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Antropologia funcionalista

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Em antropologia, funcionalismo é uma vertente que resulta da reação ao evolucionismo, que,


no início do século XX, era o paradigma dominante também nas ciências sociais. Os
funcionalistas buscaram explicar os fenômenos em termos das suas funções. Assim, cada fato
social seria determinado por uma ou várias funções, e cada elemento dacultura destinar-se-ia a
cumprir uma determinada tarefa — uma função — dentro de uma estrutura social mais
abrangente. [1] Influenciados por algumas ideias de Durkheim,Malinowski e Radcliffe-Brown são
geralmente considerados como fundadores da antropologia funcionalista - e da própria
antropologia social[1] [2] .
Vale destacar que o funcionalismo e funcional-estruturalismo na antropologia é distinto de teorias
homônimas na sociologia[3] .
Alan Barnard [4] diferencia o "funcionalismo em sentido estrito" e o "funcionalismo estrutural". Na
primeira vertente, a figura destacada é Malinowski, com discípulos comoRaymond Firth. Ao
funcionalismo estrutural pertencem Radcliffe-Brown e seguidores seus, como Evans-
Pritchard (nos primeiros trabalhos), Isaac Schapera, Meyer Fortes e outros, abordando
principalmente as estruturas sociais e os sistemas de relações sociais que mantêm uma
sociedade estável e integrada. Por outro lado, Malinowski concentra a sua atenção nas funções
sociais e psicológicas de vários fatos e processos culturais que são fundamentais para a
reprodução tanto da sociedade como dos indivíduos.[5] . Malinowski procura mostrar que a cada
tipo de civilização, a cada costume, a cada objeto material, a cada ideia ou crença, está
associada uma necessidade, uma tarefa indispensável no todo funcional.
A abordagem da antropologia funcionalista foi criticada por sua tentativa de assimilar as culturas
a organismos, enfatizando o equilíbrio e a estabilidade do todo, de modo que conflitos ou
mudanças eram consideradas como anomalias ou, segundo Durkheim, dianomias - no sentido
de fases a serem superadas mediante adaptações, de maneira a assegurar a volta ao equilíbrio
e à normalidade.[1]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia_funcionalista
Funcionalismo

O Funcionalismo (também chamado Análise Funcional) é uma linha de análise que


procura explicar aspectos da sociedade em termos de funções realizadas por
instituições e suas consequências para sociedade como um todo. É uma corrente
teórica centralmente fundamentada na obra do sociólogo Durkheim.
Durkheim forneceu as basses do desenvolvimento teórico dos funcionalistas na
antropologia, sobretudo aprofundando e desenvolvendo as novas análises
antropológicas baseadas as categorias/conceitos durkheimianos de função e
integração funcional.
Para esta corrente cada instituição exerce uma função específica na sociedade e seu
mau funcionamento significa um desregramento da própria sociedade, fazendo com
que os funcionalistas se atenham centralmente na
relação função ↔ consequenciacomo explicadora da dinâmica social. Tal tradição
desenvolve uma análise que originalmente tenta explicar as instituições sociais
como meios coletivos de satisfazer necessidades biológicas individuais, vindo mais
tarde a se concentrar nas maneiras como as instituições sociais satisfazem
necessidades sociais, especialmente a solidariedade social.
Foi uma das primeiras teorias antropológicas do século XX, até ser superado pela
análise Estrutural-funcionalista.
Estritamente vinculado ao trabalho de campo (embora não se reduza a uma técnica
de pesquisa) os funcionalistas ganham espaço tecendo pesadas críticas aos métodos
de investigação e interpretação dos evolucionistas e difusionistas, apontando novos
métodos de ordenação e interpretação das evidencias empíricas.
“A preocupação com a adequação das categorias à realidade estudada está
estreitamente associada ao empenho em reconhecer e preservar a especificidade.
Para os funcionalistas, os elementos culturais não podem ser manipulados e
compostos arbitrariamente porque fazem parte de sistemas definidos, própriosde
cada cultura e que cabe ao investigador descobrir. Essa noção se expressano
postulado da integração funcional, que assume importância fundamental emtoda
análise funcionalista. O conceito de função aparece como o elemento quepermite
reconstruir, a partir de dados aparentemente caóticos que se oferecemà observação
de um pesquisador de outra cultura, os sistemas que ordenam edão sentido aos
costumes nos quais se cristaliza o comportamento dos homens”
Fonte:
► MALINOWSKI, B. “Argonautas do Pacífico Ocidental” in Malinowski. Col. Os
Pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1978.
► http://pt.wikipedia.org/wiki/Funcionalismo_(ci%C3%AAncias_sociais)
► ERIKSEN, T. H.; NIELSEN, F.S. História da Antropologia. Petrópolis: Vozes,
2007.
Entende-se por antropologia (cuja origem etimológica deriva do grego άνθρωπος anthropos, (homem /
pessoa) e λόγος (logos - razão / pensamento) a reflexão do homem e de sua natureza. Desta forma, a
tarefa da Antropologia, é o questionamento acerca do homem, do lugar que o mesmo ocupa no universo e
de sua função como fazedor da história e criador de culturas.

“Não é possível fazer uma reflexão sobre o que é a educação sem refletir sobre o próprio homem. Por
isso, é preciso fazer um estudo filosófico-antropológico” (FREIRE, 1983). Desde os tempos mais remotos,
quando o homem se espantou com a natureza e com tudo o que nela existia, incluindo a si próprio, este
nunca mais deixou de ser estudado, admirado e ainda hoje incognoscível.

Quem primeiro se inclinou a estudar o homem foi Sócrates, filósofo grego do final do século V e IV a.C.,
que dizia “Conhece-te a ti mesmo”. “Enquanto as maneiras de ser ou de agir de certos homens forem
problema para outros homens, haverá lugar para uma reflexão sobre essas diferenças que, de forma
sempre renovada, continuará a ser o domínio da antropologia” (ALVES, 2006 apud STRAUSS, 2000). A
definição mais comum a se perpetuar por mais tempo foi a de que o homem é um animal racional,
defendida por muitos filósofos importantes de gerações passadas como: Descartes, Spinoza, Kant, Hegel e
outros. Mas muito já mudou, e hoje são muitas as definições que temos, baseadas em características do
homem. Como a de que este é um ser livre, segundo Sartre; para Gabriel Marcel, um ser problemático;
para Luckmann, um ser religioso.

Dentre as diversas culturas mundiais, há várias concepções sobre o homem. A seguir estão as três
principais visões sobre o homem:

- visão racional do homem: de acordo com essa visão, o que mais distingue o homem dos demais animais
é o fato de que ele é um ser racional. A razão é o orgulho e glória para o homem. O homem inteligente é
o homem virtuoso. Conhecer o que é certo é praticá-lo.

- visão religiosa do homem: para a tradição judeu-cristã o homem é compreendido, inicialmente, do


ponto de vista de sua origem divina. Ele é um ser criado por Deus a sua imagem e semelhança. O homem
se situa onde a natureza e o espírito se encontram. Sua consciência está sempre lhe lembrando que ele
deve e é capaz de produzir o bem, pois o bem é aquilo que tem valor para a pessoa. No islamismo, é a
orientação de Deus que dá ao homem coragem para enfrentar os problemas diários. O dever do homem é
observar as leis divinas e submeter-se à vontade do Deus único (Alá). Para o hinduísmo, o homem deve
apoderar-se da vida eterna que é indestrutível e imperecível. E para o budismo, a existência humana é
em termos uma migração para a outra vida.

- visão científica do homem: o homem é tido como a mais complexa forma de vida e pode ser entendido
pelas mesmas leis que governam todas as outras matérias.

Para Paulo Freire o homem é entendido como um ser que se faz, em suas relações no mundo, com o
mundo e com os outros, pelo trabalho livre, graças ao exercício de sua condição de ser criativo e curioso.
Possui alta potencialidade para se desenvolver enquanto vive em equilíbrio na sociedade.
http://jaimerobertothomaz.blogspot.com/2009/10/pensamento-antropologico.html

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antropologias e antropólogo/as
Escolas do pensamento antropológico (1920-1980): Antropologia Pós-Moderna.
Século XX – anos 80.

Preocupação com os recursos retóricos presentes no modelo textual das etnografias clássicas e contemporâneas. Politização
da relação observador-observado na pesquisa antropológica. Critica dos paradigmas teóricos e da “autoridade etnográfica” do
antropólogo.

Temas e Conceitos

Cultura como processo polissêmico. Etnografia como representação polifônica da polissemia cultural. Antropologia como
experimentação/arte da crítica cultural.

Alguns representantes e obras de referência:

James Clifford e Georges Marcus (“Writing culture – The poetics and politics of ethnography” – 1986).

George Marcus e Michel Fischer (“Anthropoly as cultural critique” – 1986).

