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Resultados: o Setor de Aviação
4.1.
A Aviação no Brasil
4.1.1.
Os Primórdios da Aviação Brasileira
4.1.2.
Fase de Expansão (1945-1960)
da América Latina em 1960, com uma frota de 118 aeronaves. Iniciou suas
operações entre São Paulo (Congonhas) e Rio de Janeiro (Santos Dumont) em
fevereiro de 1946. Em 1960, detinha trinta por cento do mercado nacional de
passageiros e voava para sete países (Medeiros, 1979).
Ainda na década de 1950, a VARIG tinha interesse em expandir-se
internacionalmente. Foi assim que, em 1951, ligou Montevidéu a Buenos Aires e
em 1953 retomou a concessão da linha para Nova Iorque, que a Cruzeiro do Sul,
sua detentora inicial, não explorava (Freitas, 1996).
Procurando acompanhar a evolução tecnológica do transporte aéreo nos
países mais desenvolvidos, as empresas mais fortes engajaram-se em programas
de reequipamento, bastante ambiciosos para a época. O excesso de oferta que se
estabeleceu, em relação à demanda então existente, culminou por tornar
antieconômicos os vôos oferecidos pelas empresas. O mercado da época, de
dimensões reduzidas, não foi suficiente para viabilizar o funcionamento de um
número tão grande de empresas. Como resultado, todas se enfraqueceram, sendo
que muitas faliram ou foram absorvidas por outras. Várias, ainda, acabaram se
fundindo.
47
4.1.3.
Fase de Crise (1961-1964)
Nos anos 60, devido à recessão por que passava a economia brasileira, o
ritmo de desenvolvimento do tráfego aéreo diminuiu. Contudo, face às
transformações políticas ocorridas na época, notadamente em decorrência da
Reforma Administrativa de 1967, o Ministério da Aeronáutica recebeu, formal e
definitivamente, a atribuição de orientar, coordenar e controlar a Aviação Civil.
alguns pilotos independentes, cada qual com sua aeronave, que decidiram
transportar passageiros e cargas nos pequenos aviões monomotores Cessna,
unindo a região norte do Paraná à região sul dos estados de São Paulo e Mato
Grosso do Sul. Em 1963, o Comandante Rolim Adolfo Amaro ingressou na
empresa como piloto comercial, onde permaneceu até o ano de 1966, quando a
empresa mudou sua sede social para São Paulo e recebeu seus primeiros aviões
bimotores (TAM, 2000).
A fase descrita acima não foi vencida sem traumas. Em 1975, A Cruzeiro do
Sul, após anos de dificuldades, enfrentou situação pré-falimentar, que somente foi
superada após a Fundação Ruben Berta (controladora da VARIG) assumir seu
controle acionário.
4.1.5.
A Década de 1980
4.1.6.
A Década de 1990
governo para o fato de que a pressa na "abertura dos céus", através da concessão
destas rotas, traria graves conseqüências para a aviação nacional. Tal alerta se
justificava pela reciprocidade que seria dada às empresas estrangeiras,
especialmente às americanas, já acostumadas a operarem em mercados
competitivos.
Entretanto, foi enviado ao Congresso Nacional, para votação, o acordo
aéreo entre o Brasil e os Estados Unidos. Sob a fórmula "TRANSBRASIL na
Costa Leste e VASP na Costa Oeste dos Estados Unidos", este acordo permitia
também a entrada, nessas rotas operadas pela VARIG, de uma terceira empresa
aérea norte-americana. Autorizada a concessão das rotas, os vôos semanais para
os Estados Unidos foram assim divididos inicialmente: 32 da VARIG (68%), 11
da TRANSBRASIL (23%), 4 da VASP (9%).
No mercado brasileiro, as tendências do tráfego doméstico e internacional
continuavam desfavoráveis. Nas linhas domésticas, a ocupação dos assentos, que
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de até 30% ao mês. Essa instabilidade econômica provocava uma política de juros
elevados que comprometia ainda mais os encargos financeiros das empresas
aéreas brasileiras. Paralelamente, as empresas aéreas estabeleciam uma política de
elevação das tarifas domésticas como alternativa para enfrentar a crise.
No período, surgiam ainda empresas operadoras de vôos "charter", que
ofereciam vôos semanais e cobravam tarifas de 33% a 40% mais baratas do que as
tarifas mínimas praticadas naquela época. Pode-se citar como exemplo a Air Vias
Brasil, atuando no segmento doméstico, e a American Trans Air, no segmento
internacional. Estas empresas voavam para os estados do Nordeste e do Rio de
Janeiro e na rota São Paulo-Miami, respectivamente.
Uma das possíveis soluções para a crise da época considerada procedeu de
investimentos em tecnologia. A VARIG implementou um processo
computadorizado denominado Revenue Management. Este processo foi
responsável por selecionar, entre as solicitações de reserva de passageiros, aquelas
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4.1.7.
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Fase Atual
A General Electric não é uma companhia aérea, mas é uma das maiores
empresas do setor no Brasil. VARIG, TRANSBRASIL, GOL e TAM dividem
seus projetos e planos estratégicos com a megaempresa. Além de ser o
conglomerado industrial que produz as turbinas usadas por 90% dos jatos Boeing
no Brasil, sua divisão de leasing, a GECAS, é a maior financiadora de aviões do
mundo.
