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DE
IIISTORIA DO BRAZIL
PARA UZO
POR
:JL
RIO DE JANEIRO
TYP. IMPARCIAL, DE J. l\f. . GABCIA,
RUA DA CARIOCA! . 3110.
1861.
COl\lPENDIO
PARA OS ALUMNOS DO QUARTO AN O.
Professando desde algun annos a Historia do Brazil no
Imperial Collegio de Pedro U, reconhecemos no fim de
breye experiencia que e fazia entir a falta de um com..
pendio dessa materia que fosse escripto e metbodizado de
harmonia com o systema de estudos adoptado naquelle
importante estabelecimento, e tambem comprehendemos que
á nós como professor da cadeira respectiva, cumpria mais
que á outl'O qualquer procurar satisfazer uma tal neées-
sidade.
Em desempenho do nosso dever mettemos hombros á
empreza, tendo sempre de memoria que escreviamo para
estudantes, cuja intelligencia já um pouco dezenvolvida não
tinha de contentar-se com uma restricta exposição de factos
e simples recorda~,ão de datas e ainda não bastante es-
clarecida mal podia elevar-se ás altmas de transcendentes
apreciações philosophicas. Marcando á nossos passos um
caminho que assim se desviava de dous extremos op-
postos, não s:J.bemos se alguma vez ou muitas nos aparta-
mos da senda que pretendemos seguir ou se acertadamente
attillgimos o nosso fim.
A tarefa de que nos encarregamos difficil e espinhoza
em muitos sentidos, mostrou-se-nos entretanto menos rude·
porque não hesitamos m pôr em abundante tributo a
nosso favor algumas obra antigas e modernas sobre a
PREFACIO.
:e:oUiIJifc_
'" I.u
QUADRO SYl\TOPTICO DA LlçaO
---=-=~,+<.~ ........==---
PEllSONAGEN ATTllffi TO": FEITO" E ACONTECIMENTO DATAS.
Succede a seo irmão D. F mando no thl'ono de
I
Portugal . ,13 5
D. JOÃO 1.0-0 Mestl'e d'Aviz. Rei de POI'llIgal. Firma. o seo throno triumphando om Aljubarrota. 1385
ConquI ta C ut,'!. . . . . . . . . . . . . . . 14:15 - 6
_c,
1\101'1'0. . • . . . . • . • . . • • . . • . •
1~33
( Manda dobrar o cabo lo Não. . . • . . 1!j, 12 -tl/
f1ENRIOUE ])Ji' PORTUGAL _ O Na\'c"adol'. ~ Qual'to filho de D. João 1:0' Gi'ão ) .Manda muito na\'ogantos quc o cobrem grando
.' '~I Mestl'c da OI'dC01 dc C/lI'Isto.
( 1\f~~~te. d~ ~o .ta . o~ci~en.tal. d~ . ff'~ca: . ~ui~a:. ill~a .' 1417, o f418 a.
Faz pela bulJa intel' cmterl1S qwe '10M conc ão
13 d 1 orombro do l
1!j,53
fMiO -j
CAUXTO 111.0 Papa. da terra que de coI ri e acl Indos ao infant
{ D. Henrique, como grão mestl'O da ol'd md Chri t . f4õ6 _.e--
Sóbo ao throno de Portuo-al. . . . . . . . . . H8f
Manda Bartholomeo Dia ao rio cobrimento do
errande cabo que t rmina a Africa ao uI. . . . . 148G
f4,86· ----
k
{ Volta e eheo-a á Portugal, e D. João 2. 0 muda o nomo ~
~
CURISTOVÃO COLOMBO. Navegadol' genol'ez. Descobre o novo mundo. . . . . . . . . . . f2 do Outubro de. i~92
Chega á Europa, palha-se a noticia do rl . co-
brimento, que oITectuára. . . . . . . flj,93
~ aI) d Lisbôa ao d cobrimonto da India ... 8 de Julho de flj,97 _-o
VASCO DA GAMA. Almil'anle pOI'tllO'lIez. I Ch ga á Portugal com a noticia do soo tl'iumpho. 1499 _~
LIÇÃO II.a
DESCOBRIl\lE TO DO BRAZIL.
D. ~JA '0EL_ o Afol'luualio, Hei lie Porlugal. ~ ~1f:~a ~~J"~I~'aJ:e . C.ab~·al. e~ll .~a . e~p~di~ão. ii'
1 '00
Sabe, cOIllmandando uma C[Uadl'a, para a lndia, 9 de l\f:.tI'ÇO d HlOO
\ De cobre uma. terra que chamou ilha rIa Vera
J Crnz- o Brazl1. ) . . . ......., 22 do Abril dr. 1500
PIIOH'ALVAHES CABHAL. GOI'C1'ualior lia jll'oYillcia lia Beira e enhol') Entra em Porto Seguro. . . . . . . . . . . . 2õ de AhriJ de. 1500
de Belmonte. , Le,anta uma cruz e o padrão das armas portu-
gueza em Porto Se"uro. . . . . . . . . . . . 1. o de Maio d . 1,'00
Continúa a dorrota para as Jndia. . . , . . . . 2 de Milio do . UjQO
D. mOGO OIlTlZ. BisJlo lio Ceula. i) Officia celebrando pontifical no mosteiro de B lém
em Lishôa e prérra um ermão al1uzivo á. expedi~ã
de Cabral. . . . . . . . . , 8 d Março de. 1õ00
{ Celébra em um ilhéo de Porto eguro o santo acrificio
Fil, UE~R1QUE, FI'ade Fl'allciscano, ~ da missa, que é a primeira que tem lugar no Brazil. 26 d Abril de. 1500
( Celébra no continente em Porlo eguro a egunda
mis a ' .. 1.0 de :Maio d . 1t)00
GASPAR DE LEMOS, ~ Capilüo de um do na"ios lia esqualil'a eom- \ Por determinação ~e Cabral ,olta para Portugal á
~ mandalia por Cahl'al. I dar parte do de cobrlIDento. . . . . . . . . . 2 de Maio de. 1ÕOO
ALON O DE HOJEDA. Novegador hcspanhol. Descobre parte do norte do Brazil. . JlIDho de. 1499
VI CE 'TE YANE PINÇON. 'avegadol' hcspanhol. ) Sabe de PaIos com quatro caravellas. 18 de No"embro d 1499
t Descobre o norte do Brazi1. . . 2õ de Janeiro do . 1500
DIOGO DE LErE. Navegadol' hespanhol. ~ Salle do PaIos com duas carayel1'ls. . Dezembro de. . . . 1499
~ Descobre o norte do Brazil. . . . Ferel'Oiro ou :Março de 1.:-00
'ICOLÁO COELHO. Capitão e piloto portuguez. Examina e sonda orio que depoi se chamou do Frade. 23 de Abril de. 1.500
AFFONSO LOPE . Piloto lJortuguoz, que foi no nayio de CaÚt'al. ~ De cobre e annuncia á Cabral uma abrigada, a
~ que este chamou Porto Seguro. . . . . . . . . . 24 de Abril do . 1õOO
LIÇÃO III.e
PRIMEIRAS EXPLORAÇÕES.
