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GERENCIAMENTO DE ESTOQUE:
TAUBATÉ
2011
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LUIS ANDRÉ RAMALHO ALVES
GERENCIAMENTO DE ESTOQUE:
TAUBATÉ
2011
1
LUIS ANDRÉ RAMALHO ALVES
GERENCIAMENTO DE ESTOQUE:
Armazenagem com Rastreabilidade de Materiais,
uma Oportunidade de Melhoria
Aprovado em de de 2011
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TAUBATÉ
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2011
3
Gostaria de dedicar em primeiro lugar a Deus,
por ter me dado Força e Paciência, tendo
muitas dificuldades e sofrimentos, onde a
recompensa é e será muito maior. Por me
mostrar caminhos maravilhosos, estar sempre
ao meu lado em todos os momentos e por me
fazer uma pessoa mais feliz. Realizando atingir
mais um objetivo na minha vida.
Obrigado por fazer de mim um vencedor,
consolidando estudo e o trabalho.
AGRADECIMENTOS
4
5
“O importante não é o que nos faz o destino, mas sim, o que
nós fazemos dele”
Anônimo
RESUMO
ABSTRACT
The survival of any company depends among other conditions, the correct
management of the stock, given the high investment therein, representing a
significant portion of its capital. With this, this paper aims to show practices regarding
the management and inventory control, which allows a view of the process input and
output control materials inventory and a field of general information and distinct. One
of the main difficulties of inventory management is to maintain the reliability of
information, ensuring continuity of production process and customer service. The
variations found in stock, but to put his reliability at risk and incur unnecessary costs,
falling on the final product, upsetting the entire production chain generating internal
lack or excess of parts, which in turn generate other costs. Thus, this work is its
relevance by seeking to establish connection between the storage and management
system of traceability of materials, to study the main aspects of store management
and the effects that the system of traceability of materials can have on their main
activities. Due to globalization, companies need their activities as a competitive, thus
achieving the objectives of logistics. Verified this need, and trends of functioning of
the productive area, settled the interest in better understanding the Operations
Inventory System and its consequences, giving rise to this work.
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Keywords: Computerized Inventory Management; Inventory Management; Inventory
of Raw Material; Information Technology applied to logistics.
LISTA DE FIGURAS
8
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................................ 6
ABSTRACT............................................................................................................................ 7
LISTA DE FIGURAS............................................................................................................... 8
INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 11
2.1. Estoque.......................................................................................................................... 14
2.1.1. Conceito de Estoque...................................................................................................14
2.2. Tipos de Estoque........................................................................................................... 16
2.4. Custos dos Estoques.....................................................................................................18
2.5. O Estoque e sua Finalidade...........................................................................................18
2.6. O Desdobramento da Importância dos Estoques...........................................................19
2.7. Sistema de Informação de Estoque...............................................................................20
2.8. Níveis de Estoque.......................................................................................................... 21
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3.5.1.1. Recebimento de Materiais........................................................................................26
3.5.1.2. Estocagem de Materiais...........................................................................................27
3.5.1.3. Separação de Pedido de Materiais..........................................................................28
3.6. Processamento Global das Atividades de Armazenagem..............................................29
3.7. Administração de Estoque..............................................................................................29
3.8. Distribuição de Materiais................................................................................................30
3.9. Distribuição Física dos Materiais....................................................................................31
3.10. A Função Qualidade na Armazenagem........................................................................32
3.11. Rastreabilidade do Produto..........................................................................................34
3.12. Lotes de Materiais........................................................................................................35
Capítulo 4. CONCLUSÃO....................................................................................................38
Capítulo 5. REFERÊNCIAS..................................................................................................39
10
INTRODUÇÃO
12
A eficiência no processo de controle de estoque nas empresas tem
proporcionado a redução de custos para maior competitividade das mesmas no
mercado em que estão inseridas.
A pesquisa tem caráter descritivo quantitativo e qualitativo por expor os
conceitos e características apontados pelos autores, uma vez que se utiliza de
informações anteriores publicadas principalmente em artigos, revistas, sites
especializados sobre o tema proposto. É quantitativa (Soares, 2000), por descrever
conceitos de Gestão de Estoques e, torna-se descritiva (Malhotra, 2001), por
detalhar os tipos de Benefícios da gestão de estoque, sua aplicabilidade,
características, fundamentos e princípios.