A dependência em relação à GE deixou a TRANSBRASIL em uma
situação delicada. Desde maio de 2000, a crise na companhia aérea vem se
acentuando. Os problemas financeiros dificultam o pagamento de funcionários e
inviabilizam novos contratos de leasing para o aluguel de mais aeronaves. Em
meados deste ano a companhia precisou devolver aviões alugados e ficou sem
aeronaves para a ponte aérea Rio-São Paulo. Todos os passageiros que compraram
bilhetes da TRANSBRASIL na ponte aérea voaram pela concorrente TAM. Ainda
neste ano, a companhia implementou um programa de demissões e cancelou
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4.2.
Desregulamentação aérea em outros países
4.2.1.
O Exemplo da Desregulamentação Aérea nos Estados Unidos
4.2.2.
O Exemplo da Desregulamentação Aérea na Europa
conscientização por parte das companhias de que a alta freqüência passou a ser
uma das melhores ferramentas de competição, o que ocasionou a redução do
tamanho das aeronaves e o aumento das freqüências (mesmo considerando que
uma aeronave menor significa custos mais elevados por assento-kilômentro). Essa
mudança operacional resultante do processo de liberalização é um fator
importante, pois um número maior de freqüências afeta diretamente o problema
de espaços nos aeroportos (slots), conseqüentemente aumentando o
congestionamento do tráfego aéreo.
Outro fator importante que ocorreu na área operacional foi a exploração de
novas operações de "quinta-liberdade", pelas companhias aéreas européias. Em
janeiro de 1993, todas as restrições ao uso internacional da "quinta-liberdade", ou
vôos de cabotagem, dentro da União Européia foram totalmente abolidas
(DAC,1997). Como resultado, um número grande de serviços foi introduzido, pois
as companhias foram autorizadas a operar em outros setores domésticos dos
países da comunidade. Porém, nas linhas internacionais, a oferta nesses trechos
era restrita a 50%.
Considerando o que foi descrito sobre a desregulamentação européia,
algumas conclusões podem ser apresentadas:
§ Não ocorreu a entrada no mercado de nenhuma empresa de grande porte
nova para fazer frente às empresas tradicionalmente estabelecidas, pois
68
4.3.
A Star Alliance
Tabela 13: Dados comparativos entre as três principais alianças (não incluindo os três novos
membros da Star Alliance).
Star Alliance One World Sky Team
Número de empresas participantes 14 8 6
Número de destinos 729 575 512
Salas Vip 500 340 350
Passageiros / ano 292 milhões 240 milhões 28 milhões
Número de funcionários 280.000 260.000 186.000
Número de vôos / dia 10.000 8.500 8.200
Frota 2.100 2.000 1.225
Receita Anual US$ 68 bilhões US$ 50 bilhões US$ 40 bilhões
Futuros Membros
Asiana Airlines 64 8.447 Seul
LOT Polish Airlines 51 4.355 Varsóvia
Spanair 49 2.750 Madri e Barcelona
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Amb
Safety
Purchasing
Product & Services Loyalty and Marketing Information Technology Network Sounding Sales Sounding
Board Sounding board Sounding Board Board Board
Sales Development
Network Advisory Group – Este grupo seria responsável por elaborar uma
rede de linhas global que claramente sirva às necessidades dos passageiros
internacionais freqüentes, de modo a manter a Star Alliance à frente dos
competidores e maximizar a receita de seus membros. O grupo cobriria todas as
partes cruciais do planejamento de malha, com foco em uma maior integração dos
membros da Star Alliance, através da formação de estratégias de malha tanto
globais quanto regionais para a Star Alliance. Isto incluiria, mas não se limitaria a:
§ Fortalecimento e desenvolvimento de um sistema de hubs global;
§ Planejamento e estratégias de marketing conjuntas;
§ Identificação de novas oportunidades na malha;
§ Desenvolvimento de cenários de crescimento;
§ Análise contínua do desempenho da malha da Star Alliance;
§ Identificação de sinergias na malha;
§ Elaboração de estratégias de malha para reduzir os custos individuais de
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cada membro.
§ Orçamento/controle;
§ Auditoria financeira da Star Alliance GmbH;
§ Aprovação de processos e procedimentos financeiros propostos pela Star
Alliance referentes a planejamento, aprovação do projeto, contabilidade e
elaboração de relatórios;
§ Agir como órgão de revisão e aprovação da Star Alliance no que concerne
a políticas e procedimentos financeiros;
§ Disseminação de políticas, procedimentos e processos financeiros da Star
entre os membros;
§ Disseminação dos orçamentos da Star entre os membros, assegurando o
comprometimento destes com o orçamento final aprovado pelo CEB
(Chief Executive Board) da Star.
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4.4.
Respostas às Questões Intermediárias Propostas – Passos da
Metodologia
4.4.1.
Questão referente ao passo (1): Qual é a estratégia de negócio da
VARIG?
