Professional Documents
Culture Documents
PRISÃO
R: NÃO, pois a regra é a liberdade, sendo que a prisão é uma exceção, daí que só
poderá ocorrer quando tiver previsão legal e desde que esteja fundamentada. A
PRISÃO CAUTELAR antecipa um juízo que só ao final do processo é que se poderá
ter como definitivo. No entanto, este tipo de Prisão não ofende a presunção de
inocência que significa: Que o Réu só será considerado culpado após o trânsito em
julgado da sentença penal, haja vista que a constituição e o CPP autorizam a prisão
cautelar, dede que estejam presentes os seus fundamentos.
ESPÉCIES DE PRISÃO
PRESSUPOSTOS
a) Fumus Boni Iuris: : Significa a viabilidade de que o réu ao final do processo venha
a ser condenado, haja vista a presença de indícios de autoria e da materialidade.
MANDADO DE PRISÃO
CONCEITO: É um instrumento escrito que contém a ordem judicial de PRISÃO
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO MANDADO DE PRISÃO ESTÃO NO Art. 285 do
CPP.
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.
PRISÃO EM FLAGRANTE
(Art. 301 e seguintes do CPP)
CAPÍTULO II
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
CONCEITO: É uma prisão que consiste na restrição da liberdade de alguém,
independente de ordem judicial, possuindo natureza cautelar, desde que esse alguém
esteja cometendo ou tenha acabado de cometer uma infração penal OU esteja em
situação semelhante prevista nos incisos III e IV, do Art. 302, do CPP. É uma forma de
autodefesa da sociedade.
A expressão FLAGRANTE vem da expressão FLAGARE, que significa queimar, arder.
É o que está acontecendo ou acabou de acontecer. É o evidente.
II - acaba de cometê-la;
ESPÉCIES DE FLAGRANTE
II - acaba de cometê-la;
Irá ocorrer naquela hipótese em que o agente é perseguido logo após o crime em
situação que faça presumir ser ele o autor da infração penal.
A expressão logo após não significa 24 horas, mas sim um período de tempo.
(jurisprudência entende que é até 6 a 8 horas após o CRIME) razoável para haver a
colheita de provas sobre quem é o autor e iniciar a perseguição. Tempo e lugar
próximos da infração penal. OBS. PERSEGUIÇÃO Ú contínua 6 a 8 horas para iniciar
a perseguição. A perseguição após ser iniciada tem que ser contínua, não podendo ser
interrompida. Deve ser destacado que a perseguição deve ser iniciada até seis a oito
horas após o crime.
II - acaba de cometê-la;
II - acaba de cometê-la;
§ 1º - O Presidente ficará
suspenso de suas funções:
II - nos crimes de
responsabilidade, após a
instauração do processo
pelo Senado Federal.
CASOS ESPECIAIS
â É possível ocorrer prisão em flagrante no crime PERMANENTE?
R.: SIM, pois o crime permanente é aquele em que a consumação se prolonga, protrai,
no tempo, tendo como exemplo o crime de seqüestro e, consoante o Art. 303 do CPP,
será possível a prisão enquanto o crime estiver se consumado.
II- FLAGRANTE FORJADO: â Irá ocorrer no caso, por exemplo, em que um policial, de
forma leviana, coloca drogas no carro de alguém a fim de prende-lo em flagrante. O
FLAGRANTE FORJADO NÃO É VÁLIDO.
III- FLAGRANTE ESPERADO: â Irá ocorrer na hipótese em que a polícia tendo
conhecimento de que irá ocorrer um crime, espera que o mesmo aconteça e realiza a
prisão em flagrante do agente que o praticou, não há preparação. É um flagrante
válido
PRISÃO PREVENTIVA
(Art. 312 ou 316 do CPP).
É uma prisão cautelar e processual decretada pelo juiz durante o inquérito ou no curso
do processo, até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, desde que
preenchidos os pressupostos e fundamentos exigidos na Lei.
Pressupostos: Art. 312, segunda parte do CPP (materialidade e prova da autoria)
Fundamentos/Requisitos: Art. 312, Primeira parte do CPP
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública,
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente
de autoria. (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar
a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem
razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 5.349, de 3.11.1967)
â PARA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA: Irá ocorrer, em regra, nos casos em que o
agente seja reincidente, tenha alta periculosidade e que o crime tenha sido praticado
de forma cruel, com extrema gravidade. Ocorre ainda, no caso em que tenha trazido
uma grande repercussão na sociedade, causando um clamor público, afetando a paz
social..
â GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA: Irá ocorrer nos crimes praticados contra a
ordem econômica, financeira e tributária, causando repercussão, por exemplo, no
mercado de capitais, trazendo danos aos investidores. Há quem defenda que melhor
do que prisão seria decretar o seqüestro ou a indisponibilidade de bens.
â POR CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL: (produção das provas). VISA a
evitar, por exemplo, que o réu continue ameaçando testemunhas, peritos o que caso
aconteça prejudicará a instrução regular do processo. Ocorre também no caso em que
o réu, estando solto, poderá, em razão do seu cargo, destruir provas. É decretada em
razão de perturbação ao regular andamento do processo.
â PARA ASSEGURAR A APLICAÇÃO DA LEI PENAL :
Irá ocorrer, por exemplo, no caso do juiz ter notícia de que o réu irá fugir, pois tirou o
passaporte, sendo que neste caso será necessária a prisão, pois caso o réu fuja a
pena final aplicada não poderá ser cumprida. Há risco real de fuga do acusado. O juiz
não pode se basear em mera especulação, como por exemplo o caso do réu ser rico.
â Condições de ADMISSIBILIDADE DA PRISÃO PREVENTIVA – Art. 313, do CPP, não
cabe prisão preventiva em crimes culposos.
III - se o réu tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença
transitada em julgado, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 46 do
Código Penal. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
E no caso de o juiz verificar que o agente teria praticado o crime acobertado por uma
excludente da culpabilidade?
Minoritariamente, entende-se que o juiz NÃO está impedido (pode decretar) de
decretar a prisão preventiva, pois se deve fazer neste caso uma interpretação literal do
Art., não podendo estende-lo.
A Maioria entende que o juiz NÃO deveria decretar a prisão preventiva, pois no caso
deve ser feita uma interpretação extensiva, daí que a excludente da culpabilidade tem
a mesma finalidade da excludente da ilicitude, qual seja, excluir o crime, não podendo
haver no caso a diferenciação.
Art. 316 do CPP- o juiz deverá revogar a prisão preventiva, no caso de verificar que os
fundamentos da mesma desapareceram podendo, no entanto, tornar a decretar se
surgirem novos fundamento, sendo que neste novo decreto prisional deverá haver
também a fundamentação, não podendo repetir o decreto prisional anteriormente.
PRISÃO TEMPORÁRIA
(Lei 7.906/89)
CONCEITO: É uma prisão cautelar decretada pelo juiz durante o inquérito policial,
visando a garantir a investigação de certos crimes graves, desde que preenchidos os
requisitos legais.
QUEM DECRETA: O JUIZ, não pode decretar ex-officio.
QUEM PEDE:A REQUERIMENTO DO MP OU EM RAZÃO DE REPRESENTAÇÃO DA
AUTORIDADE POLICIAL
PRAZO: Segundo o Art. 2º da Lei 7.960/89- o prazo será de cinco dias prorrogáveis
por mais cinco dias, sendo que se for crime hediondo o prazo será mais 30 dias,
sendo prorrogável por mais 30 dias - Art. 2º §3º da Lei 8.072/90 que a prorrogação não
é automática, devendo haver pedido neste sentido e a conseqüente fundamentação na
sua decretação e também no caso da prorrogação.
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir,
ouvirá o Ministério Público.
§ 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e
prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do
recebimento da representação ou do requerimento.
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado,
determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos
da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito.
§ 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias,
uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.
§ 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.
§ 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no
art. 5° da Constituição Federal.
§ 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto
imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva.
Expirado o prazo da prisão, entende a maioria que o delegado deve colocar
imediatamente o preso em liberdade, sob pena de praticar abuso de autoridade. Há
quem entenda que o delegado só deveria soltar o preso mediante o alvará de soltura.
FUNDAMENTOS: Art. 1º da Lei 7.960/89, trata-se de
f) estupro (art. 213, caput , e sua combinação com o art. 223, caput , e
parágrafo único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput , e
parágrafo único);
ESPÉCIES DE PRISÃO
a) Prisão em flagrante
b) Prisão Temporária
c) Prisão Preventiva
d) Prisão Resultante de Pronúncia
e) Prisão Decorrente de Sentença Penal Condenatória
Recorrível
2) – Prisão Definitiva
Decorrente de Sentença Penal Condenatória Irrecorrível
PRISÃO EM FLAGRANTE
ESPÉCIES DE FLAGRANTE
Condições Autorizadoras
REVOGAÇÃO
Discussão doutrinária:
PRAZO:
3 hipóteses:
a) o agente se livra solto (art. 321 CPP);
b) o fato esta acobertado por excludente de ilicitude (art. 310
“caput” – Ex.: legítima defesa);
c) estão ausentes os motivos que justificariam a prisão
preventiva
- Observações: