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MARANGUAPE - CE
2017
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ANTONIA NAYARA MARQUES CONDE
MARANGUAPE - CE
2017
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OS BENEFÍCIOS DA MÚSICA NAS ESCOLAS
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Banca Examinadora:
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Orientador
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Coordenador do Curso
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OS BENEFÍCIOS DA MÚSICA NAS ESCOLAS
RESUMO
ABSTRACT
This article pretends to present the user education for the development of
learning and consecutively the other benefits of musicality for children. The
qualitative and demonstrative research carried out in a private day care center
and along with the reports of a vocation colony held in a public educational
institution opens up to the questioning of how the teaching of music it is seen
by the children. This research had an intervention of the researcher, who
proposed sensitive listening activities, as well as other musical practices. As it
will be presented, music in the both public and private schools drives learning
and children’s enjoyment, music in human life is a tool of expression, some
people consider it a mere art, quite the contrary, music is not only technical, it
is the demonstration of human feelings, because it is intrinsic to intensify
musicality at schools.
Keywords: musicality, schools, music education.
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1.0 INTRODUÇÃO
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ser vista como um instrumento de aprendizado e que torna o ensino mais
flexível.
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O canto era bem comum nas civilizações, em escavações arqueológicas
foram identificados dois objetos semelhantes à flauta e a lira. Os indígenas
por fazerem seus ritos usavam instrumentos e o canto, na Bíblia no Antigo
testamento na fuga do povo hebreu pelo Mar Vermelho uma mulher de nome
Miriam se destaca por cantar para animar os cativos.
Em meio a Primeira Guerra Mundial, como o auxilio de diversos inventos
Marconi fez a estreia do rádio em todo o campo da Marselha, nos anos
cinquenta o impulso do poderio norte-americano influenciou a juventude a
conhecer um estilo rebelde que se contrariava ao clássico de Goethe e
Mozart, o Rock´nrollmodificou gerações.
Na década seguinte, os loucos anos 60 marcou a cultura conservadora
para sempre, os jovens ébrios pela a ideologia hippie anti-consumista com a
cabeça guiada pelas letras de Rolling Stones e Beatles, impuseram novas
vertentes musicais.
Nos anos 70, a década do ouro negro o mundo cultural se dividiu e os
anos 80 ficou um marco para as discotecas, a fita cassete, a música negra, do
soul ao rapper, os cantores populares, as mulheres, as grandes bandas de
pop rock, o heavy metal, enfim no presente momento pode se dizer que há
músicas para todos gostos e idades.
A indústria da música no Brasil até os anos 60 era apenas a cópia ou a
própria canção norte-americana, os Tropicalistas que surgiram nas gerações
posteriores cantaram o Brasil com era, não é atoa que muitos desses artistas
foram exilados.
No processo ditatorial a música era uma das estratégias de denúncia,
diante da globalização o Brasil é um país que abriga todos os estilos, no
carnaval tem samba, axé, forró, funk, em show de rock os músicos da MPB
participam, sertanejos são milionários, tem festival de jazz e blues, há eventos
musicais pra todos os gostos, de certo um país tão miscigenados não podia
ser diferente, o próprio Brasil emana sons e ritmos com naturalidade.
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impedir o crescimento do individuo, que deve está a salvo de maus tratos e
abusos, sua tarefa é apenas estudar para se tornar uma pessoa digna na
sociedade.
Mas, nem sempre foi assim, as crianças eram tratadas como réplicas
pequenas de adultos, os filhos dos pobres desde os cinco de idade
trabalhavam em atividades pesadas, no tempo da escravidão as meninas
eram violentadas ainda muito criança, era obrigada a trabalhar na casa das
sinhás.
O abandono e o descaso sempre marcaram a historicidade da infância,
simplesmente o fato de não haver métodos que impedissem a gravidez já era
um motivo de levar as mulheres a abandonarem seus rebentos, em séculos
que a igreja e suas convicções conservadoras imperavam o aborto e
abandono era uma realidade.
O abandono em grande escala não partia só de mulheres pobres, jovens
solteiras, na maioria das vezes senhoras casadas do hall society após se
envolverem em relações extraconjugais e moças de famílias nobres que
engravidavam antes de casarem cometiam abortos ou colocavam os recém-
nascidos nas portas de instituições religiosas.
