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APOSTILA

FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO

Prof. Maria Clodomira Sales Viga

2017

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A Sociedade Humana e o Mundo das Organizações

A sociedade humana é feita de organizações que fornecem os meios para o


atendimento das necessidades das pessoas. Serviços de saúde, água e
energia, segurança pública, controle de poluição, alimentação, diversão,
educação, bancos, supermercados, em todos os níveis- praticamente tudo
depende de organizações. As organizações também fornecem os meios de
subsistência para muitas pessoas. Salários, abonos, lucros distribuídos e
outras formas de remuneração são fornecidos as pessoas, em retribuição por
seu trabalho ou seu investimento. São esses rendimentos do trabalho e
investimentos que permitem às pessoas adquirir os bens e serviços que
necessitam.
A Administração constitui uma importante atividade em nossa sociedade
pluralista que se baseia no esforço cooperativo do homem por meio das
organizações. O desempenho, das organizações, é importante para clientes e
usuários, funcionários, acionistas, fornecedores e para a comunidade em geral.
Para atender a todas essas expectativas, as organizações precisam ser bem
administradas. É a administração que faz organizações serem capazes de
utilizar corretamente seus recursos e atingir seus objetivos.
A Administração na sociedade moderna tornou-se vital e indispensável. Em
uma sociedade de organizações, na qual a complexidade e a interdependência
das organizações constituem o aspecto crucial, a Administração avulta como
fator chave para a melhoria da qualidade de vida e para solução dos problemas
mais complexos que afligem a humanidade hoje. Novas formas e modelos de
organização são necessários, bem como uma nova mentalidade dos
administradores será imprescindível para os novos tempos.

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1. CONCEITOS

Apalavra Administração é usada frequentemente em nosso cotidiano e usamos


com bastante naturalidade, o mesmo acontece com a palavra administradores,
gerentes, eficiência, eficácia. Agora, vamos definir e entender o significado da
palavra Administração.

Significado da palavra administração

A palavra administração vem do latim

AD- tendência para, sob;

MINISTER- subordinação, obediência.

Então Administração etimologicamente significa direção ou tendência á


subordinação ou obediência, portanto significa alguém que realiza uma função
abaixo do comando de outro, ou alguém que presta um serviço ao outro

CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO NA VISÃO DE ALGUNS ESTUDIOSOS:

Encontramos as mais variadas definições de administração.

Administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho


dos membros da organização e utilizar todos os recursos organizacionais
disponíveis para alcançar objetivos organizacionais definidos.

Mary Parker Follet a chamou de “a arte de se conseguir que as pessoas façam


as coisas”.

Na concepção de Idalberto Chiavenatto encontramos a administração definida


como “a condução racional das atividades de uma organização, seja ela
lucrativa ou não”.
Já Henry Fayol define administrar como a atividade de prever, organizar,
comandar, coordenar e controlar o trabalho dos membros da organização e
utilizar todos os recursos organizacionais disponíveis para alcançar.

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Nas palavras de Maximiano (1995, p. 60) administrar “é o processo que tem
como finalidade garantir a eficiência e eficácia de um sistema”.
A visão das teorias comportamentais definia a administração como sendo
“alcançar objetivos através e com as pessoas”. Essa definição comportamental
é a mais abrangente, pois engloba as demais. São as pessoas que constituem
as organizações e quando falamos em condução racional estamos falando em
conduzir pessoas de forma racional. Estas pessoas irão operacionalizar os
ativos, as máquinas, os equipamentos, elas irão lidar com os clientes e demais
elementos do sistema maior no qual se insere a empresa. Não esquecendo
que são as pessoas que detém o conhecimento, e que fazem as ações, fazem
com que as coisas aconteçam.

A Administração envolve a articulação e aplicação de vários conjuntos de


recursos e competências organizacionais. É um processo abrangente que
envolve e aplica uma variedade de recursos: humanos, financeiros, materiais,
tecnológico, e informação.

ADMISTRAÇÃO: ARTE, CIÊNCIA OU PROFISSÃO?

Tomando a Administração como uma arte, vemos que para exercê-la a pessoa
deve ter uma habilidade artística- a visão do artista, o domínio da técnica e o
êxito na comunicação.
A Administração tem os seus aspectos exatos, repetitivos e perfeitamente
quantificáveis, tomemos o exemplo de gestão de estoque, a quantidade de
produtos estocados é exata, perfeitamente mensurável e suas entradas e
saídas também o são. O mesmo se dá no caixa de um banco, o seu
fechamento é e será obrigatoriamente exato, se tratando então por um ramo do
conhecimento humano, um misto de arte e ciência. As comprovações
científicas que serão estudadas posteriormente quando falarmos em teorias
administrativas irá mostrar a dimensão desse aspecto.

A Administração é uma ciência que estuda os principais problemas da


empresa, visando melhorar o desempenho através de técnicas de
planejamento, organização, direção e controle.

Por que estudar Administração?


● Interesse em melhorar o modo como as organizações são administradas
(interação entre todos os recursos dentro das organizações).
●Evitar o desperdício de tempo na realização das operações (Ex.: Alfândegas,
Setor Público).
● Perdas financeiras (ações, investimentos de curto e longo prazo).
●Falências (declínio).
●Administradores utilizam teorias administrativas para auxiliá-los no processo
de tomada de decisão, baseadas no Planejamento, Organização, Controle,
Comando e Coordenação.
● Teoria administrativa: Produz o comportamento organizacional.

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A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA

O Trabalho de um Administrador é influenciado por fatores como:


A natureza da organização, filosofia, objetivos e tamanho;
Tipo de estrutura (organograma);
Atividades e tarefas realizadas;
Tecnologia e métodos de realização do trabalho;
Natureza do pessoal empregado;
Nível do trabalho administrativo na organização.

O administrador vai atuar tendo como operações básicas: O estabelecimento


de objetivos, a organização, as comunicações e a motivação, a avaliação e o
desenvolvimento das pessoas.

2. ORGANIZAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO

3.1 ORGANIZAÇÕES

Objetivos e recursos são as palavras chaves na definição de administração e


também de organização. Uma organização é um sistema de recursos que
procura realizar algum tipo de objetivo (ou conjuntos de objetivos). As
organizações estão por toda parte. O Instituto- IFAC é uma delas, a
Universidade, a ONU, o teatro, o aeroporto e outros. Existem organizações de
todos os tamanhos para fornecer todos os tipos de produtos e serviços.

3.2 OBJETIVOS DAS ORGANIZAÇÕES

As organizações são grupos sociais deliberadamente orientados para a


realização de objetivos, que, de forma geral, se traduzem no fornecimento de
produtos e serviços. Toda organização existe com a finalidade de fornecer
alguma combinação de produtos e serviços.

● Por exemplo: uma empresa montadora de veículos produz e comercializa


ônibus, caminhões, peças e componentes e presta serviços como assistência
técnica e treinamento do pessoal de suas concessionárias. Outro exemplo: a
prefeitura de uma cidade, ou governo de um Estado, tem inúmeros objetivos,
nas áreas da saúde, educação, transportes, assistência social e outros.

Por meio do fornecimento de bens e serviços, as organizações procuram


alcançar outros resultados: proporcionar lucro e subsistência para seus
proprietários e investidores ou cumprir um papel na sociedade, sem objetivo de
lucro.

Os objetivos que norteiam as organizações são identificados de acordo com o


setor na qual elas se inserem como:
O Primeiro Setor: é aquele representado pelo Estado, o poder público;
O Segundo Setor: é o mercado e corresponde à livre iniciativa de explorar
atividades comerciais. A maioria das empresas que conhecemos pertence a
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esse setor;
O Terceiro Setor: é a sociedade civil organizada. Ele é formado pelas ONGs
(organizações não governamentais), entidades filantrópicas, OSCIPs
(organizações da sociedade civil de interessa público), e outras formas de
associações civis sem fins lucrativos. Exemplos: Greenpeace, transparência
Brasil, Fundação SOS Mata Atlântica

3.3 RECURSOS

As pessoas são o principal recurso das organizações. Em essência, as


organizações são grupos de pessoas que usam recursos: recursos materiais,
como espaço, instalações, máquinas, móveis e equipamentos, recursos
financeiros e recursos intangíveis como tempo e conhecimento.

