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9º Semestre
Engenharia de Produção
Prof. Rogério
Campinas/SP
2018
Sumário
Tabela de Figuras
Figura 1 - Figura 1. Distribuição do percentual das teleatendentes em relação .................................... 7
Figura 2 - Figura 2. Distribuição do percentual das teleatendentes em relação à dores musculares e
articulares,............................................................................................................................................... 8
Figura 3 - Figura 3. Distribuição do percentual das teleatendentes em relação ao estresse, ................ 8
Figura 4 - Figura 4. Distribuição do percentual das teleatendentes ....................................................... 9
Figura 5 - Figura 5. Distribuição do percentual das teleatendentes em ................................................. 9
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Resumo
Introdução
Após este marco histórico, houve uma expansão das tecnologias e conseqüente globalização
com o aparecimento de novas profissões das quais podemos citar o teleatendimento, segundo a
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES (CBO, 2002), se baseia em uma
estrutura organizacional que compreende postos de trabalho para atendimento ao cliente por
meio de um terminal de computador e um aparelho telefônico.
Como descrito por SILVA (2004), os agravos á saúde ocasionados pelas atividades aos
funcionários são de ordem física e mental sendo que os aspectos psicoafetivos e relacionais
recebem um enfoque diferenciado devido à falta de contato pessoal com o cliente, leitura de
script, pausas monitoradas e metas a serem cumpridas.
Segundo LIMA (2005), o primeiro registro encontrado sobre Ginástica Laboral foi em um
pequeno livro chamado Ginástica de Pausa, editado na Polônia em 1925, direcionado aos
operários das indústrias. Alguns anos depois esta prática se estendeu para outros países como
Holanda e Rússia, sendo que no Brasil, os primeiros registros encontrados da prática da
Ginástica Laboral objetivando a promoção da qualidade de vida, foram nos estaleiros da
Ishikawajima do Brasil, localizado na cidade do Rio de Janeiro. A partir deste momento ela
passa a ser praticada por vários setores, sendo introduzida por profissionais de Educação Física,
mas somente a partir de 1990 que a Ginástica Laboral ganhou importância e espaço nas
discussões acadêmicas e empresarias.
Um programa de Ginástica Laboral pode ter um impacto positivo em uma empresa, pois a
mesma estará investindo na saúde dos seus trabalhadores, por meio da instituição de pausas,
proporcionando a quebra de possíveis vícios posturais, do ritmo de trabalho, descanso visual e
auditivo e pela descontração do ambiente de trabalho. (RESENDE et al., 2006)
Mediante a estas informações, este artigo tem como objetivo verificar os aspectos positivos
alcançados com a prática da Ginástica laboral, bem como verificar os aspectos negativos que
possam comprometer o prosseguimento da prática em uma empresa de call-center situada na
cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais.
Materiais e métodos
Este estudo foi realizado em uma empresa de call-center situada na cidade de Belo Horizonte
nos meses de setembro e outubro, com o objetivo de verificar os aspectos positivos e negativos
alcançados com a prática da Ginástica Laboral.
Para seleção da amostra, foi convidada a participar do estudo uma equipe composta por 24
teleatendentes, todas do sexo feminino, que demonstraram grande interesse pelo assunto e
disposição em colaborar com o estudo.
Resultados
O presente estudo foi realizado nos meses de setembro e outubro de 2008 com a participação
de 24 teleatendentes, todas do sexo feminino de uma empresa de call-center situada na cidade
de Belo Horizonte. Destas, quando perguntado sobre tempo de trabalho que tinham na função
de teleatendimento, relataram períodos entre 1 e 22 meses, referente ao grau de escolaridade,
79% possuíam o 2º grau completo, 12% possuíam 3º grau incompleto e 9% tinham o 3º grau
completo. A idade média das participantes foi de 21 anos e nenhuma possuía outro emprego.
Houve melhora significativa nos quesitos de disposição, antes das aulas de Ginástica Laboral
era de 68% e após a pratica 86%, a concentração antes das aulas era de 82% e após atingiu os
100% e a posturaantes das aulas era 57% e após as aulas de Ginástica Laboral chega-se a 82%.
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Figura 2 - Figura 2. Distribuição do percentual das teleatendentes em relação à dores musculares e articulares,
O estresse que era de 37% também diminuiu para 13% após a pratica das aulas de Ginástica
Laboral, a insônia entre as participantes era de 32% e após uma atividade física regular que
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Ginástica Laboral propicia caiu para 9%. As dores de cabeça diminuíram, foi notada uma queda
significativa antes e após as aulas de 56% para 36%. A tensão no trabalho também caiu após as
aulas de Ginástica Laboral de 54% para 4%.
O quesito de absenteísmo diminuiu após as aulas de Ginástica Laboral, mas podendo ter tido
melhores resultados. Tudo isso devido à insatisfação ao da maioria, gerando atestados médicos,
as faltas caíram de 56% para 45%.
funcionários, tendo reflexo direto na produtividade que antes da Ginástica Laboral era de 23%
e após foi para 31%.
