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                                                                                                                                                   Prof.

  Silvio Ribeiro 

Apresentação 
 
Bem‐vindo à série “Harmonia Essencial – A Gramática da música”. 
 
Permita‐me entrar em sua casa amigo. Primeiramente, muito obrigado por adquirir este material. Tenho 
absoluta certeza que será de grande valia e que agregará aos seus estudos e pesquisas sobre este mundo 
da música. 
 
A série de livros “Harmonia Essencial – A Gramática da música”, faz uma analogia ao estudo da gramática 
linguística, ou seja, o ensino de um idioma, com os conceitos do idioma da música, ou, a gramática da 
música. Na era da internet, somos bombardeados de informações que, por vezes, são “jogadas” 
aleatoriamente ao estudante que pesquisa determinado assunto. Na música não é diferente, desta 
maneira, os livros “harmonia essencial” trazem uma sequência lógica a ser estudada, assim como 
aprendemos inicialmente o alfabeto, as estruturas das palavras, a ortografia, até chegar ao ponto de 
escrever, ler e falar algum idioma a ser estudado. Assim, aprenderemos inicialmente o alfabeto da 
música, as sílabas e palavras musicais, até o ponto de entendermos, escrevermos, e falarmos o idioma 
musical, ajudando a você, apaixonado pela música, adquirir um vocabulário musical para harmonizar suas 
próprias canções além de obter as ferramentas necessárias para analisar, re‐harmonizar, sofisticar e 
improvisar sobre as canções que gosta, e, automaticamente, melhorar sua performance em seu 
instrumento, ou seja, um livro totalmente praticável.  
 
A série de livros “Harmonia Essencial – A Gramática da música” não têm o intuito de lhe ensinar a 
linguagem do jazz, samba, bossa nova ou rock, mas sim, possui as ferramentas necessárias, dando‐lhe um 
sólido alicerce para que, posteriormente aos estudos destes livros, busque especialização no estilo que 
mais lhe agrada. 
 
Gostaria realmente que estudasse com calma, resolvendo os exercícios para que os assuntos sejam 
melhores compreendidos e fixados, lembrando que, não é um “curso” que aprenderá a linguagem musical 
em “45 dias”, “7 semanas” ou algo do tipo, levaram‐se anos para escrever estes materiais, e, portanto, 
não será compreendido em poucos dias, no entanto, convido‐o a estudar e se divertir em cada etapa dos 
livros, buscando colocar cada assunto em prática em seu instrumento.  
 
Um dos materiais mais completos e didáticos da atualidade sobre o assunto, acompanha áudio das 
partituras e canções a serem analisadas além das vídeo‐aulas, indicado para todos os instrumentos. Conte 
também com nosso apoio técnico para sanar possíveis dúvidas agendando uma aula presencial ou online. 
 
 
  De seu Amigo e professor 
 
 
“ Um exército de ovelhas liderado por um leão sempre derrotará 
                              um exército de leões liderado por uma ovelha” 
  Provérbio árabe 
 
 
                                                                                                                  “Dedicado especialmente a  
                                                                                                                      José Ribeiro e Silvanira Ribeiro” 

Agende sua aula presencial ou online, será um prazer atendê‐lo !!                            
                                                                                                                   Prof. Silvio Ribeiro 
Tópicos abordados neste livro: 
 
‐ Capítulo 1   Formação da escala maior e menor – As 7 Sílabas ___________ Pág. 4 
 
‐ Yo soy latino – Um pouco sobre o choro ______________ Pág.30 
  
‐ Capítulo 2   Círculo das quintas – A geometria das sílabas musicais _____ Pág.32 
   
‐ Capítulo 3   Trítono – O encontro “dissonaltal” ____________________ Pág. 38 
 
‐ Yo soy latino – Um pouco sobre o tango___________________ Pág.46 
  
‐  Capítulo  4  Formação  do  campo  harmônico  maior  –  Construindo  os  “vocábulos 
homônimos” maiores ___________________ Pág. 48 
 
‐ Referências __________________________ Pág. 68 
 
  
 Após o estudo deste livro você será capaz de: 
 
 
 
‐ Conhecer as escalas maiores, menores, menores harmônicas e melódicas.  
 
