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Fortaleza-ce
2018
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Estudo de Caso:
REFERÊNCIA:
RESUMO:
CITAÇÕES:
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completamente o sistema."5 ainda assim, o sistema público existente continuou extremamente
popular na França. Aqui estava, portanto, um grande desafio enfrentado pelos líderes políticos
do país às vésperas do século 21.” (p. 02)
“A previdência privada foi iniciada na França no começo do século 19 por empresas industriais
como uma ferramenta de gestão trabalhista. Frente à necessidade de recrutar, disciplinar e
manter empregados em mercados de trabalho cada vez mais voláteis, empregadores
começaram a incrementar os salários com benefícios adicionais. A função básica destes
benefícios, que dependiam de "bom comportamento", era encorajar lealdade à empresas e,
assim, diminuir ausências e rotatividade de pessoal. Efetivamente, aposentadorias
patrocinadas pelo empregador não possuíam comprometimento legal, eram apenas
compromissos voluntários assumidos pelo empregador para fornecer alguma renda a seus
trabalhadores de idade avançada. Esses planos de aposentadoria envolviam benefícios
mínimos, não eram financiados, e não pagavam nada a trabalhadores que mudassem de
emprego antes de se aposentar.” (p. 02)
“O turbilhão econômico que deu origem à Segunda Guerra Mundial abalou o sistema
previdenciário emergente. Inflação e desvalorização da moeda acabaram com benefícios, que
foram determinados em termos nominais. Como resultado, a confiança pública em planos
financiados (régimes par capitalisation) simplesmente se desintegrou. "No imaginário coletivo
dos Franceses," observou Patrice Vial, antigo Chefe de Gabinete do Ministério da Fazenda,
"aposentadorias totalmente financiadas passavam a imagem de que tudo o que você consegue
comprar com sua aposentadoria é uma barra de chocolate." (p. 03)
“O novo sistema previdenciário do pós-guerra, também conhecido como regime geral (régime
général), aplicou a todos os rendimentos abaixo um limite salarial específico. Assim como o
sistema pré-guerra, o novo sistema era obrigatório. Diferentemente do sistema pré-guerra, no
entanto, o novo era baseado no princípio do autofinanciamento. Esperava-se que contribuições
anuais pagassem os benefícios anuais, e, então, reservas financeiras não eram acumuladas
para financiar obrigações financeiras futuras. A lógica desta decisão se baseava primeiramente
na situação econômica e financeira da França nos anos do pós-guerra, bem como nos
problemas financeiros anteriores à guerra.” (p. 03)
"O modelo dos cadres foi logo adotado por empregados não administrativos. Em 1961, um
novo regime suplementar foi estabelecido para trabalhadores assalariados sob a influência da
ARRCO (Associação de Regimes Sociais Suplementares). Onze anos depois, o parlamento
aprovou uma lei tornando os regimes suplementares obrigatórios para praticamente todos os
empregados do setor privado, estabelecendo, assim, a estrutura previdenciária bipartidária que
permanece instituída até hoje.” (p. 03)
“Paritarisme, Nem Público, nem Privado Como se vê, nem todos os cidadãos franceses ficaram
satisfeitos com o regime geral. Os cadres (média e alta gerência) se opuseram ao conceito de
adesão forçada e lutaram para manter um status separado de trabalhadores remunerados no
sistema previdenciário.” (p. 03)
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“Por volta de 1990, o sistema previdenciário público da França era um dos mais generosos do
mundo. Os franceses gastavam em torno de 12 por cento do PIB em pensões públicas, atrás
somente de três outros países da OCDE. A média de todos os países da OCDE era de
aproximadamente 8 por cento. Como já era esperado, a taxa líquida de substituição da França
(definida como a média do benefício previdenciário deduzido dividido pela média do salário
deduzido) também era uma das mais altas do mundo, estimada em 80 por cento em 1995.” (p.
04)
“Embora o sistema previdenciário francês tenha sido sujeito a críticas crescentes em meados
dos anos 1990, os que apoiavam o sistema se mantiveram firmes. Com o passar dos anos, o
sistema previdenciário público havia praticamente erradicado a pobreza entre a população
idosa e melhorado substancialmente os padrões de vida da população aposentada, com taxas
de reposição de pensões públicas entre as mais altas do mundo. De fato, um estudo da
Agência de Planejamento Nacional em 1995 revelou que os padrões de vida da população
aposentada e economicamente ativa eram praticamente iguais.” (p. 06)
Comentários:
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regimes suplementares, ARRCO e AGIRC, que em seguida foram estendidos a todas as
classes.
Um vasto avanço adquirido pelo regime geral de previdência, é que ele nasce
fundamentado pelo ideal de distribuição entre gerações, o que partilha com o que é no Brasil
tem de muito comum da herança da revolução francesa, dos seus ideais de liberdade,
igualdade, fraternidade, o que, auxiliou para uma quebra na desconfiança dos cidadãos
franceses pela identificação ideológica. Um fato importante ser ressaltado é que essa maneira
é um avanço obtido pela frente socialista francesa, e que apesar de muito censurada pelas
pessoas e instituições com maior poder econômico, foi uma modelo que se destacou no mundo
inteiro pela aquisição ampla e pela distribuição de renda mais generosa e não vista nem em
países mais desenvolvidos, quer dizer, que os aposentados franceses recebiam relativamente
bem e essa maneira devolveram aos segurados direitos e os tirou da exclusão social, mas, não
eliminou a preocupação com a sustentabilidade financeira do sistema, que com o
desenvolvimento da qualidade de vida, com o aumento da expectativa de vida e a baixa
natalidade, no século 21 já eram previstos que o número de trabalhadores ativos fosse
insatisfatórios para a manutenção dos mesmos direitos de acesso e benefícios aos
aposentados.
IDEAÇÃO:
Com relação aos princípios, por valores permeados por ideologias de cunho socialista,
podemos notar que hoje, estão sofrendo duros golpes causando perda de direitos e qualidade
de vida aos que dela dependem, porém isso acontece diante de uma série de problemas
relacionados ao desenvolvimento financeiro do sistema, tanto na França como no Brasil. Na
França se consegue distinguir principalmente pelo destaque do valor dos benefícios, que era
originalmente moderadamente alto serem equiparados aos dos países equivalentes ou
superiores no quesito desenvolvimento, ocorre que no Brasil, nem sempre foi causa de
destaque, por causa do baixo poder de compra do salário mínimo, que é o valor ou o mais
próximo do que a maio parte dos beneficiários ganham.
O artigo na situação no qual foi lançado, nos mostra uma boa dimensão e informações
de indicadores, porem não indica uma solução que seja útil e de inspiração para as soluções
de um suposto problema tão discutido por nossos governantes, provavelmente pela dificuldade
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de se encontrar essa solução, de maneira economicamente justa, assim esperamos, uma
saída de maneira justa e de forma participativa.