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I) Introdução
Para atingir tais intuitos, emprega uma praxis analítica que conjuga a
explicitação teórica da aplicabilidade da técnica à apresentação de um exemplo
empírico, baseado no “Estudo Sobre as Condições de Vida e Atendimento a Crianças e
Adolescentes da XRA – Ramos”, que, com o apoio da FAPERJ, vem sendo
desenvolvido pelos autores deste trabalho no Departamento de Ciências Sociais da
Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz.
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Trabalho apresentado no XIII Encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, realizado
em Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil de 4 a 8 de novembro de 2002.
objetivos e, não raras vezes, a própria concepção metodológica de seus estudos.
Investem, sistematicamente, na constante melhoria e aprimoramento das condições de
aplicabilidade das técnicas (ambientais, de recursos, financeiras e de expertise) visando
atingir de forma mais adequada suas demandas e expectativas por respostas e
conhecimento.
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de captar os anseios dos consumidores, definindo padrões a serem seguidos pelas
empresas em seus futuros lançamentos.
Os resultados foram de tal forma positivos que a técnica recebeu novo alento
no campo das ciências sociais, inicialmente pelo viés político, com sua utilização no
mapeamento e na elaboração do perfil dos eleitores, influenciando diretamente na
definição das diretrizes e ações de partidos e candidatos. Trilhando esse percurso,
espraiou-se pelos diversos segmentos da pesquisa social, suscitando novas situações
que, ainda inconclusas, precisam ser amplamente discutidas pelos profissionais da área,
sob o risco de assistir-se a um transplante cuja incompatibilidade estrutural – a
contradição mercado x sociedade civil, consumidor x cidadão, mercadoria x ser humano
– só é percebida próxima da irreversibilidade, causando inúmeras e graves seqüelas.
Esta relação entre métodos e técnicas não deve gerar desleixo nos
pesquisadores, nem o sentimento de que a técnica e o seu uso dispensam um estudo
meticuloso, podendo ser aplicada por qualquer membro da equipe com um mínimo de
conhecimento ou experiência. Atitudes como essas possuem raízes teórico-práticas mais
profundas, amparadas na falsa consciência acerca da existência de uma clivagem entre a
formulação teórica e o trabalho de campo, que instaura, via de regra, a depreciação
deste, delegando a responsabilidade por sua execução - e, por conseguinte, a da
aplicação da técnica – aos menos preparados.
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A parte do texto sobre “A Aplicação da Técnica de Grupos Focais em Pesquisa
Social” constitui-se de minuciosa apresentação das peculiaridades e das características
da referida técnica. Construída passo a passo, através de um enredo de perguntas e
respostas, não se atém apenas às condições ideais de aplicabilidade, extrapolando-as e
ponderando-as diante das dificuldades de recursos e orçamento enfrentadas pelos
estudiosos do campo social.
Definição
Segundo Rodrigues (1988), Grupo Focal (GF) é “uma forma rápida, fácil e
prática de pôr-se em contato com a população que se deseja investigar”; Gomes e
Barbosa (1999) acrescentam que “o grupo focal é um grupo de discussão informal e de
tamanho reduzido, com o propósito de obter informações de caráter qualitativo em
profundidade”; por sua vez, Krueger (1996) descreve-o como “pessoas reunidas em
uma série de grupos que possuem determinadas características e que produzem dados
qualitativos sobre uma discussão focalizada”.
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ilustração categorias utilizadas para referir-se aos participantes do GF – “população”,
“público-alvo” e mesmo “pessoas”: quando os setores de mercado as empregam,
direcionam seu enfoque para o aspecto “consumidor” de cada um, enquanto na pesquisa
social a dimensão da existência humana enfatizada é a do “cidadão”, do “sujeito social”.