Em muitos países só foi possível recontar a história da infância por haver
registros de batistério, documento esse que prova na igreja católica que o
individuo foi batizado. O maior historiador da infância foi Philippe Arièsele se
ateve em pesquisar da infância a família em sociedade, onde ele considerou
que:
Afirmei que essa sociedade via mal a criança, e pior ainda a
adolescência, a duração da infância era reduzida a seu período mais
frágil, enquanto o filhote do homem ainda não conseguia bastar-se; a
criança então, mal conseguia um desembaraço físico, era logo
misturada aos adultos e partilhava dos jogos. ARIES (1986. p, 10)
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amostras de adultos em forma precoce, mas Piaget ao por em tese seus
estudos baseado na coleta de dados descritivos feito ao ver suas filhas o
biólogo que questionou como se dava o aprender, também dividiu em fases o
desenvolvimento humano.
Como a educação sempre foi uma mercadoria nem sempre o direito ao
ensino foi um dever do Estado, nem toda criança frequentava uma escola, no
Brasil até a década de 80 ainda havia um grande índice de analfabetos,
surgiu a necessidade de aproveitar a infância como uma fase essencial para
construir uma base de conhecimento sólido.
Provindo da Europa, os jardins de infância idealizados por Froebel
consistiam na inserção das crianças há espaços de acolhimento onde à arte e
as demais ciências seriam introduzidas na mente infantil, como se fosse um
método de preparação para a vida adulta, só que de forma lúdica e agradável.
O olhar de Froebel também era indiscutível ele pensava na criança como
um momento que aclamava a alma e o homem não era homem se não
cultivasse a beleza de ser menino.Nos dias atuais existe uma vasta gama de
leis que cuidam da infância, o ser criança é visto como uma fase para brincar
e aprender, viver e adquirir bons hábitos.
O que afeta a fase infante não é mais o trabalho, mas os abusos são
constantes, a mídia enfeitiça com propagandas, o uso de bebidas alcoólicas e
a exploração sexual vitimiza e deturpa o conceito de infância, precocemente
as crianças têm tentado ser adultas.
Educar crianças no mundo contemporâneo tem sido uma tarefa árdua,
na escola os educadores querem a participação da família, a família em
muitos casos por não terem tempo para seus filhos consideram que a escola
que tem que educar e encaminhar para o trabalho e cidadania.
Desde que nasce o ser humano com o uso seus cinco sentidos busca
compreender e sentir o mundo a sua volta, audição é um dos sentidos que o
bebê de modo aguçado tem percepção dos barulhos que o cercam, o sono
ainda leva demonstra quão sensível é o aparelho auditivo, de modo particular,
o bebê pode ser despertado até por simples arrastar de chinelos.
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O universo da sonoridade é extenso, a noite em sua magnitude produz
uma diversidade de som, provando que não há um silêncio total, a criança
desde o primeiro contato com o ambiente na sua ânsia por adaptação usa
seus meios, a musicalidade no bebê parte da vontade de até mesmo de sentir
prazer, quando escutam uma música animada de modo brusco remexem o
corpo, aos poucos vão reproduzindo a canção.
Para o bebê o barulho de jogar a colher no chão pode ser repetida
infinitas vezes, já que, aquele som agrada seu ouvido, se bem observar, até
décimo oitavo mês de vida que reproduzem uma sequência sonora única, não
é atoa que o chocalho ou bater palma o faz também.
Atualmente as crianças que estão/são inseridas no infantil podem ser
usada o recurso musical como intuito de acalmar, na hora da acolhida, do
cochilo da tarde, no ensino, para amenizar muitas vezes o peso do ambiente,
por que ela tem o poder de influenciar e modificar o ouvinte.
Jeandot(1997, p.20) em sua percepção exprime que: ‘‘ É interessante
observar a grande influência que a música exerce na criança. ’’ A influência
musical depende do convívio social e do acesso a mídia, já o gosto musical
impulsiona o jeito de se vestir, de falar, os trajes e acessórios.
O ensino da música tem mais ênfase na educação infantil como bem se
apresenta na RCNEI em sua estrutura que ao explicitar os objetivos gerais da
educação infantil mediante seu currículo tem como importância a formação
pessoal e social e proporcionar conhecimento de mundo, intercalando entre:
movimento, música, artes visuais entre outros, Brasil (1998, p.85).
As escolas têm investido muito mais no ensino da música do que mesmo
em disciplinas das áreas exatas, todavia, o grande trunfo destas escolas não
é fazer uma fábrica de artistas, mas usar da música o prazer que ela produz
para ensinar e aprender.