‐ Saber o que é o ciclo das quintas e como utilizar seus recursos  
 
‐ Analisar o que é o trítono e suas finalidades  
 
‐ Construir o campo harmônico das 15 tonalidades maiores. 
 
 
 
Este  material  expandirá  sua  visão  sobre  tonalidade.  Após  o  estudo,  você  terá  em  mãos  as  ferramentas 
 
necessárias  para  tocar  de  ouvido  em  todos  os  tons  maiores  além  de  conhecer  as  escalas  para  as 
 improvisações, lhe ajudando a compor tanto as linhas melódicas quanto as harmônicas. 
 #VemComigo 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 

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Introdução capítulo 3 
 
Formação da escala maior e menor  
As 7 sílabas musicais 
A sílaba, por si só, não forma nenhuma palavra, no entanto, suas sequências podem ser emitidas 
pela voz formando uma espécie de “melodia”: 
 
“A – mi – go    é     al‐go      pa‐ra     to‐da      a       vi‐da” 
 
Assim, determinadas sílabas musicais formam a escala, onde, a partir destas, construiremos os 
campos harmônicos maiores e menores em estudos posteriores, assim como as linhas melódicas. 

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Capítulo 1 Formação da Escala Maior/Menor - As 7 Sílabas
 
Nesta primeira etapa do módulo “2”, estudaremos a formação das principais escalas estruturais:  

Escala diatônica Maior


Escala diatônica Menor
Escala diatônica menor harmônica
Escala diatônica menor melódica

Definição de “Escala” em música:

“É uma série de sons ascendentes ou descendentes no qual o último será a repetição do primeiro
uma oitava acima ou abaixo. Na música ocidental, as escalas são feitas com base nas doze notas do
sistema temperado”.

Podem ser classificadas em:

 Quantidade de notas:

- Pentafônica: 5 notas
- Hexafônica: 6 notas
- Heptafônica: 7 notas etc...

 Funcionalidade:

- Escala diatônica
- Cromática
- Exótica etc...
As escalas diatônicas maiores e menores serão a base estrutural para nossos estudos , são a partir
delas que desenvolveremos o campo harmônico maior e menor, portanto, serão mais enfatizadas
neste momento.
 Escala diatônica:
 
“É um conjunto de sete notas consecutivas e sem repetição, começando e terminando na tônica.”

Cada grau da escala recebe uma denominação específica:


Áudio 1

Tônica Supertônica Mediante Subdominante Dominante Superdominante Sensível ou Tônica


Subtônica

Obs.1: Grau é o nome dado a cada escala e é representado por algarismos romanos.
Obs.2: A tônica é a nota que dá nome a escala e a tonalidade.
Obs.3: O VII grau será denominado como sensível quando este formar intervalo de semitom com
a tônica, e será subtônica quando este formar intervalo de tom com a mesma.
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1.4 Escala Diatônica Menor Melódica
Quando executamos a escala menor harmônica, notamos que o intervalo entre o “VI” e “VII” grau
soa de maneira “estranha” melodicamente. Este intervalo é chamado de segunda aumentada,
enarmônico a uma terça menor. Assim, não temos tons na escala entre tais notas, e esse intervalo é
considerado dissonante na harmonia clássica.
Portanto, há a escala menor melódica, onde, além do “VII” grau elevado em semitom, também se
eleva o “VI” grau em semitom. Essa alteração facilita o movimento melódico gerado entre o “VI”
e “VII” grau da escala menor harmônica. Daí o termo “melódica”, pois se entende que esta gera
melodias mais interessantes que a menor harmônica.

