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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
2015
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Tecnologia
Curso de Engenharia Civil
elaborado por
Laura Huber Antes
COMISSÃOEXAMINADORA:
In order to develop a model of indexation of construction works prices and budget that
differs from the models that use economic indicators as the INCC-M and the CUB-M,
considering that they use different adjustment rates for each work step, this study was
developed. Firstly, a literature review was done, aiming to conceptualize and contextualize
topics such as budgets, economic indicators and variations of the construction market,
fundamental for the understanding of the present paper. To prove the importance and to
validate the chosen theme, it was developed a case study, which analyses the changes in the
CUB/m², INCC-M, IGP-M and analyses the variations in the input costs of civil construction,
divided into groups of stage of construction work, during 2013 and 2014 in the state of Rio
Grande do Sul. Through this analysis it is possible to prove that each group presents
variations that differ from the others, and the ones with the bigger variation are Structure and
Labour groups. This highlights the importance of developing an index model that varies each
group of stage of construction work according to the variation of the inputs that compose it,
which is done later, using the accumulated variations of each group to index three budgets of
multifamily high standard buildings in Rio Grande do Sul. Thus, it brings a model which
results in more accurate and updated prices and close to the reality, reducing the margin of
error between the budgeted amount and the amount paid by the investor and indicating the
most critical steps, which present the biggest variation.
Gráfico 1 – Evolução dos custos unitários dos insumos para estrutura de concreto ............... 47
Gráfico 2 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para estrutura de concreto
............................................................................................................................................ 48
Gráfico 3 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para estrutura de concreto
............................................................................................................................................ 49
Gráfico 4 – Evolução dos custos unitários dos insumos para revestimentos .......................... 50
Gráfico 5 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para revestimentos ........ 50
Gráfico 6 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para revestimentos ......... 50
Gráfico 7 – Evolução dos custos unitários dos insumos para instalações .............................. 51
Gráfico 8 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para instalações ............ 52
Gráfico 9 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para instalações.............. 52
Gráfico 10 – Evolução dos custos unitários dos insumos para divisórias .............................. 53
Gráfico 11 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para divisórias ............ 53
Gráfico 12 –Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para divisórias .............. 54
Gráfico 13 – Evolução dos custos unitários dos insumos para esquadrias ............................. 55
Gráfico 14 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para esquadrias ........... 56
Gráfico 15 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para esquadrias ............ 56
Gráfico 16 – Evolução dos custos unitários para mão de obra............................................... 57
Gráfico 17 – Variação por período dos custos unitários para mão de obra ............................ 57
Gráfico 18 – Variação acumulada dos custos unitários para mão de obra.............................. 57
Gráfico 19 – Linha média dos grupos – variação de custo em relação ao último mês ............ 58
Gráfico 20 – Linha média dos grupos – variação acumulada ............................................... 58
Gráfico 21 – Variação do CUB/m² RS – jan/2013 a dez/2014 .............................................. 61
Gráfico 22 – Variação do IGP-M – jan/2013 a dez/2014 ...................................................... 62
Gráfico 23 – Variação do INCC-M – jan/2013 a dez/2014 ................................................... 64
LISTA DE APÊNDICES
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 13
1.1 Justificativa .................................................................................................................. 14
1.2 Objetivos ....................................................................................................................... 15
1.2.1 Objetivos Gerais .......................................................................................................... 15
1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 15
1.3 Estrutura do trabalho .................................................................................................. 16
2 METODOLOGIA ....................................................................................... 18
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................... 19
3.1 Custos na construção civil ............................................................................................ 19
3.2 Orçamento .................................................................................................................... 20
3.2.1 Qualidades do orçamento ............................................................................................ 20
3.2.2 Importância do orçamento ........................................................................................... 21
3.2.3 Tipos de orçamentos.................................................................................................... 23
3.2.3.1 Orçamento detalhado ................................................................................................ 24
3.2.3.1.1 Estudo das Condicionantes .................................................................................... 25
3.2.3.1.2 Composição de Custo ............................................................................................ 26
3.2.3.1.3 Determinação do Preço .......................................................................................... 28
3.2.3.2 Estimativa de custo ................................................................................................... 29
3.2.3.2.1 Estimativa de custo pelo custo unitário básico ....................................................... 30
3.2.3.2.2 Estimativa de custos por etapa de obra................................................................... 31
3.3 Atualização de preços e indicadores financeiros da construção civil ......................... 32
3.3.1 Custo Unitário Básico (CUB) ...................................................................................... 33
3.3.1.1 NBR 12.721 ............................................................................................................. 34
3.3.1.1.1 Projetos padrão ...................................................................................................... 35
3.3.1.1.2 Cálculo do CUB .................................................................................................... 36
3.3.2 Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) ............................................................... 39
3.3.3 Índice Nacional de Custos da Construção – Mercado (INCC-M) ................................. 40
3.4 Variação de custos da construção civil ........................................................................ 42
3.4.1 Variação dos custos da construção civil no Rio Grande do Sul .................................... 45
4 ESTUDO DE CASO .................................................................................... 46
4.1 Análise dos custos unitários dos principais insumos da construção civil nos últimos
dois anos ............................................................................................................................. 46
4.1.1 Insumos para execução de estrutura de concreto .......................................................... 47
4.1.2 Insumos para execução de revestimentos ..................................................................... 49
4.1.3 Insumos para execução de instalações ......................................................................... 51
4.1.4 Insumos para execução de divisórias ........................................................................... 52
4.1.5 Insumos para esquadrias .............................................................................................. 54
4.1.6 Mão de obra ................................................................................................................ 56
4.1.7 Linha média dos grupos............................................................................................... 58
4.2 Análise dos principais indicadores financeiros da construção civil em dois anos ...... 59
4.2.1 CUB/m²....................................................................................................................... 59
4.2.2 IGP-M ......................................................................................................................... 61
3.2.3 INCC-M ...................................................................................................................... 63
4.3 Elaboração de modelo de indexação por etapas de obra e índices de indexação ....... 64
4.4 Validação dos índices de indexação ............................................................................. 77
5 CONCLUSÃO ............................................................................................. 79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 81
APÊNDICES......................................................................................................86
13
1 INTRODUÇÃO
O orçamento é uma etapa fundamental para execução de uma obra, com o qual se pode
fazer a análise da viabilidade de realização de um empreendimento no que diz respeito ao seu
custo total. Rocha e Lima (1985 apud KATO, 2013) afirmam que o empreendedor realiza essa
análise financeira e econômica a fim de verificar se o negócio engloba recursos disponíveis
pela empresa e se o mesmo proporciona uma taxa de retorno ativa.
González (2008) defende que existem vários tipos de orçamento onde o padrão
escolhido irá depender da finalidade da estimativa e da disponibilidade de dados. Ou seja,
cabe ao orçamentista definir os critérios, métodos e ferramentas que utilizará em seu
orçamento, de acordo com as necessidades do cliente ou da obra, de acordo com o tempo
disponível, a existência ou não de projetos detalhados, e a finalidade do orçamento.
Se o objetivo é encontrar um valor com uma margem de erro pequena, deve-se optar
por orçamentos mais trabalhosos e que envolvam todos os itens necessários à obra, como por
exemplo, o orçamento detalhado. Porém, se deseja-se obter um custo que apenas estime a
ordem de grandeza do custo total do empreendimento, pode-se realizar a estimativa de custos,
segundo Mattos (2006). Em sua obra, Mattos (2006) afirma que é simples chegar ao custo de
construção de um imóvel através da estimativa de custos, basta aplicar ao somatório de áreas
um indicador de custo por metro quadrado construído, sendo o Custo Unitário Básico (CUB)
o mais utilizado.
O SINDUSCON-MG (2007) afirma que o CUB serve como referência de custos de
diversos empreendimentos, e permite o acompanhamento da evolução do custo de insumos ao
longo do tempo, além de disciplinar o mercado imobiliário, servindo como parâmetro para
cálculo de preço de imóveis. A NBR 12721 (ABNT, 2007) normatiza que o CUB deve ser
calculado pelos sindicatos da construção civil através da coleta de preços juntos a construtoras
e fornecedores da indústria. Portanto, esses custos estão suscetíveis a mudanças de acordo
com o cenário enfrentado pelo mercado econômico, e a sua variação serve como indicador
financeiro da variação do mercado. Outros indicadores econômicos, como o Índice Geral de
Preços de Mercado (IGP-M) e o Índice Nacional de Custos da Construção Civil – Mercado
(INCC-M), calculados e divulgados mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),
podem ser utilizados, assim como o CUB para analisar variações nos preços que compõe a
construção civil e servir como parâmetro na elaboração de orçamentos.
14
Por ser a construção civil um setor que trabalha com grandes prazos, em que obras
chegam a durar anos para serem concluídas, depois de finalizado o orçamento de uma obra, é
necessário que sejam feitas atualizações ao decorrer dos meses de execução, visto que os
preços associados ao orçamento passam a ser desatualizados. Além disso, como afirma
Mattos (2014), o Brasil é um país com alta inflação, portanto é indispensável que os custos
sejam referenciados à época em que vêm a ocorrer, processo chamado de indexação. Define-
se como indexação, segundo Ferreira (2008), o ato ou efeito de corrigir alguma importância
monetária através de índices econômicos. Portanto, no setor da construção civil, este reajuste
é realizado pelas empresas através de índices como o CUB e o INCC-M.
Porém, deve-se tomar cuidado ao fazer esta indexação, pois, como afirma Mattos
(2006) o CUB é um parâmetro médio, e por isso, nele não estão contemplados custos
referentes a itens específicos de cada construção, como fundações especiais, elevadores,
impostos, entre outros citados pela NBR 12.721 (ABNT, 2007). O mesmo pode ser dito para
o IGP-M e o INCC-M, pois são resultados da precificação de um conjunto de insumos,
escolhidos pela FGV, segundo Lima Junior (2013). Além disso, ao utilizar esses índices na
atualização de preços, considera-se que todos os serviços e insumos que compõe as etapas de
uma obra variam igualmente, o que não acontece na realidade, e, portanto, este processo pode
gerar valores com grande margem de erro dos valores reais gastos.
Neste contexto, o presente trabalho se propõe a analisar as variações de custos de
insumos da construção civil divulgados pelo SINDUSCON e dos indicadores financeiros
CUB, IGP-M e INCC, a fim de elaborar um modelo de indexação de orçamentos que,
diferente das indexações realizadas através destes indicadores, considere as variações que
cada etapa de obra apresenta. Além disso, através desse processo torna-se possível identificar
as etapas de obra que mais apresentam variação e correspondem as parcelas mais
significativas no valor final da obra.
