Professional Documents
Culture Documents
Cantiga lírico-amorosa
Cantiga de amor
A cantiga que apresentamos a seguir data do final do século XII. Perceba como a
língua sofreu grandes modificações. Afinal, são quase oito séculos a separar esse texto
do leitor atual. Por isso, apresentamos a versão original e uma versão atualizada da
cantiga.
(Bernardo de Bonaval)
A dona que eu sirvo e que muito adoro
mostrai-ma, ai Deus! Pois que vos imploro,
senão, daí-me a morte.
ENTENDENDO O TEXTO
3. Além de colocar nas mãos de Deus a possibilidade de ser feliz, o poeta atribui a Ele
a responsabilidade pela beleza da mulher. Que fragmento da cantiga expressa a segunda
idéia?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
4) A mesura é uma das convenções que mais se destacam. Esta convenção obriga o
trovador a:
a) Conter-se na expressão do sentimento, embora este possa estar repleto de
sensualidade. É a contenção amorosa.
Algumas vezes se infringe esse código e o erotismo vem à tona, como neste
trecho de cantiga provençal:
c) Situar a mulher acima de tudo e de todos, inclusive dele próprio. Resulta dessa
atitude a idealização da figura feminina. Na manifestação poética, o eu-lírico
reprimi qualquer indício de orgulho e praticamente suplica à mulher de
confessar seu amor.
Cantiga de amigo
Se sabeis novidades do meu amigo, E eu bem vos digo que ele está são e
aquele que mentiu no que prometeu vivo, e estará convosco no prazo
para min, ai, Deus, onde está ele? combinado. Ai, Deus, onde está ele?
Se sabeis novidades de meu amado, E eu bem vos digo que ele está vivo e
aquele que mentiu no que me jurou, são, e estará convosco no prazo
ai Deus, onde está ele? combinado. Ai, Deus, onde está ele?
ENTENDENDO O TEXTO
a. Delimite as partes.
b. Na primeira parte, quem faz perguntas?
___________________________________________________________________
5. O refrão da cantiga:
Cantiga satírica
(Bernardo de Bonaval)
Cantiga de escárnio
É a crítica indireta, irônica, mais sutil. São sátiras de intenção social ou individual.
Há também cantigas de escárnio em que um poeta critica a obra de outros trovadores ou
os próprios trovadores.
No trecho seguinte de uma cantiga satírica vemos a denúncia daquilo que o poeta
considera uma “desordem social”:
Apresenta uma crítica mais direta, mais virulenta e mais grosseira que a de
escárnio .
Leia a reposta de um trovador a uma dama que se queixou de nunca ter merecido
dele uma cantiga: