You are on page 1of 98

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ELABORAÇÃO DE MODELO DE INDEXAÇÃO DE


ORÇAMENTOS POR ETAPAS DE OBRA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Laura Huber Antes

Santa Maria, RS, Brasil


2015
ELABORAÇÃO DE MODELO DE INDEXAÇÃO DE
ORÇAMENTOS POR ETAPAS DE OBRA

Laura Huber Antes

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil, da


Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para
obtenção do grau de Engenheira Civil.

Orientadora: Prof. Juliana Pippi Antoniazzi

Santa Maria, RS, Brasil

2015
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Tecnologia
Curso de Engenharia Civil

A Comissão Examinadora, abaixo assinada,


aprova o Trabalho de Conclusão de Curso

ELABORAÇÃO DE MODELO DE INDEXAÇÃO DE ORÇAMENTOS


POR ETAPAS DE OBRA

elaborado por
Laura Huber Antes

como requisito parcial para obtenção do grau de


Engenheira Civil

COMISSÃOEXAMINADORA:

Juliana Pippi Antoniazzi


(Presidente/Orientador)

Denis Rasquin Rabenschlag, Prof. Dr.

Rogério Catellan Antocheves de Lima, Prof. Dr.

Santa Maria, 6 de julho de 2015.


Dedico este trabalho aos meus pais,
Marli e LuisRoberto, e a minha irmã Thayla.
AGRADECIMENTOS

À Professora Juliana Pippi Antoniazzi pela orientação, disponibilidade e incentivo,


fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho.
À Engenheira Priscila Comis Giongo, pelo auxílio na escolha do tema e por
disponibilizar seu tempo, atenção e conhecimento para me auxiliar a desenvolver o presente
trabalho, e permitir que o estudo de caso fosse realizado.
À empresa Technique Engenharia, Assessoria e Planejamento pelos orçamentos
disponibilizados e a seus colaboradores pelo auxílio técnico.
À Universidade Federal de Santa Maria e todos os professores do curso de Engenharia
Civil que de alguma forma contribuíram para minha formação ao longo destes cinco anos.
Aos meus pais, pelo amor e incentivo incondicional, e por nunca terem medido
esforços para investir em minha educação, tornando possível a minha mudança a Santa Maria
e a Porto Alegre.
À minha irmã Thayla, que ao longo de toda minha vida, mesmo após estar longe,
sempre me ofereceu todo amparo, companhia e amor que precisei.
Ao meu namorado Ricardo, pela amizade, paciência e amor, fundamentais nessa reta
final.
A toda minha família e a todos os meus amigos que sempre estiveram comigo.
A Deus, por sempre guiar o meu caminho e enchê-lo de pessoas especiais.
RESUMO

Trabalho de Conclusão de Curso


Curso de Engenharia Civil
Universidade Federal de Santa Maria

ELABORAÇÃO DE MODELO DE INDEXAÇÃO DE ORÇAMENTOS


POR ETAPAS DE OBRA
AUTORA: LAURA HUBER ANTES
ORIENTADORA: JULIANA PIPPI ANTONIAZZI
Data e Local da Defesa: Santa Maria, 6 de julho de 2015.

A fim de desenvolver um modelo de indexação de preços e orçamentos de obra que


difira dos modelos que utilizam índices econômicos como o INCC-M e o CUB-M, por utilizar
índices de reajuste diferentes para cada etapa de obra, primeiramente, realiza-se no presente
trabalho uma revisão bibliográfica para conceituar e contextualizar temas como orçamentos,
índices econômicos e variações de mercado da construção civil, fundamentais para o seu
entendimento. Para comprovar a importância e validar o tema escolhido, é feito um estudo de
caso, onde se analisam as variações do CUB/m², INCC-M, IGP-M e as variações dos custos
de insumos da construção civil, separados em grupos de etapa de obra, no ano de 2013 e 2014
no estado do Rio Grande do Sul. Através desta análise comprova-se que cada grupo apresenta
variações que diferem dos outros, sendo que os que apresentam maior variação são os grupos
Estrutura e Mão de obra. Isso ressalta a importância de elaborar um modelo de indexação que
varie cada grupo de etapa de obra conforme a variação dos insumos que o compõe, o que é
feito posteriormente, utilizando as variações acumuladas de cada grupo para indexar três
orçamentos de residenciais multifamiliares de alto padrão no Rio Grande do Sul. Com isso,
chega-se a um modelo que resulta em preços atualizados mais corretos e próximos da
realidade, diminuindo a margem de erro entre o valor orçado e o valor desembolsado pelo
investidor e que indica as etapas mais críticas, que apresentam maior variação.

Palavras-chave: Orçamento. Indexação. Etapas de Obra.


ABSTRACT

Final Graduation Thesis


Civil Engineering Course
Universidade Federal de Santa Maria

DEVELOPMENT OF INDEXATION MODEL OF BUDGETS BY


STAGES OF CONSTRUCTION WORK
AUTHOR: LAURA HUBER ANTES
ADVISER: JULIANA PIPPI ANTONIAZZI
Defense Place and Date: Santa Maria, July 6 th, 2015.

