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Introdução
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formação de teorias mais específicas para se trabalhar assuntos tão complexos como
este que será objeto de nosso estudo.
Foram escolhidos dois textos para base de construção deste trabalho. Foram eles:
“As Estruturas Sociais da Economia” de Pierre Bourdieu e “A Análise Crítica da
Sociologia Econômica de Mark Granovetter: os limites de uma leitura do mercado em
termos de redes e imbricação” de Cécile Raud-Mattedi. O primeiro texto, trabalha a
idéia de habitus, campo e capital. A contribuição do segundo texto fica, principalmente,
por conta da inserção da idéia de redes sociais e seus laços.
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comportamentos dos indivíduos. Os indivíduos ,então, não agem com autonomia e sim
“imbricados” em sistemas de relações sociais, ou seja, em redes sociais. Essa concepção
foi denominada embeddednes.
É demonstrado no artigo, ainda, a distinção que Granovetter faz entre imbricação
relacional e imbricação estrutural. A primeira refere-se as relações mais pessoais, mais
próximas do indívíduo como a família e os amigos. Já a segunda, diz-se respeito as
relações mais afastadas mantidas por laços fortes e laços fracos. Os laços fortes são os
mantidos por parentes e amigos enquanto os laços fracos são mantidos por conhecidos.
Faz-se possível, portanto, o contato com universos sociais distintos. São os laços
fracos importantes por criarem estabelecerem pontes entre as redes permitindo a
diversificação das informações.
Quanto ao Estado, é retratado na obra do sociólogo como “(...) o fim e o produto
de um lento processo de acumulação e de concentração de diferentes espécies de
capital” (p. 28, BOURDIEU). Considera que, toda sociedade é desigual devido ao poder
e à sua legitimação porque cada indivíduo possui um habitus diferente conferindo a uns
serem os dominadores e a outros os dominados. Por serem as pessoas que formam o
mercado e dependentes do habitus então, percebe-se que, para o autor, o mercado não é
auto-regulável e depende do Estado para a “induzir” a formação da oferta e da demanda
em certos casos.
Na visão de Granovetter, Cécile expõe que, o autor não atribuiu um papel
particular importante ao Estado. Mesmo assim, ressalva que, para esse autor, o papel do
Estado é fundamental quanto à análise dos grupos econômicos uma vez que as regras
administrativas e jurídicas influenciam as estruturas dos grupos econômicos.
De maneira geral, Pierre Bourdieu afirma no início de sua obra a importância do
estudo dos conceitos de habitus, campo e capital para confrontar as idéias da economia
ortodoxa quanto à predominância do homo oeconomicus. Conclui afirmando que:
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Em síntese, Cécile afirma ter Granovetter pecado em não utilizar a
influência dos valores sociais já mencionados por Max Weber e por não desenvolver
sobre as interações existentes entre a atividade econômica e o contexto político também
já estudo por Weber. Sendo, portanto, necessário aprofundar o estudo das relações entre
o Estado e a economia como o fez Bourdieu.
Conclusão: Verificou-se com o estudo em questão que, não podemos falar de uma total
concordância quanto ao tema assim como não é coerente relatar a total divergência entre
esses autores. Mas, é possível afirmar que separar totalmente os estudos da Teoria
Econômica da Sociologia é algo ineficiente para ambos.
Logo, fez-se importante confrontar as idéias de diferentes autores quanto a
racionalidade econômica e estrutura social para melhor entender o tema e formar bases
mais coerentes e fortes sobre o assunto. Analisando os textos de Pierre Bourdieu e Mark
Granovetter podemos comparar suas opiniões, o que é útil ao meio acadêmico/científico
quanto à formação de teorias mais específicas para se trabalhar assuntos tão complexos
como é o caso do estudo da racionalidade econômica e estrutura social.
Portanto, verificou-se ser importante considerar as idéias de Granovetter e aliá-
las às idéías de Bourdieu, principalmente, a influência dos valores sociais também já
trabalhadas por Max Weber. Também se constatou ser necessário desenvolver sobre as
interações existentes entre a atividade econômica e o contexto político, tomando como
base as redes sociais, aprofundando o estudo das relações entre o Estado e a economia
como o fez Bourdieu.
Referências: