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reabilitação
em enfermagem Clínica
e enfermagem Cirúrgica
Centro Cirúrgico
BREVE HISTÓRICO
História da cirurgia, especialmente a partir do século XVI, evoluindo a partir de 1846 com a descoberta da
anestesia, pois anteriormente, somente as amputações eram realizadas. Mas no início século XX os instrumentais eram
precários e inadequados dificultando o desenvolvimento dos procedimentos cirúrgicos, com o passar dos anos o avanço
tecnológico do homem em sempre requer cada vez mais capacitação e habilidade nesses processos.
Conceito: Centro Cirúrgico é um lugar especial dentro do hospital, convenientemente preparado segundo um conjunto de
requisitos que o tornam apto à prática da cirurgia, tendo como
Objetivos
Prestar assistência integral ao paciente cirúrgico em todo o período operatório
Proporcionar recursos humanos e materiais para que o ato cirúrgico seja realizado dentro de condições
ideais, técnicas e assépticas nos rígidos padrões de qualidades;
Favorecer o ensino, a fim de Contribuir para a formação e aperfeiçoamento de recursos humanos na
área;
Propiciar condições favoráveis ao desenvolvimento de pesquisas, no sentido de aprimorar conhecimento
técnico científico e melhorar a assistência prestada ao cliente.
Estrutura organizacional do bloco operatório: É o Conjunto de áreas, equipamentos e instalações que permitam a
realização de cirurgias nas melhores condições de segurança e conforto para os pacientes.
OBSERVAÇÃO
Deve ocupar área independente da circulação geral, ficando assim livre do trânsito de pessoas e
materiais estranhos ao serviço;
Deve possibilitar o acesso livre e fácil de pacientes provenientes das unidades de internação cirúrgicas,
pronto socorro e terapia intensiva.
ELEMENTOS DA UNIDADE: CENTRO CIRURGICO
Salas Cirúrgicas: Onde são executados os atos cirúrgicos. É a área destinada à realização de intervenções cirúrgicas e
endoscópicas. Preconizam se duas salas para cada hospital com 50 leitos não especificados ou para cada 15 leitos
cirúrgicos. Ao se planejar uma sala de cirurgia alguns requisitos que facilitam a funcionalidade e aumentam a segurança
devem ser observados como:
Área física: É a área mínima em metros quadrados de uma sala varia de acordo com a especialidade a que é destinada;
Área crítica: São os ambientes onde existe maior probabilidade de infecção, onde se realizam procedimentos.
Área semi-crítica: São todos os compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa
transmissibilidade e doenças não infecciosas.
Área não crítica: São todos os demais compartimentos não ocupados por pacientes, onde não se realizam procedimentos
de risco.
Devem conter na estrutura física os seguintes setores:
Vestiários; Sala para estocagem de material
Sala administrativa; esterilizado;
Área de recepção de paciente; Sala de depósito de cilindros de gases;
Sala de espera; Sala de guarda de aparelhos e equipamentos;
Área de escovação ou lavabo; Rouparia;
Sala de cirurgia; Sala para material de limpeza;
Sala para guarda de medicamentos; Sala de expurgo;
Sala para guarda de material de anestesia; Sala de estar para funcionários;
Copa;
Sala de recuperação pós anestésica;
OBSERVAÇÃO: Quanto ao tamanho da sala cirúrgica, metros quadrados, varia de acordo com a especialidade a que é
destinada (Pelo menos 36m2).
As Paredes devem ser de:
Cantos arredondados,
Revestimento de material resistente,
Superfície lisa e lavável;
Os Pisos devem ser:
Resistente ao uso de água e desinfetantes,
Não poroso e de superfície lisa e de fácil limpeza;
As Janelas:
Devem estar localizadas de modo a permitir a entrada de luz natural em todo o ambiente, deve ser
lacrada e provida de vidro fosco, possibilitando a limpeza.
Portas devem ser:
Portas devem ser de vai e vem e amplas;
Revestidas de material lavável;
Cor neutra;
Providas de visor.
Instalações elétricas devem:
Estar localizadas a 1,5m do piso, (Tomadas) possuindo sistema de aterramento para prevenir choque e
queimaduras no paciente e equipe.
A iluminação artificial da sala de cirurgia é feita por intermédio da luz geral de teto, com lâmpada
fluorescente ou de LED e luz direta.
A iluminação do campo operatório é feita através de foco e para ser eficiente necessita de:
Oferecer luz semelhante a natural, sem sombras e reflexos;
Produzir o mínimo de calor no campo operatório; Fornecer iluminação adequada ao campo cirúrgico
Ventilação artificial Deve ser eficiente de modo a:
Promover a renovação do ar ambiente; Partículas transportadas nos sapatos
Remover as impurezas do ar; Função de exaustão: remoção de odores,
Proporcionar temperatura e umidade calor e gases anestésicos voláteis;
adequadas ao ambiente. Controle bacteriológico;
Ar como via de transmissão de bactérias e Filtragem do ar;
fonte de contaminação; Retirar e impedir entrada de partículas
Fonte de microrganismos: pessoas na sala contaminantes;
cirúrgica Troca de ar a cada 10 - 20 x / hora
Gotículas de ar expirado
Descamação de células da pele
Vestuário
É considerado como pessoal e como principal fonte exógena de bactérias, onde a entrada sempre pelo vestiário,
com indumentária própria e EPI´S adequados como: Gorro, máscara, camisa, calça e pro pés, sendo área não estéril,
lavabo especial com água quente e circulação restrita ao centro cirúrgico
Gorro: Cobrir os cabelos
Máscaras: Cobrir boca e nariz, com a função de filtro e prevenir escape de gotículas expiradas.
Camisas: Sendo de Tecido de malha densa, podendo ser de manga curta: facilitar anti-sepsia dos braços por dentro das
calças
Calças: devem ser fechada nos tornozelos por tubo de malha e se necessários saias para mulheres
Pró pés: Diminuir contaminação vinda dos sapatos, sendo de tecido, papel ou plástico, de uso restrito ao centro cirúrgico,
abolido em alguns lugares
Equipes que atuam no CC (Equipe cirúrgica):
Anestesista;
Equipe de enfermagem;
Equipe de higiene e limpeza;
Equipe Administrativa.
SALA DE RECUPERACÃO PÓS ANESTESICA (SRPA)
Conceito: É a área destinada aos pacientes submetidos a qualquer procedimento anestésico cirúrgico, onde permanecem
até a recuperação dos reflexos e dos sinais vitais, sob observação e cuidados constantes da equipe de enfermagem e
médica.
Objetivo
Concentrar recursos humanos e materiais para prevenir e detectar precocemente riscos e complicações
em pacientes no período pós operatório imediato.
Recomendações da SRPA
-Possuir estrutura física adequada;
-Possuir características arquitetônicas semelhantes ao C.C. (Centro Cirúrgico)
-Possuir equipamentos básicos;
-Possuir equipamentos para ressuscitação cárdio respiratória.
CENTRO OBSTETRICO QUANTO A LOCALIZACÃO: Se for continua com o C.C, apresentará as seguintes
vantagens em:
Evitar a duplicação de dependências básicas como vestiários, sala de recuperação, expurgo, sala de
material esterilizado e etc.
Utilização do C.C. para partos operatórios.
Se não for continua com o C.C., deverão ser incluídas as dependências básicas do C.C.
TRANS OPERATÓRIO: Período que Compreende desde o momento em que o paciente é recebido no CC até o
momento de seu encaminhamento para a sala de pós-recuperação anestésica (SRPA).
INTRA-OPERATÓRIO: Compreende desde o início até o final da anestesia.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
Ajudar ou fazer a anti-sepsia pré operatória;
Conferir gotejamento da infusão durante o processo cirúrgico ou controlar pela bomba de infusão;
Ajudar a paramentar o instrumentador, auxiliares e o cirurgião;
Auxiliar o anestesista, posicionando corretamente o cliente na mesa cirúrgica;
Abrir os fios cirúrgicos sempre que necessário;
Colocar a placa neutra do bisturi elétrico sobre a pele do cliente em local que não irá se molhar durante o
procedimento e que não seja área de protuberância óssea;
Posicionar corretamente o foco sobre o local onde se fará a cirurgia pode ser necessário foco auxiliar;
Auxiliar o anestesista na instalação do oxímetro de pulso e ou do monitor cardíaco;
Fazer anotações sobre os gastos da operação e o relatório de enfermagem sobre os fatos ocorridos na S.O;
Auxiliar o cirurgião ou seu assessor a fazer o curativo da incisão, ou mesmo fazê-lo sozinho;
Separar a roupa usada na cirurgia, revendo se tem pinças junto das roupas;
PÓS OPERATÓRIO: Período que Compreende inicia-se a partir da saída do cliente da sala de operação e perdura até
sua total recuperação e subdivide se em: Pós operatório imediato e mediato
• Pós - operatório imediato (POI): Configura se até as 24 horas posteriores à cirurgia;
• Pós - operatório mediato (POM): Configura se após as 24 horas e até 7 dias depois; e tardio, após 7 dias do
recebimento da alta.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
• Identificar, prevenir e tratar os problemas comuns aos procedimentos anestésicos e cirúrgicos, tais como dor,
laringite pós - entubação traqueal, náuseas, vômitos, retenção urinária, flebite pós - venóclise e outros, com a finalidade
de restabelecer o seu equilíbrio.
• Encaminhar o cliente para SRPA, com todo o cuidado possível;
• Fazer o relatório e passa ló ao profissional da SRPA;
• Identificar material retirado da cirurgia para exame e encaminha ló identificado para o anatomopatológico;
• Recolher o material utilizado e encaminha ló à central de processamento e esterilização.
RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA (RPA): O período de recuperação anestésica é considerado crítico, pois os
pacientes encontram se muitas vezes inconscientes, entorpecidos e com diminuição dos reflexos protetores. OBS: A
enfermagem deverá manter vigilância constante ate sua completa recuperação do paciente. São considerados
procedimentos ou manobras consecutivas realizadas pelo cirurgião desde o início até o término da cirurgia.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
Assistência de enfermagem na SRPA
O estado do paciente deve ser avaliado quanto às necessidades durante a transferência (como oxigênio,
dispositivo manual de pressão positiva, um leito em lugar de maca).
Quando o paciente chega na SRPA deve se fazer uma avaliação imediata da via aérea, circulação e respiração, o
circulante juntamente com o anestesista realizará a passagem do paciente para a equipe da SRPA, sinalizando o
que o paciente fez em SC, estimativa de perda e reposição de líquidos/sangue, complicações ocorridas durante o
curso da cirurgia.
Após começar as manobras de atendimento do paciente na unidade que são:
Observar as Vias aéreas pérvias;
Frequência cardíaca;
Pressão arterial;
Frequência respiratória;
Temperatura axilar;
Nível de consciência;
Coloração da pele;
Condições de curativo;
Perviedade;
Fixação dos tubos de drenagem, cateteres e recipientes;
Quantidade de drenagem e aspecto;
Resposta muscular e força;
Resposta pupilar;
Localização dos acessos e condições do local;
Redução no nível da dor;
Complicações pós operatórias
Respiratória: estabelecer a perviedade das vias aéreas, se o paciente ainda não está responsivo, pode precisar abrir
a via aérea pela inclinação do queixo ou pela abertura da boca;
Laringoespasmo: a remoção de estímulos irritantes, a hiperextensão da cabeça do paciente, a oxigenação do
paciente;
Hipotensão: elevar os membros inferiores e aumentar o gotejo do soro aumentando o volume sanguíneo;
Hipertensão: elevar a cabeceira e realizar a medicação prescrita pelo médico para hipertensão;
Hipotermia pós operatória: definida como uma temperatura menor que 36ºC , realizar o reaquecimento;
Paciente desorientado, sonolento, confuso ou delirante.
Dor é uma experiência subjetiva e pode ou não ser verbalizada, intervenções farmacológicas pode ser usado.
Evidenciar se têm indicado que a analgesia precoce reduz problemas pós-operatórios.
Náuseas e vômitos: com medicações anti eméticas e anti espasmódicas e Retenção urinária: dor e globo vesical.
Procedimentos na SRPA (Sala de Recuperação Pós Anestésica)
Oxigenioterapia;
Monitorização clínica;
Observar cor da pele e mucosas;
Padrão respiratório;
Sangramentos;
Nível de bloqueio sensitivo;
Globo vesical;
Força muscular;
Registros de enfermagem;
Escala de ALDRETTE.
Critérios de alta da SRPA
Recuperação completa da consciência;
Estabilidade cardiovascular;
Função respiratória normal;
Função motora e recuperada;
Sensibilidade em membros inferiores;
Ausência de globo vesical;
Curativos limpos -ausência de sangramento ativo;
Dor operatória controlada;
Ausência de náuseas ou vômitos;
Alimentação, deambulação, micção;
Avaliação de drenos;
Escala de ALDRETTE: avaliar 30 minutos após opióides, depois sendo de 15 em 15 minutos de 30 em 30minutos,
de 1 em 1hora e de 2 em 2 horas.
Recomendações e anotações a serem realizadas no ato da admissão até a SRPA no paciente:
PRÉ - OPERATÓRIO
• Anotar o horário de chegada do paciente no CC; • Tipo de antisséptico usado; relacionar nome de
• Nome e função de quem o recebeu; toda a equipe que atende o paciente;
• Condições do paciente na chegada; • Equipamentos e acessórios utilizados local e
• Sinais vitais: Tº C, P, R, FC, FR, SpO2, PA e tipo da incisão cirúrgica;
PAM. • Local de colocação da placa de bisturi elétrico,
• Exames trazidos pelos pacientes; eletrodos e monitor cardíaco;
• Início e horário de anestesia e cirurgia; • Posicionamento cirúrgico;
• Tipo de anestesia realizada e intercorrencias; • Passagem de cateteres, drenos;
• Tipos de curativo realizado;
TRANS OPERATÓRIO
• Receber o paciente no CC apresentar-se ao paciente, verificar a pulseira de identificação e o prontuário.
• Confirmar informações sobre o horário de jejum, alergias, doenças anteriores como condutas de segurança;
• Encaminhar o paciente à sala de operações;
• Colocar o paciente na mesa cirúrgica de modo confortável e seguro.
INTRA OPERATÓRIO
Monitorizar o paciente e mantê-lo aquecido
Auxiliar a equipe cirúrgica a posicionar o paciente para a cirurgia
Auxiliar o anestesiologista durante a indução anestésica;
Realizar o cateterismo vesical do paciente, quando necessário;
Proteger a pele do paciente durante a anti sépsia com produtos químicos, aquecê ló, promover o massageamento
ou realizar enfaixamento dos membros, evitando a formação de trombos vasculares;
Registrar todos os cuidados prestados.
SÍNTESE: É a união de tecidos, que deverá ser mais perfeita quanto mais anatômica for a separação que podem ser:
Cruenta: São realizadas com a utilização de instrumentos apropriados como: Agulhas de sutura e fios
cirúrgicos.
Incruenta: São utilizadas com o intuito na aproximação dos tecidos com auxílio de gesso, esparadrapo,
ataduras.
Completa: É aquela em que é feita a aproximação dos tecidos em toda a dimensão da incisão cirúrgica.
Incompleta: É aquela em que não há aproximação em toda a extensão da incisão, em consequência da
colocação de um dreno em determinado local da incisão cirúrgica.
Mediata: É quando há realização de síntese imediatamente após o traumatismo. Ex: corte em supercílios, face
ou outra área do corpo.
Imediata: É realizada algum tempo depois da lesão.
FINALIDADE: O tratamento cirúrgico quanto a sua intenção podem ser: Paliativa, Radical ou curativa, Plástica ou
reparadora e Diagnóstica.
Paliativa: O tratamento cirúrgico que visa compensar os distúrbios para melhorar as condições do paciente e/ou aliviar a
sua dor, contribuindo para a melhoria de sua qualidade de vida. Ex: Gastrojejunoanastomose sem a remoção do estômago.
Radical ou curativa: É o tratamento cirúrgico por intermédio do qual é feita a remoção parcial ou total de um órgão ou
segmento corporal. Ex: gastrectomia, apendicectomia, e outras.
Plástica ou reparadora: É o tratamento cirúrgico realizado com a finalidade estética ou corretiva. Ex: queiloplastia
Diagnóstica: É Caracteriza-se por uma biópsia ou quando se realiza algum procedimento explorador. Ex: Biópsia de
mama, laparotomia exploradora, (vídeo diagnóstica).
Exemplo: Significa reparação plástica da forma ou função do segmento afetado (Cirurgia para reparação da pálpebra (s).
Exemplos de Raiz ou Prefixo
Raiz Relativo a (o) Raiz Relativo a (o) Raiz Relativo a (o)
Adeno glândula Cisto bexiga Gastro estômago
Nefro rim Rino nariz Oto ouvido
Osteo osso Traqueo traquéia Colpo vagina
Sufixos: O sufixo na terminologia cirúrgica indica a intervenção cirúrgica a ser realizada, onde os principais sufixos são:
• Tomia: Significa incisão, abertura de parede ou órgão.
• Stomia: Significa fazer uma nova boca, comunicar um órgão tubular ou oco com o exterior.
• Ectomia: Significa retirar parcial ou totalmente um órgão.
• Plastia: Significa reparação plástica da forma ou função do segmento afetado.
• Rafia: Significa sutura.
• Pexia: Significa fixação de uma estrutura corpórea.
• Scopia: Significa visualizar o interior de um órgão cavitário ou cavidade com auxílio de aparelhos especiais.
Histero + ectomia = “histerectomia” extirpação do útero
Rino + plastia = “rinoplastia” reparação plástica do nariz
Tráqueo + tomia = “traqueotomia” abertura da traquéia
Cisto + pexia = “cistopexia” fixação da bexiga
Laparo + scopia = “laparoscopia” visualizar o interior do abdome
CIRURGIAS COM SUFIXO. EXS: CIRURGIAS COM SUFIXO: TOMIA
Artrotomia: Articulação Broncotomia: Brônquio Cardiotomia: Cardíaco
Tenotomia: Tendão Traqueotomia: Traquéia Ureterolitotomia: Ureter
Traqueotomia: Traquéia Flebotomia: Veia Hepatotomia: Fígado
Cistotomia: Bexiga Toracotomia: Parede torácica.