In order to develop a model of indexation of construction works prices and budget that
differs from the models that use economic indicators as the INCC-M and the CUB-M,
considering that they use different adjustment rates for each work step, this study was
developed. Firstly, a literature review was done, aiming to conceptualize and contextualize
topics such as budgets, economic indicators and variations of the construction market,
fundamental for the understanding of the present paper. To prove the importance and to
validate the chosen theme, it was developed a case study, which analyses the changes in the
CUB/m², INCC-M, IGP-M and analyses the variations in the input costs of civil construction,
divided into groups of stage of construction work, during 2013 and 2014 in the state of Rio
Grande do Sul. Through this analysis it is possible to prove that each group presents
variations that differ from the others, and the ones with the bigger variation are Structure and
Labour groups. This highlights the importance of developing an index model that varies each
group of stage of construction work according to the variation of the inputs that compose it,
which is done later, using the accumulated variations of each group to index three budgets of
multifamily high standard buildings in Rio Grande do Sul. Thus, it brings a model which
results in more accurate and updated prices and close to the reality, reducing the margin of
error between the budgeted amount and the amount paid by the investor and indicating the
most critical steps, which present the biggest variation.

Key words: Budget. Indexation. Steps of construction work.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Etapas orçamento detalhado ................................................................................ 25


Figura 2 – Estimativa de gastos por etapa de obra (%) .......................................................... 32
Figura 3 – Características principais do projeto padrão R8 - N ............................................. 35
Figura 4 – Ponderações municipais do INCC-M................................................................... 41
Figura 5 – Participação dos componentes Materiais e Mão de Obra no CUB ........................ 44
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – CUB para projetos padrão janeiro/2015 .............................................................. 36


Tabela 2 – Salários médios janeiro/2015 .............................................................................. 38
Tabela 3 – Preços médios dos materiais de construção janeiro/2015 ..................................... 39
Tabela 4 – Evolução do CUB/m² R8 – N de janeiro 2013 a dezembro 2014 ......................... 60
Tabela 5 – Evolução do IGP-M – de janeiro de 2013 a dezembro de 2014............................ 62
Tabela 6 – Evolução do INCC-M – de janeiro de 2013 a dezembro de 2014......................... 63
Tabela 7 – Valor total e por m² dos orçamentos A, B e C ..................................................... 65
Tabela 8 – Variação acumulada IGP-M, INCC-M e CUB – julho de 2014 a abril de 2015
............................................................................................................................................ 66
Tabela 9 – Orçamento A indexado pelo IGP-M, INCC-M e CUB ........................................ 66
Tabela 10 – Orçamento B indexado pelo IGP-M, INCC-M e CUB ....................................... 67
Tabela 11 – Orçamento C indexado pelo IGP-M, INCC-M e CUB ....................................... 68
Tabela 12 – Variação acumulada linhas médias – julho de 2014 a abril de 2015 ................... 69
Tabela 13 – Indexação Orçamento A.................................................................................... 71
Tabela 14 – Indexação Orçamento B .................................................................................... 72
Tabela 15 – Indexação Orçamento C .................................................................................... 73
Tabela 16 – Índice de indexação por etapa de obra – Orçamento A, B e C............................ 74
Tabela 17 – Índice de indexação médio por etapa de obra .................................................... 75
Tabela 18 – Exemplo aplicação índices de indexação ........................................................... 76
Tabela 19 – Índice de indexação médio por etapa de obra – período de 2 anos ..................... 77
Tabela 20 – Comparação entre índices de indexação médios ................................................ 78
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Evolução dos custos unitários dos insumos para estrutura de concreto ............... 47
Gráfico 2 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para estrutura de concreto
............................................................................................................................................ 48
Gráfico 3 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para estrutura de concreto
............................................................................................................................................ 49
Gráfico 4 – Evolução dos custos unitários dos insumos para revestimentos .......................... 50
Gráfico 5 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para revestimentos ........ 50
Gráfico 6 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para revestimentos ......... 50
Gráfico 7 – Evolução dos custos unitários dos insumos para instalações .............................. 51
Gráfico 8 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para instalações ............ 52
Gráfico 9 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para instalações.............. 52
Gráfico 10 – Evolução dos custos unitários dos insumos para divisórias .............................. 53
Gráfico 11 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para divisórias ............ 53
Gráfico 12 –Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para divisórias .............. 54
Gráfico 13 – Evolução dos custos unitários dos insumos para esquadrias ............................. 55
Gráfico 14 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para esquadrias ........... 56
Gráfico 15 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para esquadrias ............ 56
Gráfico 16 – Evolução dos custos unitários para mão de obra............................................... 57
Gráfico 17 – Variação por período dos custos unitários para mão de obra ............................ 57
Gráfico 18 – Variação acumulada dos custos unitários para mão de obra.............................. 57
Gráfico 19 – Linha média dos grupos – variação de custo em relação ao último mês ............ 58
Gráfico 20 – Linha média dos grupos – variação acumulada ............................................... 58
Gráfico 21 – Variação do CUB/m² RS – jan/2013 a dez/2014 .............................................. 61
Gráfico 22 – Variação do IGP-M – jan/2013 a dez/2014 ...................................................... 62
Gráfico 23 – Variação do INCC-M – jan/2013 a dez/2014 ................................................... 64
LISTA DE APÊNDICES

Apêndice A – Insumos para estrutura de concreto – janeiro/13 a dezembro/14 ..................... 86