A sequência de tons e semitons obedece a seguinte ordem:

Tom - Semitom - Tom - Tom - Tom - Tom - Semitom

Exemplo em “Dó menor melódica”: Áudio 8

T St T T T T St
“Dó menor melódica” demonstrada em intervalos:

T St T T T T St
Escala Menor melódica clássica X Escala Menor melódica real
A diferença entre ambas é que a escala menor melódica clássica é tocada ascendentemente com o VI e VII
graus elevados e descende em seu estado natural (menor primitiva), e a melódica real, ascende e descende
da mesma maneira:

Dó menor melódica real Áudio 9

Dó menor melódica clássica

Obs.: Neste material consideraremos apenas a escala menor melódica real.

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Compare as escalas menores abaixo tendo como referência a escala maior:

“Dó maior” Áudio 10

- ½ tom
“Dó menor”

+ ½ tom
“Dó menor harmônica”

+ ½ tom
“Dó menor melódica”

1.5 Escala Relativa


São escalas maiores e menores formadas pelas mesmas notas, porém com tônicas diferentes, daí o
termo relativas umas das outras.
Ex.s:
Escala de Lá menor

Escala de Dó maior
Escala de Mi menor

Escala de Sol maior

Obs.: Perceba que a escala relativa menor é a mesma escala maior, porém, iniciada pelo “VI grau”,
e a escala relativa maior é a mesma escala menor, todavia, iniciada pelo “III grau”.

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39) A seguinte sequência de tons corresponde a qual escala: T - T - St - T - T - T - St
a) Escala maior
b) Escala menor
c) Escala menor harmônica
d) Escala menor melódica
e) n.d.a

40) A seguinte sequência de tons corresponde a qual escala: T - St - T - T - T - T - St


a) Escala maior
b) Escala menor
c) Escala menor harmônica
d) Escala menor melódica
e) n.d.a
41) A seguinte sequência de intervalos corresponde a qual escala:

1 - 9ªM - 3ªM - 4ªJ - 5ªJ - 6ªM - 7ªM


a) Escala maior
b) Escala menor
c) Escala menor harmônica
d) Escala menor melódica
e) n.d.a
42) Qual é a mediante da escala de “Dó menor”?

43) Qual é a subdominante da escala de “Fá# maior”?

44) Qual é a sensível da escala de “Sol menor harmônica”?

45) Qual é a subtônica da escala de “Fá menor”?

Você sabia que ...                                                                                                                                 ♮♭♯♫♪♩                   
Ao contrário da ideia convencional de que a música é um fenômeno puramente humano, pesquisas recentes mostram 
que animais possuem também essa capacidade.  
Porém, ao contrário dos nossos estilos, cada animal tem o que Snowdon chama de “música específica para espécies”: 
estilos familiares para cada espécie em particular. 
Com alcances vocais e batimentos cardíacos diferentes dos nossos, os animais não conseguem se conectar ao nosso 
estilo musical. Estudos mostram que eles geralmente respondem à nossa música com total falta de interesse. Mas 
com isso em mente, Snowdon trabalhou com o tocador de violoncelo e compositor David Teie, para compor músicas 
específicas aos animais.  
Em 2009, eles compuseram duas músicas para macacos, com vozes três oitavas superiores a nossa e ritmo cardíaco 
duas vezes maior. A música soava estranha para os humanos, mas os animais pareceram gostar. Agora, a dupla está 
compondo música para gatos, e estudando a reposta animal a isso.  
“Nós estamos trabalhando para criar uma música com uma frequência próxima à da voz dos gatos, e usando o ritmo 
cardíaco  deles,  que  é  mais  rápido  que  o  nosso”,  comenta.  “Nós  descobrimos  que  os  gatos  preferem  músicas 
compostas dessa maneira do que a música humana”.  
Já  os  cachorros  são  mais  complicados,  principalmente  porque  eles  variam  muito  no  tamanho,  na  voz  e  no  ritmo 
cardíaco. Mas se você tem um labrador ou um Mastiff, o gosto pode até ser similar ao seu. “Minha previsão é de que 
os cachorros grandes podem gostar mais da música humana do que um chihuahua”, afirma Snowdon.  
De fato, uma pesquisa da psicóloga Deborah Wells mostrou que os cachorros conseguem discernir entre os diferentes 
tipos de música humana. “Eles demonstram comportamentos mais relaxados quando escutam música clássica e mais 
agitados quando ouvem heavy metal”, comenta ela.  