PRINCIPAIS CIRURGIAS
• Colpoperineoplastia; Postectomia; Hemorroidectomia;
• Colecistectomia; Herniorrafia; Cesariana.
TIPOS DE ANESTESIAS
Anestesia Geral: A capacidade que os anestésicos tem de bloquear toda a sensibilidade do corpo. É indicada para
operações no abdômen superior, tórax, cabeça, pescoço, cirurgias cardíacas e neurológicas. Operações em crianças
normalmente são realizadas com anestesia geral, para evitar que elas se traumatizem ou fiquem inquietas durante a
cirurgia e podem ser:
Inalatória: O anestésico é inalado e introduzido na corrente sanguínea através da membrana alveolar na circulação
pulmonar e em seguida na circulação geral até os tecidos;
Endovenosa: Onde o agente endovenoso como droga principal é aplicado em doses repetidas. Exemplo Fentanil,
Diazepan.
Fases da anestesia geral podem ser por:
Indução: É a administração do anestésico até atingir um grau de depressão do SNC, sem ocorrer a perda da consciência,
sem sentir dor, preservando as funções vitais.
Manutenção: É quando mantém o SNC deprimido. Administração de doses complementares a dose inicial.
Materiais necessários
• Carro de anestesia; • Seringas, agulhas, esparadrapo;
• Sondas e material de intubação orotraqueal; • Estetoscópio, tensiometro.
• Laringoscópio com lâminas; • Cânula de guedel;
• Fio guia para sondas de intubação; • Máscara para oxigênio.
• Anestésicos;
Complicações pós - anestésicas
• Vômito • Obstrução respiratória
• Parada cardíaca • Excitação
• Bronco espasmo • Choque
Anestesia regional: É a capacidade que o anestésico tem de bloquear a sensação de dor na raiz ou no tronco do nervo e
afetar a região do corpo sem a perda da consciência. São indicadas para operações nas pernas, abdômen inferior
(apendicite, útero, ovário, bexiga) e cesarianas.
Materiais necessários;
• Agulhas específicas • Gases
• Seringa e agulhas • Máscara
• Materiais para assepsia • Anestésico
Observação: O paciente pode receber a aplicação deitado de lado ou sentado. Pode ser: raquidiano ou epidural
(peridural).
RAQUIANESTESIA:
Geralmente administrada ao nível da coluna lombar, bloqueando as raízes nervosas raquidianas, o anestésico é
injetado dentro do espaço subaracnóide, junto ao líquor, ocorrendo perfuração da dura-máter.
Vantagens Desvantagens
• Paciente permanece consciente • Não é irritante para o sistema respiratório
• Reflexos da garganta são mantidos • Relaxamento muscular completo.
• Administração é fácil
• Tensão psíquica, pois o paciente pode ouvir durante • Cefaléia pós - anestesia;
todo o procedimento • Hipotensão.
Complicações
• Seqüelas neurológicas. • Síndrome da cauda eqüina.
• Cefaléia. • AVC.
Contra indicações
• Lesão da medula espinhal. • Anemia intensa.
• Doença neurológica.
Bloqueio epidural (peridural): É onde o agente anestésico é injetado no espaço que circunda a dura-máter. Não havendo
a perfuração da dura-máter e nem perda liquórica.
Vantagens Complicações
• Ausência de complicações neurológicas • Parada respiratória
• Menos distúrbios na pressão sanguínea. • Hipotensã
Anestesia local: É a Perda da sensibilidade temporária, pela inibição da condução nervosa em determinada região do
corpo, não envolvendo perda da consciência e depressão das funções vitais. É empregada para procedimentos menores
nos quais o local cirúrgico é infiltrado com um anestésico local como lidocaína.
o Deitar a vítima; o repouso da parte ferida o Se o ferimento estiver coberto pela roupa,
ajuda a formação de um coágulo. descobri-lo (evitar, porém, o resfriamento do
acidentado).
o Deter a hemorragia.
o Evitar o estado de choque
Sinais e sintomas
• Taquicardia; • Sudorese;
• Agitação ou prostração; • Visão embaçada;
• Taquipnéia / dispnéia; • Desmaio;
• Pele úmida, fria e cianose de extremidades; • Sensação de sede.
Choque
É uma situação em que algumas alterações no corpo podem levar à morte. O estado de choque é uma situação
grave que requer atendimento médico. Os tipos de choque são:
Choque hipovolêmico: causado pela perda de mais de 1 litro de sangue. Causas: Hemorragia, Desidratação,
Queimadura. Quadro clínico: Queda da pressão venosa, Aumento da resistência periférica, Taquicardia
Choque séptico: É causado pela invasão ao corpo por microorganismos, como vírus, bactérias ou fungos, vindos de
uma infecção local ou vindas do meio externo, chegando à corrente sanguínea e contaminando todo o corpo.
Causas: Infecção generalizada, Desidratação, Queimaduras. Quadro clínico: Hipertensão, Taquicardia,
Prostração, Calafrios.
Choque Neurogênico: É causado por alguma lesão na medula espinhal. Causas: Traumatismos, Intoxicação,
Anestesia medular alta, Distúrbios emocionais.
Choque metabólico: É causado por grande perda de líquidos no corpo. Causas e Quadro clínico: diarréia,
vômitos, insulina etc..
Choque anafilático: É causado por uma alergia grave. (Reações alérgicas graves). Causas: administração enganosa
ou errônea de medicações, insumos ou imunobiológicos.
Choque cardiogênico: É: causado por alguma situação que leve ao mau funcionamento do coração. Causas e
Quadro clínico: hipotensão, hipoglicemia, hipovolêmia.
Choque psicogênico: É causado por algum fator psicológico. Causas e Quadro clínico: Estresse, medo, ansiedade e
outros
Tromboflebite: É quando um coágulo ou trombo se aloja em uma parte da veia, o processo é diferente da
trombose arterial, e se denomina tromboflebite (do grego flebos: veia), ocorre geralmente nas extremidades
especialmente nas pernas. É mais freqüente se o individuo esteve na cama por muito tempo ( como ocorre
naqueles que realizaram uma cirurgia paralíticos etc.) ou se estiver tomando hormônios femininos ou estrogênio
( anticoncepcionais). Além disso, se permanecer sentado e imóvel de maneira muito prolongada ( durante
longas viagens de carro ou avião podem ocorre facilmente)
Sinais e sintomas: Desconforto ou queimação na região da panturrilha, Câimbras, Prurido na região das veias,
Dores, Sensação de formigamento, Edema, Calor no local, podendo haver hiperemia no trajeto da veia.
Decúbito lateral direito: O paciente fica deitado com o lado direito para baixo, pernas levemente fletidas,
braço direito em abdução, o lado esquerdo para cima e o braço repousando sobre a face lateral da coxa.
Exemplos:cirurgias renais,massagens nas costas.
Decúbito lateral esquerdo: O paciente fica deitado com o lado esquerdo para baixo, pernas levemente fletidas, braço
esquerdo em abdução, o lado direito para cima e o braço repousando sobre a face lateral da coxa.
Posição ventral (ou PRONA): O paciente fica deitado de abdome para baixo, com os braços estendidos para frente e
apoiados em talas. O sistema respiratório fica mais vulnerável na posição de decúbito ventral. Ex: cirurgias da coluna,
hérnia de disco.
Posição lateral (ou de Sims): O paciente permanece em decúbito lateral, esquerdo ou direito, com a perna que
está do lado de cima flexionada, afastada e apoiada na superfície de repouso. Ex: cirurgias renais, de reto,
lobotomia, exames vaginais, retais, clister e lavagem intestinal.
Posição de litotomia (ou ginecológica): O paciente permanece em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas,
afastadas e apoiadas em perneiras acolchoadas, e os braços estendidos e apoiados. Ex: Histerectomia.
Posição de Trendelemburg: É uma variação da posição de decúbito dorsal onde a parte superior do dorso é
abaixada e os pés são elevados. Mantém as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal. Ex:
cirurgias de órgãos pélvicos, laparotomia de abdome inferior, Cirurgias da região pélvica, estado de choque
tromboflebites.
Posição de Fowler (ou sentada): o paciente permanece semi-sentado na mesa de operação. Posição utilizada
para conforto do paciente quando há dispnéia. Ex: dreno de tórax.
Posição de canivete (ou de Kraske): O paciente se encontra em decúbito ventral, com as coxas e pernas para
fora da mesa e o tórax sobre a mesa, a qual está levemente inclinada no sentido oposto das pernas, e os braços
estendidos e apoiados em talas. Ex: hemorroidectomia.
OBSERVAÇÃO:
- Manusear o paciente anestesiado com movimentos firmes e lentos, pois a mudança repentina de posição pode
levar à queda da PA;
- Ao se retirar o paciente da posição ginecológica, deve-se ter cuidado de descer alternadamente as pernas, afim
de se prevenir o afluxo rápido de sangue para os membros inferiores, podendo causar também a queda da PA;
- Manter a cabeça voltada para um dos lados quando o paciente permanecer em decúbito dorsal;
- Observar o posicionamento correto das infusões e drenagens.