3.4 PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO

Por meio de processos, a organização transforma os recursos para produzir os


resultados. Um processo é um conjunto ou sequência de atividades
interligadas, com começo, meio e fim, que utiliza recursos, como trabalho
humano e equipamentos, para fornecer produtos e serviços Exemplos de
processos mais comuns:

⦁ Produção: transformação de matérias primas, por meio da aplicação de


máquinas e atividades humanas, em produtos e serviços.
⦁ Administração de encomendas: transformação de um pedido feito por
um cliente NE entrega de uma mercadoria ou prestação de serviços.
⦁ Administração de recursos humanos: transformação de necessidades de
mão de obra em disponibilização de pessoas, desde seu emprego até
seu desligamento da organização.

3.5 DIVISÃO DO TRABALHO

Em uma organização, cada pessoa, bem como cada grupo de pessoas realiza
tarefas específicas que contribuem para a realização de objetivos.

Assim como as organizações são especializadas em determinados objetivos,


as pessoas e os grupos que nelas trabalham são especializados em
determinadas tarefas.

A divisão do trabalho é o processo que permite superar as limitações


individuais por meio da especialização. Quando se juntam as tarefas
especializadas, realizam-se produtos e serviços que ninguém conseguiria fazer
sozinho.

3.6 FUNÇÕES ORGANIZACIONAIS

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As funções organizacionais são as tarefas especializadas que as pessoas e os
grupos executam, para que a organização consiga realizar seus objetivos.
Todas as organizações têm aproximadamente as mesmas funções. As funções
mais importantes de qualquer organização são analisadas sucintamente a
seguir: produção(ou operações), marketing, pesquisa e desenvolvimento,
finanças e recursos humanos. A coordenação de todas essas funções
especializadas é o papel da administração geral.

3.6.1 Produção (ou operações)

O objetivo básico da função de produção é fornecer o produto ou serviço da


organização. Produção é uma palavra genérica, que indica todos os tipos de
operações de fornecimento de produtos ou serviços. Na organização
encontra-se um sistema de operações produtivas, que utiliza e transforma
recursos para fornecer bens e serviços aos clientes, usuários ou público-alvo.

⦁ No fornecimento de produtos, matérias primas são transformadas por


meio da aplicação dos esforços de pessoas e do uso de máquinas. Poe
exemplo: fabricação de pães e automóveis.

⦁ Na prestação de serviços, os próprios clientes são processados e


transformados. Por exemplo: pacientes tratados em hospitais e alunos
educados nas escolas.

• Produção em massa. É o fornecimento de grande número de produtos e


serviços idênticos, que podem ser simples ou complexo. Parafusos,
automóveis e refeições rápidas em cadeias de lanchonete são fornecidos
por meio de sistemas de produção em massa. Os sistemas de produção em
massa são estáveis e padronizados, para que os produtos não apresentem
variações.

• Produção por processo contínuo. É o fornecimento ininterrupto de um


produto ou serviço, como gasolina, açúcar ou transmissão de um programa
de televisão. Os processos contínuos funcionam como máquinas que
trabalham ininterruptamente, para produzir sempre o mesmo produto.

•Produção unitária e em pequenos lotes. É o fornecimento de produtos e


serviços sob encomenda, simples ou complexos. Poe exemplo: montagem
de aviões, navios de grande porte e de plantas petroquímicas, organização
e realização dos jogos olímpicos e corridas de fórmula 1, eleições
presidenciais, cortes de cabelo, produção de programas de televisão e
revisão periódicas de automóveis.

3.6.2 Marketing

O objetivo básico da função de marketing é estabelecer e manter a ligação


entre a organização e seus clientes, consumidores, usuários ou público-alvo.
Tanto as organizações lucrativas quanto as não lucrativas realizam atividades
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de marketing. A função de marketing é muito ampla e abrange atividades de:

• Pesquisa: identificação de interesses, necessidades e tendências do


mercado;

•Desenvolvimento de produtos: criação de produtos e serviços, inclusive seus


nomes, marcas e preços e fornecimento de informações para o
desenvolvimento de produtos em laboratórios e oficinas;

•Distribuição: desenvolvimento dos canais de distribuição e gestão dos pontos


de venda;

• Preço: determinação das políticas comerciais e estratégias de preço no


mercado;

•Promoção: comunicação com o público alvo, por meio de atividades como


propaganda, publicidade e promoção nos pontos de venda;

•Vendas: criação de transações com o público alvo ( em algumas organizações,


vendas é uma função separada de marketing).

3.6.3 Pesquisa e Desenvolvimento

O objetivo básico da função de pesquisa e desenvolvimento (P&D) é


transformar informações de marketing, as idéias originais e os avanços da
ciência em produtos e serviços, além de identificar novas tecnologias e
melhoramento nos processos produtivos para reduzir custos.

3.7 Finanças
A função financeira cuida do dinheiro da organização. A função financeira de
uma organização tem por objetivo a proteção e a utilização eficaz dos recursos
financeiros, o que inclui a maximização do retorno dos acionistas, ou
associados, donos e outros. Ao mesmo tempo a função financeira busca
manter certo grau de liquidez, para que a organização consiga cumprir seus
compromissos. A função financeira abrange as decisões de: investimentos,
financiamentos, controle, destinação dos resultados.

3.8 Recursos Humanos

A função de recursos humanos, ou de gestão de pessoas, tem como objetivos


encontrar, atrair e manter as pessoas de que a organização necessita. Isso
envolve atividades que começam antes de uma pessoa ser empregada e vão
até depois que a pessoa se desliga.

3. EFICIÊNCIA E EFICÁCIA

As organizações realizam essas funções, adquirindo e usando recursos, para


desenvolver e fornecer produtos e serviços, com o objetivo de resolver
problemas de seus usuários e das pessoas que as criaram. Quando as

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organizações resolvem problemas e são eficientes no uso dos recursos, todos
ficam satisfeitos: clientes, usuários, funcionários, acionistas, a sociedade de
forma geral. O desempenho de uma organização é aceitável ou satisfatório,
portanto, quando os problemas dos usuários são resolvidos por meio da
utilização correta dos recursos.

Duas palavras são usadas para indicar que uma organização tem desempenho
de acordo com as expectativas: eficiência e eficácia

Aquilo que é feito está relacionado com a eficiência (ação) e aquilo que é
alcançado se refere à eficácia (resultado).

Eficiência: É a medida da utilização dos recursos quando se faz alguma coisa,


refere-se à relação entre as entradas e saídas no processo. É operar de modo
que os recursos sejam mais adequadamente utilizados.

Eficácia: A eficácia administrativa está relacionada ao uso dos recursos


organizacionais de modo que resulte em alto desempenho de saídas e em
altos níveis de satisfação entre as pessoas. É fazer as coisas certas, de modo
certo, no tempo certo.

DESEMPENHO DAS ORGANIZAÇÕES

As pessoas que administram organizações, de qualquer tamanho, são


responsáveis pela realização de objetivos e pela forma como os recursos
são utilizados. Eficiência, a medida de utilização dos recursos e eficácia, a
medida de realização dos objetivos são os dois critérios básicos para avaliar
o desempenho das organizações. Algumas organizações, além de
eficientes e eficazes, precisam também ser competitivas, porque enfrentam
outras organizações que perseguem os mesmos objetivos. O desempenho
de uma organização reflete o desempenho de seus administradores.
Alguns dos critérios mais importantes que todos os administradores de
organizações devem considerar são;

1. Eficiência e desperdício- como:


Realizar atividades ou tarefas de maneira certa;
Realizar tarefas de maneira inteligente, e com o melhor aproveitamento
possível dos recursos;
Realizar tarefas de maneira econômica, empregando a menor quantidade
possível de recursos.
Eliminar desperdício significa reduzir ao mínimo a atividade que não agrega
valor ao produto ou serviço, substituindo por atividades ou esforço que
agrega valor ao produto.

