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A Variação Linguística

Por que existe variação?

Idade Escolaridade
Língua Localidade

Classe social Gênero


Variação Grupo social

Profissão
Contexto
Os tipos de variação
Variação geográfica

Variação histórica

Variação social
A variação geográfica
Variação geográfica - palavras
Em Curitiba, PR, os jovens
chamam de penal o estojo escolar
para guardar canetas e lápis; no
Nordeste, é comum usarem a
palavra cheiro para representar um
carinho feito em alguém; o que em
outras regiões se chamaria
de beijinho.
Macaxeira, no Norte e no
Nordeste, é mandioca ou o aipim.
Variação geográfica - palavras

Em algumas regiões
brasileiras é comum a utilização do
pronome tu; em outras, não. Em
algumas cidades do Nordeste e no
Rio Grande do Sul, um cidadão diria
o seguinte: Tu já estudaste
Química? Na maioria dos outros
estados, o cidadão diria
assim: Você já estudou Química?
Variação geográfica - sons
A mais famosa variação linguística é
o s chiante do carioca. É a mais famosa, mas não é
a única. Outra bastante perceptível pelo visitante é
o r retroflexo do norte-paranaense quando
pronuncia palavras como porta, carne, certo e do
habitante do interior de São Paulo quando
pronuncia essas mesmas palavras e também as
que têm r entre vogais: cara, cera, tora.
Retroflexo significa curvado para trás,
flexionado para trás. É o que acontece com a
língua quando ocorre a pronúncia das palavras
apresentadas: a ponta dela é flexionada para trás,
às vezes até exageradamente. É uma pronúncia
idêntica à de car em Inglês.
Variação geográfica - sons
Também o L (ele), na região de
Pato Branco, PR, que é alveolar, mesmo
antes de consoante e no final da palavra.
Alveolar é o nome dado à consoante
que, quando pronunciada, é articulada
com a ponta da língua próxima ou em
contato com os alvéolos dos dentes
incisivos superiores. Na região de Pato
Branco, pronuncia-se o L de alto da
mesma forma que o L de alô.
A Variação Social
A Variação Social

É aquela pertencente a um grupo específico de pessoas.


Neste caso, podemos destacar as gírias, as quais pertencem
a grupos de surfistas, tatuadores, entre outros; a linguagem
coloquial, usada no dia a dia das pessoas; e a linguagem
formal, que é aquela utilizada pelas pessoas de maior
prestígio social.
Fazendo parte deste grupo estão os jargões, que pertencem
a uma classe profissional mais específica, como é o caso dos
médicos, profissionais da informática, dentre outros.
Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio


Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.

Oswald de Andrade
Esse tipo de variação pode ser percebido com certa facilidade. Por
exemplo, alguém diz a seguinte frase:
“Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.” (frase 1)

Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira? Vamos


caracterizá-la, por exemplo, pela sua profissão: um advogado? Um
trabalhador braçal de construção civil? Um médico? Um
garimpeiro? Um repórter de televisão?
E quem usaria a frase abaixo?
“Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os ladrões.” (frase
2)
Sem dúvida, associamos à frase 1 os falantes pertencentes a grupos
sociais economicamente mais pobres. Pessoas que, muitas vezes, não
freqüentaram nem a escola primária, ou, quando muito, fizeram-no em
condições não adequadas.
A Variação histórica
Ai eu coitad! E por que vi
a dona que por meu mal vi!
Ca Deus lo sabe, poila vi,
nunca já mais prazer ar vi;
ca de quantas donas eu vi,
tam bõa dona nunca vi.

Tam comprida de todo bem,


per boa fé, esto sei bem,
se Nostro Senhor me dê bem
dela! Que eu quero gram bem,
per boa fé, nom por meu bem!
Ca pero que lh’eu quero bem,
non sabe ca lhe quero bem.

Cantiga de Pero Garcia Burgalês

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