O aprendizado através da música já foi provado tanto na área da
medicina mental como das demais ciências, ela motiva o aprender, uma
canção quando toca em todas as estações radiofônicas, nas redes sociais, na
TV se ver em inúmeras reportagens com o artista, claramente pode nem ser
boa, mas por tanto ouvir-se a pessoa aprende a cantar.
O aprender com música é muito mais fácil, isso por que o ritmo, o som e
a harmonia provoca sensação positiva, a mensagem chega ao cérebro mais
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rápido do que uma aula com aparelhos tecnológicos, na educação infantil
onde tudo começa e termina com música as crianças adquirem com facilidade
o domínio das letras, números e tantas outras coisas.
A canção de ninar que os pais usam para embalar os bebês pode até
ser vista como um método de iniciação musical, também como uma troca de
afeto, Beyeret al.(2009, p.22), fica evidente, também, canções de ninar,
modernas ou não, continuam sendo importantes nos laços do bebê com seus
pais, suas funções na constituição da criança como sujeito, e seu significado
para o desenvolvimento de sua criatividade, bem como na transmissão de
valores culturais.
Os benefícios da música não são visíveis somente na infância como na
vida humana, a musicoterapia para gestante e recém-nascido, crianças com
transtornos globais e outras deficiências são favorecidos e alcançam
diagnósticos de reverter problemas.
A educação infantil segundo os PCN da qualidade da educação infantil,
deve favorecer o desenvolvimento integral da criança de 0 a seis anos em
todos os aspectos, Brasil (2016, p.9), por isso é tão necessário a música, pois
ela é a linguagem da alma, ela diz muito sobre aquele que escuta, a música
representa também o mundo, a fase da vida, do momento, do meio social,
musicalizar as crianças significa preparar a audição para ter uma boa
aquisição e domínio da escuta sensível.
Deve-se aproveitar a atividade musical como uma ferramenta educativa,
pois o mercado da música conquista muito mais para o consumismo e a
erotização, mas se as crianças se educarem musicalmente podem criar uma
nova cultura.
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Nos programas do governo federal, como Mais cultura e o Novo Mais
Educação oferecem oficinas de canto e coral ou de fanfarra, muitas vezes os
monitores não dominam o ensino musical o que deixa defasagem, de modo
que não é bem aproveitado o ensino da música.
Para Nascimento (2011, p. 68), Debussy foi o precursor da idealização
de música moderna, também da defesa pelo o ensino da apreciação musical,
da compreensão de ritmos, tudo isso, partiu como o pós-romantismo
buscando mostrar o quão à musicalidade tem influência sobre as pessoas.
Nas férias de junho do ano de 2014, ao participar de uma colônia de
férias realizada pela a secretaria de educação do município de Maranguape,
foi possível compreender como o ensino da música pode transcorrer nas
instituições públicas.
A turma trabalhada neste período foi uma turma do infantil III, creche
essa situada em um bairro muito carente de assistência e as próprias crianças
eram humildes, talvez poucos tinham uma noção ou contato com algum
instrumento musical.
Ao planejar as atividades surgiam desafios principalmente em questão
de recursos, o uso do violão já tomou a atenção da maioria, com as canções
a euforia presente na turma já era contornada, principalmente após os
intervalos que as crianças retornavam com muita energia.
Crianças de três anos de idade já podem ser iniciadas a tocar algum
instrumento e já podem desenvolver o canto, como bem afirma Jeandot
(1997, P.63):
3 anos, a criança consegue reproduzir canções inteiras, embora
geralmente fora do tom. Tem menos inibição para cantar em grupo.
Reconhece várias melodias. Começa a fazer coincidir os tons simples
de seu canto com as músicas ouvidas. Tenta tocar instrumentos
musicais. Gosta de participar de grupos rítmicos: marcha, pula,
caminha, corre, seguindo o compasso da música.
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que gosta de MPB, todos mesmo sem ter o domínio sobre a apreciação
musical já tinha em si a noção de musicalidade.
Ao serem apresentados a flauta doce todos puderam ouvir sons
diferentes, ao terem este contato com o som da flauta eles se concentraram,
certamente se tivessem o manuseio diário com este instrumento, aprenderiam
rapidamente, essa idade já de fácil aprendizagem ainda mais com algo
prazeroso.
