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ANHANGUERA EDUCACIONAL S.A.

9º Semestre
Engenharia de Produção

Adriano Queiroz RA: 148475812010

Trabalho de Engenharia do Trabalho –


Os Aspectos positivos e Os Aspectos negativos da
Implantação da Ergonomia nas Empresas

Prof. Rogério

Campinas/SP
2018
Sumário

Ergonomia: Os Aspectos positivos e Os Aspectos negativos da Implantação da Ergonomia nas


Empresas ................................................................................................................................................. 3
Resumo.................................................................................................................................................... 3
Introdução ............................................................................................................................................... 4
Materiais e métodos ............................................................................................................................... 6
Resultados ............................................................................................................................................... 7
Discussão ............................................................................................................................................... 10
Considerações finais .............................................................................................................................. 12
Referências ............................................................................................................................................ 13

Tabela de Figuras
Figura 1 - Figura 1. Distribuição do percentual das teleatendentes em relação .................................... 7
Figura 2 - Figura 2. Distribuição do percentual das teleatendentes em relação à dores musculares e
articulares,............................................................................................................................................... 8
Figura 3 - Figura 3. Distribuição do percentual das teleatendentes em relação ao estresse, ................ 8
Figura 4 - Figura 4. Distribuição do percentual das teleatendentes ....................................................... 9
Figura 5 - Figura 5. Distribuição do percentual das teleatendentes em ................................................. 9
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Ergonomia: Os Aspectos positivos e os Aspectos negativos da Implantação


da Ergonomia nas Empresas

Resumo

O presente estudo teve como objetivo verificar os aspectos positivos alcançados


com a prática da Ginástica laboral, bem como verificar os aspectos negativos que
possam comprometer o prosseguimento da prática em uma empresa de call-center
situada na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Para tanto, realizou-se um estudo
descritivo, através de dois questionários que foram aplicados em duas etapas, uma
antes e outro dois meses após a implantação do programa de Ginástica Laboral.
Fizeram parte do estudo 24 teleatendentes, todas do sexo feminino, com idade média
de 21 anos. A coleta de dados foi efetuada utilizando-se questionários englobando
dados como dores articulares e musculares, procura ambulatorial, absenteísmo,
disposição, sensação de cansaço muscular, postura, humor, estresse, concentração,
dores de cabeça e tensão. Conclui-se que as telatendentes se autoavaliaram com uma
melhor qualidade de vida após a introdução da Ginástica Laboral na empresa sendo
que esta melhora foi significativa em todos os quesitos avaliados independente dos
aspectos negativos encontrados na execução do estudo.
Unitermos: Ginástica Laboral. Teleatendentes. Qualidade de vida
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Introdução

A Revolução Industrial foi um movimento que constituiu em um conjunto de mudanças


tecnológicas, impactando todo processo produtivo em nível econômico e social. Ocorrida na
Europa, a partir do século XVIII, dando início ao processo de industrialização que vem
perpetuando até os dias atuais (RESENDE et al, 2006).

Após este marco histórico, houve uma expansão das tecnologias e conseqüente globalização
com o aparecimento de novas profissões das quais podemos citar o teleatendimento, segundo a
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES (CBO, 2002), se baseia em uma
estrutura organizacional que compreende postos de trabalho para atendimento ao cliente por
meio de um terminal de computador e um aparelho telefônico.

Como descrito por SILVA (2004), os agravos á saúde ocasionados pelas atividades aos
funcionários são de ordem física e mental sendo que os aspectos psicoafetivos e relacionais
recebem um enfoque diferenciado devido à falta de contato pessoal com o cliente, leitura de
script, pausas monitoradas e metas a serem cumpridas.

As empresas de call-center preocupadas com a produtividade e a qualidade do atendimento


começaram a procurar programas de promoção da qualidade de vida como a Ginástica Laboral
para minimizar alguns efeitos negativos do trabalho dos teleatendentes.