Agregar valor significa realizar operações estritamente relacionadas com a


elaboração do produto ou prestação do serviço. São as operações de
transformação de materiais e componentes e de atendimento de clientes.
Um produto ou serviço fornecido sem desperdícios tem o máximo possível
de valor agregado para o cliente. Assim, a eliminação de desperdícios

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diminui os custos de produção, sem que o valor do produto para o cliente
fique comprometido.

2. Produtividade
O critério mais simples para avaliar a eficiência de um processo,
organização ou sistema é a produtividade. A produtividade é definida como
a relação entre os recursos utilizados e os resultados obtidos. Todo sistema
te um índice de produtividade, que é a quantidade de produtos/serviços que
cada unidade de recursos fornece. Por exemplo: a quantidade de alunos
por professor, a quantidade de pessoas atendidas por hora, a quantidade de
produtos fornecidos por funcionários etc.

Quanto mais elevada a quantidade de resultados obtidos com a mesma


unidade de recursos, mais produtivo é o sistema.

a. Produtividade e qualidade combinadas


b. Eficiência no uso do tempo

3. 4 Eficácia que já foi falado anteriormente e é o conceito de


desempenho que envolve a comparação entre objetivos ( desempenho
esperado) e resultados (desempenho realizado). Eficácia significa o grau
ou taxa de realização dos objetivos finais da organização: satisfação do
cliente, satisfação dos acionistas, impacto na sociedade entre ouros.

4. Satisfação dos clientes- é um objetivo prioritário para todas as


organizações. Sem clientes satisfeitos, as demais medidas de
desempenho da organização ficam comprometidas.

5. Satisfação dos clientes internos.

6. Impacto na sociedade - como respeito as normas ambientais; apoio a


empreendimentos comunitários etc.

7. Aprendizagem organizacional- capacidade de obtenção e utilização de


conhecimento pela organização, a aprendizagem é resultado do
processo de tomar decisões para resolver problemas. Quando se
enfrentam novos problemas, é preciso buscar, produzir e aplicar novas
informações.
Alguns indicadores de desempenho relativos à aprendizagem são:
Aquisição de competências pelos funcionários; nível de treinamento dos
funcionários; bancos de dados estratégicos; capacidade de trabalhar em
equipe; Delegação de autoridade e poder de decisão para os
funcionários.

8. Competitividade- as empresas têm natureza competitiva, elas


concorrem entre si disputando a preferência dos mesmos clientes e
consumidores. O sucesso de uma pode significar o fracasso de outra. A
empresa mais competitiva é aquela que consegue transformar grande

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número de pessoas em seus clientes, obter lucro e sobreviver com isso,
para serem competitivas as empresas precisam ter desempenho melhor
que outras que disputam os mesmos clientes. Uma empresa é
competitiva quando têm alguma vantagem sobre seus concorrentes.
Algumas das vantagens competitivas são:

Qualidade do produto ou serviço;


Domínio de fontes de matéria prima;
Domínio de tecnologia;
Posse de capital;
I magem positiva junto aos clientes e à sociedade;
Sistema eficaz de distribuição;
istema eficaz de produção.

NÍVEIS DA ADMINISTRAÇÃO

Estratégico (Alta Administração): Direção da Organização estruturando as


políticas e estratégias básicas.
É formada por presidência; diretorias.

Tático (Média Administração): Gerência de Departamento ou Setor determinam


que tipos de produtos e serviços vão ao mercado.

Operacional (Administração Operacional): responsável pela produção de bens


ou serviços (gerentes de vendas, chefes de seções , supervisores..).

O tamanho das organizações está relacionado à sua estrutura ou ao seu


projeto organizacional, diferenciando-se umas as grandes das pequenas de
acordo com os seguintes aspectos:

GRANDES PEQUENAS
Economia de escala Responsabilidade e Flexibilidade
Alcance global Alcance regional
Hierarquia Vertical Estrutura Plana
Mecanísticas e Complexas Orgânicas e Simples
Mercado estável Pesquisa e Nichos
Homens na organização Empreendedores

AS PRINCIPAIS ATIVIDADES DAS EMPRESAS

Marketing; Compras; Contabilidade; Finanças; Recursos Humanos; Informática;


Produção; Setor de planejamento; Setor de qualidade; Engenharia de produção
e processos; Engenharia de desenvolvimento de
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Produtos; Logística entre outros.

ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS


As organizações são sistemas abertos, elas precisam de objetivos claros, os
quais vão determinar a natureza das entradas, a série das atividades para
alcançar as saídas e a realização das metas organizacionais. O feedback sobre
o desempenho do sistema, e os efeitos das operações sobre o ambiente, são
medidos em termos de consecução dos objetivos e intenções.

CARACTERÍSITICAS IMPORTANTES QUE ENFATIZAM A NATUREZA DAS


ORGANIZAÇÕES EM SEU PROCESSO DINÂMICO COM UM SISTEMA
ABERTO
Interação com o Ambiente: Trocas importantes com o meio
Sinergia: O resultado final é maior que a soma das partes envolvidas
Equilíbrio Econômico: Balanceamento dos recursos internos e captação do
meio ambiente
Finalidade: Alcance dos mesmos resultados por meio de caminhos diversos

O ambiente geral das organizações pode ser visto como constituído de forças
indiretas do ambiente externo. As forças indiretas do ambiente externo podem
afetar os administradores porque influenciam o clima onde a organização atua.
Estas forças são o ambiente econômico, o ambiente tecnológico, o ambiente
sócio-cultural, o ambiente político-legal e o ambiente internacional.

1 - O ambiente das tarefas é constituído por: Clientes, Competidores,


Fornecedores, Reguladores e Parceiros estratégicos.
2 - O ambiente interno das organizações é formado por: Proprietários,
Empregados, Administradores e Ambiente físico.

9. HABILIDADES E PAPÉIS ADMINISTRATIVOS


Correspondem às destrezas específicas para transformar conhecimento em
ação, que resulte no desempenho desejado para o alcance dos objetivos da
organização. Segundo Robert L. Katz, existem 03 tipos de habilidades:
Habilidades Técnicas: conhecimento, métodos técnicos e equipamentos para a
realização de tarefas.
Habilidades Humanas: É a capacidade para lidar com pessoas exercendo
liderança.
Habilidades Conceituais: É a capacidade de compreender as complexidades da
organização de forma global ajustando o comportamento dos participantes

Níveis Administrativos Habilidades

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Figura 1
Figura 01

5.1 PAPÉIS ADMINISTRATIVOS DE MINTZBERG

Segundo Henry Mintzberg, papéis representam um conjunto de expectativas de


comportamento de um indivíduo em situações especificas. As categorias de
papéis administrativos são:
Interpessoais: chefe, líder, ligação

Informacionais: monitor, disseminador, interlocutor;

Papéis Decisoriais: empreendedor, solucionador de conflitos, alocador de


recursos e negociador.
Competência Administrativa

“É um conjunto de conhecimentos, habilidades, comportamentos e atitudes que


uma pessoa necessita para ser eficaz num vasto campo de atividades
administrativas, em vários tipos de organizações”. (Hellriegel & Jackson, 1999).

Algumas competências para o sucesso gerencial extraídas da American


Assembly of Collegiate Schools of Business (AACSB): liderança, objetividade,
análise, flexibilidade, comunicação escrita e verbal, impacto pessoal,
resistência ao stress e tolerância na incerteza.

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10. A EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO- ANTECEDENTES HISTÓRICOS
As origens de alguns conceitos e práticas modernas de administração podem
ser atribuídas a civilizações muito antigas. Salomão, um governante bíblico
dirigiu a elaboração de acordos do comércio, administrou programas de
constituição e modelou tratados de paz no século X a.C. Entretanto, antes
disso já havia a necessidade de alguma forma ou sistema para governar o
povo. Muitos governantes antigos usaram seus fiéis servidores para executar
seus desejos soberanos, conferindo a esses servidores a devida autoridade
para atuar em nome do Chefe. De modo coletivo, os fiéis servidores se
converteram então no Conselho ou junta consultiva dos chefes. Para
administrar desenvolveram regras e tabus de conduta, usando o temor ao
sobrenatural para garantir a adesão e obediência a estas regras. Este é o
ponto de enfoque do estudo das civilizações antigas que influenciou o
pensamento administrativo em sua linha temporal.

Muitas teorias e técnicas usadas para administrar as organizações da


atualidade são idéias que evoluíram de práticas do passado. Países, exércitos
e organizações religiosas vêm há muito tempo criando soluções para lidar com
recursos e realizar objetivos.
As organizações militares contribuíram com: planejamento; organização;
disciplina; hierarquia; logística; recursos humanos, unidade de comando; entre
outros.
A Igreja Católica contribuiu com: hierarquia de autoridade, assessoria,
coordenação funcional .
Alguns filósofos como Sócrates, Platão, Maquiável, Aristóteles entre outros,
com seus pensamentos e ideias em suas épocas também contribuíram assim
como os economistas.

A Revolução Industrial criou o contexto industrial, tecnológico, social, político e


econômico que permitiu o surgimento da teoria administrativa, pois a
substituição do trabalho manual pelas máquinas levou ao aparecimento das
grandes indústrias e no final do século XX os problemas industriais como
ineficiência, desperdício, vadiagem dos empregados e outros criaram a
necessidade de novos modelos e processos de trabalho criando o ambiente
necessário para os primeiros estudos que culminaram com o surgimento da
Ciência da Administração.

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11. AS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
As teorias nos ajudam a entender processos essenciais. Segundo STONER
(1999, p.22) teoria é um conjunto coerente de pressupostos elaborado para
explicar as relações entre dois ou mais fatos observáveis. A teoria é aquela que
embasa todas as nossas ações dentro da organização e sobre todos os seus
stakeholders (participantes). Todas as teorias da administração são produto do
ambiente, forças sociais, econômicas, políticas, tecnológicas e culturais.
Situações de nosso dia-a-dia são bem claras das teorias administrativas, pois
em cada situação vemos a relação com as teorias. É importante salientar, que
não existe uma teoria, modelo ou padrão para os acontecimentos, e a teoria
que é eficaz em um determinado lugar pode não ser eficaz em outro
determinado local.

ANOS - PRINCIPAIS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO


1903 - Administração científica
1909 -Teoria da burocracia
1916 -Teoria clássica
1932 -Teoria das relações humanas
1947 -Teoria estruturalista
1951 -Teoria dos sistemas
1953 -Abordagem sociotécnica
1954 -Teoria neoclássica
1957 -Teoria comportamental
1962 -Desenvolvimento organizacional
1972 -Teoria da contingência

Escola Clássica da Administração

Desde a pré-história, existe algum tipo de organização.O desenvolvimento de


teorias de administração pare tornar os processos mais fáceis data de anos
recentes, nos séculos XVIII e XIX. Estas teorias foram criadas devido a
necessidade de planejar, organizar, direcionar e controlar os processos.

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TEORIA CLÁSSICA (ESCOLA CLÁSSICA)
A Abordagem Clássica da Administração é formada por duas teorias principais:
Administração Científica – ênfase na tarefa do operário
Teoria Clássica- ênfase na estrutura da organização

Administração Científica se desenvolveu nos Estados Unidos no início do


século XX com o engenheiro Frederick. W. Taylor.
As tentativas de Taylor de substituir métodos empíricos e rudimentares de
trabalho pelos métodos científicos recebeu o nome de Organização Racional
do Trabalho- ORT.

A ORT se fundamenta nos seguintes aspectos:

12. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos;


13. Estudo da fadiga humana;
14. Divisão do trabalho e especialização dos operários;
15. Desenho de cargos e tarefas;
16. Incentivos salariais e prêmios por produção;
17. Conceito de homo economicus;
18. Condições ambientais de trabalho;
19. Padronização

princípios da Administração Científica segundo Taylor

Princípio do planejamento
Princípio do preparo
Princípio do controle
Princípio da execução

Teoria Clássica

A Teoria Clássica nasceu com Henry Fayol (1841-1925), um engenheiro


francês que, ao contrário de Taylor, procurou dar uma visão sintética, global e
universal à Administração.
Em seu livro “Administração Industrial e Geral”, ao definir administração, Fayol
estabelece que o conjunto de operações, ou funções essenciais de qualquer
empresa, seja ela grande, média ou pequena, pode ser dividido nos seguintes
seis grupos:

1 Técnicas -Produção de bens ou de serviços


2 Comerciais- Compra, venda e permuta.
3 Financeiras- Procura e gerência de capitais
4 Segurança -Proteção e preservação dos bens e das pessoas
5 Contábeis-Inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
6 Administrativas -Previsão, organização, direção, coordenação e controle.

As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da


empresa, exercendo-se sempre acima delas.

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Teoria da Burocracia
Segundo o conceito popular, a burocracia é visualizada geralmente como uma
empresa ou organização onde o papelório se multiplica e se avoluma,
impedindo as soluções rápidas ou eficientes. O termo também é empregado
com o sentido de apego dos funcionários aos regulamentos e rotinas,
causando ineficiência à organização. O leigo passou a dar o nome de
burocracia aos defeitos do sistema (disfunções) e não ao sistema em si
mesmo. O conceito de burocracia para Max Weber é exatamente o contrário. A
burocracia é a organização eficiente por excelência. E para conseguir essa
eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e nos mínimos
detalhes como as coisas deverão ser feitas. Segundo Max Weber, a burocracia
tem as seguintes características principais:
1- Caráter legal das normas e regulamentos;
2- Caráter formal das comunicações;
3- Caráter racional e divisão do trabalho;
4- Impessoalidade nas relações;
5- Hierarquia de autoridade;
6- Rotinas e procedimentos estandardizados;
7- Competência técnica e meritocracia;
8- Especialização da administração;
9- Profissionalização dos participantes.

O modelo Weberiano oferece vantagens, já que o sucesso das burocracias em


nossa sociedade se deve a numeras causas. Contudo, a racionalidade
burocrática, a omissão das pessoas que participam da organização e os
próprios dilemas da burocracia, constituem problemas que deve ser resolvidos
pelos administradores, por isso hoje se propõem a aplicação da burocracia com
flexibilidade para se adequar as necessidades organizacionais dentro do
contexto atual.

Abordagem Humanística da Administração

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A Abordagem Humanística ocorreu nos Estados Unidos, a partir da década de
1930. Ela surgiu graças ao desenvolvimento das ciências sociais, notadamente
da Psicologia, e em particular, a Psicologia do Trabalho. A abordagem
humanística teve seu início no final da segunda década do Século XX. Foi um
período marcado por forte recessão econômica, elevado desemprego e forte
atuação dos sindicatos. Sua origem foi consequência das conclusões da
Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e colaboradores. A
Experiência de Hawthorne teve quatro fases com as seguintes conclusões:
1. O nível de produção é resultante da integração social;
2. O comportamento do indivíduo se apoia no grupo;
3. O comportamento dos trabalhadores está condicionado a normas e
padrões sociais;
4. O surgimento dos grupos informais;
5. As relações humanas;
6. A importância do conteúdo do cargo;
7. Ênfase nos aspectos emocionais;

Assim torna-se indispensável conciliar e harmonizar as duas funções básicas


da organização: a função econômica ( produzir bens e serviços para garantir o
equilíbrio externo) e a função social (distribuir satisfações entre os participantes
para garantir o equilíbrio interno).