GONÇALO COELIIO.
Papa.
C:lpilüo IJol'tngnez.
I ~rra ~e coberta por Cabral e re,alida o tratado de
lordezl1has por uma. buna. . . . . . . . . . .
Explora a costa. do Brazil do cabo de S. Roque
2~ de Jan iro d .. :1506
1590
JOÃO DA SILVEIRA. Embaixador de Portugal em França. j Participa a D. João a." que em França se prepara uma esquadra,
l que os seos armadores destinão á costa do Brazil. . . . . . . 1] de Feverei 1'0 de. .] 5'26
Fidalgo portuguez, i rmão de Martin Afion- Sóbe o Paraná, explora-o, e toma posse dos ríos em nome d'EI- De 'la de Novembro a
PERO LOPE DE OUZA.
I 50 de Souza.
Rei de Portugal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 de Dezembro ..
Ataca e vence setenta frl\pcezes que tinhão tomado a feitoria
de 19uarassú. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1531
159'2
aufrago ou ayeutureiro encontrado em I Em Cananéa olferece-se a I,fartin Alfonso de Souza para ir mos-
FRANCl CO CHAVES.
~ Cananéa.
} trar, onde ha ouro, e vai lllorrer ás mãos dos selvagens com
I oitenta homens que o acolllPanhão nessa expedição . Agosto de 1531
Vem a S. Vicente encontrar Martin Alfonso de Souza, e disp'õe
. . os selvagens á favor dos !)Ortuguezes, que mão ser por elles
l Portuguez ([Ue naufragara, e e all'ara hostilisados.... · · · · · · · : 'd' · 159'1
JOAo RAMALHO. 'I d 1 S P I Concorre com suas inforlIll\ÇÕes jJarn a fundação do. coloDIa e
t em a gum ponto a costa (e . au o.
1 ~if~;~i~ft:: ~ r:c:~e ~o~.p.ti.t~lo. d: ~~a~d~-~~r.o.~m.m~d~
~ Um d?s ~a!oraes da tribu que habitava { Liga-se aos portuguezes eljl S. Vicente, e presta-lhes servicos.
· 159'2
· 1532
TABYREÇA. , em PlratlQlQCTa. .
o { Toma a direcção e governo da colonia de S. Vicente como lugar.
GONÇALO MONTEmO. Colono portuguez. tenente de Martin Alfonso re SOUZ1l, que vo\ta para Portugal. · 1533
LIÇÃO V. fl
(/!
PARTE PRIMEIRA
PARTE TERCEIRA
Estatura, em geral, a do homem de Os gentios do Brazil andavão Uza"ão diversos ornatos em suas solemnida- AI'co \ '\\\'0.,\,M6.I da Mo.\'l\c.6. : cabaco cheio A I'in"anra cra a ua
qualt'o á cinco pés (allemães); li da regularmente cm completa des, e festas. altura de um homem e °
de Iledrillha su pen paixão dominante, e 010.-
em um cabo enfeitado de tl'UVão- c uella mu'to cl'uei .
mulher não excedendo á quall'o pé . - nudez. Na cabeça Irazião um cocar de pennas mais: fiem \\\'\\\I que
CI'lIneo e ossos da face largos e salientes: Em quasi todas as tribas amal'ellas e vermelhas, que sc chamava tiuhão uas poutas o sos penna : era o co in tru- Erão dc extraordinal'ia a-
-fronte baixa-temporas lll'oeminentcs: erão antl'opophagos , devo1'3n- \l,c.M"~'\\\l,~C, 6 tambem 'K.M"\\M : na e dentes afiados, e erão mento religioso. "acidade.
- rosto Im'go e angulm' : - ol'ôll13s pe- do os seos prizioneiros. ciutura uma tanga ou fraldão de peunas, que as I'ezes herl'adas. Mo tl'al'ão- o qua omlll'C
\~~\)\l\, \\,~\)\\l" O~
qneuas : - olhos pequenos eom direcção Timão a sua alimentacão da nos homens se chamava V\\l\\\l\~C, e na
~Ia~a- \ \o,t(l:~cl )l\'\\~\)\l\, o sco insLJ'u- muito li confiado.
obliqua, tendo o angulo extel'no voltado ca~a, da pé ca, de fruétos, e mulhe1'Cs - Ml\.'õO~l\,- nos joelhos ornalos
pal'U o nm'iz : - sobrancelhas delgadas de inhames.-Na pésca empre- idenLicos- pendente do hombros um manlo de páo lIluito duro. monto marcial era uma Mo 1'0 peilal'ão aju tos
e arqueadas: - nariz pequeno ligeira- gavão setas, rêdcs, e "cgetaos de pennas-3~oyaba - no Loruozellos obre e pecie de buzina. nem contracto., do d qu
\ l\\'t\,~C"\l\. que era a
m nte comprimido em cima, e achatado veneficos lancados e deixados os pés aLilhos infiando fl'uctos que soavão ma~a destinada pat'a o l\"~ que cl'a o eo
leve su peita MlIo
em baixo: - ventas grandes : - dentes n'agoa : na C[lça as fiéxas, os como cascaveis. No pcscoço uma eSllecie de smificio do prizio- lambôr. apodera\üo.
