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Resumo do livro Brás, Bexiga e Barra Funda

Autor: António de Alcäntara Machado.

Artigo de fundo

Nossa nacionalidade nasceu de trës raças: A primeira já aqui habitavam e eram comedores de gente. A
Segunda raça veio nas caravelas. Essas duas raças se uniram e nasceram os primeiros mamalucos.
A terceira raça veio nos porões dos navios negreiros. Essa raça se uniu as outras duas e, assim, nasceram
os segundos mamalucos. E a união dessas duas espécies de mamalucos é que deram o empurrão inicial no
Brasil. E o colosso começou a rolar. Através de novos cruzamentos novos mamalucos foram surgindo e o
colosso continuou rolando.
Brás, Bexiga e Barra Funda não é um livro, mas sim, membro da livre imprensa que apenas relata alguns
aspectos da vida trabalhadeira, intima e quotidiana desses novos mestiços nacionais.

Gaetaninho

Gaetaninho era um menino dos mamalucos formado. Era pobre, muito pobre. Andava de carro só em
interro ou casamento. Sonhava estar andando de carro. Era apenas um sonho. Sonho difícil de se realizar
graças à pobreza. Um dia jogando bola Gaetaninho foi atropelado por um bonde e morreu. No bonde vinha
seu pai. Agora o que era sonho se tornara realidade. Gaetaninho agora andava de carro. E no carro da frente,
dentro de um caixão fechado com flores pobres por cima.

Carmela

Carmela e Bianca saem juntas do serviço. Carmela é linda e possui um lindo corpo. Ela é admirada por
todos que passam por ela. Bianca é estrábica e feia e, por isso, é apenas a sentinela da companheira. Carmela,
porém, não gosta de ser admirada como é. Bianca adoraria ser, mas não é. Os únicos homens que chegavam
para conversar com Bianca era para perguntar algo ou mandar algum recado para a amiga. Como um rapaz
chamado por caixa-d’óculos pede a Bianca que avise a amiga que ele a espera às oito horas atrás da igreja
Santa Cecília. Bianca avisa. Carmela da uma de durona mas vai. No encontro caixa-d’óculos convida Carmela
a um passeio de carro. Ela só aceita na condição de que Bianca vá junto. Os dias passam e Carmela agora diz
a Bianca que nos próximos passeios ela não irá junto por pedido de caixa-d’óculos. Bianca se irrita. Bianca
quando nervoso rói as unhas todas e sai. No passeio encontra Ernestinha. Esta pergunta, a Bianca sofre o
Angelo companheiro de serviço de Bianca. Esta diz que é pra casar. Ernestina se assusta

Tiro de Guerra n* 35
No Grupo Escolar da Barra Funda, Aristodemo Guggiani ficou sabendo que o Brasil foi descoberto sem
querer e que é o país maior, mais belo e mais rico do mundo. O professor Seu Serafim fazia, no final da aula,
os alunos contarem o hino nacional e o da bandeira. Quando o sinal batia o pessoal saia vaiando Seu Serafim.
Aristodermo saia da escola e ia para a oficina mecänica do cunhado. Era um moleque danado. Entre suas
encrencas a mais marcante foi quando quase morreu afogado no Tietë. Aos 20 anos brigou com o cunhado e
foi ser cobrador numa Companhia de Autoviação que fazia a linha Praça do Patriarca-Lapa. Logo arrumou
uma namorada seria feito, no seu emprego, um sorteio para escolha de defensor da pátria. Para escapar do
sorteio, Aristodemo ostentava agora a farde de soldado de tiro-de-Guerra n*35. Lá ele era a base da Segunda
esquadra e foi escolhido para ser ajudante-de-ordens do Sargento Aristóteles Camarão de Medeiro natural de
São Pedro do Cariri. Seu primeiro dever era saber o hino nacional de cor. Foi aí que deu valor em Seu
Serafim, o professor da Antiga Escola. O Segunda dever era ensaiar o hino com toda a esquadra. Durante o
ensaio um descendente de alemão sorria em vez de cantar como todos. Disse que não contava porque não era
brasileiro e levou um tapa na cara dado por Aristodemo que ensaiava à esquadra o hino. O Sargento ao saber,
disse apenas que ouviria testemunhas e iria proceder como fosse de justiça. A justiça foi feita e beka dizia: O
Alemão era desligado do tiro-de-guerra e Aristodemo apenas suspenso por um dia. O Alemão desligado por
falta de nacionalidade e Aristodemo suspenso por um dia por falta de respeito em relação ao tapa dado no
Alemão Aristodemo, sob conselho do sargento, achou melhor sair do tiro-de-guerra e hoje trabalha na
Sociedade de transportes Rui Barbosa Ltda na mesma linha da Praça do Patriarca-Lapa.

Amor e Sangue

Grazia não queria mais falar com Nicolino. Por mais que ele tentasse ela não queria mais saber dele. Ainda
esperançoso foi até o barbeiro cortar o cabelo e fazer a barba para ver se, mais bonito, reconquistava seu
amor. No barbeiro ficou sabendo que um jovem matara uma moça por um amor não correspondido. Achou
bandidajem tudo aquilo, não amor.
Saiu do barbeiro e topou com Grazia. Ela não queria mesmo saber dele. Nicolino ameaçou até se matar, mas
nada dela voltar a falar com ele. Foi então que ele voltou aborrecido. Mais tarde quando Grazia conversava
com Rosa, Nicolino veio conversar com ela (ou tentar pelo menos) pela última vez pedir que ela voltasse com
ele. A tentativa foi de novo em vão. Então foi, que, com uma punhalada ele a matou. Disse ao delegado que
só matou porque estava louco e porque era um desgraçado. O estribilho do Assassinato por amor causou furor
na zona.

A Sociedade

O filho de Salvatore Melli chamado Adriano Melli namorava Teresa Rita filha do conselheiro José Bonifácio
cuja esposa não gostava nem um pouco do namorado que a filha arrumara. Um dia Salvatore melli e o
Conselheiro José Bonifácio fizeram um ótimo negócio juntos. O negócio fora tão bom para ambas que logo
seus filhos casaram um com o outro e a mulher do Conselheiro que era contra se apegou com o genro e
passou a gostar dele, formando um forte laço de amizade.

Lisetta
Lissetta entrara no bonde com Mariana, sua mãe. Logo notara um ursinho, um lindo ursinho nos braços de
uma menina rica. Ficou encontada. Quis tocá-lo, a menina percebendo abraçou com força o ursinho. A mãe da
menina rica achou ruim e nem respondeu ao pedido de desculpas de Mariana. Lisetta começou a chorar por
querer apenas tocar no ursinho e não poder. Ao chegar em casa Lisetta apanhou bastante de Mariana pela
vergonha que causara. Seu irmão Ugo deu-lhe um pequeno ursinho, ela de alegria correu para o quarto e
fechou-se por dentro com o ursinho que ganhara do seu irmão.

Corintians(2) VS. Palestra(1)

Miquelina fora até o Palestra Itália ver seu time do coração, o Palestra, jogar contra o rival Corintians. Queria
também e torcia para que o astro de seu time, o Rocco, humilhasse o astro Corintiano chamado de Biagio.
Mas o que vira foi totalmente o contrário. Seu time perdia por um gol a zero e seu astro Rcco faltando oito
minutos para o termino da partida fez penalti em Biagio e o Corintians ganhou o jogo por dois gols a zero.
Miquelina saiu de campo nervosa e nada queria.

Notas Biográficas do Novo Deputado

Juca recebera uma carta do administrador da Santa Inácia e, por ela, soube que o pai do seu afilhado
Gennarinho, o compadre João intaliano havia morrido de uma anemia nos rim. O administrador perguntava
ao patrão o que fazer com a criança. Junto de sua esposa, Dona Nequinha, resolveram trazer o menino para
morar com eles. Tratavam dele como um filho e gostaram dele. Gennarinho tinha nove anos e causava
admiração em Dona Nequinha por sua esperteza. Só não gostavam do seu nome e o traduziram ficando
Januario. Depois resolveram se preocupar com o futuro do menino. Colocaram-o na escola do Ginásio de São
Bento. O Reitor do Colégio perguntou o seu nome inteiro, ele, com pressa, respondeu: Januário Peixoto de
Faria e foi para o recreio.

O Monstro de Rodas

Morrera uma criança. Uma menina pequena. Durante a caminhada para o enterro mulheres choravam, homens
também choravam. Crianças brincavam e faziam apostas. Fora enterrada. De volta para casa olharam para o
retrato que publicaram na Gazeta. Pelo retrato admiraram sua beleza, mas de mais nada isso adiantava. O pai
tinha ido conversar com o advogado.

Armazém Progresso de São Paulo

O armazém do Natale era célebre em todo o Bexiga por causa das ofertas que fazia dizendo que dava um
conto de réis a quem provasse que na sua venda não tinha artigos de todas as qualidades. O filho do doutor da
esquina brincava com Natale sobre a oferta tentando achar algo que o arma’zem não possuía. Ele marcava
tudo o que comprava na conta do pai só com pseudönimos. O armazém tinha crescido nos últimos tempos
graças ao trabalho forte dele e sua esposa a Dona Bianca que suava firme na cozinha. Certo dia Dona Bianca
fora servir um eliente por nome de José Espiridião e este meexera com ela. Correu a contar ao marido. Este ao
ir conversar com Espiridião fora tapiado na mudança da conversa para o aumento do preço da cebola. Natale
voltou para a esposa e perguntou se tinha cara de idiota. Esta fora dormir se vendo no palacete mais caro da
Avenida Paulista.
Nacionalidade

O barbeiro Tranquillo zampinetti era bem tranquilo. A tarde sentava junto a sua esposa na calçada e falavam
somente na Itália. O único desgosto, que sentiam era esse. Saudades da terra natal. Ia dormir com a idéia de
voltar à pátria na cabeça. Ele era proprietario de vários prédios em São Paulo. Chorou como uma criança o
Bruno se formou bacharel em Ciëncias Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo. O primeiro
serviço profissional do Bruno foi naturalizar brasileiro Tranquillo Zampinetti, cidadão italiano residente em
São Paulo.

Resumo feito por: Clayton Rosa Mendonça

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