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13) Quantos bemóis possui a escala de “Si bemol menor”?

14) Quais as notas diferentes entre as escalas de “Lá maior” e “Dó# maior”?

15) Quais as notas diferentes entre as escalas de “Mi bemol menor” e “Fá menor”?

16) Quais as notas diferentes entre as escalas de “Lá menor” e “Lá#menor”?

Introdução capítulo 3

Trítono 
O encontro “dissonantal” 
 
Na gramática linguística, os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais, sem consoantes 
intermediárias: 
Moi‐ta   pa‐ís   Pa‐tria  ‐ Mãe 
 
Os encontros consonantais são o agrupamento de duas ou mais consoantes: 
A‐tle‐ta      cla‐ve     pla‐ca 
Considero o trítono como sendo o intervalo de encontro “dissonantal”, pois este, é o intervalo 
mais dissonante na música, característico nos acordes diminutos e dominantes (Ver definição 
posteriormente) geradores de tensão no contexto harmônico. 
 
Obs.:   
           Dissonante: Que não soa bem; que não fica bem. 

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Capítulo 3 Trítono
O encontro “dissonantal”
Trítono é o intervalo simétrico de “3 tons” (“4ª Aumentada” ou “5ª Diminuta”) entre duas notas.
É um intervalo que causa sensação de dissonância, motivo que o faz ser muito explorado em
momentos de “tensão” na música.

Ex.s:

Seu nome vem do latim “trítonus” que significa “três tons”, e era chamado pelos teóricos medievais
de “diabolus in musica”, ou seja, “diabo na música”.
Durante algum tempo, foi proibido de ser executado pela igreja ocidental por causar demasiado
efeito de tensão. Essa dissonância era vista pela igreja como maligna, pois acreditava-se que a
perfeição de Deus se traduzia em sons harmônicos, não desarmônicos como o trítono.

Como a oitava possui “6 tons”, o trítono divide-a em “2” partes iguais.

Exemplo com “Dó – Fá#”:

1 4ªaum/ 5ªdim 8ªJ


Dó Dó# Ré Ré# Mi Fá Fá# Sol Sol# Lá Lá# Si Dó
Réb Mib Solb Láb Sib
8ªJ – 6 tons

3 tons - Trítono 
Veja os intervalos de trítono presentes na escala cromática:
Áudio 71

Logo, temos “12” pares, sendo que “6” deles são inversões dos restantes, assim, é considerado um
intervalo simétrico, pois invertendo-o, gera outro similar.
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Escala de Lá maior:

Escala de Lá menor harmônica:       


                                                             

Na primeira situação, em “Dó maior”, a nota“Fá” (IV grau) alcançou a nota “Mi” (III grau) por
semitom descendente, e a nota “Si” alcançou a nota “Dó” (I grau) por semitom ascendente.

Em “Dó menor harmônica”, a nota “Fá” (IV grau) alcançou a nota “Mi bemol” (bIII grau) por
tom descendente, e a nota “Si” alcançou a nota “Dó” (I grau) semitom ascendente.

Em “Lá maior”, a nota “Ré” (IV grau) alcançou a nota “Dó#” (III grau) por semitom descendente,
e a nota “Sol#” alcançou a nota “Lá” (I grau) por semitom ascendente.

Em “Lá menor harmônica”, a nota “Ré” (IV grau) alcançou a nota “Dó” (bIII grau) por tom
descendente, e a nota “Sol#” alcançou a nota “Lá” (I grau) por semitom ascendente.

Acordes que possuem o trítono em sua estrutura são: X7; Xº; Xm7(b5) e Xm6.

Síntese 
‐ Trítono é o intervalo simétrico de “3 tons” (“4ª Aumentada” ou “5ª Diminuta”) entre duas notas. É 
um intervalo que causa sensação de dissonância. Divide a oitava em duas partes iguais. 
‐ Temos “12” pares, sendo que “6” deles são inversões dos restantes. 
‐ É encontrado entre o “IV e VII” grau de uma escala, e o mesmo intervalo pode pertencer a “4” 
escalas distintas, “2” maiores e “2” menores harmônicas homônimas. 
‐ Na resolução do trítono, o “IV grau” descende tom ou semitom para o “III grau” e o “VII grau” 
ascende semitom para o “I grau”.
- Tipo de acordes que possuem o trítono: X7; Xº; Xm7(b5) e Xm6. 

Você sabia que ...                                                                                                                        ♮♭♯♬♩♬♪              
Pandeiro é o nome dado a alguns instrumentos musicais de percussão que consistem numa pele esticada numa armação (aro) estreita, 
que não chega a constituir uma caixa de ressonância. 
São geralmente circulares (por exemplo, na pandeireta), mas podem ter outros formatos (por exemplo, quadrangular no adufe). Enfiadas 
em intervalos ao redor do aro, podem existir platinelas (soalhas) duplas de metal, ou não (por exemplo, no tamborim). Pode ser brandido 
para produzir som contínuo de entrechoque, ou percutido com a palma da mão e os dedos. 
No Brasil, a palavra “pandeiro” veio a designar um pandeiro específico, de dimensões que variam de 8 a 12", muito usado no samba e no 
pagode, mas não se limitando a esses ritmos, sendo encontrado no baião, coco, maracatu, entre outros, e por isso, considerado por 
alguns, o instrumento nacional do Brasil. 

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Yo Soy LatIno – Um pouco sobre o tango 


O tango é uma variedade musical nascida no final do século XIX, possivelmente nas periferias de 
Buenos Aires e de Montevidéu. Este ritmo é uma mistura de várias sonoridades, embora nada se 
saiba concretamente sobre suas origens. Segundo alguns estudiosos, este estilo seria 
descendente da “habanera”, criada na cidade de Havana, em Cuba. 
Ao longo do século XIX, a jovem nação argentina incentivou a entrada de imigrantes europeus no 
país para que os mesmos pudessem ampliar a mão‐de‐obra disponível e, conforme relatos da 
época, “refinar” a cultura pelo contato com espanhóis, franceses, poloneses e italianos. Dos 
contingentes trazidos para ocupar novos postos de trabalho na Argentina, formou‐se uma 
imensa população masculina que deixava a família para tentar a sorte em terras estrangeiras. Em 
pouco tempo, o excedente populacional masculino possibilitou a abertura de diversos 
prostíbulos no país. 
 
De acordo com recentes pesquisas, no final do século XIX, só a capital Buenos Aires contava com 
mais de 200 casas de prostituição. A procura pelas prostitutas era tão grande que os homens 
faziam fila à espera de fácil prazer sexual. Foi quando, a grande circulação de pessoas nas casas 
de prostituição argentinas deu espaço para a encenação de números musicais enquanto os 
clientes esperavam a sua vez. Nesse instante, apareciam grupos que intercambiavam suas 
distintas experiências musicais. A polca europeia, a habanera cubana, o candombe uruguaio e a 
milonga espanhola firmaram o tango argentino. 
Em seus primeiros anos, o tango era formado por um trio musical executante de ritmos mais 
acelerados e os passos de dança tinham muita sensualidade. Só mais tarde que os tangos 
começaram a ganhar suas primeiras letras. Fazendo jus ao seu local de origem, as primeiras 
letras descreviam situações libidinosas sobre os prostíbulos e as meretrizes. Por isso, durante 
algum tempo, o tango era sinônimo de imoralidade. As pessoas de “boa índole” tinham 
verdadeira aversão à prática desse tipo de música dançante. No entanto, os imigrantes que 
voltavam para Europa tinham popularizado o estilo, principalmente na cidade de Paris. 

Na década de 20, quando diversos artistas argentinos e uruguaios se dedicaram a estimular o 
desenvolvimento deste ritmo, nesta época emergiram cantores que se tornariam célebres, como 
Carlos Gardel, Ignácio Corsini, Agustín Magaldi, Rosita Quiroga e Azucena Maizani. Na década de 
40 floresceram talentos como os de Aníbal Troilo, Astor Piazzolla, Armando Pontier, entre outros. 

Gardel criou o tango‐canção e se tornou famoso na vereda escolhida por seu talento ímpar. 
Morto precocemente em um acidente aéreo, aos 45 anos, foi o responsável por sua 
disseminação no exterior. Na década de 60, porém, este ritmo praticamente desapareceu 
exteriormente, só se preservando na Argentina. Ele renasceu através de Astor Piazzolla, que 
inovou os padrões clássicos do tango. 

Atualmente este estilo musical não se caracteriza mais como um sucesso massivo, mas ainda se 
configura como fator de identidade deste povo portenho. Mais recentemente ele foi retomado e 
mesclado a sons eletrônicos, ganhando um novo formato e um outro sabor, constituindo o 
eletrotango. 

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As tríades e tétrades são os principais condutores da harmonia, portanto, nesta etapa
desenvolveremos o CAMPO HARMÔNICO MAIOR baseado nesses tipos de acordes.
 Formação do campo harmônico maior de “Dó” em tríades (estruturado sobre a escala de “Dó
maior”)
I II III IV V VI VII
Escala Dó
Maior Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
3ªM 3ªm 3ªm 3ªM 3ªM 3ªm 3ªm
3ª Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré
5ªJ 5ªJ 5ªJ 5ªJ 5ªJ 5ªJ 5ªdim
5ª Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá

Acorde
C Dm Em F G Am Bm(b5)

Áudio 76

Acordes maiores: I; IV e V
Acordes menores: IIm; IIIm e VIm
Acorde diminuto: VIIm(b5)
Obs.1: Estas tríades são chamadas “diatônicas” por somente serem constituídas de notas de uma
escala origem.
Obs.2: Os números romanos sobre as cifras são denominados de “cifra analítica”, utilizados em
análise harmônica funcional.

Obs.3: O “VII grau” tríade diminuta não tem uso prático como já visto anteriormente.

 Formação do campo harmônico maior de “Dó” em tétrades (estruturado sobre a escala de “Dó
maior”)
I II III IV V VI VII
Escala Dó
Maior Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
3ªM 3ªm 3ªm 3ªM 3ªM 3ªm 3ªm
3ª Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré
5ªJ 5ªJ 5ªJ 5ªJ 5ªJ 5ªJ 5ªdim
5ª Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá
7ªM 7ªm 7ªm 7ªM 7ªm 7ªm 7ªm
7ª Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá

Acorde
C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5)

Áudio 77

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Acordes maiores: I7M; IV7M
Acordes menores: IIm7; IIIm7 e VIm7
Acorde dominante: V7
Acorde meio diminuto: VIIm7(b5)

Obs.1: O acorde “VII grau” tem pouca utilidade prática no campo harmônico maior.

Obs.2: Estes são os acordes condutores básicos da harmonia relacionado à tonalidade de “Dó
maior”, ou seja, quando alegamos que uma peça está no tom de “Dó maior”, consideramos as
possibilidades de acordes gerados pelo campo harmônico maior de “Dó”, sendo esse o centro tonal.
É claro que podem surgir acordes não pertencentes à tonalidade, como no caso de “Acordes de
empréstimos modais”, “Dominantes secundários”, “II cadenciais” e etc... Porém, até o momento,
ficaremos limitados somente aos acordes diatônicos.