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PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Paramentar-se é vestir de maneira adequada por determinada ocasião, a fim de evitar a transmissão de
microorganismos a outros pacientes. Para uma paramentação segura devemos tomar certos cuidados antes de pegarmos o
avental. A paramentação é um procedimento obrigatório para todos os funcionários, estagiários e visitantes que
adentrarão na área dos laboratórios de manipulação. Paramentação é o nome dado ao processo que corresponde à troca
de vestes rotineiras, ou seja, roupas pessoais, por vestimentas adequadas, para adentrar a área dos laboratórios, como
uniforme e os EPIs - propés, touca, jaleco e máscara. É um procedimento obrigatório para todos os funcionários,
estagiários e visitantes que terão de adentrar na área dos laboratórios de manipulação. Todos os Equipamentos de
Proteção Individual e uniformes das áreas de laboratório são de uso exclusivo destes ambientes.
Caso haja necessidade de se ausentar do laboratório, para lanchar ou ir ao banheiro, todo o processo de
paramentação e higienização das mãos deverá ser novamente realizado. O jaleco deve ser trocado toda vez que houver
necessidade, ou seja, deverá sempre estar com o aspecto de limpo. Em empresas com grande volume de manipulações, é
recomendável a troca todos os dias. As toucas devem ser trocadas quando ocorrer rompimentos ou quando o elástico
ceder, e as sapatilhas ou os propés também devem ser trocados em caso de rasgamento ou quando estiverem sujos. Tanto
a touca quanto o propé devem ser descartados, pelo menos, ao final dos trabalhos diários, em coletor de lixo comum,
existente na área de paramentação.
Roteiro de paramentação
1. Verificar as vestimentas: antes de iniciar o processo de paramentação, é importante observar as roupas e a higiene
pessoal.
2. Retirar os acessórios e afins: após a troca do uniforme, devem ser retirados brincos, piercings, pulseiras, relógios,
anéis, colares e outros acessórios. Tudo deve ser guardado em armário, inclusive aparelhos celulares, que não devem ser
levados para o interior dos laboratórios.
3. Higienizar o calçado: na área destinada à paramentação, deve ser feita a assepsia do calçado de uso pessoal com
álcool 70% e papel-toalha. Isso, caso não haja, na empresa, outro procedimento semelhante para realizar essa atividade,
como tapetes próprios, umedecidos com solução de limpeza.
4. Calçar os pro pés: a limpeza do solado do calçado, o manipulador de medicamentos deve calçar os propés ou
sapatilhas. Algumas empresas optam por calçados próprios para serem utilizados na área dos laboratórios. Nesse caso,
será necessária somente a limpeza do solado do calçado.
5. Colocar a touca: o profissional deve tomar cuidado para não deixar fios de cabelo expostos.
6. Vestir o jaleco: este deve estar limpo, sendo recomendável o de mangas compridas, para evitar que partes do braço
fiquem expostas, além de prevenir o desprendimento de pele, que poderia contaminar o produto.
7. Colocar a máscara: há máscaras que são amarradas e outras com alcinhas para serem colocadas atrás das orelhas.
Neste caso, as alças devem ser colocadas por dentro da touca que, por sua vez, deverá cobrir toda a orelha.
8. Higienizar as mãos e calçar as luvas: as luvas de procedimento deverão ser calçadas somente após a utilização do
álcool 70% para higienizar as mãos, que, antes, deverão ser friccionadas até se obter a completa evaporação do álcool.
Tem como finalidade a formação de uma barreira microbiológica contra penetração de microorganismos no sítio
cirúrgico do paciente, oriundos dele mesmo, dos profissionais, materiais, equipamentos e ar ambiente. Os componentes da
paramentação cirúrgica são:
AVENTAIS – Sua utilização tem como finalidade reduzir a dispersão das bactérias no ar e evitar o contato da pele da
equipe com sangue e fluidos corporais que possam contaminar a roupa primitiva. É recomendada a troca de avental
quando este estiver visivelmente sujo com sangue ou outro fluido corporal potencialmente infectante.
LUVAS – São utilizadas pelos membros de equipe cirúrgica com a função de proteger o paciente das mãos desses e
proteger a equipe de fluidos potencialmente contaminados. Tem como finalidade reduzir e prevenir o risco de exposição
ao sangue. É recomendado o uso do duplo enluvamento do cirurgião e primeiro assistente para qualquer procedimento
que durar mais que uma hora.
MÁSCARAS – Seu uso é justificado por dois aspectos: proteger o paciente da contaminação de microorganismos
(principalmente quando a incisão cirúrgica está aberta), oriundos do nariz e da boca dos profissionais, liberados no
ambiente, quando estes falam tossem e respiram; e protege a mucosa dos profissionais de respingos de secreções
provenientes dos pacientes durante o procedimento cirúrgico. É exigida a utilização das máscaras que protejam totalmente
a boca e o nariz, que algumas vezes são combinadas com protetores oculares. É recomendado que todas as pessoas devem
utilizar máscaras cirúrgicas ao entrarem na sala de operação quando materiais e equipamentos estéreis estiverem abertos.
As máscaras devem ser descartadas após cada uso, manipulando-se somente as tiras, serem trocadas quando estiverem
molhadas, não devendo ficar penduradas no pescoço e nem dobradas dentro do bolso para serem utilizadas
posteriormente.
GORROS – Sua utilização tem o intuito de evitar a contaminação do sítio cirúrgico por cabelo ou microbiota presente
nele. O gorro deve ser bem adaptado, permitindo cobrir totalmente o cabelo na cabeça e face.
ÓCULOS OU MÁSCARAS PROTETORAS DOS OLHOS – Sua utilização é devido às doenças transmissíveis por
substâncias orgânicas dos pacientes (a hepatite B, por exemplo).
PROPÉS – Seu uso é atualmente uma questão muito polêmica. Esse procedimento consiste em proteger a equipe à
exposição de sangue, fluidos corporais e materiais perfuro cortantes.
TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA DAS MÃOS: Indicada para preparo das mãos e antebraços antes de
qualquer procedimento cirúrgico.
Soluções antissépticas com detergentes recomendados
• Solução detergente de PVP-I a 10% (1% de iodo ativo)
• Solução detergente de clorexidina a 2% ou 4% (alternativa para pessoas alérgicas ao PVPI).
PROCEDIMENTO: A remoção mecânica dos detritos pode ser realizada por escovação ou fricção:
As escovas devem ser macias e descartáveis ou convenientemente esterilizadas, e de uso individual;
Molhar as mãos e antebraços com água corrente. A torneira deve ser acionada por pé ou cotovelo, e não manualmente;
Aplicar a solução antisséptica sobre a palma da mão, espalhar com movimentos de fricção ou escovação, iniciando
pelas extremidades dos dedos, com especial atenção sobre os leitos subungueais e espaços interdigitais. O processo deve
continuar pelas faces das mãos e antebraços;
O processo todo deve durar rigorosamente cinco minutos para a primeira cirurgia e três minutos entre dois
procedimentos;
Enxaguar em água corrente a partir das mãos par ao cotovelo. A torneira deve ser fechada com o cotovelo ou por outro
profissional, mas não com as mãos;
Durante todo o processo, as mãos devem estar sempre acima do nível dos cotovelos;
Enxugar com compressa esterilizada, obedecendo à direção das mãos para os cotovelos, com movimentos
compressivos e não de esfregão.
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA E EPI
A paramentação corresponde à troca das vestes rotineiras por vestimentas adequadas antes do ato cirúrgico.
Indicação: todas as pessoas envolvidas no trabalho do centro cirúrgico, principalmente dentro das salas de operação,
devem usar roupas apropriadas. A importância da paramentação é proteger a área a ser operada da flora liberada pela
equipe cirúrgica e esta da exposição às secreções dos pacientes. A troca de roupa (pelo pijama cirúrgico, gorro e propés)
deverá ser feita no vestiário, que corresponde à zona de proteção do Centro Cirúrgico, sendo seguida da colocação do
avental e das luvas estéreis após a escovação das mãos e entrada na sala cirúrgica, propriamente dita.
Uniforme privativo: O uso de uniforme privativo feito de tecido com porosidade de 7 a 10 micra e o fechamento das
calças nos tornozelos pode reduzir a dispersão de bactérias. Tal uniforme nunca deve ser usado fora da área do Centro
Cirúrgico.
Aventais cirúrgicos: Os aventais convencionais devem ser confeccionados em material resistente à penetração de
líquidos e microrganismos e ao desgaste e à deformação. Devem possuir uma única camada de tecido, geralmente algodão
ou brim. Os aventais devem se confeccionados em tamanhos adequados, garantindo o fechamento completo, conforto e
total cobertura a partir do pescoço e membros. Na altura dos punhos, devem possuir tramas resistentes ao desgaste.