IJI'ancos : - labios espessos : - llescoço laços de corda, e os mundéos. collar de ossos pequenos e dentes do inh.ügos neil'o . Eràu notavclm ulo hl1~pi
CUI'lO egl'osso :-peilo la"go :-bal'l'igas Era gel'al o uzo do banhos. \l,\,\\c.l\\,t\,: uo beiços, nas venta, uas )\. ;'\\\ ~ c'!lccic de "ai- taloit'os.
das pel'nas fiuas : - braços redondos e Em uas marchas andal'ão orôlhas, e na faces fazião bUl'acos e nestes Lança de páo com a la que faziào du f mUI' E"ào ímpio, muito I'utl~',
musculosos: - pés estreitos alraz, e as I'oze de cosIas e cada qual inll'oduzião botoqucs \ "\C\l\\'l\.') de páo, ponta afiada. de algum inimilr0 3CI':- e \lrCmamont z lozo~ d
. hll'''os na parle anlel'ior : - pelle fina, punha o pé na pegada qne pedra, osso, barro, ou re iua. A mulheres ficado. ua indopendcncia.
macia e luzente, ecur de cobre: - cabel- deixava o que lhe hia adianle. uzavão collm'c e pulseiras tle contas de dil'er- Escudos, que erào de
couro elc. '! \'~ outro in trumcn- ~Io tral'üo- e s 111111'e lJl'a-
los longos e espessos: - pouca barha no Tinhão pa1'l\ suas guel'1'as e sas cÔI'es.- to 'luC filziôo tle laqll:'ira. 1'0 no combale c imp~ .. il'ci
homem, bem que haja excepções a esla emprezas no nm, e nos rios, 'L l\ ,\'t\, \) l\. \ M\t\, uzada
rogra. canõas, ti que chamuvão \\\llr- Pinlal'ão o 1'0 to com dil'ersas lintas, e principalmen e por al- \{\'\'", que cra uma dianle lIa mÓI'lo.
\·l~-C-'\\\l(\. fazião uo peito e hraço sarjaduras, e ne-sla "uma Iribus do Ama- o. pcdc dr buziu. NflO tinhüo IWIlI amhi~ào
A \'lira é uma e unica e se assemelha :í ApI'azião-. e muito com as del'ramavão liula , qne l'epl'c.enlavflo imagen zona. ncm cuhi~a.
mon"ollea; mas é duvitlozo, se prol'ém suas lIan~a, ti que chamal'ão etc. - COI'tavão os cabellos. - Nos paizes
do mcsmo II'onco. ~o\'ltC.~'õ. f"ios lrazião pellc lIe animac obrc ocorpo.
QUADRO SYNOPTICO DA LIÇÃO V. a
- PARTE 'r-;GU~DA-
A autoridalle dos pays O gentio era polygamo : o homem tomava Amãy apenas dava á luz o filho hia banhar- Os homens roçavão os matos, Os doont~s OI'ão lI'alados com desl'O-
m'a I'e.ipeitadll. quantas mulheres queria; mas nestas uniões so com ello no rio. 11I'eparavão a terra para as plan- lo pola família opolo amigo ; diz-so
respeitavão-se geralmento os tl'ez gráos principaes O. filho era chamado pela m5y \M\\"\)\~U" seo tações, e se occnpllvão da pesca porém que om algumas lI'jbus pOl/pa-
Aquelle qne muitos fi- do pal'ontosco, não se observando o casamento parido ;. e polo pay tu,\~l\, procollonto do seo o da. caca. I'ão-so mais longos tOI'monto ao doon-
lhos tinha O'ozava de com a mãy, irmã, ou filha. As mulheres fazião as planLaçôos, te som ospol'ança de CUI'a, malando-o
muita importancia ua Otio podia cam-so com a sobriuha. sanguo, o ora osll'anho ás condiçiies maternas,
sondo sujoito ás do pay, escravo so e to Cl'a e procodião ás colhoitas : moquoa- logo, e qno em onll'asabandonal'o-so
sua horda. Aprim iI'a mulhel' O'ozava do predominio sobro vão opoixo e a caça, oos reduzião diffinitivamonlo o moribundo.
oscravo, o até dostinado a 01' dovol'ado, so fôra
As indiasemquantodon- as oul.l'as mulhel'es do mesmo homem; e todas seo pay um iuimigo da horda, om cujo soio nas- a pó para molhol' consma-Ios ; As mulh res, parcntes, o amigos
zellas coslumwào tl'axel' glJal'davão á eslc fidclidado. cia. fubrieal'ão os utonsilios domo ti- do um finado vinhão ChOI'III' junto ao
apel'tallas a pernas á O pretoudento á uma Illulhol' hia podi-Ia ao Ofilho ora amamentado até qno nova concep- cos que O'orafmente constavão do caliavel', e ahi recordavão soos feitos
cima do joulhos com pay, que ou Ih'a concedia logo, ou lho impu- ção do do sua mãy doterminava o fim da ama- canastras do junco, ~~\\~'\\l~, e proezas om falias sentimentaes.
umas ligas, a que cha- nha serviços mais ou menos longos em tl'OCO mentação, quo ás vozo, om esso tormo, so talhas, \~\\U,~l\o\)M, vazos de Ao irmão ou pal'CnlO maio 11I'oximo
mavão tu,~u,cwü. da posso da filha. prolongava P01' tl'OZ o quatro annos. bal'l'o, cnias, halaios, o cestinhos do nm finado cl/mpl'ia abl'il'-Iho a
Não precedia á esl.os casamentos solomuidado Ao ontl'31' na sogunda infancia os moniuos lie palha, ~~CMl\1,~;", tecião as c6va oenterra-lo. Este piodo ooflicio
Ohomem, quando al- alguma. soguião oos pays, quo os adestravão no jogo do rêdes, \i,ú, ou 'I\"u,l.\'\\"~u" o as era prestado á mulhor polo nlal'ido.
guma tle suas mulhel'es Amulhm' não se casava antes da época da suas armas o ua carroira, no sallo, na natação, cOI'das, ,\'''\\;';'\W''''''M. Na cÓl'a, \\\)\ qno cra donlro do
dava á luz algum filho, puberdalle. Se um homem tomava para sua na pésca o na caça : a filhas ficavão com as As mulhores volhas Pl'opul'al'ão as proprio rancho depunha - o a I'êde,
ficava l'eco lhido edeitado futura mulher uma meuina, Cl'eava-a primeiro mãys, o aproudião os mystoros iucnmbidos á farinhas, as bebidas fOl'montadas, as armas do fil/ado, e alimcntos o
POI' dias em sua I'Me, até aquella época. mulhores. oos vouenos. behidas; esobre olla acondia- e rogo.
oude, eOlno doente, Ohomem ropudiava a muIhei', quando quel'ia, Filho ou filha logo dopois do nascor, rocobião Em cazo do O'uerra oulie alO'umo Algumlls hordas tin hão cemitel,'o
I'ecebia as visitas llos e a I'epudialla ficava livro para tomar outro do pay um nomo quo OI'a o do ahlma arVOI'O, oxpedição as Illnlhores carrogol'ão t\\)\C,Ol\. ~t\,; allTnmas tambom onCCl'-
pal'enles e amigos. marido. poixe, avo, féra otc. Era dopois que tomav50 os utonsilios nocessarios, o os l'avão os soos morlos om talhas do
Amulher á quem mOl'ria o marido, cazava-se o seo nomo do guol'l'a os mancobos quo so ox- alimontos; e as mãys levavão ain- barro, \~\\l\.~l\\)l\;' quo orào depois
com o il'mão delle. tromavão na poleja. lia ás cosIas os filhos peqnenos. nlerradas.
n
QUADRO SYNOPTIGO DA LIÇlo V.
- PAliTE TERCEIHA-
A gl'ande naçã.o h\'~~, 011 guarani A horda ou calJilda compunha-so NtlO hal'ia govol'no rogular. JXão havia I'oligião fuudada cm Grm;do ora o alrazo em iJ:duslria, Rar~lllCl:l,o Iaú pl'tv:a dccI3l'a\ão
dominal'a em qua i todo o litoral e em de algumas ccnteuas de illllil'iduos O maiol'8l de cada aldêa Linha o principio ; aCl'edital'no porém os arte o ciencias: o estado do genlio d fluel'ra, lluede ordldario cOl;s'slia cm
grande parte do interior: a naçfio habitando uma ó aldêll, \\\\1\\. nome de 'I\O'\'\~\11.%\\\1\\, e cra quem selva~rn em um SOl' supremo, á CI'9 o da olvaliqueza. alaqucs do surpl'Cla. L3I,~uYão conll'a
\'lV'Q\",\\I\ muito mais feróz dominava Quall'o ou seisgralldes ranchos, OCll.S, eOlllmandava na guerra, o mais influia quc cl.amarão h\~ll," ou h\ ll"ll, A sua !in oa, muilo póbre, fallal'üo a aldêa, que alacalüo, cita com
ainda no interior e ao norte do Brazil. o as I'ozes Ulll só, cil'culando uma na paz. o scnhol' do raio, nomo com quo o as Icll'as F L e R fórtc. al~odão ir.nammado \iam it,ccl.dia-Ia.
Em uma trallsmigraçüo as hordas pra~a, OCMl\, para a qual ahrião do Era oloct:l'o o '\\o'\"'\,,\1\%I~\1\\ e esco- cal.~ccumcnos dos Jczuila dcziltuá- Em nUJllcra~ão não hião al~m do cinco, o os a[ucanlc 01 flo Latid , sc~uia- c
selvagens tillhão tomado uma direcçüo uma a lI'oZ sahida, e clwcadas pelo lhido por lodo ontl'o os mais inlrcpidos I'ão deflois a hostia consa~l'ada: o d'abi por dianle cmpregaíão o coHecli- prompla ret:rada; se yel.c·IIO, dr'lru:ão a
de nOI'te para o sul e vinMo-se all'o- exlel'ior por uma Irincheil'a de páo, guel'I'ciro ; se pOl'ém o i\o'\"'\\\1\%\\ \\ aCl'cdital-50 lambem em genio , e pi- \'0 Illuito, h\ ll. \ll\1\\, c a ro~as, dcpoi dc lomar o
polando limas ás outl'as; el'flo porém C\\h\C)M'\\, eom uma unica entrada, c que monia doixava Ulll filho \'alcnle ritos, ou plantasmas di\'ol'sos. Conhecião a bôa ou má innuoncia das quc pol!ião Icral' comsigo. Dal:ão-sc 1'.0
t/ua i todas do mesmo tl'OIlCO, e muitas tondo por ol'namonto om algumas das c lJl'a\'o, osso ncccdia-Ihe scm ma:s Póde-se julgar que ellcs tinl.ão d:l'ersa pha e da lua obre a plan- mal' cno rios pOI' mcio das 1.\I\\'·I\S.
deHas faliavão dialectos de uma língoa ha tes da tl'incheira careiras de inimi- oscolha, 011 eloição. alguma idéa da clcl'nidadc, ou de la~õcs, o corle (~a madeiras etr. o da OS quc uo combale e rcconbrcião
gel'al que el'a a \\\,\,\), ou \1,\\,(\1\'\\\\1.. gos; cada rancho hahitado por muitos \.) No\'\,,\1\ '\\\1l1. ucm exorcia poder oull'3 vida; flois quc pCllsalão quc lua o ervião para marcar o tempo I'cncidos, lal!!alão u alma, o levan-
As divCI'sas tribus não til hüo relações, indios apparentados ou nüo, o tendo absolulO, nom I'esoll'ia POI' i Das os gucl'I'eil'os \'alentes pa alão de- fazerdo córle na cOI'liça de al'rorcs, ou tando os bl'a~os, punhão as n:ãos na
n~JlJ commercio, e slIas hOI'das se om sua extensão csteios, ti quo se grandes (Inesl~os quo intcressavão a pois da mÓI'le a hubilal' as ~\\(),,\.\\. 3jLlIllando pedras: rruialão-so poLi pos:- caller(l.