Síntese          
 No campo harmônico MAIOR (em relação às tríades):
- I grau será sempre maior - V grau será sempre maior
- II grau será sempre menor - VI grau será sempre menor
- III grau será sempre menor - VII grau será sempre diminuto (Tríade diminuta)
- IV grau será sempre maior

I IIm IIIm IV V VIm VII°


 No campo harmônico MAIOR (em relação às tétrades):
- I grau será sempre maior com 7ªM - V grau será sempre maior com 7ªm
- II grau será sempre menor com 7ªm - VI grau será sempre menor com 7ªm
- III grau será sempre menor com 7ªm - VII grau será sempre meio diminuto
- IV grau será sempre maior com 7ªM

I7M IIm7 IIIm7 IV7M V7 VIm7 VIIm7(b5)


Ex.:

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Tom: RÉ Maior
Escala diatônica maior primitiva de “Ré”:

 Campo harmônico maior em tríades:

Fundamental 3ª 5ª Acorde

 Campo harmônico maior em tétrades:

Fundamental 3ª 5ª 7ª Acorde

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Sites de Referência 
 
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_musical 
 
 http://thesaurus.babylon.com/c%C3%ADrculo%20de%20quintas#!!FRDD66BMXT 
 
 http://www.priberam.pt/dlpo/ 
 
 http://www.revelacaoonline.uniube.br/a2002/cultura/choronovo.html 
 
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Choro 
 
 http://www.clubedochoro.org.br/choro/index.html 
 
 http://hypescience.com/animais‐de‐estimacao‐gostam‐de‐musica‐mas‐nao‐de‐qualquer‐
uma/ 
 
 http://myblog‐edmusical‐rita.blogspot.com.br/2011/05/caracteristicas‐da‐musica‐
medieval.html 
 
 http://historiadomundo.uol.com.br/idade‐contemporanea/historia‐do‐tango.htm 
 
 http://www.infoescola.com/musica/tango/ 
 
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Pandeiro 
 
                                                         “Um abraço a todos e até o Volume 2 ‐ parte 2 !!!”                       
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Tópicos abordados no “Volume 2 ‐ parte 2”: 
 
‐ Cifra analítica – Os numerais  
‐ Funções dos acordes no contexto harmônico maior – As interjeições 
 
‐ Visualização do campo harmônico maior no instrumento 
                          
‐ Acordes substitutos do campo harmônico maior e qualidade funcional – Os sinônimos 
 

Após o estudo deste livro você será capaz de: 
 
‐  Analisar  de  maneira  mais  clara  uma  progressão  harmônica;  Visualizar  o  campo  harmônico 
maior  de  diversos  pontos  de  vista  no  violão/Guitarra  e  demais  instrumentos;  Entender  as 
funções  que  os  acordes  do  campo  harmônico  maior  possuem  dentro  de  um  contexto 
harmônico,  além  de  praticar  possíveis  re‐harmonizações  assimilando  as  funções  que  tais 
acordes exercem. 
Este livro será uma grande ferramenta para incrementar suas composições e re‐harmonizações, 
além  de  ter  uma  visão  mais  ampla  sobre  a  tonalidade  maior,  visualizando  de  uma  maneira 
rápida os acordes de uma tonalidade e suas maneiras de utilização. 

      

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Sobre o autor 
 
Silvio Ribeiro, músico, professor, escritor e empresário nasceu na região metropolitana de Campinas‐SP. 
Vindo de uma família de músicos, começou seus estudos no violão ainda jovem, por volta dos 12 anos de 
idade com o seu pai. Sempre muito disciplinado, posteriormente teve contato com a música erudita e deu 
início aos estudos na guitarra, conhecendo diversos estilos como blues, jazz, Bossa nova, música latina 
entre outros. 
 
Se interessou pelo mundo da harmonia, percebendo que o assunto era realmente fundamental para a 
formação de todo musicista, considerando um manual prático a ser seguido. Dessa maneira, começou 
seus longos e rotineiros estudos sobre o assunto, pesquisas em livros nacionais e internacionais, 
estudando com os maestros Turi Collura, Alan Gomes entre outros. 
 
Em 2017, lançou a série de livros “Harmonia essencial – A Gramática da música”, um dos materiais mais 
completo, moderno e didático da atualidade sobre o assunto “Harmonia funcional”, sendo livros 
impressos, áudios e vídeo‐aulas.  
 
Leciona a 12 anos e está em constante desenvolvimento profissional e musical, buscando novos 
conhecimentos, ultrapassando seus limites e sempre aberto ao novo. 
 

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