Richard Price (“First time” – 1983).

Michel Taussig (“Xamanismo, colonialismo e o homem selvagem”- 1987).

James Clifford (“The predicament of culture” – 1988).

Escolas do pensamento antropológico (1920-1980): Antropologia Interpretativa


Período Século XX – anos 60/70.

Características:

Cultura como hierarquia de significados. Busca da “descrição densa”. Interpretação x Leis. Inspiração Hermenêutica.

Temas e Conceitos:

Interpretação antropológica: Leitura da leitura que os “nativos” fazem de sua própria cultura.

Principal representante e obras de referência:

Clifford Geertz -“A interpretação das culturas” (1973) e “Saber local” (1983).

Escolas do pensamento antropológico (1920-1980): Estruturalismo


PeríodoSéculo XX – anos 40.

Características:

Busca das regras estruturantes das culturas presentes na mente humana. Teoria do parentesco/Lógica do mito/Classificação
primitiva. Distinção Natureza x Cultura. Temas e ConceitosPrincípios de organização da mente humana: pares de oposição e
códigos binários.Reciprocidade

Principal representante e obras de referência:

Claude Lévi-Strauss:

“As estruturas elementares do parentesco” – 1949.


“Tristes Trópicos”- 1955.
“Pensamento selvagem” – 1962.
“Antropologia estrutural” – 1958
“Antropologia estrutural dois” – 1973
“O cru e o cozido” – 1964
“O homem nu” – 1971

Escolas do pensamento antropológico (1920-1980): Culturalismo


Período – Séc. XX – anos 30

Características

Método comparativo. Busca de leis no desenvolvimento das culturas. Relação entre cultura e personalidade.Temas e
ConceitosÊnfase na construção e identificação de padrões culturais (“patterns of culture”) ou estilos de cultura (“ethos”).
Alguns representantes e obras de referência

Ruth Benedict
Nascida Ruth Fulton, nasceu na cidade de Nova Iorque, em 6 de junho de 1887. Estudou no Vassar College, onde se formou
em 1909. Iniciou sua graduação na Universidade de Columbia, em 1919. Lá entrou em contato com Franz Boas, que a
orientou no doutorado. Em Padrões de Cultura (1934), a antropóloga mostra que cada cultura seleciona, dentro de uma
“grande gama das potencialidades humanas”, algumas poucas características aceitas como formas adequadas de conduta das
pessoas.

Gilberto Freyre (1900 – 1987)


Nascido em Recife, Gilberto foi um profundo conhecedor de diversas áreas de estudo, dedicou-se à interpretação da cultura
brasileira, do ângulo da antropologia, da sociologia, da história, foi também jornalista, romancista, poeta e pintor.

Aos dezoito anos de idade, foi estudar no Texas, na universidade de Baylor, formando-se bacharel em artes liberais. Estudou
depois na Universidade de Columbia, onde desenvolveu sua tese de mestrado: “Social life in Brazil in the middle of the 19th
century “. Lá conheceu Franz Boas, uma grande influência para ele.

Entre suas obras destacam-se:

Casa grande e senzala (1933) – Sobrados e mucambos (1936) – Ordem e progresso (1957).

Escolas do pensamento antropológico (1920-1980): Funcionalismo.


PeríodoSéculo XX – anos 20.

Características

Modelo de etnografia clássica (Monografia).Ênfase no trabalho de campo (Observação participante).Sistematização do


conhecimento acumulado sobre uma cultura.Temas e ConceitosCultura como totalidade.Interesse pelas Instituições e suas
Funções para a manutenção da totalidade cultural.Ênfase na Sincronia x Diacronia.
Alguns representantes e obras de referência:
Bronislaw Malinowski (“Argonautas do Pacífico Ocidental” -1922).
Radcliffe Brown (“Estrutura e função na sociedade primitiva” – 1952-; e “Sistemas Políticos Africanos de Parentesco e
Casamento”, org. c/ Daryll Forde – 1950).
Evans-Pritchard (“Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande” – 1937; “Os Nuer” – 1940).
Raymond Firth (“Nós, os Tikopia” – 1936; “Elementos de organização social – 1951).
Max Glukman (“Ordem e rebelião na África tribal”- 1963).
Victor Turner (“Ruptura e continuidade em uma sociedade africana”-1957; “O processo ritual”- 1969).
Edmund Leach – (“Sistemas políticos da Alta Birmânia” – 1954).

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