Para a realização desse trabalho optou-se pelo método descritivo e a técnica
foi à pesquisa bibliográfica, realizada a partir de periódicos, revistas especializadas,
artigos científicos, livros e sites da internet e demais fontes de consulta. A natureza
da pesquisa foi a qualitativa, onde os dados mais relevantes foram selecionados. A
análise dos dados envolveu a interpretação dos dados e observação dos pontos de
convergência, divergência, as tendências e as regularidades. A forma de
apresentação dos dados é descritiva.
13
Capítulo 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Estoque
14
Assegurar que os investimentos feitos em estoque alcancem níveis
ótimos de rendimento, conforme determinado na política
econômica/financeira da empresa (JACINTO, 2007).
15
Fonte: Google Imagem, 2011
16
componentes utilizados para a manutenção de equipamentos,
instalação predial, dentre outros.
“Sua formação é onerosa, uma vez que representa de 25% a 40% dos
custos totais. Com o propósito de se evitar o descontrole financeiro, é
necessário que haja uma sincronização perfeita entre a demanda e a oferta
de mercadorias. Como isso é impossível, deve-se formar um estoque
essencialmente para atender a demanda, minimizando seus custos de
formação” (CORRÊA, 2000, p. 53).
Segundo Drucker (2000, p.24), “devemos sempre ter o produto que você necessita,
mas nunca devemos ser pegos com algum estoque”.
Os estoques servem para muitas finalidades. Entre elas, podem-se citar:
Melhoram o nível de serviço;
Incentivam economias na produção;
Permitem economia de escala nas compras e no transporte;
Agem como proteção contra aumentos de preço;
Protegem a empresa contra incertezas de demanda e no tempo de
ressuprimento;
Servem como segurança contra contingências.
19
Sabe-se que cada item estocado possui um valor contábil atribuído, seja
pelo valor de aquisição (para itens comprados) ou valor de produção (para itens
produzidos).
Moura (2007, p.16) menciona que:
21
Capítulo 3. GESTÃO DE ESTOQUES
22
quatro questões: quanto pedir, quando pedir, quanto manter em estoques de
segurança e onde localizar. A resposta para cada uma dessas questões
passa por diversas análises, relativas ao valor agregado do produto, a
previsibilidade de sua demanda e às exigências dos consumidores finais em
termos de prazos de entrega e disponibilidade de produto”.
23
Trabalhar com um número elevado de itens estocados, fornecidos por um
número também significativo de empresas, atendendo solicitações de clientes
internos e externos, é sem dúvida uma tarefa complexa e dinâmica.
Slack (2006, p. 401) sugere que:
24
3.3. O Modelo de Revisão Periódica
3.5. Armazenagem
Do Egito a Bíblia nos conta (Gênese, cap. 41) que José, foi aos trinta anos,
um dos primeiros homens a operar um processo de estocagem e distribuição.
Interpretando os sonhos do faraó do Egito como sendo sete anos de
abundância e sete anos de fome, e obtendo sua aprovação, José elaborou um
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sofisticado sistema de coleta e estocagem de um quinto de todo alimento produzido
anualmente nos anos de abundância, o que permitiu aquele país transpor os sete
anos de fome seguinte.
Trazendo este exemplo para os dias atuais, podemos constatar que, a
armazenagem de materiais não agrega valor ao produto, pelo contrário até, eleva
seu custo.
Sendo, porém, utilizada de forma adequada, a armazenagem, como no caso
de José pode se constituir em uma importante vantagem competitiva.
Moura (2007, p. 03) define armazenagem como sendo:
26
Todo material que chega à empresa deve ser recebido, conferido
qualitativamente e quantativamente, identificado e caso necessário deve ser
submetido a testes de recebimento. Moura (2007, p. 118) menciona que “o
recebimento inclui todas as atividades envolvidas no fato de aceitar materiais para
serem adotados”.
Esta atividade é fundamental, pois quase sempre é nela que se inicia o
processo de rastreabilidade do material através da identificação dos lotes de
fornecimento (quando aplicável), e a denominação do local onde o material iniciará
seu processo de movimentação dentro da empresa.
Em muitas empresas, a atividade de recebimento é realizada
simultaneamente com a atividade de registro fiscal, que processa os dados das
notas fiscais. Qualquer equívoco nesta etapa inicial ocasionará uma sucessão de
erros nas demais etapas e tornará sua identificação mais difícil na medida em que
os dados equivocados são utilizados no dia-a-dia.
Esta atividade também tem como característica, uma intensa movimentação
de materiais, por conta dos descarregamentos de veículos, cargas, palletes, e os
deslocamentos necessários entre as áreas da empresa.
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Os erros mais comuns relacionados a esta atividade estão ligados à
localização do material, que ocorre quando um item é movimentado fisicamente,
mas sua nova posição não é atualizada nos controles, ocasionando perda de tempo
na tentativa de localizá-lo quando for necessário.
Esta atividade agrega ainda boa parte da responsabilidade da acuracidade
dos dados de estoque, sendo que o funcionário a ela ligado reúne boas aptidões
para condução dos inventários, já que são eles que passam mais tempo em contato
com o material, fazendo movimentações, arranjos de layout, verificações periódicas
do estado físico visuais, etc.
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Moura (2007, p.221) comenta que “por causa do número de empregados
envolvidos, a separação de pedidos é uma tarefa que apresenta a maior
possibilidade de erros”.
Há ainda a questão das embalagens (para os itens que a necessitam), em
especial aqueles que serão enviados a clientes externos e via de regra deverão
estar identificados e contidos em embalagens de forma compatível com o meio de
transporte a ser utilizado e o local de destino.
29
3.7. Administração de Estoque
31
características da construção (paredes, pisos, pátios, etc.),
localização em relação às demais áreas da empresa que se
relacionam critérios de disponibilidade (existência de filas para
atendimento), etc.
Para que o espaço do armazém seja bem utilizado e o material possa ser
localizado rapidamente, após a aprovação o material é movimentado para uma área
de estocagem com uma identificação denominada local físico.
O local físico é o endereço do material, e como tal, necessita atualização nos
controles inerentes, sempre que houver movimentação.
A atribuição de endereço nos locais de estoque incluiu a denominação do
almoxarifado, rua, e altura, posição na prateleira, etc.
Portanto, os endereços expressam também a forma de armazenamento, em
seus detalhes necessários à localização e preservação dos materiais.
Outro aspecto importante para o planejamento do layout do local de
armazenagem é o tipo de material a ser estocado e a forma de movimentação
destes. O uso de empilhadeiras e carrinhos porta-palletes exige espaços específicos
e preparação do piso em função do peso dos equipamentos. Já para a adoção de
sistemas automáticos como correias transportadoras e elevadores programáveis, é
necessário o investimento em sistemas informatizados específicos e a designação
de áreas específicas.
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No caso das atividades ligadas a gestão de armazenagem, evidenciaremos
algumas:
Rastreabilidade do material: os funcionários dos armazéns são
responsáveis pela preservação da identificação dos materiais em
estoque, garantindo a funcionalidade da cadeia de rastreabilidade.
Esta atividade pressupõe manter identificado todos os lotes de
materiais em todos os locais ocupados, e mais que verificar a
existência de etiquetas nos materiais é necessário também ter todas
as informações de lote e localização sob forma de controle;
Validade do material: o uso do sistema PEPS garante que o material
em estoque sempre será aquele que chegou mais recente à empresa.
Há ainda os casos de materiais cujo prazo de validade deve ser
controlado e caso esteja vencido deve ser retirado do estoque para
não ser utilizado na montagem de produtos. Para a revalidação, em
alguns casos, o próprio fabricante do material estocado especifica o
método de avaliação do material;
Aspecto de embalagem: as embalagens são desenvolvidas
conforme necessidades específicas e contribuem para preservação
dos materiais nelas contidos. Os funcionários do almoxarifado devem
obedecer aos limites e formas de armazenamento para não
provocarem danos nas embalagens e em seus produtos, efetuando
verificações periódicas quanto a este aspecto, corrigindo eventuais
problemas;
Materiais especiais: materiais inflamáveis, explosivos, e químicos
em geral necessitam de cuidados e acompanhamento específico,
normalmente descrito em procedimentos elaborados pelos
fabricantes. Em função de suas características esses materiais
podem ser estocados em almoxarifados específicos, separados
fisicamente dos demais, e as verificações pelos funcionários do
almoxarifado, quase sempre tem que ser feitas com o uso de
equipamentos de proteção individuais.
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Uma atividade importante que geralmente inicia-se dentro dos limites da
gestão de estoque é a atribuição dos lotes dos produtos recebidos. Ele estabelece
um forte elo entre o fornecedor e a empresa, quando permite rastrear os materiais
adquiridos.
Juran (2002, p. 301) comenta que: “um projeto (planejamento da proteção e
rastreabilidade do material) deve garantir a rastreabilidade do produto, isto é, a
capacidade de preservar a identidade deste produto e suas origens”.
A manutenção das informações dos lotes de materiais fisicamente e no
sistema de controle, quase sempre são atividades difíceis e de alto custo devido ao
volume de dados manipulados e a mão de obra necessária para tal. Porém para o
funcionamento da cadeia de rastreabilidade de materiais tornam-se imprescindíveis.