1.1 Justificativa
Periodicamente são observadas variações, não apenas nos custos de insumos materiais
e de mão de obra, mas na porcentagem que cada um destes componentes da construção civil
representa no custo total de uma obra. Como consequência, ocorrem também variações na
representatividade de cada etapa de obra no custo total final. A importância da análise dessas
variações está ligada a grande influência que o custo exerce sobre o mercado imobiliário,
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setores produtivos e demais constituintes da cadeia produtiva da construção. Desta forma, não
apenas no momento de elaboração de um orçamento, mas também ao serem feitas
atualizações destes, necessárias ao longo do decorrer dos meses de execução da obra, ou até
mesmo dos meses de atraso desta, devem ser consideradas essas variações.
A escolha do presente tema justifica-se pela frequente utilização de índices para
reajustes de orçamentos que não consideram estas diferentes variações que cada etapa de obra
sofre, como o INCC-M e o CUB, atualizando igualmente todas as etapas, portanto
considerando que todas sofrem o mesmo ajuste. Frente a essa situação, o presente trabalho irá
elaborar um modelo de cálculo de reajuste de orçamento por etapa de obra que considere as
diferentes variações para cada uma destas etapas, a fim de melhorar o sistema de atualização
de orçamentos, tornando-os mais completos e balizando os custos de cada etapa de obra,
facilitando também o posterior cronograma-físico financeiro da obra, controlando os gastos
com cada etapa em cada período da obra. Além disso, irá gerar uma análise de variação de
custos de insumos que servirá como referência do comportamento de custos da construção
civil.
1.2 Objetivos
Esse trabalho tem como objetivo geral elaborar um modelo para indexação de
orçamentos de obras decomposto em etapas executivas, considerando diferentes percentuais
de atualização para cada uma dessas etapas. Com isso, espera-se gerar índices de indexação
em relação a indicadores financeiros que já são utilizados para atualização de orçamentos e
preços, mas que apresentam falha ao variar igualmente todas as etapas de obra, permitindo a
atualização rápida de outros orçamentos.
parte do estudo de caso. Por fim, são comparados os percentuais de reajuste de cada etapa
com os valores iniciais, a fim de se analisar quais etapas de obra apresentaram maior aumento.
Esses percentuais de reajuste são comparados com a variação dos indicadores financeiros no
mesmo período, a fim de se obter um índice que avalie quais grupos sofreram maior ou menor
variação em relação ao indicador, e que possam ser utilizados como parâmetro para
atualização rápida de outras obras, sem que seja necessário fazer toda a análise de variação de
insumos feita no presente trabalho.
O quinto capítulo apresenta as conclusões do trabalho, baseadas nos resultados
encontrados no estudo de caso e nas revisões bibliográficas feitas.
Por fim, o sexto capítulo apresenta as referências bibliográficas utilizadas na
elaboração do presente trabalho.
18
2 METODOLOGIA
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
previsto)”. Já Parga (2003), divide os componentes do preço em cinco grupos: custos diretos,
custos indiretos, custos acessórios, lucro e correção monetária.
3.2 Orçamento
Podemos afirmar, então, que o orçamento é a ferramenta que une todos os diferentes
tipos de custo, a fim de apresentar ao cliente um custo total final o mais próximo possível da
realidade. Gonzalez (2008) defende que na visão tradicional, um orçamento é uma previsão
do custo ou do preço de uma obra, e Vargas (2003) complementa que orçamentos se tratam de
atribuições financeiras aos recursos necessários para o projeto, expressos em unidades
monetárias. Para se chegar ao esse valor final, como Losso (1995, apud COIMBRA, 2010)
explica, é necessário um conjunto de cálculos sobre materiais, mão de obra, lucro, dentre
outros a serem definidos pelo orçamentista. Um orçamento não deve ser o resultado de um
jogo de adivinhação, ou de um exercício de futurologia, como defende Mattos (2006), mas
sim de um conjunto de critérios técnicos bem definidos, de informações confiáveis e de um
bom julgamento do orçamentista.
Para isso, é essencial a experiência do profissional, não só em relação a custos, mas
“em conhecimento de execução do tipo de obra a ser orçada, em engenharia de segurança do
trabalho, em garantia de qualidade, em meio ambiente, em legislação trabalhista e fiscal”,
segundo DIAS (2001, p 17). Da mesma forma, o PMI (2013) defende que uma opinião
especializada, utilizando um banco de dados contendo informações históricas, é de extrema
importância no desenvolvimento de um orçamento, pois define, por exemplo, se há
possibilidade de combinar diferentes métodos de estimativa de custo, conciliando as
diferenças entre eles. Essa visão é valiosa, pois uma combinação de métodos pode levar a
resultados mais precisos, visto que se torna possível a complementação de um método que,
por exemplo, não contemple algum item importante para a composição do custo final.
Como explica Jesus (2009), deve-se considerar que cada obra possui suas
particularidades, e, portanto, é de extrema importância que se utilizem as condições de
contorno de cada empreendimento. Além disso, deve-se levar em consideração a data da
elaboração do orçamento, bem como o grau de detalhamento desejado. A contemplação
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dessas condicionantes é requisito básico para o sucesso de um orçamento, pois como Xavier
(2008) afirma, a qualidade de um orçamento representa a sua capacidade de se aproximar e
retratar a realidade de um projeto. Mattos (2006) define as principais qualidades esperadas em
um orçamento como aproximação, especificidade e temporalidade.
A aproximação diz respeito ao grau de precisão, que de acordo com Jesus (2009)
deverá ser adequado a margem de erro esperada pelo contratante. Ela engloba diversos itens
do orçamento, como a produtividade das equipes, o percentual de encargos sociais e
trabalhistas, o preço dos insumos, suas perdas e seus impostos, o custo horário dos
equipamentos e sua produtividade e os custos indiretos, como cita Mattos (2006). Portanto,
todos os valores estipulados a esses itens refletem na precisão do custo final, percebendo-se
assim a importância da escolha de critérios de cálculo confiáveis.
Outro atributo, a especificidade, está relacionado às características da obra e da
empresa que a executa, segundo Jesus (2009). Fatores como clima, relevo, vegetação,
geologia, facilidade de acesso, oferta de mão de obra e equipamentos e impostos da região na
qual a obra se encontra, bem como a política da empresa em relação à quantidade e tipos de
cargos, canteiro de obras, veículos, grau de terceirização dos serviços, entre outros, possuem
implicações diretas no custo total, como defende Mattos (2006).
Já a temporalidade diz respeito às variações e evoluções de custos de insumos, taxas,
impostos, encargos sociais e trabalhistas, métodos construtivos e do cenário financeiro e
gerencial enfrentados, de acordo com Mattos (2006), que se não consideradas podem acarretar
em um grande erro de custo. Além disso, devem-se utilizar custos de mercado referentes ao
local da obra em questão, visto que há grandes variações de custo de uma localidade a outra.
Além de considerar todos os atributos citados acima, Dias (2001) defende que um
orçamentista necessita muitas vezes não só elaborar um orçamento de forma adequada, mas
fazê-lo em um curto período, e aplicando preços competitivos e mínimos, sendo para isso
necessário a utilização de métodos de orçamentação e tabelas de composições e custos atuais.
mostra Dias (2001), pois gera quantidades que permitem comparações entre o que é utilizado
na obra, e o que foi previamente orçado. Mattos (2006) cita em sua obra demais aplicações,
que são indispensáveis para o andamento de uma obra, e possuem como subsídio o
orçamento:
- Permite fazer o levantamento dos materiais e serviços, que serve como base para a
identificação de fornecedores, o planejamento das compras e sua forma de pagamento.
- Informa índices, através dos quais se torna possível a comparação entre a realidade
da obra, e o que foi previamente orçado, apontando possíveis problemas.
- Dimensiona equipes, calculando a quantidade homem-hora de trabalhadores
necessários para execução de cada serviço.
- Facilita a revisão de valores e índices, e se necessária alguma mudança, o custo total
do orçamento é recalculado automaticamente.
- Permite a realização de simulações. Pode-se facilmente, por exemplo, mudar
divisórias em alvenaria por divisórias em gesso, fazendo sua comparação de custo
- Facilita a elaboração de cronogramas físicos e financeiros, que através do
acompanhamento da obra retratam a evolução da obra com o tempo, e os custos e receitas dos
serviços que foram realizados nesse mesmo período de tempo.
- Permite a análise da viabilidade econômico-financeira da obra ao longo dos meses.
Além disso, como defende Dias (2009), o processo de orçamentação contribui para a
criação de um banco de dados de composições de custo de serviços, adquiridas através de
obras que vão sendo executadas. Isto se torna fundamental para uma empresa, pois permite a
consolidação do trabalho de estimativas futuras.
De acordo com González (2008), o orçamento contribui para a percepção das questões
econômicas na elaboração do planejamento da obra, que consiste na organização da obra para
sua execução. Como Araújo e Meira (1997) afirmam, o processo de criação de um orçamento
fornece suporte à elaboração do cronograma físico-financeiro, que permite a programação de
recursos humanos e também de suprimentos necessários à obra. Desta forma, evita-se que
ocorram atrasos e desperdícios, e facilita-se o acompanhamento da obra, pois são criadas
diretrizes e sistemáticas de trabalho, através do controle de materiais e de serviços.
Portanto, podemos considerar que um orçamento bem elaborado é a base para um bom
planejamento de uma obra. E como Goldman (2004) defende, o planejamento é uma das
ferramentas que mais contribui para o sucesso de qualquer empreendimento. Segundo ele,
através do planejamento cria-se um sistema que une informações e conhecimentos de todos os
23
setores e depois os direciona para que sejam utilizados na obra. Araújo e Meira (1997) ainda
enfatizam que para que uma empresa possa atingir seus objetivos de forma eficiente é
essencial que saiba manter harmonia entre recursos financeiros e físicos, a fim de se obter
com precisão os recursos necessários, custos e prazos, e isso só se torna possível através do
planejamento.
Com essas informações, reforçamos a afirmação de Andrade e Souza (2003), que “a
qualidade da previsão de custos envolvidos na execução de uma obra é fundamental para a
sobrevivência de uma empresa de Construção Civil no atual mercado competitivo”.
González (2008) afirma que existem vários tipos de orçamentos, tais como
paramétricos, pela NBR 12721 (ABNT, 2007), discriminados e operacionais. Já Mattos
(2006) classifica o orçamento de acordo com o seu grau de detalhamento em: estimativa de
custo, orçamento preliminar ou orçamento analítico ou detalhado. Knolseisen (2001) também
defende que as classificações são baseadas no grau de precisão desejado, sendo que este é
diretamente proporcional ao seu grau de detalhamento, de acordo com as especificações de
projeto.
Ou seja, podemos encontrar diferentes classificações e nomenclaturas para orçamentos
na literatura, porém devemos ressaltar que o padrão a ser escolhido é função da finalidade da
estimativa e da disponibilidade de dados, de acordo com González. Ele ainda afirma que se o
interesse é em obter uma estimativa rápida, que se baseie apenas na concepção inicial da obra
ou em algum anteprojeto, o mais indicado é o orçamento paramétrico. Para incorporações em
condomínio, a lei exige o registro de informações, em cartório, seguindo um procedimento
padronizado, de acordo com a norma NBR 12721 (ABNT, 2007). O orçamento discriminado
é mais preciso, mas exige uma quantidade bem maior de informações.