FRB-Par Insurance
Postura competitiva:
Esta pôde ser mais bem compreendida na leitura da missão (conforme
mencionado na página 79) e dos compromissos da VARIG elencados a seguir:
Nossos Compromissos com
A. O Cliente – Nosso maior compromisso é para com o cliente, merecedor
do máximo de nossos esforços através da busca permanente da excelência
de nossos serviços.
B. Os Acionistas – Os acionistas são nossos parceiros permanentes na
continuidade e evolução do negócio, e a eles deverá ser assegurada uma
justa remuneração.
C. O Colaborador – Reconhecendo o ser humano como centro de nossas
atenções, o nosso compromisso é o de incentivar o seu desenvolvimento
profissional e pessoal, bem como lealdade e dedicação são, todavia,
requisitos essenciais para que ele possa exercer a co-responsabilidade na
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evolução da empresa.
D. A Empresa – Assegurar a competitividade e o comprometimento com a
excelência dos nossos serviços, atuando de forma ágil, dinâmica, austera e
eficaz dentro dos princípios de ética e confiabilidade. Mantê-la
tecnologicamente avançada e desenvolver a sinergia com parceiros que
permita ampliação de nossas atividades.
E. A Comunidade e o Meio Ambiente – Interagir estreitamente com a
comunidade, visando contribuir para o bem estar comum e a preservação
do meio ambiente.
F. O País – Participar do processo de integração e desenvolvimento do
país, mantendo-se como um dos símbolos da qualidade do produto
brasileiro em nível mundial. Manter e expandir a presença da bandeira
brasileira nos mercados internacionais” (VARIG, 2001).
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Processo Estratégico:
Com base na investigação documental, concluiu-se que o processo
estratégico na VARIG envolvia duas instâncias de poder: o Colégio Deliberante
da Fundação Ruben Berta, proprietária majoritária do Grupo VARIG, e o
Conselho de Administração da VARIG:
§ Colégio Deliberante: é órgão de poder supremo da Fundação, no tocante à
eleição e destituição dos membros do Conselho de Curadores, à exclusão de
membros do próprio Colégio, à aplicação dos bens da Fundação e ao mais que
pertencer a seu negócio. Integram este Colégio cerca de 220 funcionários de
carreira do Grupo, que por indicação ou mérito são eleitos pelos demais
membros. O Conselho de Curadores, composto de sete membros do Colégio
eleitos por seus pares, é responsável por estabelecer a orientação geral das
84
4.4.2.
Questão referente ao passo (2): Dadas suas características, a
estratégia tem o potencial para explorar as oportunidades e
minimizar as ameaças criadas pelos fatores macro-ambientais e
pelos atores-chave ao assumirem seus papéis?
Tabela 17: Implicações Estratégicas dos fatores macro-ambientais externos à Indústria de Aviação, nos diferentes níveis: internacional, país, indústria e empresa.
FATORES NÍVEL NÍVEL PAÍS NÍVEL INDÚSTRIA OPORTUNIDADES AMEAÇAS
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INTERNACIONAL
POLÍTICOS
Regime Político A democracia é a ideologia No Brasil, além da democracia Condições favoráveis à
dominante nos países com os em fase de consolidação, desde implementação da estratégia
quais o Brasil mantém o Plano Real em 1994 (com a orientada ao cliente da VARIG.
relações comerciais. reeleição do mesmo Governo)
observa-se um período de
Fim da União Soviética. estabilização e continuidade
política.
Estabilidade do Crise política e econômica na Aumenta a atratividade relativa Aumenta a percepção de risco
Governo Argentina do Brasil para investimentos dos países da América Latina
externos.
Perspectiva de vitória da Incertezas com relação à
oposição nas eleições de 2002, política adotada pelo Governo
trazendo perspectivas de com relação ao setor aéreo
mudanças no quadro político, nacional.
barganhas políticas e
turbulências no cenário
brasileiro, face às reformas
propostas pelo novo Governo.
Políticas de Faltam políticas de incentivo às Desde o Governo Collor houve Possibilidade de ajuda por parte Possibilidade de o Governo não
Incentivo grandes empresas de aviação do abertura do mercado aéreo às do Governo, por meio de seu oferecer qualquer tipo de
país. empresas estrangeiras, deixando banco de fomento (BNDES), de auxílio, deixando a solução por
as empresas nacionais de modo a sanar as finanças das cont das próprias empresas.
receber incentivos para voar empresas aéreas nacionais.
para pontos remotos do país.
Protecionismo Protecionismo crescente das No Brasil há protecionismo Defesa dos interesses da Tendência crescente de
nações desenvolvidas (em somente com relação à indústria indústria brasileira de transporte estabelecimento de acordos
especial EUA e Europa) em de manufatura de aeronaves de passageiros e carga frente a “Open Skies”, ou seja, total
relação à indústria de aviação, (Embraer). O Governo outros países no cenário liberalidade de concessão de
tanto a manufatura de aviões posiciona-se fortemente junto à mundial, por meio de análise rotas entre países. As
quanto a empresas aéreas. OMC, em relação aos conflitos mais criteriosa ao se conceder concessões hoje, via de regra,
comerciais com outros países, linhas às empresas estrangeiras. são feitas por meio de acordos
notadamente o Canadá. bilaterais entre os países
envolvidos.
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ECONÔMICOS
Capital Tendência de queda da taxas Escassez de poupança interna e Grandes empresas aéreas Disponibilidade de recursos de Baixa disponibilidade e alto
de juros internacionais: de capitais nacionais para concorrentes da VARIG são investidores institucionais no custo de captação no Brasil.
Estados Unidos (FED), União financiar investimentos e baixa empresas globais, na sua Brasil.
Européia (BEC) e Inglaterra. liquidez do mercado de capitais maioria com subsídios de seus Indústria de aviação é
brasileiro. Governos. Maior atratividade de intensiva em capital, porém
Explosão da bolha da “nova investimento em ações vs renda não apresenta retornos
economia”, com falência e Ampla disponibilidade de Dificuldades financeiras e falta fixa. Fluxos de capital em satisfatórios para atrair
desaquecimento da indústria recursos fundos de pensão para de competitividade da indústria direção a países emergentes da recursos de investidores. Tem
da internet. investimentos, principalmente de aviação devido à recessão América Latina para maior sua sobrevivência ameaçada.
aqueles ligados a empresas econômica e ao excesso de retorno.
estatais. oferta no mercado. Pressão por menores custos na
indústria de aviação por meio
do ingresso de empresas “low-
cost, low-fare”.
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Cenário Crises econômicas, e baixa Estabilidade econômica, com Agravamento da crise Situação econômica favorável Demanda do setor estagnada.
Macroeconômico perspectiva de crescimento inflação sob controle e com financeira das maiores no país, com maior Crises econômicas
econômico mundial. metas estabelecidas frente ao empresas aéreas do mundo, estabilidade – aumento das influenciam negativamente a
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FMI. devido à retração da economia e vendas mercado interno. demanda por passagens
Crescimento econômico de aos eventos de 11 de setembro aéreas, causando ciclos de
nações em desenvolvimento Desvalorização do real frente de 2001 e Guerra do Iraque. baixa de demanda e de preço,
(tais como Coréia, China, ao dólar. comprometendo
Índia, etc). significativamente os
Aumento do déficit público e resultados das empresas.
maior necessidade de
financiamento via emissão de As companhias aéreas
títulos públicos, provocando estrangeiras estão sujeitas a
alta de taxa de juros no Brasil. encargos tributários
significativamente menores do
Internacionalização das que suas congêneres nacionais,
empresas e maior exposição ao proporcionando a estas grande
mercado de capitais. vantagem competitiva.
Maior competitividade.
Tecnologia Desenvolvimento tecnológico Abertura da economia no início Rápido desenvolvimento da Estabelecimento de laços mais Perda do contato direto com o
contribui para redução de da década de 90 promoveu a tecnologia de equipamentos de fortes com os clientes, parceiros cliente, causando
custos de distribuição, por modernização da indústria suporte à tomada de decisão e fornecedores. distanciamento no
meio de vendas em canais nacional. (CRM, ERP, etc.). relacionamento.
indiretos. Aumento da produtividade e
Necessidade de investimento redução de custos no setor Indústria é intensiva em capital
intensivo para garantir aéreo. e tem atratividade de recursos
atualização tecnológica de relativamente baixa.
equipamentos e processos, e
manutenção de
competitividade.
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A análise dos dados das fontes mencionadas, com o auxílio dos construtos
e indicadores de Austin (1990) sugeriu fortemente que as maiores oportunidades e
ameaças provêm de fatores políticos e econômicos, dentre os quais destacam-se:
• Oportunidades: proteção da indústria nacional de aviação por órgãos
regulatórios, situação econômica do país favorável e aumento da
produtividade e redução de custos no setor;
• Ameaças: incertezas com relação à política a ser adotada pelo Governo
para o setor aéreo, tendência de liberalização das concessões oferecidas às
empresas (“Open Skies”), demanda do setor estagnada e mão-de-obra
intensiva e altamente especializada.
Outro fator importante era que, nos Estados Unidos, as empresas poderiam
entrar em concordata (Chapter 11), enquanto que no Brasil o CBA (Código
Brasileiro de Aeronáutica) proibia tal ação. O Governo sempre declarou
entender que o setor aéreo era estratégico para o país, e que pretendia
tornar a aviação nacional mais forte, por meio do estabelecimento de um
novo marco regulatório.
