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Súmula impeditiva de recursos (de apelação) - Art. 518, caput e § 1.

º, do CPC:

A súmula impeditiva de recursos, que seria tecnicamente melhor denominada de súmula


impeditiva de apelação, uma vez que só faz menção expressa a tal recurso, consiste na
inadmissão do recurso de apelação que ataque decisão baseada em súmulas editadas pelo
Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça. Trata-se de mais um dispositivo
decorrente da vinculação dos precedentes dos tribunais superiores.

Quando da prolação da sentença, o juiz não está obrigado a decidir de acordo com súmula do
Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal, ressalvadas as súmulas vinculantes.
Entrementes, se a sentença se apoiar na súmula, deverá, obviamente, atender ao disposto no
§1º do art.518 do CPC.

O objetivo foi fazer com que as súmulas aprovadas pelo STJ e STF tivessem realmente
efetividade, evitando-se que o juiz de primeiro grau receba recursos em relação às matérias já
apreciadas e consolidadas pela jurisprudência.

É cabível a interposição de agravo de instrumento contra a decisão que inadmitir o recurso de


apelação.

o próprio juiz prolator da decisão é quem examina o mérito do recurso ( verifica se a decisão
está ou não em consonância com súmula dos tribunais superiores, exercendo o juízo de mérito).

Diferenças com relação a Súmula Vinculante

Trata-se de matéria veiculada por lei (ato normativo infraconstitucional), muito diferente da
súmula vinculante, instituto

previsto expressamente pelo Texto Constitucional (art. 103-A , CF).A súmula vinculante só se
refere às decisões sumuladas do STF e obriga a todos os magistrados (não só o juiz de primeiro
grau que recebe a apelação), como também à Administração Pública.

Essas são resultados da uniformização de jurisprudência (arts. 476 , e seguintes, CPC), enquanto
aquelas, de um processo específico, seguido pela aprovação de 2/3 dos membros dos membros
do STF, além de outros requisitos dispostos em lei.

As súmulas impeditivas de recursos são, pois, muito diferentes das súmulas vinculantes, mais
ainda, porque não obstam que os magistrados de primeiro grau decidam de forma diversa,
sendo apenas uma tentativa de se impedir a subida de um recurso, qual seja, o de Apelação,
numa tentativa de desafogar o Poder Judiciário, cumprindo o princípio constitucional da
"razoável duração do processo" imposto pela reforma do Poder Judiciário (art. 5º , LXXVIII , CF).
Já as súmulas vinculantes buscam impor uma mesma conduta a todos os membros do Poder
Judiciário e à Administração, submetendo-os a um entendimento da Suprema Corte,
analogamente ao papel exercido pelos atos normativos.

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