As crianças quando possuem este contato musical, crescem sabendo
apreciar os sons, a música proporciona além do aprimoramento da escuta
sensível, a valorização da cultura, o engrandecimento até mesmo do mercado
da música.
Geralmente as crianças criadas em condições mais precárias escutam
músicas de teor pejorativo, onde palavrões e preconceitos são bem colocados
em suas letras, é comum já se ver crianças pequenas dançando e cantando
essas músicas.
A escola pública já tem suas deficiências no ensino das disciplinas
comuns, mas se enganam ao negar importância ao ensino da música e
demais artes, muitas vezes quando o professor mesmo de uma disciplina
comum faz uma atividade onde inclui uma canção os alunos assimilam com
mais facilidade do que horas de aulas lendo e falando.
Não somente nas salas de educação infantil, mas como em qualquer
situação que haja a necessidade do ensino-aprendizagem a música é uma
atividade prazerosa, a mente humana costuma a se agradar daquilo que o faz
se sentir bem, as escolas precisam valorizar a musicalidade nem que seja de
modo extracurricular.
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artes marciais, escoteirismo as mais sofisticadas até na gastronomia, uma
das aulas extracurriculares é o da música, o mercado da educação musical é
bem requisitado em decorrência destas instituições.
Na creche em que a pesquisa foi realizada o ensino de música é da
escolha dos pais, ao fazer uma atividade com a turma de infantil III a primeira
coisa a ser observado é o encantamento pela a novidade os faz atentos, o
universo de sons ainda está se fazendo nos pequenos, não somente o som
de uma música ou instrumento, mas do próprio ambiente já os motiva a
querer descobrir, a tentar experimentar seja o canto ou mesmo o simples
ouvir.
Na educação infantil já é comum o uso das músicas na hora da acolhida,
para findar a aula, simplesmente ser um professor de educação infantil tem
que saber usar a música como forma de influenciar as crianças a realizarem
as atividades da rotina de sala.
Pestallozzi apud Michel Söetard (2010, p.95), em seus escritos chegou a
considerar que a música tinha sido uma grande ferramenta de ensino, mas
também a linguagem da alma:
O mais importante que vemos na música está na influência real e
altamente benfeitora que exerce nos sentimentos. Predispõe a alma
para as mais nobres impressões e a sintoniza com elas, por assim
dizer. A deliciosa harmonia de uma composição sublime ou a graça
da interpretação de uma obra musical, podem proporcionar, a quem
sabe apreciá-la, uma autêntica satisfação; mas é o simples e natural
encanto da melodia que fala ao coração de todo o ser humano.
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Quando restabelecido a conversação as crianças compartilharam em
grupo o que puderam ouvir, o barulho das outras salas, carros na rua, um
cachorro que latia ao longe, aos poucos eles foram compreendendo que o
próprio som vinha do ambiente.
John Cage (1952) apud Frenda (2013, p.107) um grande contemporâneo
da música ao produzir uma música conceitual, onde o som era a letra e
canção, concluiu que o silêncio também produz seu próprio som, chegando
aideia de que, não há nada mesmo, pois os sons ocupam todos os espaços
existentes.
A música serve como instrumento de expressão e um jogo simbólico,
para as crianças quando se canta a música do lanchinho, elas já sabem
mecanicamente que é a hora de irem lanchar, mas também que devem comer
por que ficarão fortes e grandes, por que na música se diz isso.
Na experiência na escola privada, uma intervenção foi proposta com a
professora, já que, no livro das crianças havia uma atividade com a música de
domínio público A loja do mestre André, primeiramente todos cantaram juntos,
depois ao longo da canção ao falar em cada instrumento as crianças
identificavam e pintavam a figura correta.
Todos sentiram a vontade de também saberem manusear aquele
instrumento, além de lúdica a aula com musical ou propriamente de educação
musical consegue como mais facilidade a atenção das crianças, instigam, a
saber, ouvir e gradativamente conseguem usar suas energias.
Na escola particular os aparatos proporcionam um trabalho melhor, mas
tudo isso se deve a organização, pois tanto a criança da pública como da
particular possuem o mesmo encantamento pela a novidade e a música
sempre o bem a quem gosta.
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ouvir um professor falar, depois teste para ver se conseguiu o assimilar o que
foi dito.
Ao comparar a colônia de férias da creche pública de um centro de
educação infantil situada em Maranguape e de uma creche, em Maracanaú.