Discussão
Autores como MENDES (2004), PINTO et al (2000) e ZILLI (2002), encontraram impactos
positivos da Ginástica Laboral sobre a saúde dos funcionários e/ou ambiente de trabalho. O que
também pode ser demonstrado no nosso estudo através da queda de queixas relacionadas a
dores musculares e articulares e sensação de cansaço muscular. Segundo ROCHA (1999), a
maioria dos funcionários que participam de um programa de Ginástica Laboral apresentaram
melhoras nos mesmo quesitos.
tiveram objetivos de quebrar a rotina das aulas de maneira descontraída, surgindo efeito direto
ao humor.
KIRTA (1999) relata que o relaxamento consciente é um grande aliado contra o estresse,
sendo positivo proporcionar aos trabalhadores momentos em que ele posa relaxar o corpo,
lembrando que devem melhorar seus hábitos respiratórios. A Ginástica Laboral propicia aos
seus participantes momentos como este, tendo reflexo direto na queda do estresse e na tensão
no trabalho. Resultados semelhantes foram encontrados por REZENDE et al, (2004), os
teleatendentes relataram melhora do cansaço, dores no corpo e do estresse, além de maior
disposição para o trabalho e melhor integração com os colegas de trabalho.
Em relação às dores de cabeça houve uma queda significativa, mas não referenciando
somente às aulas de Ginástica Laboral, pois no estudo realizado, pode-se perceber que muitas
teleatendentes necessitavam do uso de óculos para trabalhar e assim não faziam, foi pedido
então a elas que providenciassem os óculos para o uso no trabalho.
A prática da Ginástica Laboral não deve ser compreendida somente como um exercício físico
realizado no trabalho, mas também como uma oportunidade de reeducar hábitos de vida para
aumentar a capacidade para executar as atividades laborais e para enfrentar a rotina do dia-a-
dia. O mais convincente dos argumentos que se pode utilizar para demonstrar que atividade
física constitui um importante instrumento de promoção a saúde e da produtividade segundo
POLLETO e AMARAL (2004), é que vale a pena praticar exercícios físicos regularmente, em
virtude dos benefícios comprovados cientificamente. Reflexo desta afirmação é vista na
diminuição da incidência de insônia, pois boa parte das teleatendentes iniciou um programa de
atividade física regular alcançando benefícios visíveis como este.
Durante estes dois meses de aplicação do programa de Ginástica Laboral, também foram
encontrados alguns aspectos negativos como falta de espaço para realização das aulas, roupas
inadequadas para realização das aulas e agitação da equipe após as aulas. Estes aspectos
negativos são semelhantes aos encontrados no estudo de MACIEL et al (2005), que citam
algumas desvantagens associados a realização da Ginástica Laboral como a realização de
exercícios físicos com as roupas de trabalho, o local inapropriado para a prática de atividade
física e o constrangimento de se fazer exercício frente ao colega e de chefes imediatos.
Não foi considerável o aspecto relacionado às roupas para realizar os exercícios físicos, já
que a população amostral não necessitava do uso de uniformes e sendo a empresa bastante
flexível com relação a este quesito. As aulas aconteceram fora do ambiente de trabalho, em um
espaço aberto, e algumas teleatendentes se sentiam inibidas em realizar os exercícios em
ambiente aberto. Para minimizar este problema, foram alternadas aulas fora e dentro do local
de trabalho, concentrando as aulas como dinâmicas de grupo fora do ambiente de trabalho.
Considerações finais
A implantação da Ginástica Laboral propicia uma relação de benefícios alcançados aos dois
lados da relação do trabalho. A princípio os trabalhadores podem até acreditar que a empresa
será a única a se beneficiar com o programa de Ginástica Laboral, mas ambos saem
beneficiados. É interessante, entretanto, notar que a ginástica por si só, não altera resultados
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significativos, se não houver uma elaborada política de benefícios sociais, além de estudos
ergonômicos, da colaboração dos gerentes, dos técnicos de segurança do trabalho, dos médicos
ocupacionais e dos profissionais de recursos humanos.
Fica evidente, portanto, que a Ginástica Laboral é eficiente na melhoria da qualidade de vida
do trabalhador e alcançou expressiva melhora no desempenho das teleatendentes nos vários
quesitos avaliados e que independentemente dos aspectos negativos encontrados os benefícios
alcançados pela prática são mais significativos, valendo a pena as empresas investirem neste
tipo de programa.
Referências
ALVES S, VALE A. Ginástica Laboral, caminho para uma vida mais saudável no
trabalho. Revista CIPA nº.7, 1999; 232:30-43.
LIMA, Valquíria. Atividade física no ambiente de trabalho. São Paulo: Phorte, 2005.
MENDES AR, LEITE N. Ginástica Laboral: princípios e aplicações práticas. São Paulo:
Manole, 2004.
MENDES RA. Ginástica Laboral: implantação e benefícios nas indústrias da cidade industrial
de Curitiba. Curitiba, PR: Centro Federal de Educação Tecnológica (Dissertação de Mestrado
em Tecnologia), 2000.
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