Além disso, conforme destaca Westphal:
“a função do grupo focal para os cientistas sociais e para os pesquisadores
do mercado é diferente. Os primeiros pretendem observar o processo através
do qual participantes especialmente selecionados respondem às questões da
pesquisa para que, posteriormente, possam os dados serem teoricamente
interpretados. A pesquisa de mercado busca propostas imediatas e custos
reduzidos. Através do trabalho com grupo procura-se apreender a
psicodinâmica das motivações, para imediata obtenção de lucro” (pg 91)
Sob este contexto, definiremos Grupo Focal como “uma técnica de Pesquisa
na qual o Pesquisador reúne, num mesmo local e durante um certo período, uma
determinada quantidade de pessoas que fazem parte do público-alvo de suas
investigações, tendo como objetivo coletar, a partir do diálogo e do debate com e entre
eles, informações acerca de um tema específico”.
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A “fala” que é trabalhada nos GF não é meramente descritiva ou expositiva; ela
é uma “fala em debate”, pois todos os pontos de vista expressos devem ser discutidos
pelos participantes. Se o pesquisador deseja conhecer as concepções de um participante
sem a interferência dos outros, a técnica de Grupos Focais não é a mais adequada.
Ainda sobre esse assunto, o Pesquisador não deve esquecer-se de que, por ser
uma técnica que visa a coleta de dados qualitativos, o número de Grupos Focais a ser
realizado não é rigidamente determinados por fórmulas matemáticas, mas pelo
esgotamento dos temas, não se prendendo, portanto, a relações de amostragem.
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Sinteticamente, e considerando as ponderações apresentadas, as situações
propícias para a aplicação da técnica de GF são aquelas nas quais os objetivos da
Pesquisa, para serem atingidos, requisitam o levantamento, através de debate, das
impressões, visões e concepções de mundo de seu público-alvo. Definidos os casos, a
tendência – quase imediata – do Pesquisador é procurar saber se lhe é possível aplicar a
técnica sozinho ou se necessitará de outros profissionais para fazê-lo. Tal ímpeto inicial
deve ser momentaneamente refreado, pois é mais importante que ele conheça e
compreenda previamente as funções exercidas durante os Grupos Focais, para depois
concluir sobre a composição da Equipe de Pesquisa.
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funções - mas sim um rol de posturas, idéias e pontos de vistas que
subsidiarão as análises posteriores.
Observador: Função que tem como objetivo analisar e avaliar o processo de condução
do Grupo Focal, atendo-se aos participantes isoladamente e em suas
relações com o Mediador, Relator e Operador de Gravação. Suas
anotações devem ter como meta a constante melhoria da qualidade do
trabalho e a superação dos problemas e dificuldades enfrentados,
adotando como ponto de partida (a) se cada participante sentiu-se à
vontade diante dos profissionais; (b) se houve integração entre os
participantes; (c) se eles compreenderam corretamente o intuito da
pesquisa e (d) a forma como as funções de Mediador, Relator e Operador
de Gravação foram exercidas.
Digitador: Assim como a anterior, essa função tem, em vários casos, seu valor
erroneamente minorado. Sua atribuição é a de transpor todos os dados,
manuscritos ou não, sistematizados, codificados ou gravados para um
programa de computador, utilizando o software mais apropriado e que
forneça o resultado desejado.
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Quantos pesquisadores são necessários para o desempenho destas funções?
Apesar desta discrepância, parece lógico também que, no campo social, haja
uma equipe com componentes suficientes para exercer cada uma das funções.
Infelizmente, para grande parte dos pesquisadores brasileiros, sobretudo para os
estudantes de pós-graduação, trágica e criativamente acostumados a conviver com a
escassez e a precariedade de recursos, este não passa de um tipo ideal de GF. Como a
superação das dificuldades internas é tônica da área, os exemplos e evidências
demonstram que uma equipe composta por 2 (dois) pesquisadores, atuando com
aplicação, severa disciplina e tempo disponível, pode aplicar a técnica e com ela obter
consideráveis êxitos.
Para isso, é preciso que, no macro-momento (1), aquele que exercerá a função
de Relator absorva também as de Observador e Operador de Gravação, permitindo que
o outro pesquisador trabalhe apenas como Mediador. Já no macro-momento (2), as
funções de Transcritor e Digitador podem ser divididas de forma igualitária.
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análise crítica, disponibilidade, conhecimento dos trâmites da pesquisa e das temáticas
em debate.
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direcionadas e nenhum tema deixe de ser mencionado, servindo, pois, como meio de
orientação e auxiliar de memória.
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evitará que o Mediador recorra explicitamente à folha de papel, o que pode
comprometer a imagem de descontração e segurança que deverá transmitir. As diretivas
deverão ocupar o espaço imediatamente abaixo das questões a que dizem respeito. É
aconselhável também que seja destinado um espaço ao lado de cada uma - geralmente
dois parênteses “( )” – para que o mediador assinale as que já foram abordadas.
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Com menos de quatro participantes, a tendência é a de que o número e a
diversidade de idéias e concepções fiquem bastante reduzidos, influenciando
diretamente o aprofundamento das questões e diretivas propostas. Por sua vez, um
grupo composto por mais de doze pessoas poderá acarretar a fragmentação das
discussões, pois será muito difícil permitir que todos os integrantes exponham de
maneira apropriada suas idéias, o que ocasionaria a dispersão e formação de conversas
paralelas entre os que não puderem manifestar-se, além de gerar dificuldades para o
processo de gravação dos debates.
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do critério da inevitabilidade. Há pesquisas nas quais aquele que exerce o papel de
mediador convive ou já conviveu de alguma forma com a população-alvo estudada,
sendo impossível que ele não conheça um ou mais participantes do Grupo Focal. Nestes
casos, deverá aplicar-se a técnica, com a ressalva de que o Mediador deverá tomar ainda
mais cuidados que os de praxe a fim de não constranger ninguém.
Por outro lado, há estudos nos quais o Mediador relaciona-se com um reduzido
número de componentes da população-alvo, sendo perfeitamente possível compor os
Grupos Focais sem a presença deles, opção que deve ser seguida.
Com relação aos grupos heterogêneos (pessoas que nunca se viram antes,
indivíduos de níveis sociais diferentes) há que se constatar que são, de fato, mais
difíceis de entrosar-se, cabendo ao mediador o papel de criar um ambiente propício ao
debate. No entanto, se bem explorados, esses grupos podem gerar relatos e discussões
menos contidas e com grande riqueza de informações.
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As equipes que trabalham com pesquisa de mercado geralmente dispõem de
salas adaptadas para a realização de grupos focais. Entre outras comodidades, estes
locais possuem refrigeração, equipamento de gravação (de áudio e vídeo) e são
divididos por uma “parede espelhada” para que os interessados pela implementação da
técnica assistam às sessões sem que tenham contato direto com os participantes.
Por sua vez, o pesquisador social é muitas vezes forçado a improvisar os locais
onde serão aplicadas as técnicas de pesquisa, principalmente quando seu público-alvo é
composto por detentos, internos de instituições, possuem dificuldades de locomoção,
fazem parte de uma comunidade de difícil acesso... Nesses casos, é necessário um bom
diálogo do pesquisador com os responsáveis pelas instituições, líderes comunitários e
com os próprios sujeitos da investigação, a fim de lograr um espaço com as mínimas
condições para o bom desenvolvimento dos grupos focais.
Além disso, a Equipe de pesquisa deve tomar providência para que o local
escolhido tenha assentos organizados em forma circular, de maneira que os participantes
fiquem voltados uns para os outros, o que facilitará o debate. Ao Operador de Gravação
cabe garantir a coleta de dados, buscar o local mais apropriado para situar o gravador,
realizando testes antes do início da sessão para ter certeza que seu equipamento está
funcionando plenamente. Por sua vez, o Relator deve estar certo de que possui material
suficiente para anotar todos as nuanças do debate.
Assim que todos estiverem acomodados, o Mediador deverá realizar uma breve
“Introdução”, na qual irá (a) apresentar a equipe de pesquisa presente; (b) esclarecer os
objetivos do estudo e do grupo focal; (c) consultar os participantes sobre a gravação das
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discussões, lembrando que as fitas não serão divulgadas e servirão apenas para facilitar
a análise das informações com o conhecimento e autorização dos participantes (d)
destacar a importância da participação de todos nos debates; (e) explicar o que será feito
dos dados após o fechamento de todos os grupos; e (f) convidar os participantes a
apresentarem-se rapidamente. Tal procedimento deverá fazer que eles sintam-se
confiantes e privilegiados por estarem tomando parte do processo de pesquisa e, com
isso, engajarem-se com afinco nas discussões.