Foram realizadas atividades musicais de apreciação e conceituação sonora
com as crianças de Infantil III, fase esta que compreende o período pré-
operatório.
A educação musical ou mesmo o uso de músicas nas creches e pré-
escolas são práticas indispensável no processo de ensino-aprendizagem,
sendo que, enquanto mais ludicidade maior a qualidade do aprender.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010,
p.25):Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o
progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão;
gestual, verbal, plásticas, dramáticas e musical.
Na colônia de férias da escola pública ficou perceptivo que para as
crianças o universo da música era algo inédito, não que é eles não tenham
musicalidade, todavia não possuem o aprimoramento da escuta sensível, os
alunos da creche privada tinham mais concentração, ao questionar isso é
viável comparar os fatores negativos e positivos na coleta de dados.
Os fatores positivos presente nas duas creches foram às atividades
realizadas, o trabalho de apreciação musical iniciada com escutar os sons do
ambiente fizeram com que de início a concentração fosse alcançada com
facilidade, o novo já o instigou para que ouvissem.
Na creche pública tudo era novo, o próprio projeto de colônia de férias
era algo ainda não experimentado pelas as crianças atendidas na instituição,
uma comunidade carente, consequentemente a falta de recursos foi sentido
com veemência.
Na creche privada, o livro já havia uma atividade que auxiliasse a própria
pesquisa, na entidade pública tinha que se fazer adaptações de tudo para que
as atividades fossem feitas, como muitos programas do governo possuem
uma ótima parte teórica, mas a realidade é bem distante.
As carências de recursos impossibilitam o trabalho qualitativo, em muitas
escolas não tem espaço para se fazer as oficinas ou misturam diferentes
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aulas em um mesmo espaço, as escolas particulares planejam melhor suas
aulas, principalmente adaptam os espaços físicos e materiais.
A realidade das práticas pedagógicas nas duas instituições são distintas,
mas isso não interfere na aprendizagem, se o educador musical planejar com
clareza ele pode alcançar seus objetivos e assim ter resultados consideráveis,
logo que, a música naturalmente consegue atrair as crianças.
A partir da pesquisa se observa que a música é de interesse de qualquer
criança, com os alunos do Infantil III, apesar de ser uma fase de agitação o
ensino da música consegue atrair e acalmá-los, os efeitos das atividades
concretizadas ao longo das experiências foram bem executados,
simplesmente por que de modo automático se sentiram cativados.
Os benefícios impetrados através das práticas vistas ultrapassaram os
objetivos estipulados no planejamento, cujo, buscava provar o quanto o
ensino da música pode melhorar o ensino-aprendizagem e consecutivamente
os educandos.
Na escola particular houve um auxílio maior de outros artifícios didáticos,
de certo, ao comparar a creche pública, tudo ocorreu em um projeto onde o
improviso prevaleceu comparar as instituições é um assunto que chega a ser
clichê, pois, são realidades distintas, contudo, infância é um momento
indescritível a qualquer condicionamento social.
A música é uma arte universal, assim como a infância é um momento de
descoberta, sabe-se que as discussões em torno do currículo escolar é
imensa, são muitas disciplinas que querem incluir, mas o ensino da música
pode ser pensada pelo menos no currículo da educação infantil.
4.0 METODOLOGIA
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Ao longo da pesquisa ficou claro que há muitos desafios para a
implantação da educação musical no sistema de ensino brasileiro,
principalmente na rede pública, a carência de profissional qualificados e
recursos impossibilitam tais práticas, na parte teórica que guiou as práticas
realizadas na intervenção JEANDOT (1997), BEYER et al (2009) foram
essenciais na defesa do universo musical e na escuta sensível.
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ser um antídoto contra a indisciplina até mesmo nos anos finais e médios,os
profissionais também precisam ser capacitados para elevar a musicalidade,
não sendo preciso que este seja formado na área, porém que tenha
disponibilidade para mostrar a qualidade dos sons.
Fica claro que, a música é um antídoto para o corpo e para alma,
independente da fase da vida, por isso é necessário se trabalhar elas nos
espaços de ensino, uma terapia, também uma forma de controlar a
indisciplina os benefícios são incontáveis, a adesão de projetos que envolvam
a arte pode transformar tanto a escola pública ou particular.
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NASCIMENTO, João Paulo Costa do. Abordagens do pós-moderno em
música e o saber musical contemporâneo- São Paulo: Cultura Acadêmica,
2011.
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