Periodicamente devem ser inspecionados à integridade e durabilidade. Aventais impermeáveis descartáveis representam
outra opção. A colocação do avental deve ser feita de maneira cuidadosa a fim de evitar a contaminação do mesmo. Este
deve ser segurado com ambas as mãos, as quais serão introduzidas simultaneamente através das mangas. A porção
posterior do avental é, então, tracionada.
Máscara cirúrgica: O uso correto da máscara cirúrgica evita ou reduz a eliminação de microrganismos no ambiente e
protege o profissional contra respingos de secreções oriundas do paciente. Apresentam vidaútil de 2 horas. Deve ser usada
por todos na sala de operação e cobrir boca e nariz e estar junto a face. São preferíveis as máscaras com dupla gaze de
algodão ou de polipropileno ou poliéster.
PARAMENTAÇÃO COM ROUPAS ESTÉREIS
As roupas estéreis são utilizadas para prevenir a contaminação do campo operatório mediante contato direto do
corpo do cirurgião com o do paciente. Todas as pessoas que entram em campo operatório, bem como aquelas que
manipulam os materiais e instrumentais estéreis como é o caso do instrumentador cirúrgico devem usar aventais e luvas
estéreis Passo a Passo
1- Após a escovação das mãos secá-las na 2- Segurar o capote esterelizado pelas dobraduras da gola e
compressa esterelizada. Deve-se utilizar um lado da deixa que o restante dele se desdobre e fique esticado.
compressa para cada antebraço. Pela face interna introduza em um único movimento,
ambas as mãos e antebraço pelas mangas do capote.
Observações:
As luvas cirúrgicas, são a únicas adequadas para os procedimentos cirúrgicos, devendo obrigatoriamente ser
estéreis, idealmente devem cobrir mãos e dedos, estendendo-se por sobre os punhos dos aventais, onde ficam aderidas
devido à pressão elástica do punho da própria luva. Gorros, máscaras, aventais, calças, jalecos e propés devem ser
retirados imediatamente quando molhados ou sujos. Os aventais, os propés e as luvas cirúrgicas devem ser tirados ainda
na sala cirúrgica.
CLASSIFICAÇÃO
Instrumentais de diérese: Constituído pelos bisturis e tesouras, serras, agulhas, trépano, ruginas e outros, utilizados nas
cirurgias gerais, assim como nas especiais.
1. Bisturi é um instrumento cirúrgico, usado para fazer incisões, caracterizado por possuir uma lâmina muito afiada.
Há diversos tamanhos de cabo e tipos de lâminas, para funções específicas
1. Cabos: Os tipos mais comumente utilizados na dierése incisional são os de número 3 e o 7, sendo
este último mais longo e fino. São preparados para receber uma variedade de tipos de lâminas
por meio de sua fenda receptora.
2. Lâminas: Com relação aos tipos de lâminas podemos citar: lâmina no. 15 é pequena e
utilizada para incisões no mucoperiósteo; no. 10 tem formato semelhante á anterior, porém
um pouco mais longa e utilizada para incisões maiores na pele; no. 11 apresenta ponta bem mais afiada indicada para
pequenas incisões como as de abcessos e por último no. 12 a qual apresenta ponta curva adequada para procedimentos
mucogengivais.
Colocação e remoção da lâmina:
Para conectar a lâmina ao cabo é necessária a utilização de um porta-agulha de modo a evitar cortes ao manuseá-la.
Segura-se a lâmina em sua extremidade superior com o porta-agulha que possui uma estrutura metálica que assegura
apreensão. O cabo é segurado pelo corpo de modo que a face cortante da lâmina fique apontada para cima. A lâmina é
deslizada pelo cabo até que haja um estalido. A remoção obedece aos mesmos procedimentos, entretanto o porta-agulha
deverá segurar a lâmina em sua porção mais distal e superior levantando-a para desconectá-la e deslizando-a em sentido
oposto ao anterior.
1. As tesouras mais utilizadas: reta para o corte de fios, de secção ou curva (Mayo) e a de dissecção, mais delicada
(Metzembaum) tesouras reta e curva
Instrumentais para hemostasia: Esse grupo é constituído por todos aqueles destinados ao pinçamento de vasos
sangrantes. Representados por pinças nas formas retas e curvas, por exemplo, as pinças Kelly, Halstead, Rochester,
preferidas pelo cirurgião devido a proporcionarem um manuseio mais fácil. As pinças hemostáticas são usadas em
situações que exigem instrumentos mais longos. As pinças atraumáticas são usadas para hemostasia temporária. A
hemostasia pode ser temporária ou definitiva, preventiva ou corretiva. O método de hemostasia por pinçamento é cruento
e temporário, podendo tranformar-se em definitivo por ligadura, cauterização ou angiotripsia. Em cirurgia vascular,
utilizam-se pinças hemostáticas atraumáticas para que não se produzam danos na parede dos vasos quando aplicados, não
favorecendo a trombose. As atraumáticas mais utilizadas são as de Buldogue e Satinsky. As pinças hemostáticas
traumáticas quando aplicadas são substituídas por ligadura ou eletrocoagulação, sendo as mais utilizadas: Rochester,
Kelly e a longa de Mixter.
Instrumentais para preensão: É o destinado a segurar e suspender as vísceras e órgãos, como as pinças elásticas e
pinças com anéis e cremalheira. Pinça de preensão intestinal ou de Allis; pinça de preensão aponeurótica ou de Kocher,
pinças de Foerstes e Ballenger e as chamadas pinças de campo ou Backaus
Instrumentais para separação: Formado por afastadores é destinado à exposição, permitindo a melhor visualização da
cavidade operatória. Os afastadores são divididos em dois grupos: auto-estáticos e dinâmicos. Os afastadores dinâmicos
mais conhecidos são os de Farabeuf, as válvulas manuais de Doyen e a válvula supra-púbica. Os estáticos mais
conhecidos são o Gosset e o Balfour
Afastadores dinâmicos
.
Afastadores auto estáticos
Instrumentais e material para a síntese: É representado basicamente pelas agulhas de sutura, porta-agulhas e
principalmente pelos fios cirúrgicos, grampos e fitas adesivas de pele.
1. AGULHAS - São utilizadas para transfixar os tecidos como guia aos fios de sutura, podendo ser classificadas como retas
ou curvas, podendo ser cilindricas ou cortantes; as que já vem montadas com o fio, são denominadas agulhas
atraumáticas, proporcionando orifícios de entrada e saída menos traumáticos. As agulhas curvas, possuem raio de
curvatura variável, adaptando-se a cada tipo de síntese.
2. PINÇAS - As utilizadas para a síntese são as pinças de dissecção: anatômica que não possui dentes na extremidade e
portanto são menos traumatizantes ao apreenderem as bordas, e a pinça dente de rato que possui dentes na sua
extremidade e portanto favorecem melhor apreensão.
3. PORTA-AGULHAS - São utilizados para a condução de agulhas curvas, sendo os mais utilizados: MAYO, HEGAR e
MATHIEU.
Instrumentaisde campo: É constituído por pinças que se destinam à fixação dos campos estéreis para delimitação do
campo operatório. 1.Instrumental laparoscópio. 2. Irrigador/ aspirador Utilizado para a irrigação e aspiração de fluidos
orgânicos ou não.
MESA CIRURGICA: É rotina a montagem da mesa cirúrgica, observando-se regras para a distribuição dos
instrumentais cirúrgicos: o material de diérese permanece no canto inferior esquerdo; o de síntese no canto superior
esquerdo; o material de hemostasia e preensão no meio da mesa, inferiormente, sendo os afastadores no canto superior,
conforme ilustra a figura abaixo.O instrumental cirúrgico é previamente esterilizado por técnicas pré estabelecidas. A
montagem da mesa é feita pelo auxiliar e pelo instrumentador que deverão fazê-la de uma forma a amenizar o trabalho do
cirurgião tornando-o mais agradável e prático, para que este possa se concentrar totalmente no ato a ser executado. A
mesa poderá ser montada tanto da direita para a esquerda quanto vice-versa dependendo da posição do cirurgião.
ORGANIZAÇÃO DA MONTAGEM DA MESA CIRURGICA:
A. Na área 1, coloca-se o bisturi com a lâmina para baixo a esquerda. Certas operações requerem tipos especiais de
bisturis.
B. Na área 2, são colocadas as tesouras curvas delicadas (“Metzenbaum”) e forte (“Mayo”) com as pontas viradas para a
instrumentador a e curvatura para baixo, contra a mesa.
C. Na área 3, são colocadas as pinças hemostáticas tipo “Kelly) do mesmo modo que as tesouras. De preferência curavas
e no mínimo de seis a oito. Como o sentido de tomada é da direita para a esquerda por questão de economia de espaço
acham-se sobrepostas, estando a da direita superiormente colocada em relação às outras e assim sucessivamente.
D. A área 4, também denominada de área de uso versátil; colocam-se instrumentos do tipo “Mixter” (2 a 4), “Moynihan”
(2 a 4), e outros do tipo hemostático, de acordo com a cirurgia.