dllacel'avão em gllerras illlerminaveis, prondião as I'êdcs, om que ello dOI'- hOI'da, quo alias reunia- o Ioda em '\\\l\ l\'::,\l~S. rão do certa c lrella em suas l'ia n on cE'nião-sc á I'iclol'ia fe tas honire.· ,
e por isso, e por algllns de seos costu- mião; no sco cenl.I'o fogo sempre accc- as.rmbléa J:a OCll" , e lomara as OS ,\,l\~'S, fciticeit'o, augure, ionp,a : em mcdicina eonhecião o pl'es- em quc se aCl'ificUlão c edCl'Oralão o
m~s (H'a mingoada aSila popula\ão. zo, e junto dc suas parêdcs gil'áos, flrocizas I'osolllçiic . o sacel'dotcs dos selraocus c),ercião limo da dicla, da sannl'ia, o da Fisionciro" a quem aI:ús trnlalflo
Erão 1II11l1C1'Osas as hordas, e cada IIl11a olldo sc gual'davflo a comida o os uton- JXflo haria ICl(isla~ão : o cl'ime á quc soJJI'C eslos a maior e mai solida applica~ão de muila hena , fruclo com o maior demlo durante al{;llLS
lomava um nome, que dcvin indicaI' o silios; lal CI'a a aldea ou \\\.\1\\. se impunha ca ligo ol'a o bomic:dio : innll naia. e mize . Empr~arilo pcdl'as afiadas dias.
seo poder, e além de-sse I' eebia ;is Algnmas hordas não til!hão laba, o o as a sino cl'a pelo soo PI'Ofll'io El'a Iradi~flo enlre os gentios quc para cOl'lal', e accendiüo folto por mcio Para c las feslas qliC dm'alão muitos
rczcs algullI oulro, quo ol'a uma alcullha do miflo lias floreslas em I'(itlcs suspcn as pUl'cnles rnll'cltlle ao, do a sassinado, um hO'llcm chegado de lon!!,c e de do all'ilo prolonoado dc dou páos: ol'ão dia, erão c01widada a horda 8mi lt as.
injlll'iosll, qlle soos inimigos lhe pUllhão. aos I'amos dc at'l'om. que lhe da\'~o a mÓI'le. fóra, e qllc no ~fim dc alrrulll Icmpo emfim habeis cm obla de 010'1'0, o na Os I"'i 'ouoil'os cl'ao com nota"eis e ter-
. Cada tribll so subdh'idia om honlas 011 desapparecêl'U my terio amente, Ihc manufactura do eos utensilios, c das I'h'cis olcmnidade acrificado na OCllTO.
cabildas.
(=mo]
d
QUADRO SYNOPTICO DA LiÇÃO VI.
.) n
;:l,
DISPOZIÇÕES DIVERSAS : DmEITOS E PREVILEGIOS DOS DONATARlOS: FOROS DOS COLONOS : REGALIAS DA CORÔA : PRlNCIPAES DEFEITOS RAZÕES QUE ADONÁRÃO
DO SYSTEMA : O SYSTEMA.
Em iõ34 D. João 3.0 determinou Perpetuidade da po se e goyerno da capitania A pos e de sesmaria~ sem tributo a)ll:um O quinto dos metaes o principio da O Estado não podia
e começou a dividir o Brazil em ca· hereditaria. excepto o dizimo. <J e pedras preciosas hereditariedade dos comportar a despeza in-
pitanias hereditaTia . Herança e ucce são garantidas em todos o gráos que se encontrassem. go,ernadore , e do· di pensavei á fundação e
e ramo, e condições de paronte coo A i enção perpetua de todos o tributos, minio de uma fami· con ervação de colonia
Cada um do donatarios teye a sua TituJo de capitão e governador da capitania. que não estivessem estatuidos na carta de MonopoJio das dro· lia na capitanias: no Brazil.
carta de doação e cada capitania o As alcaidarias móres da villa com o poder de as doação e no foral. gas, especiaria e do a grande extensão
seo foral. delegar. páo brazil. territorial deHas. O O portuguozes erão attra·
Importação livre de direitos de manti- hido ás Indias p lo amor
As capitanias erão declaradas couto A exclusão de toda justiça estranlla <is capitania . mento , arm~ , pol,ora, chumbo, e gene- A dizima do peixe, elemento ari tocra·
tico. A falta de laço da gloria, e pelo inter ~e
c homi ia; e a integridade perpetua O poder de crear villa, e o de nomear oundore , 1'0 que sern em para a guerra. e a de todos os pro· material, e ómente á for·
deHas foi garantida. tabelJiães, e officiae de ju liça. duetos. commum, ede cen·
Exportação lin:e de direitos de todo os tro para as capita· ~a de pre,ilegios extraor-
InOuir na eleiçõe dos JUIzes e mai officiaes dos dinarios quererião ';1' co-
Os moradores e povoadores das ca· con elhos da villas. productos do Brazi], que pagarião em Direitos das Alfan~ nias. A insullieicneia
pitanias erão obrigados em ca o de Dar e marias. Portugal ó a cisa ordinaria. dega . das limitada 'rega- lonizar o BraziJ, onde a'
guerra a senrjJ' com o capitão ego· Conhecer de appeIJações e aggravos de todo o terri- lias da corôa, o, riquezas erão problemati·
vernador dellas. Franquia de direitos de importação dos A i tencia nas ca.- ca , e os tI abalhos á yen·
torio da capitania. artigo vindo de Portugal, onde já tives· pitania dos officiae como l'Onseql1encia
de tudo i o, o ceI' immen o .
O moradores das capitanias que Alçada até mórte natural para peõ escra,os e O'en- em pago ~a Al fandeaa o que deve em; de fazenda de sua feudalismo introdu·
fossem. feitores ou sacias de pessõas lio : para. todo em quatro ca o principaes: até dez com a UDlca excepção do generos impor· nomeação para e zido no Brazil com
Só um esforço podero o,
que Y1Ves em fóra do reino e se· anno de degredo e cem cruzado de pena á pe ôas tados por navio estrangeiros. elfectuar a cobrança a capitania here·
e cone õe de Jumbrado·
nhorios de Portugal, não podião com· de maior qualidade. Ias callza ci"eis até cem mil do impo to perten· ditarias.
ras fal'ião dirigir para o
merciar com os gentio do Br::tzil. réis sem appellação, 11 m aggra,o. COilliller'cio livre entre os mOI'adore das centes a corôa e a Brazil a emigração portu-
Captiv~u' gentio, e yender annualmente um certo diversas capi tania. Ordem de Chri to. gueza.
numero deHes.
O monopolio elas barcas de pa sagem - O dizimo Garantias de que o go,ernador não
do quinto do metae e pedl'3s prociosa - a vintena daria li, eo' parente mais terra de sesma·
do p,*cado e do producto do pao bl'azil que se ven- ria, do que dé e aos estranho, e nem as
de ce m PortuO'al- a rec!izima da renda da pud e dar <i filho, eo herdeiro, nem :i
Ordem do Chri to. ,na mulher, e nem tomar para i.
A po e de doz á vinte leIToa d exten ão ~obr a
co ta, divididas 'ffi quatro ou cinco porçoo .
LIÇÃO VIL"
CAPITAKJA BEREDIT.\RIAS; íllTUAÇÃO E EXTENSÃO DAS CAPITA.'>IAS: DOl\'ATARIOS : ACOl\'TEr:lMEl'TOS-PEiTOS E REZCLTADOS : DATAS.
Emdcarta Que lhe dirige, declara D. João 3.' á Martin Afi'onso. que lhe
l'
!
o seo tenitorio comprehendia as tcrras m.an ára gpartar cem legoas sobre a costa. . . . . . . . . . . . . . . 1532
Que. e estendem da barra de ':. Vicente l): passa o o foral da capitania . 1~
í
DE S. VICEYrE. até :2 legoa mais ao sul da ilha. da MARTIN AFFONSO DE SOUZA d o conseIIlO E p!\ssada a carta regia de doaç,ão da capitania . 1535
Cananéa e para o lado oppo to desde o do rei, e smnde capitão. M!\rtlll: Afi'onso não volta .mais ao Brazil, e em seo lugar governão a
rio de Curupacé até a barm de ~lacnhé. capltaDla J.oão Ramalho no IOterior e Gonçalo Monteiro no litoral.
Cem legoas. A caPltaDla soffre com o ataque de S. Vicente pelos de Ignape. . . . . 1531
Passa-se a carta regia de doação e o foral da capitania. . . . . . . . 1594
Oitenta legoas em 3 porções: cincoenta ~ Pera. Lopes de ~uza não volta mais ao Brazil, e por eTIe instaUa uma
I
do Curupncé até a barra de S. Vicente, colamo. em GUlllmhé Gonçalo A1Ionso, e outra JoãoGonç.alves em Ita-
e para o sul, de Pnranoguáaté as imm~ PERO LOPES DE SOUZA irmão do precedcnte. marn!lá, dando-se depois o nome de S. Amaro á toda capitania, não sendo
DE S. 1\..1\JAI\O. diações da Laguna. Trinta l~goas d:o no ( coloDlsadas as terras de Paranaguá á Lalluna. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15119
Igul?-rnssú para o n.orte .~tc a hallln da Morre Pera L?pes de Souza em um naufraglD perto da ilha de Madagascar .
Traição comprehendlda o Ilha de 1tama· As Igna a vlllya çe Pera Lopes a nC?meação do lUllar tenente de seo
!'acá. filho para a capltama em favor de Chl'lstovão de Agumr de Altero etc. . 1542
É pa sada a carta regia de doação da capitania. . . . . . . . . . . . 1595
Funda-se com o nome de villa da Rainha a primeira colonia ii margem
Estendia-se por trinta legoas de3de o { do Parahiba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1540
DA PARAHll3A DO S L. limite septeutriouul da capitania de S. PERO DE GÓE DA SILVEIRA. Volta Pera de Góes á Portugal em demanda de auxilios. deixando á
Viccnte até o baixo dos Pargos. frente da coloma Jorae Martins, e Quando torna á eUa, acha-n em deea·
dencia e ruina, Que 'ae todo se completa pelos ataques dos goytacnzes.
\ Pera de G6es retira-se para o Espirita Santo e depois para Portugal.
l
Fôrão pa ados a carta regia de doação e foral da capitania. . . . .
Vindo de Portugal com os recur os e colonos Que ponde haver fundou
a povoa"ão do E pirito Santo no continente . 1535
5 Cwcocntll legoas ontadas do rio Itn- } VAS O FERi"ANDES COCTThtl.O fidalgo da Depois de repeUiros !llaQues do gentio, oube a~trnhi-lo; mns a colÇlma
DO E 'PlIUTO SA.'1'O. ~ pemerim ao r-ia Mucur~'. · l ' so!fi'e!J as consequenCII\S de desavenças e da msubordmação deVidas
} caza rea.I e Já notave na AZlO. Pl'lnclpalmente aos colonos pervertidos, e á Duarte de Lemos, a quem
o donatario beneficiára. Vasco Fernandes acabou miseravelmente: n
\ capital d!J Espirito Santo transferia-se do continente para a ilha de
. S. AntOlllO com a invocação de N. S. da Victoria.