• Tendência de liberalização das concessões oferecidas às empresas aéreas
(“Open Skies”): historicamente as concessões de linhas aéreas era feita,
em grande parte, por meio de acordos bilaterais entre os países envolvidos,
procurando-se obter o equilíbrio de forças entre os países e a proteção de
seus respectivos mercados aéreos. Durante o período estudado havia uma
forte tendência a uma política de concessões de linhas aéreas mais flexível,
sem que houvesse necessariamente este equilíbrio. Esta política, chamada
de céus abertos (“Open Skies”), era promovida principalmente pelos
Estados Unidos, berço das maiores empresas de aviação do mundo, e dona
da maior frota. Haviam entendimentos avançados neste sentido com o
Reino Unido, porém forte resistência por parte dos demais países,
principalmente aqueles situados na América do Sul, onde a aviação ainda é
incipiente, não havendo nenhuma empresa que pudesse fazer frente a uma
grande empresa, como a American Airlines, por exemplo. A
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Atores/Papéis Estratégicos
- Empresas estrangeiras de aviação
Novos
Novos - Empresas regionais “star -ups”
Entrantes
Entrantes
- Empresas “low cost / low fare”
Moderada
Concorrentes
Concorrentes
Forte
VARIG
VARIG Clientes
Clientes
Forte
Moderado
Fraca
Fornecedores
Fornecedores Substitutos
Substitutos
Complementors
Complementors
- Elevado “ switching cost” de fornecedores - Tele e videoconferências
- Elevadas barreiras de entrada a novos players - Boa malha ferroviária e rodoviária (EUA e Europa)
“Complementadores”
Tabela 18: Atores e Papéis na Indústria de Aviação, suas caracterizações e as ameaças e oportunidades representadas às empresas:
Atores e Papéis Caracterizações Oportunidades Ameaças
Real Potencial Real Potencial
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Novos Entrantes
- Economias de escala Necessidade de grande volume de tráfego X
- diferenciação de produto Relativamente alta X
- vantagens de custo independente de escala
. propriedade tecnológica Tecnologia disponível entre as empresas do setor X
. know-how Know-how homogeneamente distribuído X
. localização geográfica Presença global X
. vantagens de custo advindas de curva de aprendizado Indústria madura; empresas aéreas já detêm larga experiência. X
- regulação governamental à entrada Necessidade de novo marco regulatório para o setor, fiscalizando e X
controlando as operações das empresas.
- requerimentos de capital Negócio altamente intensivo em capital, de alto risco. X
- custos de mudança dos consumidores Diferenciação alta dos serviços e atitude conservadora dos clientes X
- acesso a canais de distribuição Acesso facilitado pelos Sistemas Globais de Distribuição (GDSs) X
e pela intermet.
Rivais
- quantidade de rivais Elevada X
- caracterização dos rivais Extremamente competitivos; empresas globais poderosas. X
- velocidade de crescimento da indústria Baixa. Indústria madura com crescimento vegetativo X
- intensidade dos custos fixos ou de estocagem Elevados X
- características de diferenciação do produto ou custos de Moderadas; especificações rígidas de qualidade e X
mudança reprodutibilidade.
- intensidade incremental do aumento da capacidade Baixo; indústria encontra-se saturada, com excesso de oferta. X
- diversidade de comportamento dos rivais Relativamente semelhante entre as grandes empresas X
- intensidade do comprometimento estratégico Extremamente elevada X
- intensidade das barreiras de saída Elevadas, devido à grande quantidade de capital investido. X
Fornecedores
- grau de concentração dos fornecedores Relativamente alto para a maioria dos fornecedores X
- existência de substitutos aos insumos Baixo; poucos substitutos. X
- importância do insumo para o processamento do comprador Elevada X
- diferenciação do insumo Elevada X
- custo de mudança para o comprador Elevado X
- capacidade de integração para a frente dos fornecedores Baixa X
Clientes (indústria de aviação mundial)
- grau de concentração Baixa X
- importância do serviço para a qualidade final do produto Elevada X
oferecido
- volume de informação detido pelo cliente Elevado X
Substitutos
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Tabela 19: Atributos desejáveis para cada variável principal, no caso da estratégia de orientação ao cliente – Baseado em Macedo-Soares (2000)
Variável / Atributos Necessários / Desejáveis Caracterização Força Fraqueza
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a.2. Equipes Multifuncionais, interfuncionais, com alto grau Intercâmbio multifuncional limitado e baixo X
de empowerment. grau de empowerment.
a.4. Sistemas Integrados através dos processos Orientados a processos funcionais, com alto X
Gerenciais interfuncionais, com uma perspectiva de grau de departamentalização.
orientação para clientes.
Início de implementação de ERP e CRM. X
a.5. Sistemas De educação continuada dos gestores e staff, para Preocupação contínua em acompanhar o estado- X
Educacionais aquisição de competências necessárias à melhoria da-arte da tecnologia; ênfase no treinamento,
(Treinamento) contínua dos processos e performance, aquisição principalmente dos gestores.
de novas tecnologias e, para aquisição de
habilidades específicas do pessoal operacional.
a.6. Sistemas de Visíveis, balanceados, abrangentes, consistentes, Preocupação constante com o aprimoramento X
Medição de adaptáveis às mudanças, integrando todos os dos sistemas de medição de desempenho, porém
Desempenho subsistemas de medição e, alinhados aos
objetivos explicitados na estratégia. não existem indicadores que meçam o X
alinhamento com os objetivos explicitados na
estratégia.
b) Organização Soft
b.1. Cultura Cultura voltada para a melhoria contínua do Cultura tradicional e bem marcada, muito voltada X
Organizacional desempenho da organização e orientada para os para o desempenho operacional.
clientes e outros stakeholders, com preocupação
com a qualidade de vida, ambiente, ética e Ênfase em qualidade do produto, orientada ao X
responsabilidade social. cliente.