E. Na área 5 será colocada a “Kocher” reta (4).
F. Na área 6 serão colocadas pinças com e sem dentes.
G. Na área 7 são dispostos os porta-agulhas (2), sendo a única exceção na mesa da instrumentadora, que se coloca com os
anéis para baixo. No caso, já segurando agulhas montadas. Note-se que a ponta da agulha aponta para cima a fim de não
furar o plano da mesa e não se contaminar.
H. Na área 8, colocam-se pinças de preensão de tipo “Babcock” (4), “Allis” (4) e “Duval” (2 a 4), ou outros instrumentos
complementares do mesmo tipo, ditados pelas necessidades da intervenção cirúrgica em causa.
I. Na área 9 coloca-se as pinças de campo “Backhaus”, no mínimo 4
J. Na área 10 colocam-se pinças, tesouras e porta-agulhas, longos.
K. Na área 11 serão colocadas compressas dobradas, que seguram fios pré-cortados como seda ou algodão, e sobre ela ou
outros tipos de fios e agulhas.
L. A área 12 é de uso versátil, neste caso apresentando agrafes.
ELETROCIRURGIA e ELETROCAUTÉRIO
Bisturi elétrico: É um aparelho que conta com a propriedade de transformar a corrente elétrica de baixa frequência em
corrente de alta frequência. Tem a finalidade de coagular, dissecar e fulgurar os tecidos, podendo ser:
• Aterrado: Ocorre o retorno da corrente elétrica após ter atravessado o corpo do paciente, sendo dispersada após o
retorno pelo fio terra.
• Sistema REM: Onde a corrente elétrica retorna ao gerador. Neste tipo de bisturi, se a placa desconecta durante o uso
do aparelho, o gerador deixa de produzir corrente elétrica, evitando se assim queimaduras. Possuem placas dispersivas
apropriadas indicativas de sistema REM.
Eletrocirurgia ou Eletrocautério: É o uso terapêutico da cauterização já é conhecido há longo tempo e remonta à época
de Hipócrates. Atualmente, a eletrocirurgia tem adquirido cada vez mais destaque e vem se tornando tecnologia
amplamente utilizada nas salas de cirurgia.
PROPRIEDADES
• Coagulação: Oclusão dos vasos sanguíneos por meio da solidificação das substâncias protéicas e retração dos tecidos;
• Dissecção: Secção dos tecidos pela dissolução da estrutura molecular e celular, havendo desidratação
e fusão das células próximas ao eletrodo positivo;
• Fulguração: Coagulação superficial, indicada para eliminar pequenas proliferações celulares cutâneas e remover
manchas.
Traumas relacionados ao uso de Eletrocautério são: Queimaduras, Explosões; Estimulação de tecidos excitáveis;
Interferência com instrumentos e marca passos;
OBSERVAÇÃO: O cirurgião e sua equipe não precisam conhecer todos os pormenores da eletrocirurgia, mas devem
entender o seu funcionamento e alguns de seus princípios, bem como conhecer medidas preventivas e ações corretivas
que devem ser empregadas na minimização do risco de lesões desnecessárias.
CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO
• Colocar a placa dispersiva em área de massa muscular próxima ao sítio cirúrgico, como panturrilha, face posterior da
coxa e glúteos;
• Situar a placa dispersiva afastada de próteses metálicas;
• Evitar as superfícies pilosas, pele escarificada, saliências ósseas que diminuem o contato da placa com o corpo do
paciente;
• Utilizar gel para aumentar a condutividade entre a placa e o corpo do indivíduo;
• Colocar a placa após o posicionamento do paciente e zelar para que não haja deslocamento da peça quando houver
mudança de posição;
• Manter o indivíduo sobre uma superfície seca, sem contato com partes metálicas da mesa e cirurgia;
• Atentar para o risco de combustão quando forem usadas substâncias inflamáveis, tais como anti-sépticos e
anestésicos;
• Dispensar cuidados no caso de pacientes portadores de marca passo para evitar a interferência do bisturi, deve se
manter um desfibrilador pronto para uso;
• Manter o plugue do cabo da placa afastado do corpo do paciente para não causar lesões na pele em decorrência da
pressão;
• É importante lembrar que é de responsabilidade da enfermagem a colocação da placa dispersiva e o bom
funcionamento durante o ato anestésico cirúrgico;
• Solicitar ao serviço de engenharia revisões periódico do equipamento.
Recomendações
• Visando a reduzir os riscos relacionados à aplicação da eletrocirurgia, medidas preventivas para todos os profissionais
que atuam no centro cirúrgico.
• Posicionamento correto do paciente na mesa cirúrgica.
• Contato com objetos metálicos do paciente ou da mesa e com eletrodos de monitoramento pode concentrar a corrente,
ou acarretar sua fuga, e provocar lesões.
• Adornos metálicos devem ser obrigatoriamente retirados, e os eletrodos colocados o mais distante possível do campo
cirúrgico.
• Utilizar dispositivos isolantes na mesa e nos apoios de braços e pernas, para evitar fuga da corrente através de áreas
metálicas
• Compressas secas entre braços, tronco ou pernas, para evitar concentração de corrente nas áreas com acúmulo de
fluidos.
• Confirmar a potência do Eletrocautério antes da ativação, que deve ser a mais baixa potência efetiva possível, a fim
de que se atinja o efeito desejado para corte e coagulação.
• Se o cirurgião solicitar contínuo aumento de potência ou se ocorrer resposta não usual do paciente ou, ainda,
interferência no sinal de monitoramento durante o uso do eletrocautério, faz se necessária investigar todo o circuito à
procura de falha.
• O Sistema de alarme do aparelho deve funcionar todo o tempo.
• O volume do indicador sonoro de atuação do aparelho deve ser mantido em nível audível, para que seja alertado
imediatamente quando o eletrocautério for acionado inadvertidamente ou quando esse não estiver funcionando
adequadamente.
PLACA DISPERSIVA
É uma que placa que serve como um fio terra, evitando descarga elétrica no cliente, utilizando se um gel condutor
na placa, geralmente localizada nas panturrilhas ou região escapular. O local da placa dispersiva é geralmente ditado
pelo sítio cirúrgico, sendo ela posicionada o mais próximo possível do campo, preferencialmente em pele limpa e seca,
em área bem vascularizada e com maior massa muscular, para melhor condutibilidade da eletricidade. Devem ser evitadas
áreas com grande quantidade de pelos, de cicatrizes e saliências ósseas, uma vez que diminuem o contato com a placa e
conduzem de forma pior a eletricidade e a colocação do eletrodo dispersivo sobre tatuagens, muitas das quais contêm
corantes metálicos. O eletrodo ativo deve ser colocado longe do campo quando não está em uso, evitando se sua ativação
não intencional e lesões.
Observação do eletrocautério:
Faz se necessário aplicar gel condutor na placa metálica para neutralizar a carga elétrica quando do contato da
mesma com o corpo do paciente, conforme orientação do fabricante. A placa neutra sob a panturrilha ou outra região de
grande massa muscular, evitando áreas que dificultem o seu contato com o corpo do paciente, como saliências ósseas,
pele escarificada, áreas de grande pilosidade, pele úmida.
DRENOS: São dispositivos inseridos com intuito de manter um canal para a drenagem de líquidos (pus, sangue, bile,
secreção serosa, etc) da superfície que, em caso contrário, poderia se acumular na ferida.
Objetivos
Evitar infecções profundas no interior das cavidades;
Permitir saída de ar, secreções, fluídos, sangue, linfa...
Pode ser colocado por prevenção, quando se esperar que seja acumulado liquido no local.
TIPOS DE DRENOS
Abertos ou Fechados, Com ou sem Sucção, Com ou sem reservatórios, Penrose
Drenos Penrose: (Abertos): Consiste numa “fita” de látex semelhante ao dedo de luva, tamanho variado, com utilizado
principalmente para secreções, das cavidade abdominal em cirurgias contaminadas por ser aberto, constitui porta de
entrada para bactérias e deve-se realizar curativo, trocar bolsa coletora adesiva quando a drenagem é volumosa. É bastante
utilizado com o objetivo de promover a drenagem de cavidade. A exteriorização ou retirada deste dreno dever ser
orientada pelo cirurgião. O curativo do dreno de Penrose deve ser isolado do curativo da ferida operatória, sempre que
possível, e trocado todas as vezes que apresentar umidade, e se necessário, colocar bolsa coletora.
Dreno Kehr: É inserida no canal colédoco para drenagem de bile, sua extremidade tem forma de T;
Deve-se observar a pele ao redor, que pode ser irritada pela bile se esta extravasar;
Realizar a limpeza da mesma forma que se faz com o dreno suctor;
Trocar o vaso coletor anotando aspecto e quantidade de drenagem;
Drenos Fechados: (Suctor / Portovac): Drena a secreção através do efeito de vácuo provocado pelo seu coletor, através
de sucção, por ser um sistema fechado, tem baixo índice de infecção e possui coletor acoplado em forma de “sanfona”.
Técnicas de limpeza
• Retirar o curativo com gaze embebida em éter; • Observar funcionamento do dreno ,anotar débito e a
• Limpar a pele ao redor do dreno com SF 0,9%; coloração da secreção drenada.