As decorrências da teoria das relações humanas mostra uma nova concepção


sobre a natureza do homem: o homem social.
Uma nova linguagem se deu com o advento da Teoria Das Relações Humanas:
A influência da motivação humana;
A liderança;
A comunicação;
A organização informal;
A dinâmica de grupo;

Abordagem Comportamental da Administração

Elton Mayo e seus colegas chegaram a conclusão de que não é somente uma
variável que altera a produtividade dos operários, mais sim um conjunto de
variáveis interligadas. Segundo STONER (1999, p.31) Elton Mayo e seus

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colegas concluíram que os empregados trabalhariam mais caso acreditassem
que a administração estava preocupada com o seu bem-estar e que os
supervisores prestavam atenção especial neles. Portanto, foi a partir deste
estudo de Elton Mayo que se criou o conceito de homem social. Portanto, esta
teoria foca mais o lado humano do que o lado técnico. Depois que Elton Mayo
e seus colegas desenvolveram a abordagem das relações humanas, surgiram
alguns pesquisadores que utilizavam métodos sofisticados e ficaram
conhecidos como cientistas do comportamento. Entre os cientistas do
comportamento estão Argyris, Maslow, McGregor e Herzberg. Uma das mais
famosas teorias de motivação foi desenvolvida por Abhram Maslow. Ele
desenvolveu a teoria de que a satisfação dos desejos e necessidades motiva o
ser humano a buscar o objetivo de auto-realização. A Abordagem
Comportamental- também chamada de behaviorista mostra a influência das
ciências do comportamento na teoria administrativa e a busca de novas
soluções democráticas, humanas e flexíveis para os problemas
organizacionais. Assim surgem novos estudos sobre a motivação humana:
A Hierarquia das Necessidades Humanas de Maslow;
A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg;
Os Estilos de Administração- teoria x e teoria y;
Sistemas de Administração;
Organização como um sistema social cooperativo;
Processo Decisório;
Homem Administrativo;
Comportamento Organizacional.
ABORDAGEM SISTÊMICA
A abordagem sistêmica vê a organização como um sistema unificado e
propositado, compostos de partes inter-relacionados. Isso permite que as
pessoas enxerguem a empresa como um todo e parte do ambiente externo.
Segundo STONER (1999, p.33) a teoria dos sistemas nos diz que a atividade
de qualquer segmento de uma organização afeta em graus variados a atividade
de todos os outros segmentos.Entre eles estão os sistemas, subsistemas,
sinergia, sistema aberto, sistema fechado.

19
ABORDAGEM CONTINGENCIAL

Esta abordagem foi criada por vários administradores e consultores que em


campo procuram colocar em prática as teorias das escolas de administração.
Descobriram então, que determinado método funciona bem em um ambiente e
que o mesmo método não funciona bem em outro ambiente, portanto,
concluíram que não existe um modelo padrão de abordagens que funcione
bem em todos os ambientes. Portanto, segundo STONER (1999, p.35) a
abordagem contingencial é a concepção que a técnica de administração que
melhor contribui para o alcance dos objetivos organizacionais pode variar em
situações ou circunstâncias diferentes. Verifica-se então que a abordagem
contingencial é mais abrangente que a sistêmica, pois focaliza os pormenores
das relações entre as partes.
EVOLUÇÃO DA ESCOLA CLÁSSICA- ESCOLA NEOCLÁSSICA

A Escola Neoclássica abrange diversas contribuições que permitiu classificar


outros conceitos e técnicas como:

FUNÇÕES UNIVERSAIS DO ADMINISTRADOR

As Funções Universais do Administrador foram definidas na Abordagem


Neoclássica da Administração, uma abordagem que deu uma nova roupagem
as teorias da Administração, buscando trazer a praticidade necessária para o
trabalho do Administrador e para a eficácia organizacional das empresas

20
modernas.

As funções universais do Administrador e que juntas formam o processo


administrativo são:

1- PLANEJAMENTO;

2- ORGANIZAÇÃO;

3- DIREÇÃO, CORDENAÇÃO OU LIDERANÇA;

4- CONTROLE.

5-
1. PLANEJAMENTO

As organizações não trabalham na base da improvisação. Quase tudo nelas é


planejado antecipadamente. O planejamento figura como a 1 função
administrativa, por ser aquela que serve de base para as demais funções. O
planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais
são os objetivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para
alcançá-los. Trata-se, pois de um modelo teórico para ação futura. Começa
com a determinação dos objetivos e detalha os planos necessários para
atingi-los da melhor maneira possível. Planejar é definir os objetivos e escolher
antecipadamente o melhor curso de ação para Alcançá-los. O planejamento
define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que
sequência. Existem três tipos de planejamento: planejamento estratégico,
planejamento tático e planejamento operacional. O planejamento estratégico é
o planejamento mais amplo e abrange toda organização.

Planejar é ao mesmo tempo um processo, uma habilidade e uma atitude. O


planejamento é a mais importante das funções gerenciais.
● Planejar é: pensar e agir em relação ao futuro, essa é a essência do
planejamento. Planejar é tomar decisões sobre o futuro. Uma das razões para
planejar é lidar com a incerteza do futuro. Incerteza é a condição que ocorre
quando se dispões de poucas informações ou quando não se tem controle
sobre os eventos. Para uma organização, o futuro torna-se incerto quando não
há informações suficientes sobre o comportamento da concorrência, dos
consumidores, fornecedores, fontes de financiamento, evolução tecnológica e
outros segmentos relevantes do ambiente.

● O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente


quais são os objetivos a serem atingidos e como se deve fazer para
alcançá-los. É um modelo teórico para ação futura. Planejar é definir objetivos
e escolher antecipadamente o melhor curso de ação para alcançá-los. O
planejamento define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando,
como e em que sequência.

No planejamento se:

21
Define missão;
Formula objetivos;
Define os planos para alcançá-los;
Programa as atividades

Princípios do planejamento

1) Flexibilidade: Os planos devem poder ser adaptados, segundo margens de


tolerância
2) Precisão: Os planos devem ser o mais exatos possível
3) Reajustamentos: Os planos, em si, necessitam ser periodicamente
reajustados

Elementos Do Planejamento

1) Plano: Como alcançar os objetivos


2) Objetivos: As "finalidades" da organização (posição no mercado,
rentabilidade, qualidade, produção, etc)
3) Estratégia: Esforço global para atingir os objetivos gerais da empresa
4) Tática: Esforço específico dentro do plano estratégico
5) Eficiência: Fazer corretamente o trabalho
6) Eficácia: Fazer o trabalho mais relevante para os objetivos da empresa
7) Metas: Resultados planejados (esperados)

Abrangência do Planejamento
Existem três níveis distintos de planejamento:

1. O planejamento estratégico;
2. O planejamento tático e;
3. O planejamento operacional.

O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
É o planejamento mais amplo e abrange toda organização. Suas característica
são:
● É projetado no longo prazo, tendo seus efeitos e consequências estendidos
há vários anos pela frente;
● Envolve a empresa na totalidade e preocupa-se em atingir os objetivos em
nível organizacional;
● É definido pela cúpula da organização e corresponde ao plano maior.

ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO- DEFINIÇÕES


O conceito de estratégia nasceu da guerra, em que a realização de objetivos
significa superar um concorrente, que fica impedido de realizar os seus. Cada
um dos dois lados quer derrotar o outro. Vem ai a definição de Aristóteles,
segundo a qual a finalidade é a vitória. A estratégia é o meio (ou conjunto dos
meios) para alcançar um fim (objetivo), que é a vitória sobre um oponente . (

22
figura 01)

X
Situação Atual
Situação Desejada

Figura 05

O Planejamento estratégico é um processo intelectual, que consiste em


estruturar e esclarecer a visão dos caminhos que a organização deve seguir e
os objetivos que deve alcançar. Há diversos componentes nesse processo
intelectual, principalmente:
∙ A missão, que é a razão de ser da organização, e que reflete seus valores,
sua vocação e suas competências.
∙ O desempenho da organização- os resultados efetivamente alcançados.
∙ Os desafios e oportunidades do ambiente.
∙ Os pontos fortes e fracos dos sistemas internos da organização.
∙ As competências dos planejadores- seu conhecimento de técnicas, suas
atitudes em relação ao futuro, seu interesse em planejar.

“PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO É UM PROCESSO DE ORGANIZAR


IDÉIAS A RESPEITO DO FUTURO.”

PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO- VISÃO PANORÂMICA


Um processo sistemático de planejamento estratégico é uma sequência de
análises e decisões que compreende os seguintes componentes principais:
(figura 02)

Figura 06

Processo de Planejamento Estratégico

Análise do
Análise da situação ambiente Estratégias
estratégica externo Definição de funcionais Execução e avaliaçã
objetivos e e
estratégias operacionai
Análise de s
pontos fortes
e fracos

PROCESSO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

23
1- Análise da situação estratégica presente da organização. (onde
estamos ? como chegamos aqui?)
2- Avaliação das diretrizes superiores. (que orientações de níveis
hierárquicos superiores, se for o caso, devemos levar em conta?)
3- ∙Análise do ambiente externo. (Quais são as ameaças e oportunidades
do ambiente?)
4- Análise do ambiente interno. (Quais são os pontos fortes e fracos dos
sistemas internos da organização).
5-
6- Definição do plano estratégico, compreendendo os objetivos e a seleção
das estratégias da organização. (Para onde devemos ir? O que
devemos fazer para chegar até lá?)

20. PROCESSO DECISÓRIO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

O processo de tomar decisões ajuda a compreender o trabalho gerencial e a


desenvolver as habilidades administrativas. Uma decisão é uma escolha entre
alternativas ou possibilidades. As decisões são tomadas para resolver
problemas ou aproveitar oportunidades.

O processo de tomar decisões é a sequência de etapas que vai da


identificação de uma situação até a escolha e colocação em prática de uma
ação ou solução.

O processo de tomar decisões, para resolver problemas e aproveitar


oportunidades tem cinco fases principais.

1. Identificação do problema ou oportunidade;


2. Diagnóstico;
3. Geração de alternativas;
4. Escolha de uma alternativa;
5. Avaliação da Decisão.

Existem algumas técnicas que foram desenvolvidas para ajudar os gerentes a


analisar os problemas de forma sistemática, estudando suas
causas,consequências e prioridades;

Vejamos a seguir algumas dessas técnicas:

Diagrama de Ishikawa ou Espinha de peixe

O diagrama de Ishikawa é um gráfico que tem por finalidade organizar o


raciocínio e a discussão sobre as causas de um problema. Os problemas
estudados por meio da espinha de peixe começam com a pergunta: “ por que”

24
O diagrama espinha de peixe é um método de localizar a "causa original" de
um problema. Cada "espinha" desse diagrama representa uma causa que
contribui para o problema.
Após ter definido as causas originais, você deverá priorizar a causa que mais
contribui para o problema.
Depois de você ter identificado as causas originais, geralmente será útil criar
outras espinhas para compreender melhor como essas causas poderão ser
abordadas.

O diagrama de Ishikawa além de ser chamado de espinha de peixe também é


conhecido como diagrama de causa e efeito ou diagrama 4M porque foca os
métodos, materiais, mão de obra e máquinas.

Brainstorming ou tempestade de ideias

O brainstorming opera com base em dois princípios - a suspensão do


julgamento e a reação em cadeia.
As pessoas interagem verbalmente, cada pessoa fala, dando sugestões para
resolver um problema, sem que essas sugestões sejam criticadas pelos outros
participantes.
Quando houver número suficiente de ideias, ou quando o fluxo de ideias se
esgotar, o processo é interrompido, as sugestões são sintetizadas e agrupadas
em categorias. Finalmente cada sugestão ou categoria de sugestões é então
avaliada e criticada.

Existem variadas técnicas que ajudam no planejamento estratégico

O PLANEJAMENTO TÁTICO
É o planejamento que atinge cada departamento ou unidade da empresa. Suas
características são:

25
● É projetado para o médio prazo, geralmente para o exercício anual;
● Envolve cada departamento e abrange recursos específicos, preocupa-se em
atingir os objetivos departamentais;
● é definido no nível intermediário, em cada departamento da empresa.

O PLANEJAMENTO OPERACIONAL
É o planejamento que abrange cada tarefa ou atividade específica. Suas
características são:
● É projetado para o curto prazo, para o imediato;
● Envolve cada tarefa ou atividade isoladamente, preocupa-se com o alcance
de metas específicas;
●É definido no nível operacional, para cada tarefa ou atividade.

Planejamento
Estratégico

Planejamento Tático

Planejamento Operacional

Figura03
Níveis do Planejamento

2. ORGANIZAÇÃO
Organização como função administrativa e parte do processo
administrativo é o ato de organizar, estrutura e integrar os recursos e os
órgãos e estabelecer suas atribuições e as relações entre eles.

26
Assim, organizar consiste em:
● Determinar as atividades específicas necessárias ao alcance dos
objetivos planejados;
● Agrupar as atividades em uma estrutura lógica (departamentos);
● Designar as atividades específicas, posições e pessoas ( cargos e
tarefas).
A organização abrange também os três níveis (global, departamental e
operacional).

O processo de organizar consiste em dividir tarefas entre blocos de


trabalho chamados departamentos, a escolha de tarefas que serão
atribuídas aos departamentos baseia-se nos critérios da
departamentalização. Um critério de departamentalização é uma forma de
atribuir tarefas e de especializar os blocos de trabalho das organizações.

Os princípios e técnicas básicas do processo de organizar são os mesmos


para todos os tipos de organizações. No entanto as estruturas
organizacionais são diferentes de uma organização para a outra. O
modelo de estrutura organizacional é ao mesmo tempo estável e dinâmico
e deve ser capaz de atender as situações que podem variar de um
momento para outro.

Estrutura linear Estrutura Funcional

27
Estrutura linha –staff

3. DIREÇÃO/ COORDENAÇÃO/LIDERANÇA
A direção constitui a terceira função administrativa e vem logo depois do
planejamento e da organização. O papel da direção é acionar e dinamizar
a empresa. A direção está relacionada com a ação, com o colocar-se em
marcha e tem muito a ver com as pessoas.
A direção é a função administrativa que se refere as relações
interpessoais dos administradores em todos os níveis da organização e os
seus respectivos subordinados.

A direção envolve vários elementos muito importantes como:


comunicação, motivação, estilo de liderança.
De acordo com Chiavenato (2005), existem três tipos de liderança, que são a
liderança autocrática, liberal e democrática e estas possuem algumas
características:

Cronograma Liderança Liderança Liderança


de Trabalho Autocrática Democrática Liberal

Tomada de Apenas o líder As diretrizes são Total liberdade


Decisões decide e fixa as debatidas e decididas para a tomada de
diretrizes sem pelo grupo que é decisões grupais
qualquer estimulado e ou individuais, com
participação do assistido pelo líder. participação
grupo. mínima do líder.

Programação O líder determina O próprio grupo A participação do


dos providências pra esboça providências líder no debate é
Trabalhos a execução das e técnicas para limitada
tarefas, uma por atingir o alvo com o apresentando
vez, na medida aconselhamento apenas
em que são técnico do líder. As alternativas ao
necessárias e de tarefas ganham grupo,
modo novos contornos com esclarecendo que
imprevisível pra o os debates. poderia fornecer
grupo informações desde
que solicitada.

28
Divisão do O líder determina A divisão das tarefas Tanto a divisão
Trabalho qual a tarefa que fica a critério do das tarefas quanto
cada um deverá grupo e cada a escolha dos
executar e qual membro tem colegas ficam por
seu companheiro liberdade de escolher conta do grupo.
de trabalho. seus próprios Com absoluta falta
colegas. de participação do
líder.

Participação O líder pessoal e O líder procura ser O líder não faz


do Líder dominador nos um membro normal nenhuma tentativa
elogios e nas do grupo. É objetivo e de avaliar o curso
críticas ao estimula com fatos, das coisas. Faz
trabalho de cada elogios ou críticas. apenas
um. comentários
quando
perguntado.
Fonte: CHIAVENATO, 2005.
3.3 Características do Líder
Para Chiavenatto (2005) o líder moderno o qual ele denomina e classifica como
renovador e que neste contexto, os liderados de maneira geral esperam que o
líder apresente algumas características, que o materializam e dão a ele
estabilidade como líder que são:
Focalização nos objetivos; Orientação para a ação; Auto-Confiança;
Habilidades no relacionamento humano; Criatividade e Inovação; Flexibilidade;
Tomada de Decisão; Padrões de Desempenho; Visão de Futuro;
Além destas características que são citadas e sugeridas pelo referido autor
acima, ainda se complementa algumas outras posturas que são atribuídas a
um líder no momento em que ele se relaciona com a sociedade e que a partir
disto toma suas decisões, são elas:
Cabeça estratégica; Integridade, autenticidade; Atitudes positivas; Ousadia,
capacidade de assumir riscos; Abertura para as possibilidades das novas
tecnologias; Coerência.
Para Santos (1997) o líder deve apresentar características diferenciadoras se
forem feitos traços de comparação com os gerentes e que são reproduzidos no
quadro que se refere e denota este traço comparativo entre um verdadeiro líder
e um gerente:
CARACTERÍSTICAS DIFERENCIADORAS ENTRE GERENTES E LÍDERES.