b.2. Estilo de Liderança Visível comprometimento da gerência com a nova Apesar de se considerar comprometida com a nova X
estratégia, liderança coach-style. estratégia, o estilo de liderança ainda tem fortes
características de comando e controle.
b.3. Comunicação Ampla e interfuncional, favorecendo constante Comunicação interna restrita às áreas da empresa X
Informal feedback sobre as metas e medidas de que têm acesso à intranet corporativa; dificuldade
desempenho. de acesso aos níveis operacionais.
c) Tecnologia Hard
Tecnologias de Sistemas em tempo real, abrangentes e integrados Convivência de sistemas de grande porte com X
Informação (hardware e software) com acesso amplo a todos sistemas de rede de microcomputadores. Sistemas
os níveis decisórios. parcialmente integrados (ERP).
d) Tecnologia Soft
d.1. Metodologias e Metodologias e técnicas de medição do Ênfase em indicadores operacionais e financeiros. X
técnicas específicas desempenho global, setorial e individual, que
Medições de incluem dimensões quantitativas e qualitativas de
desempenho forma balanceada. Em fase de estudos (CRM)
Gestão por processos Metodologias de gestão por processos orientados X
para o cliente, baseadas em fatos e dados e
apoiadas por técnicas de melhoria contínua.
Treinamento Metodologias de treinamento, programas e Ênfase em treinamento e desenvolvimento de
incentivo ao desenvolvimento de novas soluções soluções para atender melhor o cliente X
que incorporem requisitos dos clientes, visando o
crescimento futuro da organização.
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d.2. Inovação Técnicas de medição que incorporam medidas Ênfase no desenvolvimento tecnológico, geração X
referentes ao progresso derivado de projetos de novas idéias, aperfeiçoamento.
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inovadores.
e) Físicos
Ativos Instalações no estado-da-arte em termos de Instalações com ganho de escala, baixos custos, X
Fixos/Equipamentos/ tecnologia, com ganho de escala, alto padrão de alto padrão de qualidade e tecnologia
Instalações de qualidade; alto nível de produtividade. atualizada.
produção
Infra-estrutura Logística de transporte competitiva e confiável. Logística de transporte eficaz, confiável e X
competitiva.
f) Pessoas
Talentos e Capacidades Habilidades, conhecimento e potencial para Habilidades e técnicas bem desenvolvidas. X
adquirir as necessárias competências para Programa de Gestão de Competências aplicado
aplicação de novas metodologias e práticas, que corpo gerencial. Necessidade de reavaliar
incluem solução de problemas, melhoria de mecanismos para atração e retenção de talentos.
processos e sistemas de medida balanceados.
g) Financeiros
Geração de caixa Alta capacidade de geração de caixa para financiar Alto potencial de geração de caixa para X
investimentos e atividades financiar a manutenção das atividades e o
crescimento no longo prazo, porém...
Capital - Estrutura Estrutura de capital que assegure um baixo nível de Alto nível de alavancagem para obtenção de X
alavancagem financeira para obtenção de recursos recursos de longo prazo a custos mais baixos para
de longo prazo a custos mais baixos, de modo a financiar ampliações de capacidade conforme
financiar ampliações de capacidade, conforme a demanda.
demanda.
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h) Desempenho
Dimensões Alta geração de caixa, alta rentabilidade. Alto potencial para geração de caixa, porém X
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Dimensões Qualitativas Índices que mostrem desempenho satisfatório para Ênfase na satisfação dos clientes: a VARIG X
Satisfação dos cada um de seus stakeholders: recebeu pela quarta vez o troféu World Travel
stakeholders - acionistas Awards, escolhida por cerca de 21 mil agentes de
- clientes viagens como a melhor empresa aérea da América
- fornecedores Latina.
- empregados
- comunidade Pesquisa de Clima Organizacional aponta nível de X
satisfação moderado dos empregados.
Dimensões Qualitativas Alta qualidade de produtos. Pelo quarto ano consecutivo a VARIG foi X
- Qualidade de produtos reconhecida e premiada pela criatividade de seus
e serviços produtos e inovação em seu serviço de bordo no
17º Onboard Service Awards, recebendo cinco
prêmios neste evento.
Dimensões Qualitativas Ênfase em inovação. Grande número de projetos de desenvolvimento de X
- Inovação produtos customizados. Alto índice de geração de
novas idéias para melhorias e novas práticas
operacionais.
Obs: As principais implicações estão marcadas em negrito.
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Forças Organizacionais
Fraquezas Organizacionais
Desempenho
-50.000 -2,0%
-3,0%
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-3,54%
-100.000 -4,0%
1997 1998 1999 2000 2001
-20,00%
-23,37%
-25,00%
-30,00%
1997 1998 1999 2000 2001
AMERICAN UNITED LUFTHANSA VARIG
110
Fonte: IATA
Tabela 20: Evolução dos Indicadores Operacionais da VARIG
111
2981699
2894327 2825493 2772308 2664928
2000000
1500000
1000000
500000
0
1997 1998 1999 2000 2001
Fonte: IATA
80% 81%
75% 73%
70%
70%
69%
70% 68%
66%
67% 70% 70%
66%
67%
69%
65% 64%
65% 66%
66%
60% 62%
62%
55%
1997 1998 1999 2000 2001
Fonte: IATA
4.4.4.