• Limpar parte do dreno em contato com a pele com • Observar a extensão do dreno e evitar dobras e
SF 0,9%; toções;
• Fechar com curativo; • Observar sinais de infecção em pele peri dreno;
• Pinçar extensão do dreno; • Trocar diariamente o curativo do local de inserção
• Esvaziar o coletor em recipiente, lavando o com SF do dreno;
0,9% e em seguida fechá ló. • Manter o dreno com vácuo (sucção).
Dreno de tórax: Tubo inserido no tórax para drenagem de ar (pneumotórax) ou secreções (hemotórax, empiema),onde o
fim de sua extensão fica submerso em recipiente com SF 0,9% (selo d’água), de drenagem Torácica Aberta e coluna
líquida > 2 cm.
Técnicas de limpeza
• Retirar o curativo com gaze embebida em éter;
• Limpar a pele ao redor do dreno e Realizar o curativo do local de inserção do dreno com SF 0,9%, aplicar PVPI,
esperar 2 minutos e retirar com SF 0,9% e ocluir;
• Pinçar dreno para evitar a entrada de ar no sistema;
• Desprezar o soro com secreções do recipiente, lavando-o e colocando soro suficiente para deixar o dreno imerso.
ABRAMSOM: Sistema Fechado com bulbo: Utilizado para drenagem de líquidos serosos e sanguinolentos, com o
propósito de impedir acumulo de líquidos e hematomas.
Sondas: Tem como finalidade realizar a retirada de líquidos ou Infusão alimentar, isso conforme a prescrição: Gastro
Intestinais: Nasogastrica ou orogastrica com o objetivo de descompressão abdominal e Lavagens gástricas.
Sondas de foley: (Urinárias): É um dispositivo médico-hospitalar, estéril, invasivo, de látex cilíndrico semelhante a uma
mangueira de tamanhos variados utilizado para a realização da cateterização urinária, procedimento muito utilizado na
prática clínica da enfermagem. Este procedimento consiste na inserção da sonda através da uretra até a bexiga, com a
finalidade de drenar a urina de pacientes com problema de eliminação urinária ou procedimentos cirúrgicos, com o
objetivo para a drenagem de débito urinário, retenção, Irrigação e até alimentação, drenagem das secreções, da cavidade
abdominal em cirurgias contaminadas por ser aberto, constitui porta de entrada para bactérias e deve-se realizar curativo,
trocar bolsa coletora adesiva quando a drenagem é volumosa.
AMPUTAÇÃO:
É considerada como um dos primeiros procedimentos datados da antiguidade na historia da medicina, onde nas
guerras antigas quando as pessoas perdiam parte parciais dos membros eram realizados as amputações, isto sem anestesia
de forma cruenta, na tentativa muitas vezes frustradas de salvar a vida dos pacientes. É a retirada total ou parcial de algum
membro ou partes do mesmo, podendo ser intencional ou não. No Brasil são registradas mais de 45 mil amputações por
tanto superior quanto inferior, parciais ou totais. O membro amputado não recebe um atestado de óbito “documento
exclusivo” para que possa designar a morte da pessoa. É eladorado um relatório, descrevendo o procedimento que foi
realizado com o CID. Caso o paciente ou familiar do mesmo requeira do membro amputado para realizar o sepultamento
da parte será emitido um documento da unidade onde foi realizado o procedimento. Existem basicamente 2 destinos ao
membro amputado:
1º a unidade realiza a incineração, caso o paciente deseje ou o responsável autorize.
2º o familiar ou responsável legal se quiser em comum concordância com o paciente pode realizar o
sepultamento.
Curiosidade:
Caso o paciente ou o responsável queiram manter o membro amputado em domicilio, ainda não e
permitido no Brasil. Se caso o paciente ou responsável insistir poderá ser punido conforme com base na lei nº
6.437/77 e 12.305/10, que institui conforme a Política Nacional de resíduos sólidos. Na declaração do
membro afetado deverá conter:
Nome do paciente;
Registro da unidade;
Hora e data da amputação;
Parte do corpo amputada;
CID-10 Assinatura e carimbo do médico que realizou o procedimento;
Compete a enfermagem:
Embalar o membro em saco branco leitoso, em caixa de papelão devidamente identificado;
Encaminhar pelo maqueiro membro amputado ao necrotério e as 2 vias da declaração á chefia de
enfermagem;
Registrar no livro de registro próprios (livro da sala) e prontuário.
Cuidado com o paciente em:
Evitar ficar na cama com o coto fletido; Não apoiar o coto sobre a muleta;
Evitar flexionar o joelho em caso de Encaminhar o quanto antes a reabilitação.
amputações transtibiais quando estiver sentado ; (próteses).
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE AMPUTAÇÃO
CONCEITOS DE FARMACOLOGIA
Farmacodinâmica: (do grego dýnamis = força): Estuda o mecanismo de ação dos fármacos, as teorias e conceitos
relativos ao receptor farmacológico, a interação droga - receptor, bem como os mecanismos moleculares relativos ao
acoplamento entre a interação da droga com o tecido alvo e o efeito farmacológico;
Interação Droga/Receptor: Os fármacos ou seus metabólitos ativos, para produzirem efeitos devem atingir o local de
ação em concentrações adequadas. F+R ↔ FR → Efeito
Interação Entre Drogas: Administração simultânea (mesmo preparo) de duas drogas pode fazer com que o efeito de uma
delas seja quantitativamente alterado. Geralmente tem a finalidade de aumentar ou reduzir os efeitos de uma delas,
facilitar a dissolução, a conservação ou melhorar as propriedades organolépticas. Pode também fazer com que
obtenhamos o efeito desejado de um dado fármaco utilizando doses menores e conseqüentemente com a possibilidade de
menores efeitos colaterais. O uso de drogas associadas pode resultar em uma série de interações que são classificadas em
sinergismo e antagonismo.
Antagonismo: É o efeito combinado de duas drogas, menor que o efeito de cada droga tomada isoladamente.
Sinergismo: É a ação conjunta de fármacos, na qual a combinação de seus efeitos é mais intensa ou mais duradoura que a
soma de seus efeitos individuais.
Adição: É o efeito combinado de duas drogas, cujo resultado é igual a soma dos efeitos de cada droga isoladamente.
Potencialização: É quando uma droga aumenta ou prolonga a ação de outra droga, sendo o efeito total maior que a soma
dos efeitos de cada droga isoladamente.
Farmacocinética: Estuda os processos que o organismo exerce sobre o fármaco: Absorção, distribuição e eliminação
(metabolismo ou biotransformação enzimática e excreção). Interpreta a evolução temporal das concentrações do fármaco
e seus metabólitos no organismo, assim como a evolução da resposta farmacológica. Sign. (do grego knetós = móvel):
Estuda o caminho percorrido pelo medicamento no organismo. Farmacocinética corresponde às fases de absorção,
distribuição e eliminação (biotransformação e excreção) das drogas. Através da farmacocinética se consegue estabelecer
relações entre a dose e as mudanças de concentração das drogas nos diversos tecidos em função do tempo.
Absorção: a absorção ocorre quando o medicamento atravessa as membranas até atingir a circulação.
Lipossolubilidade Fluxo sangüíneo na área de absorção na área de superfície absorvente e número de barreiras a serem
transpostas.
Distribuição: Ocorre quando a droga deixa a circulação sistêmica e se desloca para várias regiões do corpo, onde as áreas
corporais de distribuição variam com as diferentes drogas (depende da substância química de da capacidade de cruzar as
membranas biológicas), e a taxa e extensão de fluxo sanguíneo para um órgão e tecido afetam a quantidade de droga que
atinge a área. Muitas drogas são altamente ligadas a proteínas plasmáticas (p.ex. albumina). A fração ligada a droga não
deixa a vasculatura, não produz efeito farmacológico, apenas a fração não ligada é capaz de produzir um efeito no órgão-
alvo.
Biotransformação = Metabolização: Ocorre principalmente no fígado, apesar de outros órgãos contribuírem em menor
grau.
Eliminação e Excreção: Ocorre principalmente por via renal, seja por filtração glomerular ou secreção tubular. Em
menor grau, as drogas podem ser eliminadas na bile e em outros fluidos corporais. Em certos casos, uma alteração no pH
da urina pode fazer com que drogas que atingiram o túbulo renal retornem à corrente sanguínea (reabsorção tubular). A
dose recomendada de uma droga pressupõe função normal do fígado e rim.
PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS
Preparações líquidas:
Soluções: Misturas homogêneas do soluto que é base farmacológica com o solvente que é o veículo. Pode se
destinar ao uso sob a forma de gotas.
Suspensões: Misturas heterogêneas, sendo que o soluto se deposita no fundo do recipiente necessitando de
homogeneização no momento do uso.
Emulsões: Substâncias oleosas dispersas em meio aquoso, apresentando por separação de fases.
Xaropes: Soluções aquosas onde o açúcar em altas concentrações é utilizado como corretivo. Pode conter cerca
de dois terços do seu peso em sacarose.
Elixires: Soluções hidroalcoólicas para uso oral, açucaradas ou glicerinadas contendo substâncias aromáticas e as
bases medicamentosas.
Loções: Soluções alcoólicas ou aquosas para uso tópico.