Segundo LIMA (2005), o primeiro registro encontrado sobre Ginástica Laboral foi em um
pequeno livro chamado Ginástica de Pausa, editado na Polônia em 1925, direcionado aos
operários das indústrias. Alguns anos depois esta prática se estendeu para outros países como
Holanda e Rússia, sendo que no Brasil, os primeiros registros encontrados da prática da
Ginástica Laboral objetivando a promoção da qualidade de vida, foram nos estaleiros da
Ishikawajima do Brasil, localizado na cidade do Rio de Janeiro. A partir deste momento ela
passa a ser praticada por vários setores, sendo introduzida por profissionais de Educação Física,
mas somente a partir de 1990 que a Ginástica Laboral ganhou importância e espaço nas
discussões acadêmicas e empresarias.

A Ginástica Laboral aparece na literatura como sendo o planejamento e execução de


exercícios determinados, regulares e sistematizados que objetivam o incremento permanente e
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progressivo da amplitude do movimento de uma articulação, a minimização do encurtamento


muscular e de outras estruturas, o combate às disfunções osteomusculares e o favorecimento da
melhoria da qualidade de vida geral e bem-estar do trabalhador, (LIMA, 2005).

Na visão de diferentes autores ALVES e VALE (1999), MENDES (2000), OLIVEIRA


(2006) e PIMENTEL (1999), a Ginástica Laboral pode ser classificada em quatro tipos:
Ginástica Laboral Preparatória, Compensatória, Relaxante e Corretiva.

A Ginástica Laboral Preparatória consiste em exercícios realizados antes da jornada de


trabalho, com o objetivo principal de preparar o indivíduo para o início do trabalho, aquecendo
os grupos musculares solicitados em suas tarefas, despertando-os para que se sintam mais
dispostos (ALVES e VALE 1999).

A Ginástica Laboral Compensatória é definida por MENDES (2000), como alongamentos


específicos de acordo com a demanda das atividades laborais praticados durante o expediente
de trabalho, tendo como objetivo aliviar tensões e fortalecer os músculos do trabalhador.

Segundo OLIVEIRA (2006), a Ginástica Laboral de Relaxamento são exercícios praticados


após o expediente de trabalho, com o objetivo de proporcionar relaxamento muscular e mental
aos trabalhadores.

Para PIMENTEL (1999), a Ginástica Laboral Corretiva visa combater e, principalmente,


atenuar as conseqüências decorrentes de aspectos ergonômicos inadequados ao ambiente de
trabalho.

Um programa de Ginástica Laboral pode ter um impacto positivo em uma empresa, pois a
mesma estará investindo na saúde dos seus trabalhadores, por meio da instituição de pausas,
proporcionando a quebra de possíveis vícios posturais, do ritmo de trabalho, descanso visual e
auditivo e pela descontração do ambiente de trabalho. (RESENDE et al., 2006)

Em contrapartida autores como, MACIEL et al (2005), citam algumas desvantagens


associados à realização da Ginástica Laboral como a realização de exercícios físicos com as
roupas de trabalho, o local inapropriado para a prática de atividade física e o constrangimento
de se fazer exercício frente ao colega e de chefes.
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Mediante a estas informações, este artigo tem como objetivo verificar os aspectos positivos
alcançados com a prática da Ginástica laboral, bem como verificar os aspectos negativos que
possam comprometer o prosseguimento da prática em uma empresa de call-center situada na
cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais.

Materiais e métodos

Este estudo foi realizado em uma empresa de call-center situada na cidade de Belo Horizonte
nos meses de setembro e outubro, com o objetivo de verificar os aspectos positivos e negativos
alcançados com a prática da Ginástica Laboral.

Para seleção da amostra, foi convidada a participar do estudo uma equipe composta por 24
teleatendentes, todas do sexo feminino, que demonstraram grande interesse pelo assunto e
disposição em colaborar com o estudo.

Os funcionários que concordaram em participar da pesquisa assinaram um termo de


consentimento livre e esclarecido (TCLE) que relata os principais riscos, benefícios e política
de privacidade da pesquisa.