Apêndice B – Insumos para revestimentos – janeiro/13 a dezembro/14 ................................ 88
Apêndice C – Insumos para instalações – janeiro/13 a dezembro/14 ..................................... 89
Apêndice D – Insumos para divisórias – janeiro/13 a dezembro/14 ...................................... 90
Apêndice E – Insumos para esquadrias – janeiro/13 a dezembro/14 ..................................... 91
Apêndice F – Mão de obra – janeiro/13 a dezembro/14 ........................................................ 93
Apêndice G – Linhas médias – janeiro/13 a dezembro/14 .................................................... 94
Apêndice H – Insumos para estrutura de concreto e revestimentos – agosto/14 a abril/15 ..... 95
Apêndice I – Insumos para instalações, divisórias e mão de obra – agosto/14 a abril/15 ....... 96
Apêndice J – Insumos para esquadrias e linhas médias – agosto/14 a abril/15 ...................... 97
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 13
1.1 Justificativa .................................................................................................................. 14
1.2 Objetivos ....................................................................................................................... 15
1.2.1 Objetivos Gerais .......................................................................................................... 15
1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 15
1.3 Estrutura do trabalho .................................................................................................. 16
2 METODOLOGIA ....................................................................................... 18
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................... 19
3.1 Custos na construção civil ............................................................................................ 19
3.2 Orçamento .................................................................................................................... 20
3.2.1 Qualidades do orçamento ............................................................................................ 20
3.2.2 Importância do orçamento ........................................................................................... 21
3.2.3 Tipos de orçamentos.................................................................................................... 23
3.2.3.1 Orçamento detalhado ................................................................................................ 24
3.2.3.1.1 Estudo das Condicionantes .................................................................................... 25
3.2.3.1.2 Composição de Custo ............................................................................................ 26
3.2.3.1.3 Determinação do Preço .......................................................................................... 28
3.2.3.2 Estimativa de custo ................................................................................................... 29
3.2.3.2.1 Estimativa de custo pelo custo unitário básico ....................................................... 30
3.2.3.2.2 Estimativa de custos por etapa de obra................................................................... 31
3.3 Atualização de preços e indicadores financeiros da construção civil ......................... 32
3.3.1 Custo Unitário Básico (CUB) ...................................................................................... 33
3.3.1.1 NBR 12.721 ............................................................................................................. 34
3.3.1.1.1 Projetos padrão ...................................................................................................... 35
3.3.1.1.2 Cálculo do CUB .................................................................................................... 36
3.3.2 Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) ............................................................... 39
3.3.3 Índice Nacional de Custos da Construção – Mercado (INCC-M) ................................. 40
3.4 Variação de custos da construção civil ........................................................................ 42
3.4.1 Variação dos custos da construção civil no Rio Grande do Sul .................................... 45
4 ESTUDO DE CASO .................................................................................... 46
4.1 Análise dos custos unitários dos principais insumos da construção civil nos últimos
dois anos ............................................................................................................................. 46
4.1.1 Insumos para execução de estrutura de concreto .......................................................... 47
4.1.2 Insumos para execução de revestimentos ..................................................................... 49
4.1.3 Insumos para execução de instalações ......................................................................... 51
4.1.4 Insumos para execução de divisórias ........................................................................... 52
4.1.5 Insumos para esquadrias .............................................................................................. 54
4.1.6 Mão de obra ................................................................................................................ 56
4.1.7 Linha média dos grupos............................................................................................... 58
4.2 Análise dos principais indicadores financeiros da construção civil em dois anos ...... 59
4.2.1 CUB/m²....................................................................................................................... 59
4.2.2 IGP-M ......................................................................................................................... 61
3.2.3 INCC-M ...................................................................................................................... 63
4.3 Elaboração de modelo de indexação por etapas de obra e índices de indexação ....... 64
4.4 Validação dos índices de indexação ............................................................................. 77
5 CONCLUSÃO ............................................................................................. 79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 81
APÊNDICES......................................................................................................86
13

1 INTRODUÇÃO

O orçamento é uma etapa fundamental para execução de uma obra, com o qual se pode
fazer a análise da viabilidade de realização de um empreendimento no que diz respeito ao seu
custo total. Rocha e Lima (1985 apud KATO, 2013) afirmam que o empreendedor realiza essa
análise financeira e econômica a fim de verificar se o negócio engloba recursos disponíveis
pela empresa e se o mesmo proporciona uma taxa de retorno ativa.
González (2008) defende que existem vários tipos de orçamento onde o padrão
escolhido irá depender da finalidade da estimativa e da disponibilidade de dados. Ou seja,
cabe ao orçamentista definir os critérios, métodos e ferramentas que utilizará em seu
orçamento, de acordo com as necessidades do cliente ou da obra, de acordo com o tempo
disponível, a existência ou não de projetos detalhados, e a finalidade do orçamento.
Se o objetivo é encontrar um valor com uma margem de erro pequena, deve-se optar
por orçamentos mais trabalhosos e que envolvam todos os itens necessários à obra, como por
exemplo, o orçamento detalhado. Porém, se deseja-se obter um custo que apenas estime a
ordem de grandeza do custo total do empreendimento, pode-se realizar a estimativa de custos,
segundo Mattos (2006). Em sua obra, Mattos (2006) afirma que é simples chegar ao custo de
construção de um imóvel através da estimativa de custos, basta aplicar ao somatório de áreas
um indicador de custo por metro quadrado construído, sendo o Custo Unitário Básico (CUB)
o mais utilizado.
O SINDUSCON-MG (2007) afirma que o CUB serve como referência de custos de
diversos empreendimentos, e permite o acompanhamento da evolução do custo de insumos ao
longo do tempo, além de disciplinar o mercado imobiliário, servindo como parâmetro para
cálculo de preço de imóveis. A NBR 12721 (ABNT, 2007) normatiza que o CUB deve ser
calculado pelos sindicatos da construção civil através da coleta de preços juntos a construtoras
e fornecedores da indústria. Portanto, esses custos estão suscetíveis a mudanças de acordo
com o cenário enfrentado pelo mercado econômico, e a sua variação serve como indicador
financeiro da variação do mercado. Outros indicadores econômicos, como o Índice Geral de
Preços de Mercado (IGP-M) e o Índice Nacional de Custos da Construção Civil – Mercado
(INCC-M), calculados e divulgados mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),
podem ser utilizados, assim como o CUB para analisar variações nos preços que compõe a
construção civil e servir como parâmetro na elaboração de orçamentos.
14

Por ser a construção civil um setor que trabalha com grandes prazos, em que obras
chegam a durar anos para serem concluídas, depois de finalizado o orçamento de uma obra, é
necessário que sejam feitas atualizações ao decorrer dos meses de execução, visto que os
preços associados ao orçamento passam a ser desatualizados. Além disso, como afirma
Mattos (2014), o Brasil é um país com alta inflação, portanto é indispensável que os custos
sejam referenciados à época em que vêm a ocorrer, processo chamado de indexação. Define-
se como indexação, segundo Ferreira (2008), o ato ou efeito de corrigir alguma importância
monetária através de índices econômicos. Portanto, no setor da construção civil, este reajuste
é realizado pelas empresas através de índices como o CUB e o INCC-M.
Porém, deve-se tomar cuidado ao fazer esta indexação, pois, como afirma Mattos
(2006) o CUB é um parâmetro médio, e por isso, nele não estão contemplados custos
referentes a itens específicos de cada construção, como fundações especiais, elevadores,
impostos, entre outros citados pela NBR 12.721 (ABNT, 2007). O mesmo pode ser dito para
o IGP-M e o INCC-M, pois são resultados da precificação de um conjunto de insumos,
escolhidos pela FGV, segundo Lima Junior (2013). Além disso, ao utilizar esses índices na
atualização de preços, considera-se que todos os serviços e insumos que compõe as etapas de
uma obra variam igualmente, o que não acontece na realidade, e, portanto, este processo pode
gerar valores com grande margem de erro dos valores reais gastos.
Neste contexto, o presente trabalho se propõe a analisar as variações de custos de
insumos da construção civil divulgados pelo SINDUSCON e dos indicadores financeiros
CUB, IGP-M e INCC, a fim de elaborar um modelo de indexação de orçamentos que,
diferente das indexações realizadas através destes indicadores, considere as variações que
cada etapa de obra apresenta. Além disso, através desse processo torna-se possível identificar
as etapas de obra que mais apresentam variação e correspondem as parcelas mais
significativas no valor final da obra.

1.1 Justificativa

Periodicamente são observadas variações, não apenas nos custos de insumos materiais
e de mão de obra, mas na porcentagem que cada um destes componentes da construção civil
representa no custo total de uma obra. Como consequência, ocorrem também variações na
representatividade de cada etapa de obra no custo total final. A importância da análise dessas
variações está ligada a grande influência que o custo exerce sobre o mercado imobiliário,
15

setores produtivos e demais constituintes da cadeia produtiva da construção. Desta forma, não
apenas no momento de elaboração de um orçamento, mas também ao serem feitas
atualizações destes, necessárias ao longo do decorrer dos meses de execução da obra, ou até
mesmo dos meses de atraso desta, devem ser consideradas essas variações.
A escolha do presente tema justifica-se pela frequente utilização de índices para
reajustes de orçamentos que não consideram estas diferentes variações que cada etapa de obra
sofre, como o INCC-M e o CUB, atualizando igualmente todas as etapas, portanto
considerando que todas sofrem o mesmo ajuste. Frente a essa situação, o presente trabalho irá
elaborar um modelo de cálculo de reajuste de orçamento por etapa de obra que considere as
diferentes variações para cada uma destas etapas, a fim de melhorar o sistema de atualização
de orçamentos, tornando-os mais completos e balizando os custos de cada etapa de obra,
facilitando também o posterior cronograma-físico financeiro da obra, controlando os gastos
com cada etapa em cada período da obra. Além disso, irá gerar uma análise de variação de
custos de insumos que servirá como referência do comportamento de custos da construção
civil.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivos Gerais

Esse trabalho tem como objetivo geral elaborar um modelo para indexação de
orçamentos de obras decomposto em etapas executivas, considerando diferentes percentuais
de atualização para cada uma dessas etapas. Com isso, espera-se gerar índices de indexação
em relação a indicadores financeiros que já são utilizados para atualização de orçamentos e
preços, mas que apresentam falha ao variar igualmente todas as etapas de obra, permitindo a
atualização rápida de outros orçamentos.

1.2.2 Objetivos Específicos

- Estudar conceitos de orçamento de obra e indicadores econômicos da construção


civil, como CUB, INCC-M e IPG-M, utilizados na elaboração de orçamentos e nas suas
atualizações.
16

- Analisar a evolução de custos de insumos da construção civil no Rio Grande do Sul,


dividindo-os em grupos de etapa de obra, através do histórico de dois anos, de janeiro de 2013
a dezembro de 2014, bem como a evolução dos indicadores CUB/m²-RS, IGP-M e INCC-M
neste mesmo período.
- Elaborar um modelo de indexação de orçamentos de obras que utilize percentuais de
atualização diferentes para cada etapa de obra, levando em consideração as variações que os
insumos que compõe cada etapa apresentam. Com isso, gerar índices de indexação que
representem à proporção que cada etapa varia em relação a algum dos indicadores
econômicos, para mais, igualmente ou para menos, aplicados a obras residenciais
multifamiliares de alto padrão no Rio Grande do Sul, permitindo a atualização rápida de
outros orçamentos.
- Analisar quais etapas de obra apresentam maiores variações e maior
representatividade no custo total da obra.

1.3 Estrutura do trabalho

O presente trabalho será estruturado conforme descrito a seguir.


O primeiro capítulo faz uma introdução ao tema, englobando a justificativa pela
escolha do assunto e objetivos da pesquisa.
O segundo capítulo define a metodologia utilizada para obtenção dos objetivos
desejados.
O terceiro capítulo trata do embasamento teórico dos assuntos que compõe este
trabalho. Nele, serão definidos conceitos, como dos custos da construção civil e suas
variações, orçamentos e os itens que os compõe, indicadores de custos da construção, entre
outros essenciais a realização do trabalho.
No quarto capítulo é apresentado o estudo de caso. No primeiro momento é realizada
uma análise da variação de custos de insumos da construção civil que compõe o CUB/m²,
divididos em grupos de etapa de obra, e de indicadores financeiros da construção civil (IGP-
M, INCC-M e CUB/m²), em dois anos. Posteriormente, é realizada a mesma análise, porém
de julho de 2014 a abril de 2015, período em que serão atualizados três orçamentos de
edifícios residenciais multifamiliares de alto padrão elaborados pela empresa Technique
Engenharia. Esses orçamentos são apresentados com custos divididos por cada etapa de obra,
e cada uma dessas etapas é indexada através das variações dos grupos elaborados na primeira
17

parte do estudo de caso. Por fim, são comparados os percentuais de reajuste de cada etapa
com os valores iniciais, a fim de se analisar quais etapas de obra apresentaram maior aumento.
Esses percentuais de reajuste são comparados com a variação dos indicadores financeiros no
mesmo período, a fim de se obter um índice que avalie quais grupos sofreram maior ou menor
variação em relação ao indicador, e que possam ser utilizados como parâmetro para
atualização rápida de outras obras, sem que seja necessário fazer toda a análise de variação de
insumos feita no presente trabalho.
O quinto capítulo apresenta as conclusões do trabalho, baseadas nos resultados
encontrados no estudo de caso e nas revisões bibliográficas feitas.
Por fim, o sexto capítulo apresenta as referências bibliográficas utilizadas na
elaboração do presente trabalho.
18

2 METODOLOGIA

A fim de chegar aos objetivos do presente trabalho, primeiramente realizou-se uma


pesquisa bibliográfica em fontes confiáveis, com intuito de criar uma base de dados e
contextualizar os conceitos de orçamentos de obra, suas atualizações e de índices financeiros
de reajuste de preços da construção civil.
Posteriormente, optou-se por realizar um estudo de caso a fim de elaborar um modelo
de indexação de orçamentos por etapa de obra, considerando suas diferentes variações. A
comprovação da necessidade e importância deste processo foi feita através de pesquisas de
dados históricos de preços de insumos e de índices financeiros, divulgados mensalmente pelo
SINDUSCON e pela FGV, que são posteriormente publicados em outros sites, como o da
Câmara Brasileira da Indústria Brasileira – CBIC. Através da variação dos preços dos
insumos básicos, foram elaborados novos índices financeiros, agrupando-os por etapa de obra.
Isso tornou possível a atualização, para o mês de abril de 2015, de três orçamentos de
residenciais multifamiliares de alto padrão localizados no Rio Grande do Sul, elaborados pela
empresa Technique Engenharia em julho de 2014. Além disso, através de uma comparação
com índices existentes, chegou-se a indicadores para atualização rápida de orçamentos
futuros. As análises de todas as etapas, através de tabelas e gráficos, foram realizadas com
auxílio do Excel e explicadas ao decorrer do estudo de caso.
19

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Custos na construção civil

A construção civil é um importante setor que compõe a economia brasileira. Dados de