Linimentos: Similares aos anteriores, mas com veículo oleoso.
Preparações sólidas:
Comprimidos: Forma farmacêutica de formato variável, em geral discóide, obtida por compressão. Na maioria
dos casos contém uma ou mais drogas, aglutinante e excipiente adequados, prensados mecanicamente.
Drágeas: Similares aos anteriores, mas com revestimento gelatinoso que impede a desintegração nas porções
superiores do trato digestivo. O revestimento protetor apresenta várias camadas contendo substâncias ativas ou inertes.
Costumam ser coloridas e polidas utilizando-se cera carnaúba no polimento.
Cápsulas: Uma ou mais drogas mais excipientes não prensados e colocados em um invólucro gelatinoso ou
amiláceo.
Pílulas: Associação do princípio ativo com um aglutinante viscoso.
Supositórios: Apresentações semi-sólidas para uso retal, que se fundem à temperatura corporal pela presença de
manteiga de cacau, glicerina ou polietileno glicol.
Óvulos e Velas: Apresentações semi-sólidas para uso ginecológico, cuja diferença entre si é a forma.
Preparações Pastosas:
São preparações semi-sólidas normalmente destinadas ao uso tópico. Como exemplos temos as seguintes: geléias,
cremes, pomadas, ungüentos e pastas, em ordem crescente de viscosidades.
Diferem também pelos veículos que são gelatinosos nas geléias, oleosos nas pomadas e aquosos nos demais.
Principais Vias de Administração de Medicamentos: As ações de medicamentos no organismo vivo podem ser
classificadas em quatro categorias principais:
Ação Local: É Quando o efeito ocorre no ponto de aplicação;
Ação Sistêmica: É Quando o fármaco atinge a circulação;
Ação Remota: É nos casos em que a ação do medicamento em um alvo interfere no funcionamento de outro;
Ação Local/geral: É Quando a droga produz efeito no ponto de aplicação, sendo absorvida posteriormente para
ter ação sistêmica.
5 CERTOS
As 5 certezas para a correta administração de medicamentos
1º: Paciente certo.
2º: Tempo e freqüência de administração certa.
3º: Dose certa.
4º: Via de administração certa.
5º: Droga certa.
OBS: A escolha do método e da via de administração depende de alguns parâmetros:rapidez desejada para inicio da ação
, natureza e quantidade a ser administrada e das condições do paciente.
Administração de drogas: tem que se observar o efeito local e sistêmico.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
ENTERAL: Oral (sólida e líquida), Cápsula, Pó liofilizado, Comprimido, Elixir, Emulsão, Solução, Suspensão, Xarope e
Solução.
PARENTERAL: IV/EV, IM, SC, ID, Pó liofilizado diluído, Dietas parenterais, Soluções sódicas, potássicas, aquosas e
oleosas.
Retal, Vaginal
Tópica (ouvido, nariz, olho, pele)
Solução, Supositório, Espuma, Gel, Supositório, Comprimido, Aerossol
Pomada, Creme, Pasta, Loção
Administração Enteral (oral): A ingestão é o método mais comum de prescrição de um fármaco. Além disso, é o mais
seguro, mais conveniente e o mais econômico;
Administração sublingual: A absorção pela mucosa oral tem importância essencial no caso de determinados fármacos;
Administração retal: Com freqüência, a via retal é usada quando a ingestão não é possível por causa de vômitos ou
porque o paciente se encontra inconsciente. Cerca de 50% dos fármacos que são absorvidos pelo reto não passam pelo
fígado;
Administração parenteral: A disponibilidade é mais rápida e mais previsível.A dose eficaz pode, portanto, ser escolhida
de forma mais precisa.
Intravenosa: A concentração desejada de um fármaco no sangue é obtida com uma precisão e rapidez que não são
possíveis com outros procedimentos;
Subcutânea: Só pode ser usada para substâncias que não são irritantes para os tecidos. A absorção costuma ser constante
e suficientemente lenta para produzir um efeito persistente. A absorção de substâncias implantadas sob a pele (sob forma
sólida de pellet) ocorre lentamente ao longo de semanas ou meses. Alguns hormônios são administrados de forma eficaz
dessa maneira;
Intramuscular: A absorção depende do fluxo sanguíneo no local da injeção. A velocidade de absorção no músculo
deltóide ou no grande lateral é maior do que a absorção no músculo grande glúteo. A velocidade de absorção em homens
é maior que a absorção em mulheres quando a injeção é feita no grande glúteo;
Intrarterial: É aplicada para localizar seu efeito em determinado órgão ou tecido. Exige extremo cuidado e só deve ser
feita por pessoas treinadas e experientes;
Intratecal: É Quando se desejam efeitos locais e rápidos nas meninges ou no eixo cérebro-espinhal, como na anestesia
espinhal ou nas infecções agudas do SNC, os fármacos algumas vezes são injetados diretamente no espaço subaracnóideo
espinhal;
Intraperitoneal: Por essa via, os fármacos penetram rapidamente na circulação através da veia porta. A injeção
intraperitoneal é um procedimento laboratorial comum,embora raramente seja empregado na prática clínica;
Inalatória: Os fármacos gasosos e voláteis podem ser inalados e absorvidos através do epitélio pulmonar e das mucosas
do trato respiratório. As vantagens são a quase instantânea absorção para o sangue, ausência de perda hepática de primeira
passagem e, no caso das doenças pulmonares, a aplicação local do fármaco no ponto de ação desejado.
APLICAÇÃO TÓPICA
Mucosas: A absorção através das mucosas ocorre rapidamente. Na verdade, os anestésicos locais aplicados para
efeito local algumas vezes são absorvidos tão rapidamente que provocam efeitos tóxicos sistêmicos;
Pele: Poucas substâncias penetram facilmente a pele íntegra. A absorção daquelas que o faz é proporcional à
superfície sobre a qual são aplicadas e à sua lipossolubilidade. A absorção ocorre com maior facilidade através de pele
com abrasão, queimaduras ou soluções de continuidade. As reações inflamatórias e outros tipos de problemas que
aumentam o fluxo sanguíneo cutâneo também aumentam a absorção;
Olhos: Os fármacos oftálmicos de aplicação tópica são prescritos basicamente por causa de seus efeitos locais.
Em geral, não é desejável a absorção sistêmica que resulta da drenagem através do canal nasolacrimal.
APLICAÇÃO ORAL
A via oral é normalmente contra-indicada por o medicamento:
- Irritar a mucosa gástrica;
- Interferir na digestão;
- O paciente não poder deglutir em muitas as vezes.
Desvantagens da via oral:
A impossibilidade de absorção de alguns agentes por causa de suas características físicas;
Os vômitos em resposta à irritação da mucosa gastrintestinal;
Destruição de alguns agentes por enzimas digestivas ou pelo pH gástrico ácido;
Irregularidades de absorção ou propulsão na presença de alimentos e outros fármacos;
Necessidade de cooperação por parte do paciente.
APLICAÇÃO RETAL
A administração de drogas via retal, por supositórios, tem como objetivo deixar o fármaco livre do metabolismo
de primeira passagem, no fígado, pois a droga entra em vasos que a levam direto à veia cava inferior. Entretanto, muitas
vezes, o supositório penetra um pouco mais, entrando em uma região drenada por veias que vão ao fígado e, dessa forma,
não evitando o efeito de primeira passagem.
Deve-se ressaltar o desconforto que a via retal pode proporcionar ao paciente. Além disso, a absorção retal costuma ser
irregular e incompleta e muitos fármacos provocam irritação da mucosa retal.
APLICAÇÃO INALATÓRIA
Observação: Em geral a prescrição médica é válida por 24h.(salvos nos casos de reações alérgicas ou caso o uso do
fármaco não esteja conforme preconizado.
CC ou ml ou cm3 = centímetro Cgt = conta gota Mg = miligrama
cúbico ou mililitro; Mgt = microgota Cp ou comp = comprimido
Gt =gotas amp= ampola g=gotas
Por convenção:
• 1 colher de sopa = 1 medida = 15 ml
• 1 colher de sobremesa = 10 ml
• 1 colher de chá = 5 ml
Observação:
Quando necessário, triturar o medicamento, diluir com água, misturar com a cápsula, deixand0-a ao lado
do copinho;
Identificar o paciente ao misturar-lhe o medicamento, certificando-se de sua ingestão;
Checar a medicação administrada;
No medicamento por via sublingual, o medicamento deverá ser colocado sob a língua do paciente,
deixando este ser absorvido pela mucosa bucal;
Deve-se orientar o paciente a não engoli-lo;
Na presença de SNG, obedecer os princípios de sua administração.
Consiste na administração de medicamentos por vias:
Intramuscular (IM); Intravenosa (IV/EV); Subcutânea (SC); Intradérmica (ID).
Indica se a via parenteral nos seguintes casos:
Pacientes inconsciente ;
Distúrbios gastrintestinais;
Impossibilidade de deglutição.
Quando se espera uma ação mais rápida da droga;
Medicamentos que se tornam ineficientes em contato com o suco gástrico;
Técnica de paramentação
Corte sagital da região lombar e sacral demonstrando a punção no espaço subaracnóide e peridural