O estudo experimental se baseou no tipo descritivo através de dois questionários compostos


por perguntas de múltipla escolha, sendo que o primeiro foi entregue no início do estudo
juntamente com TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) e o segundo ao final
para mensuração dos resultados obtidos. Sendo que os dois questionários continham os mesmos
dados e os seguintes domínios a serem analisados: Dores articulares e musculares, procura
ambulatorial, absenteísmo, disposição, sensação de cansaço muscular, postura, humor, estresse,
concentração, dores de cabeça e tensão.

O tipo de Ginástica aplicada foi a Preparatória ou de aquecimento, realizada no início do


expediente com duração aproximada de 15 minutos e freqüência de 3 vezes na semana. As aulas
foram bastante diversificadas, mas mantendo o objetivo de fortalecer as musculaturas dos
membros superiores e da coluna vertebral. Várias dinâmicas de grupo foram desenvolvidas para
trabalhar à descontração, concentração, equilíbrio, coordenação motora e trabalho em equipe.
Neste estudo uma aula de reeducação postural foi desenvolvida para correção da maneira de se
sentar no P.A (Posto de Atendimento) e após alguns dias, foi feita uma Blitz postural para
verificar se colocaram em prática a aula aplicada.
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Resultados

O presente estudo foi realizado nos meses de setembro e outubro de 2008 com a participação
de 24 teleatendentes, todas do sexo feminino de uma empresa de call-center situada na cidade
de Belo Horizonte. Destas, quando perguntado sobre tempo de trabalho que tinham na função
de teleatendimento, relataram períodos entre 1 e 22 meses, referente ao grau de escolaridade,
79% possuíam o 2º grau completo, 12% possuíam 3º grau incompleto e 9% tinham o 3º grau
completo. A idade média das participantes foi de 21 anos e nenhuma possuía outro emprego.

Quando perguntadas sobre dores articulares e musculares, procura ambulatorial,


absenteísmo, disposição, sensação de cansaço muscular, postura, humor, estresse,
concentração, dores de cabeça e tensão as figuras a seguir demonstram descritivamente as
respostas de antes da prática e após da Ginástica Laboral.

Figura 1 - Figura 1. Distribuição do percentual das teleatendentes em relação

Houve melhora significativa nos quesitos de disposição, antes das aulas de Ginástica Laboral
era de 68% e após a pratica 86%, a concentração antes das aulas era de 82% e após atingiu os
100% e a posturaantes das aulas era 57% e após as aulas de Ginástica Laboral chega-se a 82%.
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Figura 2 - Figura 2. Distribuição do percentual das teleatendentes em relação à dores musculares e articulares,

Diminuíram significativamente os quesitos relacionados a dores musculares e articulares,


que antes das aulas de Ginástica Laboral era de 64%, após a prática caiu para 22%, a procura
ambulatorial que caiu de 28% para 4%, sensação de cansaço muscular que antes das aulas era
de 79% e após as aulas de Ginástica Laboral foi para 34% e até o mau-humor diminuiu de 59%
para 33% após a prática das aulas.

Figura 3 - Figura 3. Distribuição do percentual das teleatendentes em relação ao estresse,

O estresse que era de 37% também diminuiu para 13% após a pratica das aulas de Ginástica
Laboral, a insônia entre as participantes era de 32% e após uma atividade física regular que
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Ginástica Laboral propicia caiu para 9%. As dores de cabeça diminuíram, foi notada uma queda
significativa antes e após as aulas de 56% para 36%. A tensão no trabalho também caiu após as
aulas de Ginástica Laboral de 54% para 4%.

Figura 4 - Figura 4. Distribuição do percentual das teleatendentes

O quesito de absenteísmo diminuiu após as aulas de Ginástica Laboral, mas podendo ter tido
melhores resultados. Tudo isso devido à insatisfação ao da maioria, gerando atestados médicos,
as faltas caíram de 56% para 45%.

Figura 5 - Figura 5. Distribuição do percentual das teleatendentes em

Com a implantação da prática da Ginástica Laboral na empresa e em especial nesta equipe,


a motivação era perceptível, pois demonstrou a preocupação da empresa com os seus
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funcionários, tendo reflexo direto na produtividade que antes da Ginástica Laboral era de 23%
e após foi para 31%.

Discussão

Os resultados indicaram que a amostra em sua totalidade teve predominância do sexo


feminino, a faixa etária jovem com idade média de 21 anos e a maioria com o segundo grau
completo. Um estudo realizado por VILELA (2004), em uma empresa de teleatendimento o
autor também descreve uma população onde o predomínio é do sexo feminino (70%), em uma
faixa etária abaixo dos 30 anos (90%) e com segundo grau completo (72%). Resultados
semelhantes também foram encontrados por RESENDE et al (2006). O que indica que apesar
da amostra do presente estudo ser pequena é equivalente à população geral de teleatendentes
em Belo Horizonte.

Alinhado a análise ergonômica do trabalho, a inclusão de reeducação postural nas aulas de


Ginástica Laboral obteve resultado significativo. Estudos realizados por TOKARS, (2001),
mostraram que utilizando a análise ergonômica e a Ginástica Laboral em operadores de solda,
favoreceu a inter-relação entre o homem e a máquina. Segundo MIYAMOTO et al, (1999), os
exercícios executados durante a jornada de trabalho, mesmo que em um curto período de tempo,
também podem contribuir para a melhora da postura e relaxamento dos funcionários
participantes. A afirmação destes autores reforçam os resultados encontrados em relação à
disposição, pois após as aulas de Ginástica Laboral as teleatendentes voltaram para o trabalho
mais dispostas e mais concentradas.

Autores como MENDES (2004), PINTO et al (2000) e ZILLI (2002), encontraram impactos
positivos da Ginástica Laboral sobre a saúde dos funcionários e/ou ambiente de trabalho. O que
também pode ser demonstrado no nosso estudo através da queda de queixas relacionadas a
dores musculares e articulares e sensação de cansaço muscular. Segundo ROCHA (1999), a
maioria dos funcionários que participam de um programa de Ginástica Laboral apresentaram
melhoras nos mesmo quesitos.

A procura ambulatorial caiu de maneira significativa, através de um feedback do supervisor


da população amostral, que relatou que os casos que ainda ocorreram durante o estudo foram
esporádicos e resolvidos na hora. A inclusão de dinâmicas de grupo nas aulas de Ginástica
Laboral alcançou bons resultados referentes ao mau-humor. As dinâmicas aplicadas ao grupo
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tiveram objetivos de quebrar a rotina das aulas de maneira descontraída, surgindo efeito direto
ao humor.

KIRTA (1999) relata que o relaxamento consciente é um grande aliado contra o estresse,
sendo positivo proporcionar aos trabalhadores momentos em que ele posa relaxar o corpo,
lembrando que devem melhorar seus hábitos respiratórios. A Ginástica Laboral propicia aos
seus participantes momentos como este, tendo reflexo direto na queda do estresse e na tensão
no trabalho. Resultados semelhantes foram encontrados por REZENDE et al, (2004), os
teleatendentes relataram melhora do cansaço, dores no corpo e do estresse, além de maior
disposição para o trabalho e melhor integração com os colegas de trabalho.

Em relação às dores de cabeça houve uma queda significativa, mas não referenciando
somente às aulas de Ginástica Laboral, pois no estudo realizado, pode-se perceber que muitas
teleatendentes necessitavam do uso de óculos para trabalhar e assim não faziam, foi pedido
então a elas que providenciassem os óculos para o uso no trabalho.

A prática da Ginástica Laboral não deve ser compreendida somente como um exercício físico
realizado no trabalho, mas também como uma oportunidade de reeducar hábitos de vida para
aumentar a capacidade para executar as atividades laborais e para enfrentar a rotina do dia-a-
dia. O mais convincente dos argumentos que se pode utilizar para demonstrar que atividade
física constitui um importante instrumento de promoção a saúde e da produtividade segundo
POLLETO e AMARAL (2004), é que vale a pena praticar exercícios físicos regularmente, em
virtude dos benefícios comprovados cientificamente. Reflexo desta afirmação é vista na
diminuição da incidência de insônia, pois boa parte das teleatendentes iniciou um programa de
atividade física regular alcançando benefícios visíveis como este.

