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DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
FACULDADE DE CIÊNCIAS
UNIVERSIDADE DE LISBOA
PALEONTOLOGIA
Curso Teórico
Tema 7
Plano da aula
1. Estratigrafia:
1. ESTRATIGRAFIA
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1.2 SUBDISCIPLINAS
1.2.1 LITOSTRATIGRAFIA
1.2.1.1 Princípios
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Com base nos seus três princípios, Steno foi capaz de propor uma cronologia
relativa [por cronologia entenda-se uma lista de acontecimentos apresentada pela
ordem em que terão ocorrido] para o conjunto de estratos da região da Toscânia.
No entanto, a diversidade dos processos geológicos dá origem ao
aparecimento de situações especiais para as quais estes princípios não podem
aplicados indiscriminadamente. Estes casos particulares, geralmente referidos como
"excepções", são, por exemplo no que se refere ao Princípio da Sobreposição, os
depósitos de terraços marinhos e/ou fluviais e os depósitos de gruta. Noutro
contexto, os contactos entre rochas sedimentares e rochas metamórficas ou
magmáticas (plutónicas ou hipabissais) geram maior número de situações de
excepção, dadas as condições particulares de génese de cada um destes conjuntos
litológicos. Cite-se, como exemplo, o caso dos filões-camada em que a sua idade é
sempre mais recente que as de ambas as camadas que o delimitam, inferior e
superiormente.
Em relação ao Princípio da Continuidade a sua maior “excepção” reside no
facto de certas formações serem diacrónicas, no caso de serem depositadas na
sequência de movimentos transgressivos ou regressivos. Outra questão que dificulta
a aplicação deste princípio é o da variação lateral de fácies ou o desaparecimento
lateral de camadas por erosão ou não deposição (ex: níveis lenticulares,
paleocanais) mais frequente em formações de fácies continental do que de fácies
marinha.
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1.2.1.1 Unidades
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que: (1) ocorrem numa dada área geográfica (da qual recebem a sua designação);
(2) correspondem a uma mesma sequência evolutiva (sequência transgressiva ou
regressiva); (3) enquadram-se num dado intervalo temporal sem grandes hiatos ou
lacunas ou (4) partilham um mesmo domínio paleoambiental (p. ex: conjunto de
formações de fácies continental enquadradas por outras de fácies marinha, ou vice-
versa).
A designação Complexo utiliza-se para quando se agrupa um conjunto de
formações cujas relações geométricas relativas não são facilmente reconhecidas no
terreno mas que, no seu todo, ocupam uma posição estratigráfica bem definida na
sequência litostratigráfica de uma dada região. Exemplos: "Complexo vulcano-
sedimentar de Lisboa - Mafra", devido ao entrosamento dos seus níveis de escoadas
e tufos vulcânicos; "Complexo de Benfica" devido à sua acentuada variação lateral
de fácies continentais.
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1.2.2. BIOSTRATIGRAFIA
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1.2.1.1 Princípio
2. Serem produzidos por grupos prolíficos (p. ex: com elevada taxa de reprodução),
aumentando a probabilidade de poderem ser encontrados os seus fósseis no
registo geológico;
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1.2.2.3 Unidades
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2 - As FO’s e LO’s obtidas de cada coluna litostratigráfica são comparadas entre si,
por exemplo, através do Método da Correlação Gráfica. Definido por Allan
SHAW, em 1964 (pelo que também é conhecido por “Shaw plots”), muito do
trabalho pode ser realizado em papel milimétrico com o recurso a uma simples
calculadora embora actualmente seja realizado por computador tirando partido
do conceito estatístico de Correlação linear (o melhor ajuste de uma linha
recta a um conjunto de pontos). Através deste método, os FO’s e LO’s de duas
colunas litostratigráficas (colocada uma em abcissas e a outra em ordenadas)
são comparados. Se eles estão alinhados é porque eles são temporalmente
equivalentes. Se algum dos pontos se encontra claramente desalinhado dos
demais tal se pode ficar a dever a migrações ou pode significar “imprecisões”
na determinação realizada num dos cortes. Se for este o caso, as ocorrências
podem ser corrigidas;
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4 - Com base na sequência de FAD’s e LAD’s pode então ser finalmente definida
uma Escala Biostratigráfica, composta por um certo número de Biozonas,
cujos limites são definidos por esses mesmos eventos.
Tipos de Biozonas
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CRONOSTRATIGRAFIA
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1.2.3.2 Unidades.
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Divisão em Eonotemas:
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Eonotema Eon
Eratema Era
Sistema Período
Série Época
Andar Idade
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- Método dos Traços de Fissão Nuclear - baseia-se nos impactos produzidos por
partículas nucleares resultantes da desintegração ou fissão de 238U, 235U ou
232Th sobre a superfície ou estrutura de certos minerais (micas, apatite, esfena,
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