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DIRECTORES DE LA PUBLICACIÓN:
PABLO FRISCH
NATALIA STOPPANI
Publicación Anual - Nº 2
ISSN: 2347-016X
Título de la publicación: II Encuentro hacia una pedagogía emancipatoria en Nuestra
América
Título del artículo: “As culturas populares na educação como elemento de emancipação e
formação da identidade cidadã: um caminho frente à escolarização do conhecimento”.
Director del Centro Cultural de la Cooperación Floreal Gorini: Prof. Juan Carlos Junio
De los autores
As culturas populares na educação como elemento de emancipação e
formação da identidade cidadã: um caminho frente à escolarização do
conhecimento.
Daniela Barros (danibps@gmail.com)1
Resumo
No Brasil, a cultura popular vem sendo chamada de volta à escola, nos últimos doze
anos, como elemento relevante no processo de formação das identidades culturais e
da consciência cidadã dos sujeitos atendidos pelo sistema público de educação. As
principais maneiras pelas quais as culturas populares tem chegado aos espaços
escolares são através de leis e programas no âmbito das políticas públicas (Lei
10.639/03 e Lei 11.645/08, por exemplo). Entretanto, quando a cultura popular entra
na escola sofre uma adequação à forma escolarizada de ver o mundo e o ensino
(Illich), que resignifica a sua história, mostrando apenas o caráter festivo da cultura,
transmitindo um conhecimento esvaziado de sentido. O aluno então, não reconhece
a história apresentada na escola como pertencente a si, e a escola perpetua um
longo caminho de reprodução e homogeneização de conteúdos. A escola continua
servindo ao pensamento hegemônico, hierarquizando o conhecimento e impedindo a
emancipação dos sujeitos. Este trabalho se propõe a sugerir caminhos e práticas
educativas, abordando as culturas populares, que eliminem o distanciamento do
aluno de sua própria história e identidade, buscando a sua emancipação e formação
cidadã.
Resúmene
1
Daniela Barros é graduanda em Pedagogia pela Faculdade de Educação da
Universidade de Brasília. CV: http://lattes.cnpq.br/4848853812639285
2
Saulo Pequeno é mestrando em Educação pela Faculdade de Educação da
Universidade de Brasília.
CV: http://lattes.cnpq.br/4438511067969591
distanciamiento del estudiante de su propia historia e identidad, en la búsqueda de la
emancipación y la formación ciudadana.
3
Extraído do texto de apresentação do programa Mais Cultura nas Escolas, no sítio
do Ministério da Cultura. Disponível em: http://www.cultura.gov.br/maisculturanasescolas .
conhecimento sejam efetivas. É necessário que perspectivas críticas e
emancipadoras sejam a base das atividades que integram uma nova
proposta para a relação cultura popular e escola.
O conteúdo escolar deve dialogar com a bagagem histórico-cultural
que os estudantes trazem consigo (VIGOTSKI, 2009). Os conhecimentos e
experiências prévias dos estudantes são relevantes porque é a partir deles
que o professor pode fazer relações entre a realidade cultural local e os
temas que serão objeto de estudo nas aulas.
Os conhecimentos prévios são ideias, práticas e conjuntos de
vivências, experiências e percepções que os alunos tem sobre o mundo. Não
se pode acreditar que os alunos constituem-se somente na escola com a
ajuda do professor, como se fossem uma tábula rasa. Trazem um conjunto
significativo de experiências que carregam em suas mentes e seus corpos,
elaboradas a todo momento em suas vidas. O professor deve conhecer, levar
em conta e relativizar seus conhecimentos e dos alunos, ampliando o diálogo
entre eles e novos conhecimentos, novas experiências, organizando as
atividades para que ambos se tornem conscientes de sua ação no mundo, e
possam se engajar na sua transformação. Segundo Berutti & Marques
(2009):
[O conhecimento da história local] mantém-se como
importante instrumento através do qual os indivíduos
percebem a si mesmos e aos outros, vislumbrando sua
responsabilidade para com a construção de uma sociedade
mais justa e igualitária.