A Ginástica Laboral aliada a outros atributos da ginástica, a ergonomia e os benefícios


oferecidos pela empresa, refletem diretamente na produtividade, como se pode observar na
tabela 3. O retorno financeiro que a Ginástica Laboral tem trago para as empresas tem sido
muito significativo. Pesquisas realizadas nos Estados Unidos indicam que, para cada dólar
investido em programas de qualidade de vida, são economizados três dólares, incluindo
assistência médica, absenteísmo, turnover, além do aumento de produtividade OLIVEIRA
(2007). No presente estudo é visível o impacto na produtividade que houve aumento
significativo de 8%, o que é de grande interesse para empresa, funcionários relaxados,
motivados e sem sentir dores produzem mais. Seguindo a mesma idéia, FERREIRA (1998),
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exemplifica: na Du Ponte do Brasil, para cada dólar investido no programa, a empresa


economiza U$$ 4.00 com redução do número de licenças e despesas médicas, além de relatar
um aumento da produtividade.

Ao investir em um programa de Ginástica Laboral a empresa mostra a preocupação com a


qualidade de vida, oferecendo mais um benefício ao funcionário. Sendo assim a insatisfação
com a empresa diminuiu, fazendo com que o número de atestados médicos e faltas sem
justificativas diminuísse.

Durante estes dois meses de aplicação do programa de Ginástica Laboral, também foram
encontrados alguns aspectos negativos como falta de espaço para realização das aulas, roupas
inadequadas para realização das aulas e agitação da equipe após as aulas. Estes aspectos
negativos são semelhantes aos encontrados no estudo de MACIEL et al (2005), que citam
algumas desvantagens associados a realização da Ginástica Laboral como a realização de
exercícios físicos com as roupas de trabalho, o local inapropriado para a prática de atividade
física e o constrangimento de se fazer exercício frente ao colega e de chefes imediatos.

Não foi considerável o aspecto relacionado às roupas para realizar os exercícios físicos, já
que a população amostral não necessitava do uso de uniformes e sendo a empresa bastante
flexível com relação a este quesito. As aulas aconteceram fora do ambiente de trabalho, em um
espaço aberto, e algumas teleatendentes se sentiam inibidas em realizar os exercícios em
ambiente aberto. Para minimizar este problema, foram alternadas aulas fora e dentro do local
de trabalho, concentrando as aulas como dinâmicas de grupo fora do ambiente de trabalho.

O feedback do supervisor foi bastante significativo, e pudemos perceber que a equipe ao


retornar das aulas de Ginástica Laboral, ficava bastante agitada nos primeiros 5 minutos. Mas
estes 5 minutos não impactaram na qualidade de atendimento e muito menos na produtividade,
como ilustra o gráfico 3, sendo relatado pelo supervisor que após estes minutos de agitação a
equipe tinha um melhor rendimento.

Considerações finais

A implantação da Ginástica Laboral propicia uma relação de benefícios alcançados aos dois
lados da relação do trabalho. A princípio os trabalhadores podem até acreditar que a empresa
será a única a se beneficiar com o programa de Ginástica Laboral, mas ambos saem
beneficiados. É interessante, entretanto, notar que a ginástica por si só, não altera resultados
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significativos, se não houver uma elaborada política de benefícios sociais, além de estudos
ergonômicos, da colaboração dos gerentes, dos técnicos de segurança do trabalho, dos médicos
ocupacionais e dos profissionais de recursos humanos.

Fica evidente, portanto, que a Ginástica Laboral é eficiente na melhoria da qualidade de vida
do trabalhador e alcançou expressiva melhora no desempenho das teleatendentes nos vários
quesitos avaliados e que independentemente dos aspectos negativos encontrados os benefícios
alcançados pela prática são mais significativos, valendo a pena as empresas investirem neste
tipo de programa.

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