "Os Efeitos Contraditórios do Amor" e "O
Desconcerto do Mundo", e as comédias "El-Rei Seleuco", "Filodemo"
e "Anfitriões".
Luís Vaz de Camões morreu em Lisboa, Portugal, no dia 10 de junho
1580, em absoluta pobreza.

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