Questão referente ao passo (4): Quais são as alianças estratégicas e
outros relacionamentos da empresa que constituem sua ego-rede?
concordo 37%
concordo completamente 43%
discordo 7%
discordo completamente
60%
40%
20%
7% 3%
0%
Clientes Fornecedores Concorrentes Complementors Novos Substitutos
Entrantes
ambos
37%
multilaterais
56%
bilaterais
7%
115
60%
46%
40%
25%
20% 15%
10%
4%
0%
0%
Concorrentes Fornecedores Complementors Clientes Novos Entrantes Substitutos
70%
67%
Proporção dos Respondentes
60%
50%
40%
30%
20% 17%
10%
10%
7%
0% 0%
0%
discordo discordo não concordo concordo concordo não se aplica
completamente nem discordo completamente
116
40% 38%
Proporção dos Respondentes
30%
30%
23%
20%
10% 7%
3%
0%
Capital Recursos Recursos Inovação Outros
Informacional Financeiros Tecnológicos
117
35%
31%
28%
Proporção dos Respondentes
30%
25%
20% 17%
16%
15%
10% 7%
5%
0%
Recursos Recursos Recursos Inovação Outros
Físicos Financeiros Tecnológicos
35%
30%
Proporção dos Respondentes
30%
25%
24%
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0116526/CA
21%
20%
14%
15%
11%
10%
5%
0%
Capital Recursos Recursos Inovação Outros
Informacional Físicos Tecnológicos
50%
Proporção dos Respondentes
41%
40%
29%
30%
20% 18%
10% 6% 6%
0%
Capital Recursos Recursos Inovação Outros
Informacional Físicos Tecnológicos
118
67%
70% 70% 63%
60% 60%
50%
50%
40%
40% 30%
30%
30%
20%
20% 13% 13% 7%
10%
7% 0%
10%
0%
0%
Ilimitado Satisfatório Insuficiente Não se
Ilimitado Satisfatório Insuficiente Não se aplica aplica
Concorrentes Complementors
60% 50%
40%
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0116526/CA
50% 40%
40% 30%
27%
30% 20%
20% 10%
7%
7% 0%
10% 3% 0%
0%
Ilimitado Satisfatório Insuficiente Não se
Ilimitado Satisfatório Insuficiente Não se aplica aplica
Clientes Fornecedores
90% 80%
77% 70%
80% 70%
Proporção das Pessoas
Concorrentes Complementors
0% 0%
Fácil Difícil Não se Fácil Difícil Não se
aplica aplica
Clientes Fornecedores
40%
40% 40%
Concorrentes Complementors
90% 60%
77%
Proporção das Pessoas
80% 50%
70% 50%
60% 40%
50%
40% 30%
20%
30% 17%
17% 20% 13%
20%
7% 10%
10% 0%
0% 0%
Fraca Média Forte Não se Fraca Média Forte Não se
aplica aplica
120
Gráfico 22: Natureza das Alianças da VARIG com cada Classe de Parceiro
Clientes Fornecedores
70% 80%
60% 70%
Proporção das Pessoas
Concorrentes Complementors
70%
Comercialização em Conjunto 5%
Joint Venture 6%
Gráfico 27: Inserção da VARIG em Redes como Parte de Sua Estratégia e seus Parceiros
50%
43%
45%
40% 37%
35%
30%
25%
20%
13%
15%
10% 7%
5%
0%
0%
não concordo nem discordo discordo concordo concordo
discordo completamente completamente
25%
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0116526/CA
15%
10%
5% 3%
0%
0%
Clientes Fornec. Concor. Substit. Novos Entrantes Complem.
50%
40%
30%
20% 17%
13%
10% 7%
0%
0%
discordo discordo não concordo nem concordo concordo
completamente discordo completamente
125
4.4.5.
Questão referente ao passo (5): Dadas suas características, a
estratégia é adequada na medida em que tem o potencial para
capitalizar as forças criadas pelos recursos da ego-rede da empresa,
reduzindo eventuais fraquezas associadas, de modo a explorar as
oportunidades macro-ambientais constituídas pela rede,
minimizando eventuais as ameaças?
50%
47%
40%
33% 30% 31%
30% 23%
20%
20%
10% 10%
10% 3%
0%
Clientes Fornecedores Concorrentes Complementors
60% 54%
45%
50%
40% 34%
26% 25%
30% 21% 21%
21%
20%
10% 4%
3%
0%
Clientes Fornecedores Concorrentes Complementors
57%
Proporção dos Respondentes
60%
53%
50%
50% 47%
43%
40% 37%
33%
30%
23%
20%
10% 10%
10%
10% 7%
0%
Star Alliance Setor de Aviação Maiores Empresas Principais Destinos
uma característica importante, uma vez que é uma medida da posição relativa na
rede da empresa focal versus seus concorrentes. A percepção geral de uma
centralidade média/alta por parte dos respondentes do questionário semi-
estruturado sugeriu que a VARIG pôde se beneficiar dos diversos relacionamentos
com seus clientes atuais e potenciais.
