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VOLUMETRIA DE COMPLEXAÇÃO
São Luís – MA
2017
I. INTRODUÇÃO:
No contexto da química de coordenação dos metais, o termo complexo significa; um
átomo metálico ou íon central rodeado por um conjunto de ligantes. Um ligante é um
íon ou molécula que pode ter existência independente e devem ter pelo menos um par
de elétrons desemparelhados disponível para formação de ligação com o átomo metálico
ou íon central.
As reações de formação de complexos apresentam diversas utilidades em química
analítica, mas sua aplicação clássica está nas titulações complexométricas. Nessas
titulações um íon metálico reage com um ligante adequado para formar um complexo, e
o ponto de equivalência é determinado por um indicador ou por um método
instrumental apropriado. (Skoog et al., 2008).
A titulação por complexação é uma técnica de análise volumétrica que utiliza métodos
baseados na formação de compostos complexos, que são compostos originados da ligação
coordenada de pares eletrônicos disponíveis além do octeto com íons metálicos.
II. OBJETIVOS:
Padronizar da solução de EDTA e determinar a dureza cálcica e total da água potável.
III. MATERIAIS E MÉTODOS
REAGENTES
MATERIAIS
Erlenmeyer
Bureta
Pipeta
Pipeta Volumétrica
Espátula
MÉTODOS
Padronização EDTA
Pegou-se uma solução já preparada 0,02 molar de Carbonato de Cálcio e uma solução de
NaOH 10%. Colocou-se 5 ml da solução de Carbonato de Cálcio em um erlennmeyer e
adicionou-se ainda 1ml de KOH 10% . Adicionou-se um pouco do indicador calcon em pó
nesta solução. Aferiu-se a bureta com a solução de EDTA e titulou-se em duplicata.
Determinação da Dureza Cálcica
V. RESULTADO E DISCUSSÃO
Os volumes gastos da titulação do EDTA com a solução de carbonato de cálcio foram: 9,5 ml e
9,9 ml. Daí a média é 9,7 ml.
M1 x V1 = M2 x V2
0,02 x 5
M1 ¿ = 0,0103 mol.L-1
9,7
Concentração Ieal
F=
Concentração Real
0,01
F= =0,97
0,0103
Para descobrir a quantidade de Cálcio na água potável titulamos com EDTA a amostra de 50 ml
de água da torneira e encontramos os seguintes valores gastos na titulação: 2,0 ml e 1,8 ml,
tendo como média 1,9 ml. Assim:
M1 x V1 = M2 x V2
0,0103 x 1,9
M1 ¿ = 3,9 x 10−4 mol.L-1
50
Como a massa molar do cálcio é 40,1 g.L-1, então sua concentração comum é
C=M x PM
−4 −1
C=3,9 x 10 x 40,1=0,0157 g . L
Na determinação da dureza total obtivemos os seguintes volumes de titulação: 2,5 ml e 2,1 ml,
tendo como média 2,3 ml. Então temos como dureza total:
M1 x V1 = M2 x V2
0,0103 x 2,3
M1 ¿ =4,74 x 10−4 mol.L-1
50
−4 −1
C=4,74 x 10 x 40,1=0,0190 g . L
A dureza total é :
Durezamagnesica=47,42−39,18=8,24 mg de CaCO3 / L
A dureza na água para consumo humano é causada essencialmente pela presença de sais de
cálcio e magnésio, sendo considerada dura quando existem valores significativos destes sais e
macia quando contém pequenas quantidades.
Os níveis de dureza da água da EPAL situam-se entre 40 mg/L e 170 mg/L de carbonato de
cálcio (CaCO3), sendo o valor médio 80 mg/L. Nestas gamas a dureza da água não apresenta
risco para a saúde do consumidor.
De acordo com o cálculo da dureza total podemos concluir que a agua analisada é uma água
macia e está numa condição satisfatória neste aspecto.
VI. CONCLUSÃO
O experimento obteve êxito pois conseguimos encontrar com facilidade a concentração real
do EDTA sem nenhum imprevisto, através da sua titulação com a solução de cloreto de
cálcio em duplicata, além de determinarmos as quantidades de ions Ca 2+ e ions Mg2+ e assim
determinarmos a dureza da água. Ao analisarmos as quantidades podemos perceber que a
água, neste aspecto, está em boas condições para o consumo.
REFERÊNCIAS
HARRIS, D.C., Análise Química Quantitativa, 6ª Ed., LTC Editora, Rio de Janeiro, 2007.
SKOOG, D.A.; WEST, D.M.; HOLLER, F.J; STANLEY, R.C. Princípios de Química
Analítica, 1ª Ed., Thomson, São Paulo, 2006