Passa-se a carta de doação e foral da capitania 1594
Tonrinho vende Quanto possue em Portu$al. e trazendo mulher, filhos,
Comprh'lOdia cincoenLa legofl Que cor· { parentes e os colonos qne ponde reumr mnda a sua colonia em Porto
DE PonTO .]~G 1\0. rião do Mucurr parn o norte, não se PERO DE UAt\ll'OS TOURTh"HO proprietorio Seguro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . 1536
tendo marcado precisamente o limite em Portugal. Prosvéra n capitania; por morte J?orém do donatario succede. á este
eptentl'ional.
l1
soo filho Ferni'io de Campos Tourmho, e começa a decadencIa : por
mórte deste herda a capitania sua irmã Leonor de Campos Que n vende
ao duque de Aveiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1556
Comprehendia cincoenta legoas limi· "A fid I Passn.- e a carta de doação e o foral da capitania. . . . . . . . . . . 15-%
DOS ILlIJ~OS. tava-se ao sul com a de Porto- egllro,
{ c acnbava na barra da Dahia ele Todos
os anta. I JOR GE DE FIGUJj:IREDO CORRE . a go
da caza rCf~1 e escrivão da fazenc\a em Llsb6a.
Vem em nome do donatario o castelhano Franci co Romero e fundn na
ilha de Tinharé uma coloma Que logo muda para o porto dos Jlhéos:
bate o A~'ITlorés, malQuistando-se porém com o colonos é por lIes prezo
e mandado ao donatario que de novo impõe o que é fatal á capitania.
Passa·se a carta de doação e o foral da capitania . • . . . 153~
Vem Cantinho com uma pequena armado. e grande numero de aventu-
Gompl'ehendin cincoenta, legoas Que cor· FRAKCISCO PEnElRA. COOTIKHO capitão reiros e funda o seo estabelecimento no mesmo sitio occupado por
DA GALHA DE TODOS OS SANTOS. rião desde a bllrra da Dahla nté II foz
cs~g~~~~'os primeiros' tCn;pós'de pa~ ~m'a g~e~rá í{Q~e'res{ste Contirihó 153i ou 15.'38
do rio d S. Ji'ranci 1'0. portugnez que sc cxtremára na India.
l
Ilha de Itaparica e é devoado pelos TuplOambá . . . . . . . . . . . . 1517
Passa-se a carta de doação e o foral da capitania . 1534
~
DE PEIl.\ MB COo Comprchendia ses. entn legons de-de a ~
fó7. do rio de S. Frnncis('o 11té o rio Igno· DUARTE COELHO PEREIRA. notll"Vel cnpiUío Duarte Coelho vem .c0II! mulher, fil h.os , parentes e muitos colonos e
ras ú ao norte. portugue7.. { funda Ol;,.da, seo pnmell'o estabeleCllOento. . . . . . . . . . . . . . 1535
A capitania prospéra, a despeito dos Cnhetés que são vcncidos.
Compr<íhendia cento e illcoentn lcgoas
da bnhiu da 'l'mi .ão até a extrema da JOÃO DE BARROS o célebre Ihistorioarapbo ~ Pasão-se as cartas regias de doação e fornes das capitanias de. João de
l
ar:tuul pl'ovincia a.o Ri Gr.ande do Norte; FERNANDO ALVARES DE A DRADE do Barro e Fernand? Ah'ares de Andrad~.:. . . . . . . . . . . '.' . . . . . . . . . • 153-1
DOi\IAH.\.\1iÃO. mas sem limi te pl'ecizo - e depois desde
a abra de Diogo Leite até o rio da Cruz.
Setenta e cinco leaoas entre o rio da
Cruz c o Cabo de Todos os Santos.
conselho do rei.
ALVARE DE ANDRADE o empenho de ins-
tallar as capitanias. n
t Não podendo Sl\ll'. de Portugal aSSDClRo-Se os dous donat!l.rlos com
AYRES DA CUKHA sacio de BARROS e de A~rre da Cunha, vmdo por Barros dous filho seos; e por Alvares de
A?drade u)Il delegado: Ayres da. Cunha sohe com uma grande expe-
dição de Llsbõa e naufraga nos bl1lxOS do Maranhão, snlvando-se apenas
alguns dos naufragas. .
( Constava de rll.lllrent,a lell'oa~ Que . e { Estas capitanias não vingão cm consequenCla de tal desastre.
, limit(lvão no sul com as pl'lmelra cem l Recebe a carta regia e foral da capitania. . . . . . . • , . . . . . • 1534
1'\ • • • • • • • • • • I • • • •
. ~ legoas de João de Barros, e ao norte A1 TO~10 CARnOSO DE B.\.RIlO cavaUeiro} Nada faz, neDl seempenhn por conseguir instaUar a 'cnpita'm'a, líue po~
com n extrema rIas setentn e cineo el
Fernando Alvare de Andrnde.
fidalgo. l isso não tcm exito.
LIÇÃO VIII."
I -
1-
110 LIÇÕES DE
/---
mSTORIA DO BRAZTL. 11.3
J.
LIÇÕES DE
---.....,"""~""""'----
~
Manda e tab lecer no Brazil um governo geral, e
fundai' ~la Bahia uma ci~ade para ~apital, e Lira aos
D. JOÃO llI. o - O Piedoso. Rei de POl'tugal. donatarlOS a aI ada no Cl\'el no crime, e os previle-
1~ios Ee não entrar em uas terras ju Li~a ~lgUJl1a, e
\ Oe nao poderem er uspenso de na JUflsdlcções. 7 de Jan iro de . 1M9
É nomeado governador geral do Brazil. . . . . H;4:9
Larga a sua esquadra de Li bôa. . . . . . . . 2 de Fevereiro de. 154:9
Chega á Bahia de Todo o Santo. . . . . . 29 de l\Iarço de. :154,9
Funda e fortifica a cidade do Salvador com o con-
cur o de Caramurú e dos Tupinambás. . . . . . .
li'az- 'e nota,el por na ClTéJ'a ju tiça com o co-
TIIO~II~ DE SOUZA. Nolal'e\ adminisli'mlol', c bom capitão Jlol'lnguez. ~ono e os indio ; faz vir gado de Cabo-Verde; dá
mcrem nto á lavoura; ,i ita a diver a capitania,
e dá uteis prondencia ; vai ao Rio de Janeiro; ma
não póde fortificar e ta bahia por falta de meios. Cria
a ,illa da Conceição de Itanhaem e de . André,
em S. "' icente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :154,9 a H)53
Entr ga o governo-geral á Duarte da Co ta, eo
succe 01'• • • • • • • • • • • . 15 de Julho de . 1553
~ É nomead~ bi po do BraziJ, (que fica a im se-
PERO FER Al\DES SARDINHA. Tinha sido vi"al'io gel'al de GÔa.
i parado da dIOcese do Funchal). . . . . . . . . umo
( "' em com Thomé de Souza trazendo mai seis Je-
~ Jezuila de ol'alllle piedade e muilo mcreei- , zuita de que é o chefe. . . . . . . . . . . . :154,l)
~IANOEL DE NOBREGA.