A respeito da característica de equivalência, o Gráfico 32 mostra que, de
acordo com a percepção de 70% dos respondentes no período estudado (1997 a
2001), a indústria de aviação e os demais prestadores de serviços (operação e
manutenção, limpeza e conservação patrimonial, etc.) podiam ser considerados
equivalentes, ou seja, compartilhando os mesmos clientes, o que permitia que o
estabelecimento de parcerias entre eles proporcionasse oportunidades de
melhorias dos serviços prestados a seus clientes. No entanto, quando se procurou
comparar a indústria de aviação com os demais modais de transporte (ferroviário,
rodoviário e marítimo, por exemplo), 43% dos respondentes não as percebiam
como equivalentes (Gráfico 32). Uma justificativa poderia ser o caráter
diversificado dos clientes atendidos por estes diferentes modais de transporte.
129
Gráfico 32: Equivalência Estrutural entre a Indústria de Aviação e demais prestadores de serviços.
40%
30%
20%
20% 17%
10% 3% 7%
0%
0%
discordo discordo não concordo concordo concordo não se aplica
completamente nem discordo completamente
Gráfico 33: Equivalência Estrutural entre a Indústria de Aviação e demais modais de transporte.
45%
40%
40%
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0116526/CA
35%
30%
30%
25%
20%
20%
15%
10% 7%
3%
5%
0%
0%
discordo discordo não concordo concordo concordo não se aplica
completamente nem discordo completamente
sim
17% não
63%
não sei
20%
Padrão de laço Força real pela natureza confidencial dos acordos, protocolos de
Laços “invisíveis” intenção, etc., que pode tornar a informação inimitável e permitir
vantagens de "first mover".
Alinhamento Falta de processos Fraqueza potencial pelo falta de um processo claro que garanta o
Estratégico formais de alinhamento estratégico das alianças da VARIG, permitindo
alinhamento direcionar seus recursos para implementar de forma mais eficaz sua
estratégia.
Medição de Não Possui Fraqueza Real pela inexistência de indicadores para medir o quanto
Desempenho as alianças/redes contribuem para seu desempenho global.
Compatibi- Estratégia e Força real pela busca por parceiros compatíveis em termos de
lidade de Complementari- estratégias operacionais e complementaridade de recursos valiosos,
Parceiros dade de Recursos raros, inimitáveis e insubstituíveis, pois fortalece a competitividade
da VARIG e minimiza potenciais conflitos com parceiros.
Governança Existência de Força real: a utilização de instrumentos e mecanismos formais que
Mecanismos estabelecem regras de conduta dos participantes tais como Acordos
Formais de Acionistas, contratos, comitês, etc., constituem força real para a
VARIG, podendo proporcionar uma maior garantia de que o
comportamento dos participantes será regido de modo apropriado,
atingindo os objetivos e resolvendo/minimizando conflitos de
interesse.
Gestão das Processos Fraqueza potencial: os processos de gerenciamento das alianças da
Alianças em VARIG ainda não estão plenamente desenvolvidos, constituindo-se
Desenvolvimento uma fraqueza potencial, pois estes poderiam proporcionar uma
maior garantia de que as alianças estão sendo conduzidas conforme
desejado, visando atingir seus objetivos.
Gestão de Processos Fraqueza potencial: o fato de possuir processos ainda incipientes
Mudanças em para a gestão de mudanças ainda pode ser considerada uma
Desenvolvimento limitação séria da VARIG, pois a natureza dinâmica do cenário
competitivo e das alianças/redes requer mecanismos para maior
adaptação e gestão das mudanças à medida que as alianças evoluem.
É recomendável promover mudanças na cultura, treinamentos e
maior flexibilidade na organização para adaptar-se de forma mais
efetiva.
Experiência Mais de 5 anos Força real na ampla experiência de alianças em alianças bilaterais e
de Alianças múltiplas com clientes, fornecedores e concorrentes, ao conferir
vantagem em termos da “curva de aprendizagem” e do capital social
e informacional sobre possíveis parceiros, reputação, confiança, etc.
132
Gráfico 35: Uso de Indicadores de Desempenho para Medir Contribuição das Alianças
67%
70%
60%
Proporção das Pessoas
50%
40%
33%
30%
20%
10%
0%
0%
Não Não sei Sim
133
Gráfico 36: Critérios para Medição da Contribuição das Alianças para o Desempenho
Satisfação dos
clientes 36%
Outros 5%
Gráfico 37: Percepções sobre o Estágio Atual de Desenvolvimento de Rotinas e Processos para
Administração das Redes
70%
40%
40% 33% 60%
Proporção das Pessoas
Rotinas e Processos de Gestão das Alianças Processos de Gestão de Mudança das Alianças
50% 50%
47%
40%
40% 40% 33%
33%
Proporção das Pessoas
20% 20%
13%
10% 7% 10%
0%
0% 0%
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0116526/CA
Avançado Em Ainda incipiente Não possui Avançado Em Ainda incipiente Não possui
desenvolvimento desenvolvimento
30%
Proporção das Pessoas
26%
20%
20% 18%
10%
0%
Fatores Culturais Falta de Falta de Outros
Treinamento Flexibilidade