Gerentes Líderes

Administra Inova

É uma cópia É um original

Foco: sistemas e estruturas Foco: pessoas

Apoia-se no controle Inspira confiança

29
Visão de curto prazo Visão de longo prazo

Pergunta como e quando Pergunta o quê e por quê

Tem os olhos sempre nos Tem os olhos sempre no


limites horizonte

Limita Dá origem

Aceita o status quo Desafia

É o clássico bom soldado É a sua própria pessoa

Faz certo as coisas Faz a coisa certa

Fonte: SANTOS, Enise Aragão. A liderança nos grupos autogeridos. In Anais


do II SEMEAD, 1997, p. 158.

MOTIVAÇÃO
A palavra motivação deriva do latim motivus, movere , que significa mover.
Em seu sentido original a palavra indica o processo pelo qual o comportamento
humano é incentivado estimulado por algum tipo de motivo ou razão
A motivação é o processo responsável pela intensidade, direção e persistência
dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta e
cumpra determinados objetivos. (ROBBINS 2002, p. 112)
Fatores que Geram Motivação:
Trabalho interessante;
Auto - realização;
Reconhecimento;
Segurança;
Diálogo;
Desenvolvimento Pessoal e Treinamento;
Remuneração;
Promoção e crescimento na organização.;
Condições de trabalho;
Colegas;
Benefícios;
Status.
Sugestões para melhoramento:

30
Estimular o estrategismo:
Estabelecer objetivos claros:
Emponderamento;
Relacionamento e Comunicação;
Reconhecimento e Apreço;
Moral
.

Figura 02

Muitas foram as contribuições que os cientistas comportamentais deram a


administração, entre as contribuições estão: compreensão da motivação,
comportamento de grupos, relações no trabalho, comunicação, liderança e
muitas outras.

Comunicação
A comunicação é o processo de transmissão de informações e o respectivo
entendimento do significado pelos envolvidos.
Tipos: Verbal e não-verbal
Verbal: escrita

31
Não-verbal: inclui o Comportamento Cinésico (movimentos dos corpos);
Proxemia (influência da proximidade e do espaço); Paralinguagem (forma como
alguma coisa dita, tom de voz, sonolência); Linguagem de Objeto (uso de
coisas materiais, vestimenta, maquiagem...).
A comunicação organizacional flui formalmente na direção vertical, horizontal e
informal.

As Funções e os Elementos da Comunicação


Funções: Informação, Motivação, Emoção e Controle
Elementos: Transmissor, Codificação, Mensagem, Canal, Decodificação,
Receptor e Ruído A Eficácia da Comunicação vai se dar por meio do que
chamamos de Feedback.
Melhoria dos Processos de Comunicação
A diferença entre comunicação eficaz e ineficaz, reside na avaliação de 04
aspectos do processo: diferenças de percepção, emoções, inconsistências
entre a forma verbal e não verbal e confiança entre as partes.
Percepção e Comunicação
A percepção é o processo pelo qual a pessoa recebe, organiza e interpreta as
informações advindas do ambiente. A percepção atua como uma rede ou um
futuro através do qual a informação passa antes de causar impacto nas
decisões e ações individuais, conforme ilustramos abaixo:

==>Mensagem ==>
Percepção do Transmissor Percepção do Receptor
<==Feedback <==

FEEDBACK- consiste nas respostas que o receptor dá em sua comunicação


com o transmissor original ou com outra pessoa

Distorções da Percepção
Estereótipos: Atributos de um grupo que são transferidos ao indivíduo.
Efeito Halo: Formação de opinião pela maneira de vestir, corte de cabelo.
Percepção Seletiva: Destacam-se aspectos de pessoas ou situações pelas
crenças, ou por um determinado ponto de vista.

32
Projeção: Quando se designa atributos pessoais a outros indivíduos.

A comunicação nas organizações depende da qualidade da comunicação


pessoas. Se as pessoas comunicam-se eficazmente, os processos
organizacionais de comunicação também tendem a ser eficazes também. A
comunicação que envolve empatia garante além da melhoria organizacional a
melhoria das relações interpessoais.

Desenvolvimento dos Grupos e Equipes

Um grupo é um conjunto de pessoas que têm um objetivo comum ou que


compartilha alguma característica.

Os grupos formais, também chamados equipe de trabalho, são aqueles criados


pela administração para fazer parte de uma unidade de trabalho.

A cada gerente está ligado um grupo formal- sua equipe de funcionários,


colaboradores ou auxiliares.

Grupos informais- os grupos informais não têm chefes, mais é possível que
tenham líderes dependo das ocasiões.

A dinâmica de um grupo é um sistema no qual as pessoas interagem para


produzir resultados.

O desenvolvimento de equipes, é um processo de aprimorar as competências


dos integrantes de um grupo, com a finalidade de torná-los um grupo de alto
desempenho. O desenvolvimento de equipes é um processo contínuo.

Nunca se falou tanto em equipes como agora. As organizações estão migrando


velozmente para o trabalho em equipe, o objetivo é obter a participação das
pessoas e buscar respostas rápidas às mudanças no ambiente de negócios e
que permitam atender as crescentes demandas dos clientes. O Administrador
faz as coisas através das pessoas, ou melhor, através da equipe que lidera e
conduz. A equipe é essencial para o trabalho do administrador em qualquer
nível organizacional. Os principais atributos das equipes de alto desempenho
são:

33
Participação; responsabilidade; clareza; interação; flexibilidade; foco;
criatividade; velocidade entre outros.

CONTROLE
A finalidade do controle é assegurar que os resultados do que foi planejado,
organizado e dirigido se ajustem tanto quanto possível aos objetivos
previamente estabelecidos. A essência do controle reside na verificação se a
atividade controlada está ou não alcançando os objetivos ou resultados
desejados. O controle é um processo cíclico que tem quatro fases:
1- Estabelecimento de padrões ou critérios. Os padrões representam i
desempenho desejado e podem ser expressos em tempo, dinheiro,
qualidade, unidades físicas, custos, índices. Assim temos o
custo-padrão, os padrões de qualidade, os padrões de volume entre
outros são exemplos de padrões ou critérios.
2- Observação do desempenho, a observação ou verificação do
desempenho ou do resultado busca obter informação precisa a
respeito daquilo que está sendo controlado.
3- Comparação do desempenho com o padrão estabelecido, o
desempenho deve ser comparado com o padrão para verificar
eventuais desvios ou variações e geralmente essa comparação é feita
por meio de gráficos, relatórios, índices, porcentagens, medidas
estatísticas etc. essas técnicas visam ter o máximo possível de
informação sobre o que está sendo controlado.
4- Ação corretiva, o objetivo do controle é manter as operações dentro
dos padrões estabelecidos para que os objetivos sejam alcançados da
melhor maneira. Assim, as variações, erros ou desvios devem ser
corrigidos para que as operações sejam normalizadas. A ação
corretiva visa fazer com que aquilo que é feito seja feito exatamente de
acordo com o que se pretende fazer.

Essas quatro funções- planejar, organizar, dirigir e controlar- juntas formam o


processo administrativo e são as funções universais do Administrador”.

ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS – APO


A Administração por Objetivos surgiu também na Abordagem Neoclássica,
como um método de avaliação e controle sobre o desempenho de áreas e de
organizações em crescimento rápido, sendo uma técnica de direção de
esforços através do planejamento e controle administrativo fundamentado no

34
princípio de que, para atingir resultados, a organização precisa antes definir em
que negócios estão atuando e aonde pretende chegar.
Inicialmente se estabelecem os objetivos anuais da empresa formulados na
base de um plano de objetivos a longo prazo e os objetivos de cada
departamento são feitos na base dos objetivos anuais da empresa. Sendo a
APO um processo onde uma organização identifica os objetivos comuns
definindo as áreas de responsabilidade de cada um em termos de resultados
esperados.