Portanto, a escolha por um determinado tipo de orçamento será feita baseada em sua
finalidade, na disponibilidade de projetos e tempo, e no grau de detalhamento desejado. É
impossível, por exemplo, realizar um orçamento detalhado se há disponibilidade somente de
projetos arquitetônicos, sem projetos estruturais, elétricos, hidrossanitários, e demais
necessários para a execução da obra, e se o tempo disponível é curto, mas por outro lado, já é
possível que realizar uma estimativa de custo. De acordo com Cardoso (2009, apud KATO,
2013) existindo projetos que permitam a divisão da obra em frações menores, ou seja, sem
24
González (2008) afirma que um orçamento detalhado é aquele que possui uma relação
de todos os serviços ou atividades que serão utilizadas na obra, e desta forma, como explica
Mattos (2006), tem como objetivo obter uma margem de erro mínima, e chegar a um valor
bem próximo do “real”. Ou seja, podemos afirmar que o orçamento detalhado é a ferramenta
mais precisa e minuciosa para se avaliar previamente o custo total de um empreendimento,
como defende Xavier (2008), e que por isso, é o tipo de orçamento que profissionais e
empresas de construção civil mais utilizam.
Parisotto (2003) afirma que para se chegar ao custo total no orçamento detalhado,
dividem-se os componentes do projeto em serviços, e estes são quantificados. Posteriormente,
atribui-se a cada serviço uma composição de custos unitários, considerando quantidades a
serem gastas de mão-de-obra, material e equipamento para a execução deste serviço,
MATTOS (2006). Estas quantidades podem ser obtidas através da medição dos projetos
disponíveis, tanto arquitetônicos, como de instalações e complementares, de acordo com
González (2008). Este custo obtido pela descrição dos serviços corresponde ao custo direto da
obra, e além deste, ainda são considerados os custos indiretos, que correspondem às despesas
com canteiro de obras, equipes técnica e administrativa, taxas e emolumentos, chegando
assim a um valor total coerente, como afirma Mattos (2006).
Por realizar o levantamento dos serviços através dos projetos, em princípio, um
orçamento detalhado pode ter precisão nos resultados apenas se todos os projetos gráficos,
detalhamentos, discriminações técnicas e memoriais estiverem concluídos, como defende
Taves (2014), porém, devido à grande variabilidade do setor da construção civil, isso
dificilmente ocorre.
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IDENTIFICAÇÃO SERVIÇOS
LEVANTAMENTO QUANTITATIVO
Composição
de Custo
CUSTO DIRETO CUSTO INDIRETO
(COMPOSIÇÕES DE CUSTO)
LUCRO + IMPOSTOS
PLANILHA DE PREÇOS
Xavier (2008) afirma que um orçamento detalhado pode ser considerado completo se
engloba todos os serviços requeridos pela obra, e para isso, o primeiro passo após o estudo
das condicionantes, deve ser a identificação e quantificação de todos esses serviços. Mattos
(2006) defende que a quantificação é uma das etapas mais importantes do processo de
orçamentação, visto que é diretamente proporcional ao custo, e, portanto, um pequeno erro de
cálculo nas medições pode ocasionar erros de grandes proporções ao orçamento. A
quantificação deve ser feita através da análise dos projetos, especificações técnicas e plantas
construtivas, segundo Dias (2004). Depois de feito o levantamento das quantidades,
discriminam-se os custos diretos e indiretos, e por fim, a determinação do preço.
A) Custos diretos
unidade de serviço. Existem diversas tabelas com composições prontas, sendo a Tabela de
Composições de Preços para Orçamentos – TCPO da editora Pini, uma das mais utilizadas,
segundo Tisaka (2006) e Mattos (2006). Também são bastante utilizadas pelas empresas
composições encontradas no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção
Civil – SINAPI, da Caixa Econômica Federal, e composições próprias, formadas ao longo do
tempo.
Os preços dos insumos a serem associados às composições são obtidos através de
cotações de preços de mercado junto a fornecedores. Neste momento, é fundamental prezar
pela qualidade do orçamento, no que diz respeito a sua especificidade e temporalidade, citadas
no item 2.2.1, realizando cotações, tanto de produtos, como de aluguel de equipamentos e
custo de mão de obra na região em que a obra se encontra e no período em questão. Como
resultado final, tem-se o preço formado para cada unidade de serviço, que ao ser multiplicado
pelas quantidades previamente medidas, resulta no preço total de cada serviço.
B) Custos indiretos
Custos indiretos, segundo Parga (2003) são aqueles que não são parte integrante do
serviço em questão, porém, indispensáveis na sua obtenção. Podem-se citar como exemplos o
engenheiro, o andaime, a betoneira, as despesas com telefone e aluguel e o habite-se, que dão
suporte técnico e administrativo à obra. De acordo com Mattos (2006) representam de 5% a
30% do custo total do orçamento.
PMI (2013) enfatiza que os custos indiretos não podem ser diretamente relacionados a
um projeto específico e, desta forma, devem ser acumulados e posteriormente distribuídos de
forma igualitária entre os múltiplos projetos existentes. Ou seja, eles não estão incorporados
na construção em si, porém são fundamentais para a sua execução.
Segundo Mattos (2006), esses custos são discriminados através do dimensionamento
das equipes técnicas, de apoio e de suporte, bem como as despesas com canteiro, materiais
para escritório, taxas, entre outros. Os preços a serem associados ao dimensionamento dos
custos indiretos, assim como os custos diretos, são obtidos através de cotações. Para mão de
obra, esse preço depende também do tipo de contrato utilizado pela empresa (mão de obra
própria, por etapa ou por empreitada) e segundo Mendonça (2006) a ela também devem ser
aplicados os percentuais de encargos sociais e trabalhistas.
28
Mattos (2006) define a estimativa de custo como sendo uma avaliação que fornece
uma ideia da ordem de grandeza do custo da obra, realizada com base em comparações feitas
com projetos semelhantes e custos históricos. Como Goldman (2004) afirma, muitas empresas
realizam o estudo de viabilidade do empreendimento ainda com o anteprojeto arquitetônico,
com as especificações técnicas e de acabamentos ainda sem estarem totalmente definidas e
com os projetos complementares (estrutura, instalações especiais) por fazer. Nesta situação,
torna-se praticamente impossível executar um bom orçamento detalhado, e, além disso, nem
há tempo disponível, visto que em poucos dias o empreendimento precisa ser comercializado.
Com isso, justifica-se a necessidade de elaboração de um orçamento rápido e
simplificado, que não utilize descrições e quantitativos exatos, e permita uma primeira
avaliação do custo total da obra. Para isso, utiliza-se a estimativa de custos, que conforme
descrito no PMI (2013) é frequentemente utilizada para estimar um valor quando a quantidade
de informações detalhadas disponíveis é limitada, como por exemplo, na fase inicial de obra.
González (2008) enfatiza que através dessa avaliação rápida podemos chegar a um
valor estimado, crucial para a análise inicial da viabilidade do empreendimento, pois permite
que o proprietário verifique a ordem de grandeza do custo e se necessário, realize adequações
de acordo com o capital disponível. Porém, devemos considerar, assim como enfatiza Dias
(2001), que uma estimativa de custos não deve ser confundida com o orçamento real de uma
obra. O custo obtido não deve ser utilizado em propostas comerciais, ou para fechamentos de
contratos, mas sim na análise da viabilidade da obra, e como base comparativa para um futuro
orçamento detalhada. De acordo com Losso (1995 apud COIMBRA, 2010), existe uma
grande diferença entre uma estimativa de custos e um orçamento, pois a primeira tem a
intenção de mostrar um intervalo no qual se compreende o custo da obra, enquanto o segundo,
por conter uma descrição detalhada dos materiais e operações necessárias, visa a precisão do
valor final.
Goldman (2004) explica que são várias as alternativas viáveis de orçamento por
estimativas para o cálculo do custo da construção. Formoso (1986 apud PARISOTTO, 2003)
cita algumas dessas alternativas, como a estimativa pelo método do Custo Unitário Básico,
pela relação entre custo total e área de construção, pelo custo por volume de construção, pelo
percentual representativo de cada etapa de construção, pelo custo por unidade de construção,
entre outros. Além disso, como defende Mattos (2006), as próprias empresas acabam gerando
30
seus próprios indicadores ao longo do tempo, e passam a utilizá-los como parâmetro aos
próximos orçamentos.
Mattos (2006) define a estimativa de custos por etapa de obra como uma
decomposição da estimativa inicial, que tem como base o percentual que as diferentes etapas
de obra representam no custo total final. Este percentual é obtido através do estudo de obras
similares, e por se tratar de uma estimativa, é apresentado em faixas de valores. Portanto, da
mesma forma que a estimativa pelo custo unitário básico, esta estimativa trata-se de um custo
aproximado, permitindo uma avaliação inicial de custos por parte do empreendedor e
principalmente, trata-se de uma ferramenta balizadora de custos para o orçamentista,
orientando e facilitando a revisão orçamento.
Além disso, Goldman (2014) afirma que através da parametrização de um orçamento
em itens de grande impacto no custo, baseada no histórico de orçamentos já realizados, reduz-
se a margem de erro entre o real e o orçado. Como Gonçalves (2014) explica, essa
parametrização auxilia também na negociação com projetistas e construtores, pois como esses
dados são obtidos de projetos anteriores, podem ser utilizados como base para a avaliação dos
preços informados pelos fornecedores.
Atribuindo custos estimados à cada etapa de obra, permite-se também avaliar a
representatividade de cada uma destas etapas, como afirma Mattos (2006), e atribuir a
respectiva importância a cada uma delas. A Figura 2, resultado de pesquisas realizadas pela
editora PINI e divulgada na revista Guia da Construção, mostra essa representatividade de
cada etapa de obra. Através destes índices percentuais, pode-se, por exemplo, decompor o
custo total estimado no exemplo do item 2.2.3.1.1 pelo indicador CUB, em parcelas de custo
por etapa de obra.
Como citado no PMI (2013), estas estimativas podem ser aplicadas a todo o projeto
em questão, ou apenas a segmentos deste projeto, aliados a outros métodos de estimativa de
custos, como o método que utiliza o custo unitário, por exemplo, explicado acima.
32
ocorrem, pois, de acordo com Tabosa (2013), a construção civil é um processo produtivo que
envolve atividades com elevada variabilidade de utilização de recursos, o que acarreta em
uma maior dificuldade no levantamento e na análise de custos. Os níveis de variabilidade são
altos, pois muitos são os fluxos necessários para a utilização de cada serviço, como fluxo de
projetos, mão de obra, equipamentos, materiais, e a maioria destes possui elevado índice de
variabilidade, defende Koskela (2000).
Como ferramenta de auxílio aos profissionais orçamentistas, existem diversos
indicadores financeiros, elaborados por Sindicatos, Revistas e Fundações de Pesquisa, que
através de pesquisas de preço em mercados locais, divulgam custos da construção civil e suas
variações. Como afirma Lima Junior (2012), são índices macroeconômicos que apresentam as
tendências do setor, baseados em amostragem de variações de preço. Desta forma, podem ser
utilizados pelo orçamentista como base quando há necessidade de atualização de preços,
processo também chamado de indexação, por tratar-se de um reajuste feito de acordo com
estes índices de variação de preço, segundo Ferreira (2008). Além disso, os índices servem
como comparativo para análise dos preços que estão sendo praticados por ele e como
indicador dos itens com os quais deve ter maior atenção. Um dos indicadores que será citado
abaixo, o CUB/m², pode até mesmo servir como base para estimativas de custos de obras,
como explicado anteriormente. Além deste, serão estudados indicadores financeiros da
construção civil divulgados mensalmente pelos SINDUSCON e pela Fundação Getúlio
Vargas – FGV, a serem utilizados posteriormente no desenvolvimento do presente trabalho.
que disponibilizam custos unitários, apenas o CUB divulgado pelos SINDUSCON pode ser
utilizado para esses fins imobiliários. Os demais devem ser utilizados apenas quando essa não
é a atividade fim do orçamento. Desta forma, como afirma o SINDUSCON-MG (2007), “o
objetivo básico do CUB/m² é disciplinar o mercado de incorporação imobiliária, servindo
como parâmetro na determinação dos custos dos imóveis”. Além disso, o CUB, como
explicado no item 2.2.3.1 deste trabalho, serve como base para orçamentos por estimativa de
custos que seguem a NBR 12721 (ABNT, 2007).
O SINDUSCON-MG (2007) ainda afirma que, pela credibilidade que o indicador
CUB conquistou ao longo de mais 40 anos de existência, a sua evolução também vem sendo
utilizada como um indicador macroeconômico dos custos que envolvem o setor da construção
civil. Esta evolução, publicada mensalmente, demonstra a evolução dos custos das
construções de uma forma geral.
considerar insumos e tipos de projetos diferentes, não devem ser feitas comparações diretas
com valores de CUB obtidos pela versão anterior da norma com a versão atual.
A NBR 12.721 (ABNT, 2007) define projeto-padrão como aqueles selecionados para
representar edificações usuais, definindo-os de acordo com número de pavimentos, número de
unidades, existência de elevadores, área real e equivalente, entre outros. Essas classificações
ainda são enquadradas em padrão de acabamento baixo, normal ou alto, de acordo com os
materiais de acabamento utilizados. Por exemplo, um edifício residencial multifamiliar pode
ser classificado como projeto-padrão R8 –N, se obedecer aos critérios descritos na Figura 3,
ou se aproximar destes.
Posteriormente pode ser ainda definido como padrão alto, normal ou baixo,
consultando-se a tabela 2 da NBR 12721 (ABNT, 2007), onde se classificam nesses padrões
itens como portas, janelas, fechaduras, impermeabilizações, acessórios e louças,
revestimentos internos de pisos e paredes e tetos, revestimentos externos e coberturas. Logo,
conhecendo-se as especificações dos materiais a serem utilizados na edificação, é possível
fazer essa classificação. O mesmo pode ser encontrado na norma para as outras classificações
de edificações, residenciais e comerciais, mostradas na Tabela 1.
Padrão de Custo
PROJETOS Código
acabamento R$/m²
RESIDENCIAIS
R1 – B Baixo 1.162,81
R -1 (Residência Unifamiliar) R1 – N Normal 1.433,88
R1 – A Alto 1.791,70
RP1Q (Residência Popular) RP1Q 1.180,49
PIS (Projeto de Interesse Social) PIS 805,11
PP-B Baixo 1.059,15
PP (Prédio Popular)
PP-N Normal 1.378.83
R8 – B Baixo 1.005,29
R - 8 (Residência Multifamiliar) R8 – N Normal 1.188,48
R8 – A Alto 1.459,47
R16 - N Normal 1.154,42
R - 16 (Residência Multifamiliar)
R16 - A Alto 1.503,46
COMERCIAIS
CSL 8 - N Normal 1.181,52
CSL -8 (Comercial Salas e Lojas)
CSL 8 - A Alto 1.350,60
CSL -16 (Comercial Salas e CSL 16 - N Normal 1.578,92
Lojas) CSL 16 - A Alto 1.800,39
CAL -8 (Comercial Andar CAL 8 - N Normal 1.411,56
Livres) CAL 8 - A Alto 1.549,05
GI (Galpão Industrial) GI 627,61
Fonte: SINDUSCON/RS
O CUB para cada projeto-padrão, segundo a NBR 12.721 (ABNT, 2007) é calculado
através do somatório de insumos que compõe o lote básico, elaborado pela norma com base
em projetos típicos. O lote básico é composto por insumos de mão de obra, apresentados na
Tabela 2, e insumos materiais e equipamentos de diversas etapas da construção, apresentados
na Tabela 3. Os custos destes insumos são divulgados mensalmente, juntamente com o valor
do CUB, pelo SINDUSCON de cada estado até o dia 5 de cada mês, e assim como ele, podem
ser utilizados como base de custo unitário para os orçamentistas. Além disso, a análise da
variação desses custos permite a análise do mercado econômico da construção civil. As
quantidades necessárias destes insumos por metro quadrado de construção, para cada projeto-
padrão, foram calculadas através de dados históricos, e posteriormente divulgadas na norma.
37
CATEGORIAS Salário
médio* R$/h
MESTRE DE OBRAS
Até 25 subordinados 15,00
Acima de 25 subordinados 22,12
Média 16,60
PEDREIRO 5,54
SERVENTE 4,20
CARPINTEIRO 5,63
FERREIRO (ARMADOR) 5,67
PINTOR 5,53
APONTADOR 9,57
ELETRICISTAS
Oficial 5,90
Meio oficial 4,92
Ajudante 4,05
INSTALADORES HIDRÁULICOS
Oficial 6,01
Meio oficial 4,79
Ajudante 4,07
ENGENHEIRO 41,07
*Não estão incluídos os encargos sociais,
bonificações e outras despesas
Fonte: SINDUSCON/RS
Desta forma, deve-se atentar que ao realizar um orçamento com base nos custos CUB,
é necessário ainda, por meio de estimativas por etapas de outras obras, ou até mesmo através
da quantificação e cotação de preços, incluir valores relativos a esses itens. Por serem os
valores do CUB e dos insumos do lote básico resultados de pesquisas locais de preço
realizadas mensalmente pelos SINSUSCON, é importante ressaltar que estes valores variam
de acordo com cada localidade, e de acordo com o tempo, devido às variações que o mercado
financeiro apresenta de um local a outro e de um período a outro. Ou seja, ao realizar uma
estimativa de custo através da NBR 12721 (ABNT, 2007), é muito importante que se utilize
os dados do SINDUSCON do estado em que a obra se localiza, e do mês em questão.
39
Fonte: SINDUSCON/RS
elaboração da média: 60% IPA-M, 30% IPC-M e 10% INCC. O IPA-M está relacionado “ao
valor adicionado pela produção de bens agropecuários e industriais, nas transações comerciais
em nível de produtor”, o IPC-M “ao valor adicionado pelo setor varejista e pelos serviços
destinados ao consumo das famílias” e o INCC-M “ao valor adicionado pela indústria da
construção civil”, segundo a FGV (2012).
As apurações de preço são realizadas separadamente para cada um dos três índices que
compõe o IGP-M, que posteriormente são agregados, cada um de acordo com o percentual de
representatividade, formando o IGP-M. A seguir estudaremos o INCC-M, visto que
corresponde à variação dos custos do setor da construção civil.
em particular da obra. Desta forma, podemos afirmar que o INCC-M varia igualmente todos
os custos de serviços, porém, sabe-se que cada insumo varia conforme a variação dos setores
econômicos que envolvem sua produção e distribuição. Pode-se provar isso analisando os
custos de insumos do SINDUSCON-RS relativos ao mês de janeiro, onde se percebe que o
custo de uma esquadria de correr em alumínio, tamanho 2,00 x 1,40 m aumentou 2,19% em
relação ao mês anterior, enquanto que o cimento CP-32 II não apresentou variação, e a brita
nº 2 reduziu 2,43%.
Sá (2012) afirma que de 2002 a 2009 o INCC-M subiu 13% a mais que custo da
construção, porém, de 2009 a 2012, o que se observou foi o contrário, quando o custo ficou
31% acima do índice. De acordo com Lima (2010) o problema desse descompasso é que a
diferença entre o índice e os preços reais vem estando contra a segurança, ou seja, o INCC-M
está resultando em preços menores, indo assim contra a qualidade do investimento. Portanto,
torna-se necessário enfatizar que este índice deve ser utilizado apenas como um indicador
macroeconômico, função para o qual foi desenvolvido, e não como custo real. Este deve ser
definido através de pesquisas que mostrem o que de fato está sendo praticado.
Esses fenômenos que ocorrem no mercado econômico e que tem resultado direto sobre
os custos da construção, reforçam o cuidado que os orçamentistas devem ter ao praticar
valores de mão de obra e materiais, e a importância que deve ser dada ao estudo do mercado
econômico do período em questão. Um orçamento deve tentar sempre refletir a realidade, e
para isso, cabe ao profissional utilizar dados atuais ao elaborar ou atualizar orçamentos, e
considerar as variações dos custos de todos os insumos, equipamentos e mão de obra que
compõe um serviço ou uma etapa de obra.
45
Assim como em todo o país, o setor da construção civil do Rio Grande do Sul sofreu
com a crise econômica de 2008, mas passou a apresentar acentuado crescimento com os
incentivos do governo nos anos seguintes. Em 2013, após ter passado 5 anos apresentando
crescimento anual superior a 4%, apresentou desempenho apenas moderado, e os custos de
materiais e mão de obra aumentaram a taxas superiores à 2012, afirma o SINDUSCON-RS
(2013). Em outubro desse ano, assim como em 2014, um dos maiores problemas enfrentados
pela construção civil gaúcha foi a falta de mão de obra especializada, devido à grande
demanda, o que ocasionou em significativos aumentos nos custos dessa parcela.
Para o ano de 2015, o que está sendo observado, segundo o Zero Hora (2015), é que se
trata do pior momento do setor desde 2003, o que vem sendo atribuído à diminuição dos
gastos públicos, ao aumento dos juros e a fuga de recursos da poupança. Como consequência,
o setor que no ano de 2013 e 2014 sofria com a falta de mão de obra, registrou altos índices
de demissões e infelizmente, segundo Cigana (2015) não há perspectivas de melhora para esse
ano.
46
4 ESTUDO DE CASO
4.1 Análise dos custos unitários dos principais insumos da construção civil nos últimos
dois anos
Foram traçados gráficos com os custos unitários em reais (R$) dos insumos citados
acima, separados e apresentados em subitens a seguir, para cada grupo correspondente a fim
de visualizar o desenvolvimento do custo, considerando o período de dois anos, de janeiro de
2013 a dezembro de 2014. Com esses custos, foi possível calcular a variação em relação ao
mês anterior e a variação acumulada ao longo do período de dois anos, de cada insumo, em
porcentagem, facilitando a análise das variações.
No Gráfico 1, está representado a evolução dos custos, em reais, dos insumos para
execução de estrutura de concreto. Já no Gráfico 2 está representada a variação desses custos
em relação ao mês anterior, e no Gráfico 3, essa variação acumulando ao longo dos dois anos.
As tabelas calculadas que geraram os gráficos seguintes podem ser encontradas no Apêndice
A.
R$ 350,00
Gráfico 1 – Evolução dos custos unitários dos insumos para estrutura de concreto
48
set/13
nov/13
mar/14
mai/14
set/14
nov/14
jan/13
jul/13
jan/14
jul/14
-10,00% CIMENTO CP-32 II (kg)
-30,00%
Gráfico 2 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para estrutura de
concreto
Variação acumulada
100,00%
-20,00%
Gráfico 3 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para estrutura de
concreto
set/14
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
nov/14
-1,00%
-2,00%
-3,00%
-4,00%
-5,00%
Gráfico 5 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para execução de
revestimentos
Variação acumulada
25,00%
20,00%
0,00%
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
set/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
set/14
nov/14
-5,00%
Gráfico 6 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para execução de
revestimentos
51
A evolução dos custos dos insumos definidos para a execução de instalações está
representada no Gráfico 7. No Gráfico 8 e Gráfico 9, podem ser observadas as variações
desses custos ao longo de cada mês, e a acumulada ao longo dos 24 meses. As tabelas podem
ser encontradas no Apêndice C.
Percebe-se que os insumos que compõe o grupo de instalações apresentaram
significativa alta ao longo desses dois anos. Em 2013, esse aumento foi maior, de 13,68%
para o fio de cobre, 25,02% para o tubo de ferro galvanizado, e 4,17% para o tubo de PVC
rígido para esgoto. Já em 2014, esses aumentos foram significativamente menores, 2,78%,
2,09% e redução de 1,73%, respectivamente.
R$ 50,00
FIO DE COBRE
ANTICHAMA - 750 V, 2,5
R$ 40,00
mm2 (m)
TUBO DE FERRO
R$ 30,00
GALVANIZADO COM
COSTURA D=2 1/2' (m)
R$ 20,00
TUBO DE PVC-R RÍGIDO
P/ ESGOTO D=150 mm
R$ 10,00 (m)
R$ 0,00
set/13
set/14
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
nov/14
set/13
nov/13
mai/14
set/14
nov/14
jan/13
mar/13
jul/13
jan/14
mar/14
jul/14
-2,00%
-4,00%
Gráfico 8 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para instalações
Variação acumulada
35,00%
30,00%
FIO DE COBRE
25,00% ANTICHAMA - 750 V, 2,5
mm2
20,00%
TUBO DE FERRO
15,00% GALVANIZADO COM
COSTURA D=2 1/2'
10,00%
TUBO DE PVC-R RÍGIDO
5,00% P/ ESGOTO D=150 mm
0,00%
set/13
set/14
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
nov/14
-5,00%
Gráfico 9 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para instalações
No Gráfico 10 está representada a evolução dos custos dos insumos selecionados para
execução de divisórias, bem como sua variação mensal, apresentada no Gráfico 11 e sua
variação acumulada, apresentada no Gráfico 12. As tabelas podem ser encontradas no
Apêndice D. Através dos gráficos, percebe-se que os custos desse grupo não apresentaram
53
grandes variações, apenas a placa de gesso, que teve seu custo aumentado em 10,86% de
janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Os outros dois insumos apresentaram decréscimo de
1,75% e 8,19% em 2014.
set/13
nov/13
mai/14
set/14
nov/14
jan/13
mar/13
jul/13
jan/14
mar/14
jul/14
Gráfico 11 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para divisórias
54
Variação acumulada
14,00%
12,00%
10,00%
BLOCO CERÂMICO
8,00% VEDAÇÃO 9 x 19 x
19cm
6,00%
BLOCO CONCRETO
4,00% sem função estrutural
2,00% 19x19x39 cm
PLACA DE GESSO
0,00%
-2,00%
-4,00%
-6,00%
Gráfico 12 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para divisórias
Pode ser observado, pelos gráficos 13 ao 15, que todos os insumos desse grupo
apresentaram alta nos seus custos, chegando a valores acumulados altos ao longo dos dois
anos, como 30,62% de aumento de custo para janela de correr em ferro, 26,50% para
esquadria de correr em alumínio e 16,11% para porta lisa. As tabelas podem ser encontradas
no Apêndice E.
55
R$ 500,00 ESQUADRIA DE
CORRER EM ALUMÍNIO
- 2,00 x 1,40 m (m²)
R$ 400,00
JANELA DE CORRER EM
R$ 300,00 FERRO 1,20 x 1,20 m (m²)
R$ 200,00
FECHADURA PARA
PORTA INTERNA EM
R$ 100,00
FERRO, ACABAMENTO
CROMADO (unid)
R$ 0,00 VIDRO LISO
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
set/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
set/14
nov/14
TRANSPARENTE 4mm
(m²)
Gráfico 14 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para esquadrias
56
Gráfico 15 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para esquadrias
A análise dos gráficos 16 ao 18 comprova o fenômeno que vem ocorrendo nos últimos
anos, em que os valores de mão de obra vêm apresentando crescimento bastante elevado, até
mesmo superior ao crescimento dos materiais. Nos gráficos pode-se verificar que as
categorias selecionadas para o estudo apresentaram alta de quase 20% nos dois anos
avaliados. O SINDUSCON-RS (2013) afirmou que o maior problema enfrentado pela
construção civil no Rio Grande do Sul, é a falta de mão de obra. Essa escassez acaba
valorizando e tornando disputados os trabalhos daqueles que possuem qualificação, e como
consequência, eleva o custo desse trabalhador. Desta forma, podem ser observadas altas taxas
de reajustes salariais, que acabam sendo as principais responsáveis pelas variações do
CUB/m². Como foi visto anteriormente, segundo o CBIC, a representatividade da mão de obra
no CUB médio Brasil, já ultrapassou os materiais, e por conta da procura sempre alta, é
provável que os custos com mão de obra cresçam cada dia mais. As tabelas com todos os
valores que formam os gráficos podem ser encontradas no Apêndice F.
57
abr/13
jun/13
jul/13
ago/13
set/13
out/13
dez/13
jan/14
fev/14
abr/14
jun/14
jul/14
ago/14
set/14
out/14
dez/14
mar/13
mai/13
nov/13
mar/14
mai/14
nov/14
-2,00%
-4,00%
-6,00%
Estrutura Revestimento Instalações Divisórias Esquadrias Mão de obra
Gráfico 19 – Linha média dos grupos – variação de custo em relação ao último mês
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
jan/13
fev/13
abr/13
jun/13
jul/13
set/13
out/13
jan/14
fev/14
abr/14
jun/14
jul/14
set/14
out/14
mar/13
mai/13
ago/13
nov/13
dez/13
mar/14
mai/14
ago/14
nov/14
dez/14
-5,00%
4.2 Análise dos principais indicadores financeiros da construção civil em dois anos
4.2.1 CUB/m²
o que se pode explicar pelo Gráfico 17, onde se percebe que a mão de obra apresentou grande
variação nesse período, o que impulsionou o aumento do CUB geral. Houve redução do custo
em maio e setembro de 2014, porém, no geral, percebe-se alta de 17,45% ao longo dos anos
analisados, mostrando que construir está cada vez mais caro.
CUB/RS R16 - A
Mês/ CUB/m² Variação Variação Mês/ CUB/m² Variação Variação
VariaçãoPeríodo VariaçãoPeríodo
ano em R$ Acum. Anual ano em R$ Acum. Anual
CUB/m² RS - R16 -A
3,500%
17,500%
3,000% 15,500%
2,500% 13,500%
2,000% 11,500%
9,500%
1,500%
7,500%
1,000%
5,500%
0,500%
3,500%
0,000% 1,500%
set/13
set/14
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
nov/14
-0,500% -0,500%
4.2.2 IGP-M
Apesar de o IGP-M não ser especifico para o Rio Grande do Sul ou para o setor da
construção civil, e sim representar uma média geral dos estados incluindo outros setores da
economia, conforme explicado anteriormente, pode-se analisar e comparar as suas variações
as variações dos custos dos insumos e consequentemente do CUB/m², visto que representa as
variações apresentadas pelo mercado econômico. Através dos índices divulgados
mensalmente pela FGV, foi possível chegar a Tabela 5 e ao Gráfico 22.
Analisando-os, percebe-se que O IGP-M teve alta de 9,40% ao longo do período
analisado, embora tenha apresentada queda na metade de 2014. Essa queda pode ser explicada
pela grande deflação nos preços agropecuários no atacado, segundo Valor Econômico (2014),
retraindo o Preço ao Produtor Amplo (IPA). Os produtos que mais influenciaram essa queda
foram o minério de ferro, milho, café, ovos e tomate.
62
IGP-M
Nº índice Nº índice
Índice Índice
Mês/ acumulado Variação Variação Mês/ acumulado Variação Variação
do mês do mês
ano a partir de Acum. anual ano a partir de Acum. anual
(%) (%)
Jan/93 Jan/93
jan/13 0,34 1.232,00 0,34% jan/14 0,48 1.301,90 6,03%
fev/13 0,29 1.235,58 0,63% fev/14 0,38 1.306,84 6,44%
mar/13 0,21 1.238,17 0,84% mar/14 1,67 1.328,67 8,21%
abr/13 0,15 1.240,03 0,99% abr/14 0,78 1.339,03 9,06%
mai/13 0,00 1.240,03 0,99% mai/14 -0,13 1.337,29 8,91%
jun/13 0,75 1.249,33 1,75% jun/14 -0,74 1.327,39 8,11%
5,53% 3,67%
jul/13 0,26 1.252,58 2,02% jul/14 -0,61 1.319,30 7,45%
ago/13 0,15 1.254,46 2,17% ago/14 -0,27 1.315,73 7,16%
set/13 1,50 1.273,27 3,70% set/14 0,20 1.318,34 7,37%
out/13 0,86 1.284,22 4,59% out/14 0,28 1.322,06 7,67%
nov/13 0,29 1.287,95 4,90% nov/14 0,98 1.335,01 8,73%
dez/13 0,60 1.295,68 5,53% dez/14 0,62 1.343,29 9,40%
1,50% 9,000%
1,00% 7,000%
0,50% 5,000%
0,00% 3,000%
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
set/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
set/14
nov/14
-0,50% 1,000%
-1,00% -1,000%
3.2.3 INCC-M
Com os dados divulgados pela FGV, foi possível montar a Tabela 6 e o Gráfico 23,
que demonstram a evolução do índice nacional da construção civil. Pode-se perceber que ao
longo dos dois anos analisados, não houve queda em nenhum período, apenas variações de
custo que aumentaram os custos da construção. Ao final dos dois anos chegou-se a um
crescimento de 15,35%.
INCC-M
Nº índice Índice Nº índice
Índice
Mês/ acumulado Variação Variação Mês/ do acumulado Variação Variação
do mês
ano a partir de Acum. anual ano mês a partir de Acum. anual
(%)
Jan/93 (%) Jan/93
jan/13 0,39 1.823,89 0,39% jan/14 0,7 1.977,15 8,83%
fev/13 0,80 1.838,48 1,19% fev/14 0,44 1.985,85 9,30%
mar/13 0,28 1.843,62 1,48% mar/14 0,22 1.990,22 9,55%
abr/13 0,84 1.859,11 2,33% abr/14 0,67 2.003,55 10,28%
mai/13 1,24 1.882,16 3,60% mai/14 1,37 2.031,00 11,79%
jun/13 1,96 1.919,05 5,63% 8,07% jun/14 1,25 2.056,39 13,19% 6,74%
jul/13 0,73 1.933,06 6,40% jul/14 0,80 2.072,84 14,09%
ago/13 0,31 1.939,06 6,73% ago/14 0,19 2.076,78 14,31%
set/13 0,43 1.947,39 7,19% set/14 0,16 2.080,10 14,49%
out/13 0,33 1.953,82 7,54% out/14 0,20 2.084,26 14,72%
nov/13 0,27 1.959,10 7,83% nov/14 0,30 2.090,51 15,07%
dez/13 0,22 1.963,41 8,07% dez/14 0,25 2.095,74 15,35%
64
0,5 4,00%
2,00%
0 set/13 0,00%
set/14
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
nov/14
Variação Período Variação Acumulada
sacada, sendo um deles duplex. O apartamento de cobertura possui quatro suítes e terraço com
piscina. Além disso, possui salão de festas, área fitness e sala de jogos. Totaliza em 11.516,99
m², está localizado na cidade de Caxias do Sul e seu orçamento foi realizado em julho de
2014.
- Orçamento C: Empreendimento com 15 pavimentos, sendo um subsolo de garagem,
um térreo de garagens, salão de festas e apartamento de zelador, 11 pavimentos de
apartamentos, sendo quatro por andar, e dois últimos pavimentos com casa de máquinas e
reservatórios. Cada apartamento possui dois dormitórios, sendo um deles suíte, e 2 por
pavimento possuem sacada. Totaliza em 4.246,19 m² de área construída, e está localizado na
cidade de Porto Alegre. O orçamento foi realizado em julho de 2014.
Através do processo de orçamentação detalhada, chegou-se, em julho de 2014, aos
custos apresentados na Tabela 7.
Tabela 8 – Variação acumulada IGP-M, INCC-M e CUB – julho de 2014 a abril de 2015
ORÇAMENTO A
Valor Total Valor total Valor total Valor total
Etapa Construtiva Orçamento indexado pelo indexado pelo indexado pelo
(R$) INCC-M (R$) IGP-M (R$) CUB (R$)
Custos indiretos 1.324.840,42 1.369.320,98 1.392.314,69 1.363.482,66
Infraestrutura 407.010,26 420.675,34 427.739,34 418.881,72
Supraestrutura 2.315.361,12 2.393.097,70 2.433.282,72 2.382.894,35
Vedação 830.151,11 858.022,83 872.430,80 854.364,52
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 1.157.138,11 1.195.988,19 1.216.071,28 1.190.888,90
Coberturas 17.038,91 17.610,98 17.906,70 17.535,89
Impermeabilização e proteção
102.929,76 106.385,55 108.171,98 105.931,96
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 507.153,15 524.180,45 532.982,52 521.945,52
Instalações Elétricas, Lógica,
706.829,76 730.561,06 742.828,68 727.446,20
Telefonia e SPDA
Revestimentos 1.876.428,12 1.939.427,84 1.971.994,81 1.931.158,78
Serviços complementares 234.009,27 241.865,96 245.927,39 240.834,73
Elevadores 95.000,00 98.189,56 99.838,36 97.770,91
Instalações de Climatização e
37.009,62 38.252,19 38.894,52 38.089,10
Exaustão
Instalações de Gás 86.392,06 89.292,61 90.792,02 88.911,90
Aparelhos e metais 47.303,17 48.891,34 49.712,33 48.682,88
TOTAL 9.744.594,84 10.071.762,57 10.240.888,13 10.028.820,02
67
ORÇAMENTO B
Valor Total Valor total Valor total Valor total
Etapa Construtiva Orçamento indexado pelo indexado pelo indexado pelo
(R$) INCC-M (R$) IGP-M (R$) CUB (R$)
Custos indiretos 1.510.983,29 1.561.713,46 1.587.937,84 1.555.054,85
Infraestrutura 1.214.769,59 1.255.554,60 1.276.637,94 1.250.201,35
Supraestrutura 3.294.200,00 3.404.800,38 3.461.973,97 3.390.283,48
Vedação 1.072.217,50 1.108.216,43 1.126.825,66 1.103.491,37
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 1.600.427,02 1.654.160,20 1.681.936,95 1.647.107,43
Coberturas 107.456,45 111.064,22 112.929,22 110.590,68
Impermeabilização e proteção
284.256,62 293.800,33 298.733,84 292.547,67
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 724.883,84 749.221,29 761.802,25 746.026,87
Instalações Elétricas, Lógica,
935.762,45 967.180,00 983.420,94 963.056,27
Telefonia e SPDA
Revestimentos 3.855.437,28 3.984.880,80 4.051.795,13 3.967.890,63
Serviços complementares 690.455,24 713.636,78 725.620,20 710.594,07
Elevadores 728.400,00 752.855,50 765.497,49 749.645,59
Instalações de Climatização e 231.016,26 238.772,46 242.781,94 237.754,42
Exaustão
Instalações de Gás 70.023,32 72.374,30 73.589,62 72.065,72
Aparelhos e metais 74.149,92 76.639,45 77.926,38 76.312,69
TOTAL 16.394.438,78 16.944.870,22 17.229.409,36 16.872.623,09
68
ORÇAMENTO C
Valor Total Valor total Valor total Valor total
Etapa Construtiva Orçamento indexado pelo indexado pelo indexado pelo
(R$) INCC-M (R$) IGP-M (R$) CUB (R$)
Custos indiretos 1.069.569,12 1.105.479,13 1.124.042,39 1.100.765,75
Infraestrutura 581.904,87 601.441,91 611.541,35 598.877,56
Supraestrutura 1.492.561,05 1.542.672,71 1.568.577,35 1.536.095,28
Vedação 499.656,91 516.432,53 525.104,49 514.230,64
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 925.315,05 956.381,83 972.441,45 952.304,15
Coberturas 23.039,65 23.813,19 24.213,06 23.711,66
Impermeabilização e proteção
158.723,07 164.052,08 166.806,85 163.352,62
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 352.595,43 364.433,57 370.553,15 362.879,75
Instalações Elétricas, Lógica,
313.459,42 323.983,59 329.423,94 322.602,24
Telefonia e SPDA
Revestimentos 1.630.203,52 1.684.936,43 1.713.229,97 1.677.752,43
Serviços complementares 263.686,00 272.539,07 277.115,56 271.377,05
Elevadores 228.390,62 236.058,67 240.022,58 235.052,20
Instalações de Climatização e 131.173,25 135.577,30 137.853,92 134.999,24
Exaustão
Instalações de Gás 53.023,15 54.803,36 55.723,62 54.569,70
Aparelhos e metais 184.209,26 190.393,95 193.591,06 189.582,18
TOTAL 7.907.510,37 8.172.999,32 8.310.240,75 8.138.152,45
como engenheiros, topógrafos, estagiários, entre outros. Portanto, optou-se pela indexação
pela variação do CUB, apresentada nas colunas (6).
Com isso, chegaram-se aos valores finais totais indexados (colunas (7)), e sobre o
valor inicial, obtiveram-se os percentuais de indexação que foram aplicados a cada etapa de
obra. Com esses percentuais de indexação foi possível obter um índice de indexação,
apresentado na Tabela 16, na qual as colunas (2), (4) e (6) foram obtidas nas tabelas anteriores
(12, 13 e 14), através da divisão do valor inicial de cada etapa pelo valor indexado. Fazendo a
divisão dessas colunas pela coluna (1), que apresenta a variação do CUB, obtiveram-se as
colunas (3), (5) e (7). Nessas colunas, temos apresentados os índices de indexação, que
indicam quanto cada etapa deve ser reajustada em função da variação do CUB do período de
atualização em questão, e mostram quais etapas são as que mais tiveram seus custos
aumentados.
71
Índice de
Indexação Médio
Orçamento Orçamento Orçamento
Etapa Construtiva por etapa de obra
A B C
em relação ao
CUB
Custos indiretos 1,00 1,00 1,00 1,00
Infraestrutura 1,13 1,14 1,11 1,13
Supraestrutura 1,13 1,14 1,12 1,13
Vedação 0,37 0,33 0,39 0,36
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 2,79 2,78 2,67 2,75
Coberturas 1,04 1,00 1,00 1,01
Impermeabilização e proteção
1,05 1,06 1,06 1,06
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 0,27 -0,03 -0,11 0,04
Instalações Elétricas, Lógica,
0,71 0,14 0,34 0,40
Telefonia e SPDA
Revestimentos 0,33 0,22 0,70 0,42
Serviços complementares 1,04 1,05 1,06 1,05
Elevadores 1,00 1,10 1,00 1,03
Instalações de Climatização e
-0,79 0,59 -0,79 -0,33
Exaustão
Instalações de Gás 0,12 -0,22 -0,23 -0,11
Aparelhos e metais 1,06 1,03 1,03 1,04
Esse índice de indexação torna possível que um orçamento seja atualizado de forma
mais correta, se comparado a atualizações feitas através do INCC-M ou CUB/m², pois
considera as diferentes variações de cada etapa, tendo como entrada apenas a variação do
76
CUB/m² no período de atualização. O exemplo abaixo demonstra como poderão ser utilizados
os índices:
Exemplo:
Deseja-se atualizar o orçamento A de forma rápida, utilizando percentuais de
indexação que considerem as variações de cada etapa de obra, porém, sem fazer essa análise e
possuindo apenas a variação acumulada do CUB/m² no período de atualização desejado,
correspondente a 2,92%. Para isso, basta multiplicar o índice de indexação pela variação do
CUB e encontrar o percentual de indexação de cada etapa, e, por fim, aplica-se esse acréscimo
ou decréscimo em percentual ao valor do orçamento inicial. O exemplo pode ser visualizado
na Tabela 18.
Índice de Orçamento
Orçamento % de Indexação
Etapa Construtiva Indexação indexado (R$)
(R$) (2,92% x Índice)
Médio
Custos indiretos 1.324.840,42 1,00 2,92% 1.363.525,76
Infraestrutura 407.010,26 1,13 3,30% 420.439,97
Supraestrutura 2.315.361,12 1,13 3,30% 2.391.758,78
Vedação 830.151,11 0,36 1,05% 838.877,66
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 1.157.138,11 2,75 8,03% 1.250.056,30
Coberturas 17.038,91 1,01 2,95% 17.541,42
Impermeabilização e proteção
102.929,76 1,06
térmica 3,10% 106.115,64
Instalações hidráulicas e PPCI 507.153,15 0,04 0,12% 507.745,50
Instalações Elétricas, Lógica,
706.829,76 0,40
Telefonia e SPDA 1,17% 715.085,53
Revestimentos 1.876.428,12 0,42 1,23% 1.899.440,63
Serviços complementares 234.009,27 1,05 3,07% 241.183,99
Elevadores 95.000,00 1,03 3,01% 97.857,22
Instalações de Climatização e
37.009,62 -0,33
Exaustão -0,96% 36.653,00
Instalações de Gás 86.392,06 -0,11 -0,32% 86.114,57
Aparelhos e metais 47.303,17 1,04 3,04% 48.739,67
TOTAL 9.744.594,84 10.021.135,65
77
Tabela 19– Índice de indexação médio por etapa de obra – período de 2 anos
Índice de
Orçamento Orçamento Orçamento
Etapa Construtiva Indexação
A B C
Médio
Custos indiretos 1,00 1,00 1,00 1,00
Infraestrutura 1,08 1,08 1,07 1,08
Supraestrutura 1,08 1,08 1,08 1,08
Vedação 0,60 0,58 0,61 0,60
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 0,99 0,99 1,00 0,99
Coberturas 1,02 1,00 1,00 1,01
Impermeabilização e proteção
1,02 1,02 1,03 1,02
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 1,01 0,98 0,97 0,99
Instalações Elétricas, Lógica,
1,06 0,99 1,02 1,02
Telefonia e SPDA
Revestimentos 0,85 0,82 0,95 0,87
Serviços complementares 1,02 1,02 1,02 1,02
Elevadores 1,00 1,04 1,00 1,01
Instalações de Climatização e
0,90 1,04 0,90 0,95
Exaustão
Instalações de Gás 0,99 0,96 0,96 0,97
Aparelhos e metais 1,03 1,01 1,01 1,02
78
Índice de
Índice de
Indexação
Etapa Construtiva Indexação Médio Diferença
Médio jul/14
dez/12 a dez/14
a abr/15
Custos indiretos 1,00 1,00 0,00%
Infraestrutura 1,13 1,08 -5,00%
Supraestrutura 1,13 1,08 -5,00%
Vedação 0,36 0,60 24,00%
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 2,75 0,99 -176,00%
Coberturas 1,01 1,01 0,00%
Impermeabilização e proteção
1,06 1,02
térmica -4,00%
Instalações hidráulicas e PPCI 0,04 0,99 95,00%
Instalações Elétricas, Lógica,
0,40 1,02
Telefonia e SPDA 62,00%
Revestimentos 0,42 0,87 45,00%
Serviços complementares 1,05 1,02 -3,00%
Elevadores 1,03 1,01 -2,00%
Instalações de Climatização e -0,33 0,95
Exaustão 128,00%
Instalações de Gás -0,11 0,97 108,00%
Aparelhos e metais 1,04 1,02 -2,00%
Comparando os valores dos índices, nota-se que nesse período maior a etapa
Esquadrias deixou de ser a que apresentou maior variação, diminuindo seu índice 176%,
sendo até mesmo menor que dez outras etapas. As etapas Infraestrutura e Superestrutura
continuam sendo as de maior variação, porém, tiverem decréscimo de 5% no valor do índice.
Para todos os índices de Instalações observou-se um acréscimo bastante elevado se
comparado ao primeiro período, assim como para a etapa Revestimentos e Vedação. Demais
etapas não apresentam grandes diferenças entre os índices.
Com isso, chega-se à conclusão que os índices obtidos na atualização dos orçamentos
A, B e C podem ser utilizados como indicadores apenas no período de 2014 e começo de
2015. Para períodos que incluam anos diferentes, estes índices podem ser utilizados apenas
como referencial, atentando para as etapas que apresentaram maiores diferenças na Tabela 20,
devendo ser feitas novas análises de variação de preço.
79
5 CONCLUSÃO
como indexadores índices como INCC-M e CUB/m². Essa análise mostra que, para o estado
do Rio Grande do Sul, as etapas que apresentaram maiores acréscimos no ano de 2013 e 2014
foram Estrutura, Esquadrias e Instalações, indicando maior demanda financeira para execução
destas, visto que, além de apresentarem alta variação, encontram-se em grande quantidade nas
obras. Mas a maior variação apresentada foi àquela relacionada aos valores de mão de obra
para a construção civil, o que demonstra um cenário que já vem sendo observado há algum
tempo no setor, tanto no estado, quanto no país, em que os salários vêm acumulando altos
reajustes, explicado principalmente pela falta de mão de obra especializada frente à grande
demanda. Isso atenta ao cuidado maior que se deve ter ao atribuir preços relacionados à mão
de obra em orçamentos, bem como ao realizar a atualização destes.
Ao realizar a indexação por etapa de obra nota-se que se comparados o valor total
orçado com o valor total indexado, para os três orçamentos, o reajuste ficou muito próximo da
variação do CUB/m², porém, diferenciando percentual de variação para cada etapa de obra.
Portanto, a vantagem de utilizar esse sistema para indexar orçamentos está em chegar a
valores mais próximos da realidade, que consideram as variações dos insumos que compõe
cada etapa. Isso reflete não apenas na atualização correta de preços, mas também no controle
da obra, por permitir gerar um cronograma físico-financeiro (onde estão descritas todas as
etapas com custos e períodos de execução) mais correto e confiável para a obra. Os
cronogramas físico-financeiros permitem prever os desembolsos necessários para cada serviço
a cada período. Portanto, é fundamental que a margem de erro dos custos do orçamento
associados ao cronograma seja a menor possível, para que o investidor não esteja
desprevenido ao precisar efetuar esses desembolsos.
Sabe-se que os grupos formados neste trabalho para obter percentuais de indexação e
atualizar cada etapa de obra são compostos por uma parcela pequena de insumos, mas optou-
se por utilizá-las por se tratar de um trabalho de conclusão de curso, a fim de analisar uma
tendência que vem ocorrendo no setor econômico da construção civil. Portanto, uma sugestão
para trabalhos futuros é a realização de uma análise mais aprofundada e que envolva mais
insumos, gerando grupos de etapa de obra que melhor representem a realidade, e permitam
indexações mais precisas para cada etapa de obra.
81
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JESUS, C. R. M. de. Custos e orçamentos na Construção Civil. São Paulo: EPUSP, 2009.
MATTOS, A. D. Como indexar o custo da obra. In: Blogs Pini – Engenharia de Custos.
Junho de 2014. Disponível em: <http://blogs.pini.com.br/posts/Engenharia-custos/como-
indexar-o-custo-da-obra-313574-1.aspx>Acesso: 11 de maio de 2015.
PARGA, P. Cálculo do preço de venda na construção civil. São Paulo: Pini, 2003.
ZERO HORA. Setor da construção civil deve ter pior ano desde 2003. Maio de 2015.
Disponível em: <http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2015/05/setor-de-
construcao-civil-deve-ter-pior-ano-desde-2003-4762467.html> Acesso em 24 de maio de
2015.
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Fio de cobre antichama - 750 v, 2,5 mm2 Tubo de ferro galvanizado com costura Tubo de PVC-R rígido p/ esgoto d=150 mm
Mês/ ano Preço Variação Acumulada Anual Preço Variação Acumulada Anual Preço Variação Acumulada Anual
jan/13 R$ 0,97 2,105% 2,105% R$ 40,60 -0,098% -0,098% R$ 22,82 0,176% 0,176%
fev/13 R$ 0,98 1,031% 3,158% R$ 40,64 0,099% 0,000% R$ 22,79 -0,131% 0,044%
mar/13 R$ 1,05 7,143% 10,526% R$ 46,37 14,099% 14,099% R$ 22,83 0,176% 0,219%
abr/13 R$ 1,04 -0,952% 9,474% R$ 47,82 3,127% 17,667% R$ 22,66 -0,745% -0,527%
mai/13 R$ 1,01 -2,885% 6,316% R$ 49,33 3,158% 21,383% R$ 22,93 1,192% 0,658%
jun/13 R$ 1,02 0,990% 7,368% R$ 49,33 0,000% 21,383% R$ 22,83 -0,436% 0,219%
13,68% 25,02% 4,17%
jul/13 R$ 1,04 1,961% 9,474% R$ 49,33 0,000% 21,383% R$ 22,74 -0,394% -0,176%
ago/13 R$ 1,03 -0,962% 8,421% R$ 49,30 -0,061% 21,309% R$ 23,05 1,363% 1,185%
set/13 R$ 1,06 2,913% 11,579% R$ 50,81 3,063% 25,025% R$ 23,01 -0,174% 1,010%
out/13 R$ 1,07 0,943% 12,632% R$ 50,81 0,000% 25,025% R$ 23,19 0,782% 1,800%
nov/13 R$ 1,08 0,935% 13,684% R$ 50,81 0,000% 25,025% R$ 23,43 1,035% 2,853%
dez/13 R$ 1,08 0,000% 13,684% R$ 50,81 0,000% 25,025% R$ 23,73 1,280% 4,170%
jan/14 R$ 1,10 1,852% 15,789% R$ 52,71 3,739% 29,700% R$ 24,02 1,222% 5,443%
fev/14 R$ 1,09 -0,909% 14,737% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,27 1,041% 6,541%
mar/14 R$ 1,09 0,000% 14,737% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,04 -0,948% 5,531%
abr/14 R$ 1,10 0,917% 15,789% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,33 1,206% 6,804%
mai/14 R$ 1,10 0,000% 15,789% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,29 -0,164% 6,629%
jun/14 R$ 1,09 -0,909% 14,737% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,37 0,329% 6,980%
2,78% 2,09% -1,73%
jul/14 R$ 1,11 1,835% 16,842% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,45 0,328% 7,331%
ago/14 R$ 1,12 0,901% 17,895% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,24 -0,859% 6,409%
set/14 R$ 1,11 -0,893% 16,842% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 23,73 -2,104% 4,170%
out/14 R$ 1,12 0,901% 17,895% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 23,58 -0,632% 3,512%
nov/14 R$ 1,10 -1,786% 15,789% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 23,14 -1,866% 1,580%
dez/14 R$ 1,11 0,909% 16,842% R$ 51,87 -1,594% 27,633% R$ 23,32 0,778% 2,371%
90
Bloco cerâmico vedação 19x19x39 cm Bloco concreto sem função estrutural 19x19x39 Placa de Gesso
Mês/ ano Preço Variação Acumulada Anual Preço Variação Acumulada Anual Preço Variação Acumulada Anual
jan/13 R$ 0,54 -1,818% -1,818% R$ 2,88 2,491% 2,491% R$ 7,83 0,000% 0,000%
fev/13 R$ 0,54 0,000% -1,818% R$ 2,88 0,000% 2,491% R$ 7,98 1,916% 1,916%
mar/13 R$ 0,54 0,000% -1,818% R$ 2,89 0,347% 2,847% R$ 8,14 2,005% 3,959%
abr/13 R$ 0,54 0,000% -1,818% R$ 2,89 0,000% 2,847% R$ 8,44 3,686% 7,791%
mai/13 R$ 0,54 0,000% -1,818% R$ 2,89 0,000% 2,847% R$ 8,56 1,422% 9,323%
jun/13 R$ 0,54 0,000% -1,818% R$ 2,89 0,000% 2,847% R$ 8,56 0,000% 9,323%
3,64% 4,27% 9,23%
jul/13 R$ 0,55 1,852% 0,000% R$ 2,93 1,384% 4,270% R$ 8,56 0,000% 9,323%
ago/13 R$ 0,54 -1,818% -1,818% R$ 2,93 0,000% 4,270% R$ 8,56 0,000% 9,323%
set/13 R$ 0,55 1,852% 0,000% R$ 2,93 0,000% 4,270% R$ 8,56 0,000% 9,323%
out/13 R$ 0,55 0,000% 0,000% R$ 2,93 0,000% 4,270% R$ 8,56 0,000% 9,323%
nov/13 R$ 0,56 1,818% 1,818% R$ 2,93 0,000% 4,270% R$ 8,56 0,000% 9,323%
dez/13 R$ 0,57 1,786% 3,636% R$ 2,93 0,000% 4,270% R$ 8,56 0,000% 9,323%
jan/14 R$ 0,57 0,000% 3,636% R$ 3,06 4,437% 8,897% R$ 8,56 0,000% 9,323%
fev/14 R$ 0,58 1,754% 5,455% R$ 3,05 -0,327% 8,541% R$ 8,56 0,000% 9,323%
mar/14 R$ 0,57 -1,724% 3,636% R$ 3,05 0,000% 8,541% R$ 8,68 1,402% 10,856%
abr/14 R$ 0,57 0,000% 3,636% R$ 2,99 -1,967% 6,406% R$ 8,81 1,498% 12,516%
mai/14 R$ 0,56 -1,754% 1,818% R$ 2,92 -2,341% 3,915% R$ 8,81 0,000% 12,516%
jun/14 R$ 0,55 -1,786% 0,000% R$ 2,87 -1,712% 2,135% R$ 8,81 0,000% 12,516%
-1,75% -8,19% 1,40%
jul/14 R$ 0,56 1,818% 1,818% R$ 2,87 0,000% 2,135% R$ 8,81 0,000% 12,516%
ago/14 R$ 0,55 -1,786% 0,000% R$ 2,87 0,000% 2,135% R$ 8,81 0,000% 12,516%
set/14 R$ 0,55 0,000% 0,000% R$ 2,82 -1,742% 0,356% R$ 8,81 0,000% 12,516%
out/14 R$ 0,55 0,000% 0,000% R$ 2,87 1,773% 2,135% R$ 8,68 -1,476% 10,856%
nov/14 R$ 0,55 0,000% 0,000% R$ 2,74 -4,530% -2,491% R$ 8,81 1,498% 12,516%
dez/14 R$ 0,56 1,818% 1,818% R$ 2,69 -1,825% -4,270% R$ 8,68 -1,476% 10,856%
91
Porta lisa para pintura Esquadria de correr em alumínio - 2,00 x 1,40 m Janela de correr em ferro 1,20 x 1,20 m
Preço Preço Preço
Mês/ ano (R$)
Variação Acumulada Anual
(R$)
Variação Acumulada Anual
(R$)
Variação Acumulada Anual
jan/13 74,58 -1,506% -1,506% 396,51 0,566% 0,566% 124,66 -0,024% -0,024%
fev/13 74,55 -0,040% -1,545% 399,07 0,646% 1,215% 126,96 1,845% 1,821%
mar/13 74,43 -0,161% -1,704% 403,88 1,205% 2,435% 128,22 0,992% 2,831%
abr/13 75,07 0,860% -0,858% 414,10 2,530% 5,027% 130,42 1,716% 4,595%
mai/13 75,39 0,426% -0,436% 414,10 0,000% 5,027% 131,69 0,974% 5,614%
jun/13 74,90 -0,650% -1,083% 414,10 0,000% 5,027% 131,67 -0,015% 5,598%
4,24% 14,85% 13,55%
jul/13 74,68 -0,294% -1,373% 420,83 1,625% 6,734% 131,67 0,000% 5,598%
ago/13 75,01 0,442% -0,938% 426,27 1,293% 8,114% 132,66 0,752% 6,392%
set/13 76,17 1,546% 0,594% 448,73 5,269% 13,810% 135,73 2,314% 8,854%
out/13 75,76 -0,538% 0,053% 458,40 2,155% 16,263% 139,63 2,873% 11,982%
nov/13 78,04 3,010% 3,064% 452,85 -1,211% 14,855% 140,09 0,329% 12,351%
dez/13 78,93 1,140% 4,239% 452,85 0,000% 14,855% 141,58 1,064% 13,546%
jan/14 79,04 0,139% 4,385% 456,71 0,852% 15,834% 142,64 0,749% 14,396%
fev/14 79,32 0,354% 4,754% 464,12 1,622% 17,713% 143,53 0,624% 15,109%
mar/14 79,30 -0,025% 4,728% 464,12 0,000% 17,713% 143,53 0,000% 15,109%
abr/14 79,91 0,769% 5,534% 464,12 0,000% 17,713% 145,94 1,679% 17,042%
mai/14 81,90 2,490% 8,162% 472,67 1,842% 19,882% 149,50 2,439% 19,897%
jun/14 83,11 1,477% 9,760% 480,35 1,625% 21,830% 152,22 1,819% 22,079%
11,39% 10,14% 15,03%
jul/14 83,00 -0,132% 9,614% 483,65 0,687% 22,667% 151,91 -0,204% 21,830%
ago/14 83,78 0,940% 10,644% 483,59 -0,012% 22,651% 151,77 -0,092% 21,718%
set/14 84,18 0,477% 11,173% 479,07 -0,935% 21,505% 152,07 0,198% 21,958%
out/14 86,05 2,221% 13,642% 486,04 1,455% 23,273% 153,64 1,032% 23,218%
nov/14 87,23 1,371% 15,201% 493,39 1,512% 25,137% 157,58 2,564% 26,377%
dez/14 87,92 0,791% 16,112% 498,79 1,094% 26,507% 162,86 3,351% 30,612%
92
Pedreiro Servente
Variação Variaçã Variação Variação
Mês/ Preço Variação Preço Variação
Acum. o anual Acum. anual
ano
jan/13 R$ 12,51 0,000% 0,000% R$ 12,04 0,166% 0,166%
fev/13 R$ 12,90 3,118% 3,118% R$ 12,21 1,412% 1,581%
mar/13 R$ 12,90 0,000% 3,118% R$ 12,33 0,983% 2,579%
abr/13 R$ 12,90 0,000% 3,118% R$ 12,34 0,081% 2,662%
mai/13 R$ 12,98 0,620% 3,757% R$ 12,46 0,972% 3,661%
jun/13 R$ 13,62 4,931% 8,873% R$ 12,30 -1,284% 2,329%
9,27% 4,07%
jul/13 R$ 13,67 0,367% 9,273% R$ 12,21 -0,732% 1,581%
ago/13 R$ 13,70 0,219% 9,512% R$ 12,30 0,737% 2,329%
set/13 R$ 13,70 0,000% 9,512% R$ 12,20 -0,813% 1,498%
out/13 R$ 13,70 0,000% 9,512% R$ 12,09 -0,902% 0,582%
nov/13 R$ 13,67 -0,219% 9,273% R$ 12,36 2,233% 2,829%
dez/13 R$ 13,67 0,000% 9,273% R$ 12,67 2,508% 5,408%
jan/14 R$ 13,97 2,195% 11,671% R$ 13,00 2,605% 8,153%
fev/14 R$ 14,09 0,859% 12,630% R$ 13,53 4,077% 12,562%
mar/14 R$ 14,01 -0,568% 11,990% R$ 13,58 0,370% 12,978%
abr/14 R$ 14,01 0,000% 11,990% R$ 13,83 1,841% 15,058%
mai/14 R$ 14,01 0,000% 11,990% R$ 13,84 0,072% 15,141%
jun/14 R$ 14,95 6,709% 19,504% R$ 13,84 0,000% 15,141%
9,95% 14,14%
jul/14 R$ 15,03 0,535% 20,144% R$ 13,93 0,650% 15,890%
ago/14 R$ 15,09 0,399% 20,624% R$ 13,88 -0,359% 15,474%
set/14 R$ 15,06 -0,199% 20,384% R$ 13,88 0,000% 15,474%
out/14 R$ 15,06 0,000% 20,384% R$ 13,88 0,000% 15,474%
nov/14 R$ 15,03 -0,199% 20,144% R$ 14,25 2,666% 18,552%
dez/14 R$ 15,03 0,000% 20,144% R$ 14,44 1,333% 20,133%
94
Mão de Obra
Pedreiro Servente
Preço
Mês/ ano Variação Acum. Preço Variação Acum.
(R$)
ago/14 15,09 0,000% 0,000% 11,38 1,246% 1,246%
set/14 15,06 -0,199% -0,199% 11,35 -0,264% 0,979%
out/14 15,06 0,000% -0,199% 11,32 -0,264% 0,712%
nov/14 15,03 -0,199% -0,398% 11,35 0,265% 0,979%
dez/14 15,03 0,000% -0,398% 11,38 0,264% 1,246%
jan/15 15,34 2,063% 1,657% 11,63 2,197% 3,470%
fev/15 15,36 0,130% 1,789% 11,85 1,892% 5,427%
mar/15 15,36 0,000% 1,789% 11,85 0,000% 5,427%
abr/15 15,36 0,000% 1,789% 11,88 0,230% 5,670%
97
Apêndice J – Insumos para esquadrias e Linha média dos grupos – agosto/14 a abril/2015