A transição de uma questão-chave para outra deverá ser a mais sutil possível,
procurando sempre seguir o rumo natural das discussões. É normal que no decurso de
determinados grupos o Moderador altere a seqüência das questão previstas no “Roteiro
de Debate”, de acordo com o teor das falas dos participantes. Se, por exemplo, uma
diretiva prevista para a última questão-chave for abordada na primeira, o mediador
deverá incorporá-la ao debate, evitando, contudo, que a discussão seja desviada da
questão central.
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Deste modo, volta-se a salientar que o mais importante para o sucesso da
sessão é o domínio, por parte do Mediador, dos temas enfocados e do Roteiro. Um
Mediador inábil, mesmo abordando em seqüência todas as questões previstas, poderá
transformar o grupo focal em uma grande “entrevista em grupo”, dificultando o debate,
o que não condiz com os objetivos que definiram a opção dos pesquisadores pela
aplicação da técnica.
Sob esta perspectiva, Buss (2000) assinala a estreita ligação entre as ‘políticas
públicas saudáveis’ – aquelas que são elaboradas e pactuadas em fóruns participativos,
expressivos da diversidade de interesses e necessidades sociais – e as condições de vida
da população. Por sua vez, Cruz Neto, Moreira e Sucena (2001), estudando o
envolvimento de jovens cariocas com o tráfico de drogas, demonstram como, no
transcorrer do século XX, determinadas políticas públicas interferiram em suas
condições de vida, depreciando-as de tal forma, que os traficantes as vêm utilizando
como um dos sustentáculos socioeconômicos de sua lucrativa e ilícita atividade.
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constitui-se em uma pesquisa multidisciplinar, que centraliza seu objeto de investigação
nas crianças e adolescentes que habitam quatro bairros da zona norte do município do
Rio de Janeiro, que, juntos, conformam sua décima Região Administrativa:
Manguinhos, Ramos, Bonsucesso e Olaria.
Contando com uma população de 293.059 pessoas, das quais 35,4% tinham
entre 0 e 19 anos, esses bairros apresentam uma série de questões e problemas
socioeconômicos que, dialeticamente, revelam e interferem drasticamente nas condições
de vida do segmento infanto-juvenil. Dentre eles, devem ser ressaltados a baixa renda
dos chefes de domicílio, o elevado número de favelas e loteamentos irregulares, as altas
taxas de morbimortalidade por causas externas, a escassez de opções de lazer, a forte
presença do tráfico de drogas e a incapacidade de a rede pública de ensino e saúde
atender plenamente à demanda por seus serviços (Moreira, 2000).
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adequada, ou seja, que não se pretenda obter dados que não sejam condizentes com as
características intrínsecas de cada uma.
OEa OEb
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temática e participam da investigação desde o início do processo, as funções típicas do
Macro-momento (1) são distribuídas da seguinte maneira: cabe ao “P1” desempenhar
as de Relator e Operador de Gravação, ao “P2” a de Observador e ao “P3” a de
Mediador.
Apesar desta não ser uma distribuição rígida - a proposta é que, no decorrer do
Estudo, haja revezamento de funções entre os Pesquisadores -, a escolha inicial foi
criteriosamente balizada pelas características de cada um, num árduo exercício de
trabalho conjunto, que envolve o abandono de idiossincrasias e a consciência de que o
trabalho em equipe não pode ser subjugado por aspirações individuais.
Assim, P3 foi considerado pela Equipe como o mais indicado para ser o
“Mediador”, pois é o mais experiente de todos, possui maior conhecimento da temática
e conta ainda com a habilidade de conduzir os debates; P2 recebeu a atribuição de ser o
“Observador”, devido a sua intimidade com a técnica de observação e à capacidade de
análise crítica; P1 foi incumbido da relatoria e da gravação por ter maior capacidade de
anotar e nominar as idéias e falas, sem desviar a atenção dos debates ou deixar escapar
algum tema aventado.