I menlo. ) Funda um collegio na Bahia, catechi a o el,agen
\ e vi ita a capitania coadjm-ado polo outl'O Jesuíta. . 154,9 - :1õõ3
JOÃO RAMALIIO. o ehde da eolonia tio Pil'atillinga. ~ É nomeado capitão 'da villa de S. André por Tho-
t mé d Souza.. . . . . . . . . .' . . . . . Ul52
LIÇÃO I
MANOEL J)A NOBREGA. Célehl'e Jezuita. l attenção sobre o procedimento do filho, e reprchendido á este.
Pede e não obtem quanto deseja, o ca tigo dos colonos e
in~lio que tinhão atacado o colJegio de S. Paulo
E chamado á Li bôa e parte. . . . . . . . . . . . . . .
.
· iõ53 - 1555
. . . 1554 -1555
. 2 de Julho de 1556
l
Jezlúta no Brazil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . · . . . 1553
JOZÉ DE ANCllIETA. Chamado depois o Apostolo do 01'0 Mundo. Transfere o colle"io do JezllÍta. de S. 'icente para ointerior,
onde e funda o que Leve o nome de . Paulo pelo dia em
\ que nelle e celebrou a primeira mi sa. . . . . . , . . .
ALVARO DA COSTA. ~ Chega ao Brazi I, as im como outro Jezuitas com DuarLe da
Filho do govel'llador Duarte da Costa.
i Costa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . · . . . 1553
DIOGO ALVARE '. S Bate por ,ez o indio no territorio da Babia . . . . . . . . 1555
O Caramurú. ~ ~forre na. cidade do aI ador. . . . . . . . . . . . . . . 5 de Outubro de 1557
Auxiliado pelo rei de França e pelo almirante Coligny. .
D. Ville"aanon vem com uma expedic ão ao Rio de Janeiro,
chega, desembarca na. Lage, que 10"0 abandona para ir a en-
tal' eo primeiro estabelecimento na ilha á que deo o nome
NICOIJÁO DURAND VILLEGAGNON. Cavalleil'o de Malta c Almil'aJlte da Bretanha. de Coliauy e que tomou o eo. . . . . . . . . . . . . . . 1555
Tem lugar. uma con pil'açiio de alaul1 do seo, que elle
ufi'oca, punmdo os chefe. . . . . . . . . . . . . . . . . 1556
Chega Boi -le-Conte seo obrinllO com um reforço de calvi-
ni tas, e dou theologos da mesma seita, Wl1 dos quãe João
de Lery. , . iõ57
JERONYMO DE AJjBUQUlmQUE. 1I'mão da I'illl'a do i I I' I P b S Bate o clvagens que tentavão de truir a capitania de Per-
• .0 ( olla 31'10 (e cmam ueo. ~ nambuco. . , , . . . . . . . . . . . . . 1554
JOAO RAMALHO. Capitão 011 Aleai(!e d S. Ad" ~ . Com .eos filhos anúgo ak1.ca o colle!!io de . Paulo e
e n le. l e repellIdo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . 15M
LIÇÃO X. n
(ai UO J
QUA.DRO SYl\TOPTICO DA. LiÇÃO X.o
r/I
~
r
Attendendo ás supplicas reiterada de Mem de Sá
já em 1569 o governo portuguez lhe tinha manda- 1569.
do um successor em D. Luiz de Vasconcellos, e
com este um reforço de mais de setenta Jezuitas em
uma frota de seis navios e uma caravella; atacada
porém a expedição por navios huguenotes comman-
dados por Jacques Sore e João Capdeville, morreo
Vasconcellos no combate, e mortos fôrão, ou prizio-
neiros ficárão todos os que com elle demandavão o
Brazil.
Em 1573 pareceo demaziadamente oneroso para 15'13.
um só homem o governo de todo o Brazil, que no
ultimo decennio tivera um rapiuo desenvolvimento;
resolveo pois o rei D. Sebastião dividir em duas a
administração superior deste paiz, designando para
capital do novo governo geral a cidade recentemen-
te fundada do Rio de Janeiro, ficando-lhe sujeitas
todas as capitanias do sul a começar da do Espirito
Q
1.38 LrçOES O~
FIM.
'" XI.
QUADRO SYNOPTICO DA LIÇ.aO
a
Colono pol'lnguez.
I creando-se ao mesmo tempo uma prelazia independente para
as capitamas do Sul. . . . . . . . . . . . . . .
Explora o rio de S. Francisco. .
.
.
1õ76
'1579
Colono porlugllez. Explora o interior e ,ai até :l\finas.
É nomeado governador geral do Brazil o vindo para o seo
D. LUlZ DE VASCONCELLO.. ~'idalgo portuguez. destino é atacado por nanos de buguenotes, sendo elle morto,
{
e mortos e prizioneiro~ muito Jezuila, . . . . . . . . . · 1560
PAGINAS
PREFACIO 5
LIÇÃO 1.- - Consülemçôes P1'elimina,res 7
LIÇÃO II.' - Destob1'imento do Bmzil 23
LIÇÃO mo' - Primeims Explomções 33
LIÇÃO IV.' - Ch1'istovão Jacques e Martin Affonso
de So-u,za 4,3 o • • • • • • • ••