Características Principais:
1. Estabelecimento conjunto de objetivos entre o executivo e o seu
superior.
2. Visão de resultado esperado, baseado nas premissas corporativas.
3. Definição objetivos para cada departamento.
4. Baseado no grau de envolvimento/participação nos objetivos.
5. Interligação dos objetivos departamentais (visão de conjunto);
6. mesmo quando os objetivos não se apóiam nos mesmos princípios
básicos;
7. Elaboração de planos táticos e de planos operacionais, com ênfase na
mensuração e no controle;
8. Comparação com os resultados planejados, portanto somente os
resultados que podem ser mensurados podem ser aplicados a “APO”.
9. Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos;
10. -Visa a correção de rumo caso necessário para alcançar o resultado
esperado;
11. -Participação atuante dos gestores;
12. Assumir e envolver-se com os objetivos;
13. Apoio intenso do staff durante os primeiros períodos;
14. Requer apoio intenso até que os planos sejam alavancados.
Conceito de Objetivo:
Um objetivo é um enunciado escrito sobre resultados a serem alcançados num
período determinado, os objetivos devem ser quantificáveis, difíceis, relevantes
e compatíveis, são números que orientam o desempenho dos gerentes para
um resultado mensurável.

35
Sendo assim devemos observar alguns critérios para a escolha dos
objetivos:
➢ Atividades que tem maior impacto sobre os resultados,
➢ O objetivo deve ser específico quanto aos dados concretos,
➢ Focalizar objetivos no trabalho e não no homem,
➢ Detalhar cada objetivo,
➢ Usar linguagem compreensível para os gerentes,
➢ Manter-se dentro dos princípios de Administração.
Objetivos mais comuns as empresas privadas:
posição competitiva no mercado.
inovação e criatividade nos produtos.
produtividade e índices de eficiência/eficácia.
aplicação rentável dos recursos físicos e financeiros.
Uma vez fixados os objetivos organizacionais, o próximo passo é saber como
alcançá-los, ou melhor, estabelecer uma estratégia empresarial a ser utilizada
para melhor alcançar aqueles objetivos e quais as táticas que melhor
implementam a estratégia adotada.
A estratégia envolve a organização como um todo, é um meio para alcançar os
objetivos organizacionais e por sua vez visa o longo prazo.
A tática refere-se a cada departamento, é um meio de alcançar os objetivos
departamentais e por sua vez visa o médio ou curto prazo.
Tanto a estratégia empresarial quanto as táticas dela decorrente exigem
planejamento estratégico. O planejamento estratégico refere-se a maneira pela
qual uma empresa pretende aplicar uma determinada estratégia para alcançar
os objetivos propostos. Sendo geralmente um planejamento à longo prazo.
A definição da APO como um sistema dinâmico que procura integrar as
necessidades da companhia de definir e atingir seus alvos de lucro e
crescimento com a necessidade do gerente de contribuir e de desenvolver-se.
A APO não é uma fórmula mágica, mas um meio de desenvolver um trabalho
ordenado e consciente para conhecer com razoável probabilidade o resultado
futuro das decisões, algumas críticas podem ser feitas ao modelo quando
exposto a abusos e a má interpretação, assim como sua aplicação apressada
sem a devida preparação das políticas e do pessoal pode conduzir a resultados
desastrosos.

36
O CICLO CONTÍNUO DA APO

Figura 04

Fixação dos objetivos globais da


empresa

Elaboração do Planejamento
Estratégico

Fixação dos objetivos


departamentais para o ano

Elaboração do plano tático do


departamento
Avaliação dos resultados
alcançados em comparação com
os objetivos departamentais

Desdobramento do plano tático


Revisão nos planos ou alteração em planos operacionais
nos objetivos departamentais

Avaliação dos resultados


alcançados em comparação com
os objetivos departamentais

37
Pré - APO Pós - APO
➢ Administração do ➢ Focalização no futuro,
cotidiano, ➢ Visualização para fora,
➢ Visualização para ➢ Orientação para
dentro, pessoas,
➢ Orientação para ➢ Orientação para
produtos, clientes,
➢ Orientação para a ➢ Orientação para
organização, resultados,
➢ Orientação para as ➢ Criação das inovações,
atividades, ➢ Ênfase no “para que”
➢ Administração da rotina, ➢ Ênfase em pessoas,
➢ Ênfase no “como”, mentalidade e tempo,
➢ Ênfase no dinheiro, ➢ Iniciativa
máquinas e materiais, descentralizada dos
subordinados,

ADMINISTRAÇÃO HOJE
À medida que novos desafios vão surgindo à administração necessita se
adaptar ou modificar suas abordagens e conceitos para que fique aplicável. O
mundo empresarial deixou a forma burocrática e migrou para os sistemas
pós-industriais.
Mudanças importantes aconteceram durante todos esses anos, entre elas, as
mudanças rápidas e inesperadas, principalmente no campo do conhecimento,
o crescimento no tamanho das empresas, pois se tornaram empresas
complexas e globais e o mais importantes, a era do conhecimento, onde deve
exigir dos administradores competência diversa e especializada. O mundo da
Administração é incerto e desafiador, pois muitas são as mudanças e as

38
transformações que ocorrem no ambiente, e todas estas mudanças e
transformações são muito ambíguas e incertas.
A Administração se defronta com problemas diferentes todos os dias, cada dia
é um problema diferente a ser resolvido, e cada um com características
próprias. A sociedade está ficando cada vez mais exigente, os clientes estão
cada vez mais cônscios de seus direitos, a concorrência é acirrada e o
mercado é competitivo, onde só sobrevivem as melhores empresas. Com a
globalização econômica, a temática prioritária no campo empresarial passou a
ser a competitividade. Pois saber competir em um universo é hoje questão de
sobrevivência para as empresas, desde grandes empresas globais a empresas
de menor porte. Uma a uma, estão caindo as barreiras alfandegárias entre os
países, tanto na Europa, América do Norte e América do Sul. Em um curto
prazo, o comércio internacional será realmente uma terra sem fronteiras,
facilitando o acesso da população aos bens fabricados. Nesse caminho, a
necessidade de se impor em um mercado sem fronteiras fez com que as
economias substituíssem o trabalho humano pela eficiência e perfeição da alta
tecnologia, um exemplo é a automação.
Hoje, a sociedade está passando por profundas mudanças que afetam todas
as empresas e seu ambiente. Segundo CHIAVENATO (1997, p.20-5), estas
mudanças são:
Da sociedade industrial para a sociedade de informação;
Da tecnologia simples para a alta tecnologia;
Da economia nacional para a economia global;
Do curto prazo para o longo prazo;
Da democracia representativa para a democracia participativa;
Das hierarquias para a comunicação lateral intensiva;
Da opção dual para a opção múltipla;
Da centralização para a descentralização; e, da ajuda institucional para a
auto-ajuda.

Em busca da competitividade e para atender as grandes transformações como


a que vivemos nessa ERA DA INFORMAÇÃO que leva a vários desafios: o
conhecimento; digitalização virtualização, globalização entre outros- a
Administração, vêm expor as soluções emergentes como:
Melhoria contínua;

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Qualidade total;
Reengenharia;
Benchmarking;
Equipes de alto desempenho;
Gestão de projetos, entre outros.
BIBLIOGRAFIA

⦁ CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. 7ª


edição. São Paulo : Makron Books. 2003.
⦁ MAXIMINIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração. 6.
ed. São Paulo : Atlas : 2004.
⦁ SILVA. Adhelfino Teixeira da. Administração Básica. 5ª edição . São
Paulo : Atlas : 2009.
⦁ OLIVEIRA, Lucia Maria Barbosa; VIEIRA, Marcelo Milano Falcão.
Administração Contemporânea: Perspectivas Estratégicas. 1. Ed 2ª
tiragem. São Paulo : Atlas, 1999.
⦁ GURGEL, Claudio; RODRIGUES, Martius Vicente Rodrigues y.
Administração: Elementos Essenciais para a Gestão de Organizações. 1
ed. São Paulo. Atlas : 2009.

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