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Os seis participantes devem debater 3 (três) Questões-chave, vinculadas ao
“OEa”, num período de uma hora, o que resulta em cerca de 20 minutos para a
discussão de cada uma. O quadro da página seguinte ilustra um “Roteiro de Debate”, no
qual as Questões-chave estão destacadas em negrito e as setas representam suas
diretivas. Perceba-se que a última diretiva da primeira questão (“Relação com a
Educação”) aparece inicialmente como tópico de aprofundamento, para depois ganhar
autonomia e transformar-se na terceira questão-chave (“Para o adolescente qual a
relação entre estudo e condições de vida?”), possuindo suas próprias diretivas. Este
procedimento tem como objetivo evitar que o debate seja extremamente generalizante
ou que as falas tenham sido elaboradas para agradar (ou desagradar) ao Mediador.
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O Grupo Focal seria, então, realizado na própria escola, após o término das
aulas, em uma sala especialmente disponibilizada para isso, pois os adolescentes já
estariam no estabelecimento, o que exigiria o deslocamento apenas dos Pesquisadores e
aproveitaria o intervalo entre as turmas matutinas e vespertinas, horário notadamente
mais calmo.
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sendo que aquela que, em determinada situação, apresentar o melhor average é
considerada como a ideal.
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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Este documento visa solicitar sua participação e, se for o caso, de seu responsável, na
Pesquisa _____________, que tem como objetivo ________________.
Por intermédio deste Termo são-lhes garantidos os seguintes direitos: (1) solicitar, a
qualquer tempo, maiores esclarecimentos sobre esta Pesquisa; (2) sigilo absoluto sobre nomes,
apelidos, datas de nascimento, local de trabalho, bem como quaisquer outras informações que
possam levar à identificação pessoal; (3) ampla possibilidade de negar-se a responder a
quaisquer questões ou a fornecer informações que julguem prejudiciais à sua integridade física,
moral e social; (4) opção de solicitar que determinadas falas e/ou declarações não sejam
incluídas em nenhum documento oficial, o que será prontamente atendido; (5) desistir, a
qualquer tempo, de participar da Pesquisa.
“Declaro estar ciente das informações constantes neste ‘Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido’, e entender que serei resguardado pelo sigilo absoluto de meus
dados pessoais e de minha participação na Pesquisa. Poderei pedir, a qualquer
tempo, esclarecimentos sobre esta Pesquisa; recusar a dar informações que julgue
prejudiciais a minha pessoa, solicitar a não inclusão em documentos de quaisquer
informações que já tenha fornecido e desistir, a qualquer momento, de participar da
Pesquisa. Fico ciente também de que uma cópia deste termo permanecerá
arquivada com o Pesquisador do Departamento de Ciências Sociais da Escola
Nacional de Saúde Pública responsável por esta Pesquisa.”
Rio de Janeiro, ____ de _____________________ de 200__
Participante:_______________________
Endereço:_________________________
Como responsável pelo(a) adolescente _____________, declaro o meu consentimento para sua
participação nesta Pesquisa.
Responsável:______________________
Endereço: ________________________
Assinatura do Pesquisador
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cujo acesso será permitido apenas ao Pesquisador responsável e à sua equipe. Os dados
e informações só devem ser utilizados no âmbito da Pesquisa e divulgados, com o
consentimento dos participantes, através de seus relatórios oficiais ou de artigos e
publicações científicas assinadas pelos Pesquisadores envolvidos, que visem,
exclusivamente, contribuir para o debate científico e o enfrentamento das questões
investigadas.
Bibliografia
Cruz Neto O, Moreira MR e Sucena LFM 2001. Nem Soldados Nem Inocentes.
Juventude e Tráfico de Drogas no Rio de Janeiro. Ed. FIOCRUZ. Rio de
Janeiro. No Prelo
Dawson S, Manderson L e Tallo VL 1993. A manual for the use of focus groups.
Methods for Social Research in Disease. Boston. World Health Organization.
Krueger RA, 1996. Focus Groups: A Practical Guide for Applied Research. London:
Sage Publications.
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Rodrigues AR, 1988. Pontuações Sobre a Investigação Mediante Grupos Focais.
Seminário COPEADI – Comissão Permanente de Avaliação e Desenvolvimento
Institucional.
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