Extensão do
IDENTIFICA
CONSULTA Analisa
PROBLEMA 34
Rastreabilidade Problema 2
1
DEFINE
2 Executa ações Gera Novos RASTREABILIDADE 3
ACIONA
AÇÕES
Dados
MEIOS
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estoque, o sétimo e oitavo número refere-se ao mês e o nono e o
décimo ao ano em que o fato ocorreu etc. Exemplo: (0003451202)
A forma da denominação do lote não segue uma regra básica, apenas se faz
necessária a adoção da forma que melhor se ajuste ao sistema de rastreabilidade
proposta.
Juran (2002, p. 303) menciona que no controle do lote é designado um
número e criado um conjunto de documentos, portanto aquele número, e a
genealogia dos materiais são registrados nestes documentos.
Para produtos complexos ou críticos, os documentos podem formar uma
coleção enorme.
Portanto a complexidade pode definir o quanto de controle será necessário
para garantir rastreabilidade do produto. É importante lembrar que controles geram
custos, que por sua vez afetam a composição do preço de venda do produto.
Ou seja, pode não ser viável ao fabricante manter um sistema de
rastreabilidade que tenha forte impacto sobre o preço de venda do produto ou em
situação inversa, também pode não ser viável manter um sistema com custo de
operação baixo, mas que não atenda aos propósitos de sua criação.
Há ainda a questão da dificuldade na identificação de materiais nos
processos produtivos.
Nos sistemas de produção por encomenda, o fabricante tem a possibilidade
de definir com exatidão quais os dados irão compor o sistema de rastreabilidade,
porque ao iniciar o processo de produção os materiais com os respectivos lotes de
produção estarão disponíveis para anotação no sistema de rastreabilidade bem
como as ocorrências relevantes durante a produção também poderão ser
identificadas, como por exemplo, a fabricação de um motor para embarcação de
grande porte.
Já nos sistemas de produção contínua, com inserção de materiais de várias
origens em intervalos regulares no processo, a exatidão dos dados dependerá de
uma nova designação relativa, como por exemplo, a ocorrência de algum evento
importante no processo produtivo, como embalagem ou teste final em um dado
intervalo arbitrário de tempo (semana, mês, etc). O lote será então algo como
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“corrida do mês 07/01, ou o lote da semana 55/02”. Situação apresentada na
fabricação de alguns metais.
Nestes casos onde o ponto de corte para inserção de novos materiais, ou
alterações do processo não é claramente definida admite-se a possibilidade de
rastreabilidade incompleta, que deve ser compensada com a inclusão dos lotes mais
próximos na realização da pesquisa de rastreabilidade.
Quanto à quais materiais devemos rastrear Juran (2007, p. 303), sugere que
em produtos comerciais, a rastreabilidade pode limitar-se a qualidade orientada para
a segurança e os materiais decisivos na qualidade da montagem do produto.
Portanto, a elaboração do sistema de rastreabilidade pressupõe
conhecimentos técnicos dos materiais, como características físicas, interferência na
montagem, aplicabilidade do conjunto, etc.
Esses dados, normalmente são obtidos junto ao departamento de
engenharia da empresa.
Freqüentemente, os dados de rastreabilidade são associados ás ordens de
fabricação, aproveitando a abrangência do sistema de planejamento, programação e
controle de produção, que pela sua própria atribuição técnica favorece tal atividade
ao utilizar os dados da estrutura de produtos.
Através das ordens de fabricação então é possível armazenar os dados
necessários obtidos em cada fase do processo até o produto final, estabelecendo
uma associação entre elas e os lotes dos materiais, de tal forma que, identificando o
lote de produção, seja possível obter o número da ordem de fabricação ou de outra
forma, obtendo o número da ordem de fabricação possa ser possível conhecer quais
lotes estão nela contido.
Os sistemas informatizados de controle de produção conseguem armazenar
uma grande quantidade de dados, que em intervalos regulares são retirados do
sistema e adequadamente preservado para futuras consultas.
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Capítulo 4. CONCLUSÃO
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Dentro deste contexto, a empresa que não adotar política de gestão,
principalmente, o gerenciamento dos estoques, terá sérios problemas nas tomadas
de decisão mais importantes, o controle de estoques nas empresas, tem a finalidade
de cada vez mais diminuir os estoques/produção nas empresas, sendo assim
obtendo maiores lucros.
Capítulo 5. Referências
FILHO, Armando Oscar Cavanha. Logística - novos modelos. RJ. Ed. Qualitymark:
2001.
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