2013 divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostram que o
setor representa 21,6% do Valor Acrescentado Bruto avaliado ao preço base (VABpb) da
indústria brasileira e 5,4% do VABpb total brasileiro. De acordo com Oliveira (2011), trata-se
de um setor que possui grande capacidade de investimentos e enorme potencial de geração de
empregos. Desta forma podemos afirmar que uma obra se trata eminentemente de uma
atividade econômica, como defende Mattos (2006), e por essa razão o aspecto custo possui
grande importância nessa atividade, independe de sua localização, dos recursos disponíveis,
do prazo, do cliente em questão e do tipo de projeto a ser executado.
Losso (1995, apud COIMBRA, 2010) afirma que quando se deseja decidir pela
realização ou não de um empreendimento, o levantamento do custo deste é a primeira ação a
ser empreendida, pois define o montante que deverá ser investido e permite a limitação do
vulto da obra e as definições de especificações da mesma. Portanto, é essencial que se
conheçam os custos antes da elaboração dos projetos detalhados.
Gonzalez (2008) afirma que o custo é a soma dos gastos necessários para a execução
de uma obra, que acrescentados à margem de lucro, resultam no preço total. Da mesma forma,
Oliveira (2011) define custo como o gasto que uma organização necessita despender quando
utiliza seus fatores de produção com intuito de realizar um serviço ou um bem.
Há diversas classificações e formas de custo, que variam conforme a necessidade da
edificação a ser relacionada para o orçamento, segundo Ozelame Filho (2013). Desta forma, é
importante realizar um estudo dos conceitos de diversas classificações de custo que compõe
um orçamento, pois como Parisotto (2003) explica, a distinção entre os diferentes termos para
custos de obra de edificações reflete a postura da gerência em relação à tomada de decisão no
que diz respeito ao período de amadurecimento do empreendimento, bem como a
disponibilidade de informações.
Para Dias (2001) “o orçamento das construções ou dos serviços de engenharia civil é
igual à soma do custo direto, do custo indireto e do resultado estimado do contrato (lucro
20

previsto)”. Já Parga (2003), divide os componentes do preço em cinco grupos: custos diretos,
custos indiretos, custos acessórios, lucro e correção monetária.

3.2 Orçamento

Podemos afirmar, então, que o orçamento é a ferramenta que une todos os diferentes
tipos de custo, a fim de apresentar ao cliente um custo total final o mais próximo possível da
realidade. Gonzalez (2008) defende que na visão tradicional, um orçamento é uma previsão
do custo ou do preço de uma obra, e Vargas (2003) complementa que orçamentos se tratam de
atribuições financeiras aos recursos necessários para o projeto, expressos em unidades
monetárias. Para se chegar ao esse valor final, como Losso (1995, apud COIMBRA, 2010)
explica, é necessário um conjunto de cálculos sobre materiais, mão de obra, lucro, dentre
outros a serem definidos pelo orçamentista. Um orçamento não deve ser o resultado de um
jogo de adivinhação, ou de um exercício de futurologia, como defende Mattos (2006), mas
sim de um conjunto de critérios técnicos bem definidos, de informações confiáveis e de um
bom julgamento do orçamentista.
Para isso, é essencial a experiência do profissional, não só em relação a custos, mas
“em conhecimento de execução do tipo de obra a ser orçada, em engenharia de segurança do
trabalho, em garantia de qualidade, em meio ambiente, em legislação trabalhista e fiscal”,
segundo DIAS (2001, p 17). Da mesma forma, o PMI (2013) defende que uma opinião
especializada, utilizando um banco de dados contendo informações históricas, é de extrema
importância no desenvolvimento de um orçamento, pois define, por exemplo, se há
possibilidade de combinar diferentes métodos de estimativa de custo, conciliando as
diferenças entre eles. Essa visão é valiosa, pois uma combinação de métodos pode levar a
resultados mais precisos, visto que se torna possível a complementação de um método que,
por exemplo, não contemple algum item importante para a composição do custo final.

3.2.1 Qualidades do orçamento

Como explica Jesus (2009), deve-se considerar que cada obra possui suas
particularidades, e, portanto, é de extrema importância que se utilizem as condições de
contorno de cada empreendimento. Além disso, deve-se levar em consideração a data da
elaboração do orçamento, bem como o grau de detalhamento desejado. A contemplação
21

dessas condicionantes é requisito básico para o sucesso de um orçamento, pois como Xavier
(2008) afirma, a qualidade de um orçamento representa a sua capacidade de se aproximar e
retratar a realidade de um projeto. Mattos (2006) define as principais qualidades esperadas em
um orçamento como aproximação, especificidade e temporalidade.
A aproximação diz respeito ao grau de precisão, que de acordo com Jesus (2009)
deverá ser adequado a margem de erro esperada pelo contratante. Ela engloba diversos itens
do orçamento, como a produtividade das equipes, o percentual de encargos sociais e
trabalhistas, o preço dos insumos, suas perdas e seus impostos, o custo horário dos
equipamentos e sua produtividade e os custos indiretos, como cita Mattos (2006). Portanto,
todos os valores estipulados a esses itens refletem na precisão do custo final, percebendo-se
assim a importância da escolha de critérios de cálculo confiáveis.
Outro atributo, a especificidade, está relacionado às características da obra e da
empresa que a executa, segundo Jesus (2009). Fatores como clima, relevo, vegetação,
geologia, facilidade de acesso, oferta de mão de obra e equipamentos e impostos da região na
qual a obra se encontra, bem como a política da empresa em relação à quantidade e tipos de
cargos, canteiro de obras, veículos, grau de terceirização dos serviços, entre outros, possuem
implicações diretas no custo total, como defende Mattos (2006).
Já a temporalidade diz respeito às variações e evoluções de custos de insumos, taxas,
impostos, encargos sociais e trabalhistas, métodos construtivos e do cenário financeiro e
gerencial enfrentados, de acordo com Mattos (2006), que se não consideradas podem acarretar
em um grande erro de custo. Além disso, devem-se utilizar custos de mercado referentes ao
local da obra em questão, visto que há grandes variações de custo de uma localidade a outra.
Além de considerar todos os atributos citados acima, Dias (2001) defende que um
orçamentista necessita muitas vezes não só elaborar um orçamento de forma adequada, mas
fazê-lo em um curto período, e aplicando preços competitivos e mínimos, sendo para isso
necessário a utilização de métodos de orçamentação e tabelas de composições e custos atuais.

3.2.2 Importância do orçamento

Através do processo de orçamentação, gera-se um banco de dados que fazem do


orçamento um referencial para o desenvolvimento de outras atividades da obra. Além da
obtenção do custo final, a engenharia de custos serve como base para o planejamento de
obras, seu controle, acompanhamento de custos e definição de custos de manutenção, como
22

mostra Dias (2001), pois gera quantidades que permitem comparações entre o que é utilizado
na obra, e o que foi previamente orçado. Mattos (2006) cita em sua obra demais aplicações,
que são indispensáveis para o andamento de uma obra, e possuem como subsídio o
orçamento:
- Permite fazer o levantamento dos materiais e serviços, que serve como base para a
identificação de fornecedores, o planejamento das compras e sua forma de pagamento.
- Informa índices, através dos quais se torna possível a comparação entre a realidade
da obra, e o que foi previamente orçado, apontando possíveis problemas.
- Dimensiona equipes, calculando a quantidade homem-hora de trabalhadores
necessários para execução de cada serviço.
- Facilita a revisão de valores e índices, e se necessária alguma mudança, o custo total
do orçamento é recalculado automaticamente.
- Permite a realização de simulações. Pode-se facilmente, por exemplo, mudar
divisórias em alvenaria por divisórias em gesso, fazendo sua comparação de custo
- Facilita a elaboração de cronogramas físicos e financeiros, que através do
acompanhamento da obra retratam a evolução da obra com o tempo, e os custos e receitas dos
serviços que foram realizados nesse mesmo período de tempo.
- Permite a análise da viabilidade econômico-financeira da obra ao longo dos meses.
Além disso, como defende Dias (2009), o processo de orçamentação contribui para a
criação de um banco de dados de composições de custo de serviços, adquiridas através de
obras que vão sendo executadas. Isto se torna fundamental para uma empresa, pois permite a
consolidação do trabalho de estimativas futuras.
De acordo com González (2008), o orçamento contribui para a percepção das questões
econômicas na elaboração do planejamento da obra, que consiste na organização da obra para
sua execução. Como Araújo e Meira (1997) afirmam, o processo de criação de um orçamento
fornece suporte à elaboração do cronograma físico-financeiro, que permite a programação de
recursos humanos e também de suprimentos necessários à obra. Desta forma, evita-se que
ocorram atrasos e desperdícios, e facilita-se o acompanhamento da obra, pois são criadas
diretrizes e sistemáticas de trabalho, através do controle de materiais e de serviços.
Portanto, podemos considerar que um orçamento bem elaborado é a base para um bom
planejamento de uma obra. E como Goldman (2004) defende, o planejamento é uma das
ferramentas que mais contribui para o sucesso de qualquer empreendimento. Segundo ele,
através do planejamento cria-se um sistema que une informações e conhecimentos de todos os
23

setores e depois os direciona para que sejam utilizados na obra. Araújo e Meira (1997) ainda
enfatizam que para que uma empresa possa atingir seus objetivos de forma eficiente é
essencial que saiba manter harmonia entre recursos financeiros e físicos, a fim de se obter
com precisão os recursos necessários, custos e prazos, e isso só se torna possível através do
planejamento.
Com essas informações, reforçamos a afirmação de Andrade e Souza (2003), que “a
qualidade da previsão de custos envolvidos na execução de uma obra é fundamental para a
sobrevivência de uma empresa de Construção Civil no atual mercado competitivo”.

3.2.3 Tipos de orçamentos

González (2008) afirma que existem vários tipos de orçamentos, tais como
paramétricos, pela NBR 12721 (ABNT, 2007), discriminados e operacionais. Já Mattos
(2006) classifica o orçamento de acordo com o seu grau de detalhamento em: estimativa de
custo, orçamento preliminar ou orçamento analítico ou detalhado. Knolseisen (2001) também
defende que as classificações são baseadas no grau de precisão desejado, sendo que este é
diretamente proporcional ao seu grau de detalhamento, de acordo com as especificações de
projeto.
Ou seja, podemos encontrar diferentes classificações e nomenclaturas para orçamentos
na literatura, porém devemos ressaltar que o padrão a ser escolhido é função da finalidade da
estimativa e da disponibilidade de dados, de acordo com González. Ele ainda afirma que se o
interesse é em obter uma estimativa rápida, que se baseie apenas na concepção inicial da obra
ou em algum anteprojeto, o mais indicado é o orçamento paramétrico. Para incorporações em
condomínio, a lei exige o registro de informações, em cartório, seguindo um procedimento
padronizado, de acordo com a norma NBR 12721 (ABNT, 2007). O orçamento discriminado
é mais preciso, mas exige uma quantidade bem maior de informações.
Portanto, a escolha por um determinado tipo de orçamento será feita baseada em sua
finalidade, na disponibilidade de projetos e tempo, e no grau de detalhamento desejado. É
impossível, por exemplo, realizar um orçamento detalhado se há disponibilidade somente de
projetos arquitetônicos, sem projetos estruturais, elétricos, hidrossanitários, e demais
necessários para a execução da obra, e se o tempo disponível é curto, mas por outro lado, já é
possível que realizar uma estimativa de custo. De acordo com Cardoso (2009, apud KATO,
2013) existindo projetos que permitam a divisão da obra em frações menores, ou seja, sem
24

serviços, é possível realizar um levantamento mais preciso dos recursos necessários à


execução destes serviços.
No presente trabalho, tem-se interesse em estudar componentes de orçamentos
analíticos, também chamados detalhados, e de orçamentos por estimativa de custo, incluindo
aqueles que utilizam custos por etapa de obra e custos unitários básicos, portanto, a seguir
iremos enfatizar o embasamento teórico destes.

3.2.3.1 Orçamento detalhado

González (2008) afirma que um orçamento detalhado é aquele que possui uma relação
de todos os serviços ou atividades que serão utilizadas na obra, e desta forma, como explica
Mattos (2006), tem como objetivo obter uma margem de erro mínima, e chegar a um valor
bem próximo do “real”. Ou seja, podemos afirmar que o orçamento detalhado é a ferramenta
mais precisa e minuciosa para se avaliar previamente o custo total de um empreendimento,
como defende Xavier (2008), e que por isso, é o tipo de orçamento que profissionais e
empresas de construção civil mais utilizam.
Parisotto (2003) afirma que para se chegar ao custo total no orçamento detalhado,
dividem-se os componentes do projeto em serviços, e estes são quantificados. Posteriormente,
atribui-se a cada serviço uma composição de custos unitários, considerando quantidades a
serem gastas de mão-de-obra, material e equipamento para a execução deste serviço,
MATTOS (2006). Estas quantidades podem ser obtidas através da medição dos projetos
disponíveis, tanto arquitetônicos, como de instalações e complementares, de acordo com
González (2008). Este custo obtido pela descrição dos serviços corresponde ao custo direto da
obra, e além deste, ainda são considerados os custos indiretos, que correspondem às despesas
com canteiro de obras, equipes técnica e administrativa, taxas e emolumentos, chegando
assim a um valor total coerente, como afirma Mattos (2006).
Por realizar o levantamento dos serviços através dos projetos, em princípio, um
orçamento detalhado pode ter precisão nos resultados apenas se todos os projetos gráficos,
detalhamentos, discriminações técnicas e memoriais estiverem concluídos, como defende
Taves (2014), porém, devido à grande variabilidade do setor da construção civil, isso
dificilmente ocorre.
25

Esquematicamente, de acordo com Mattos (2006) um orçamento é constituído através


de três grandes etapas de trabalho: estudo das condicionantes, composição de custo e
determinação do preço, ocorrendo na sequência apresentada na Figura 1 abaixo.

EDITAL + PROJETOS + ESPECIFICAÇÕES


Estudo das
Condicionantes
VISITA TÉCNICA

IDENTIFICAÇÃO SERVIÇOS

LEVANTAMENTO QUANTITATIVO
Composição
de Custo
CUSTO DIRETO CUSTO INDIRETO
(COMPOSIÇÕES DE CUSTO)

LUCRO + IMPOSTOS

PREÇO DE VENDA (BDI)


Determinação
do Preço
DESBALANCEAMENTO

PLANILHA DE PREÇOS

Figura 1 – Etapas orçamento detalhado


Fonte: Adaptado de Mattos (2006)

3.2.3.1.1 Estudo das Condicionantes

De acordo com Tisaka (2006), o primeiro passo a ser dado na elaboração de um


orçamento detalhado trata-se da leitura e interpretação de todos os projetos básicos ou
executivos, bem como projetos complementares de instalações e memoriais descritivos das
especificações. Estes projetos, como afirma Mattos (2006), norteiam o orçamentista, pois
permitem a identificação dos serviços presentes na obra com suas quantidades
correspondentes, a análise do grau de dificuldade de execução das tarefas, e o grau de
interferência entre eles. Além disso, Dias (2001) afirma que deve ser feita a análise do edital
26

de licitação, se obra se trata de um objeto de uma concorrência, e demais documentos


recebidos pelo cliente, a fim de conhecer a localização do empreendimento, forma de medição
e pagamento, prazo da obra, especificações técnicas e tipo de fiscalização, entre outros.
Mattos (2006) afirma que posterior à análise dos documentos, é aconselhável que se
realize uma visita técnica ao local de implantação da obra, ou do edifício já existente (em caso
de reformas), a fim de que possam sanar dúvidas, tirar fotos, avaliar as condições, verificar
disponibilidade de materiais, equipamentos e mão-de-obra na região, entre outros. Desta
forma, adquire-se maior conhecimento sobre o empreendimento em questão, facilitando a
elaboração de custos coerentes.

3.2.3.1.2 Composição de Custo

Xavier (2008) afirma que um orçamento detalhado pode ser considerado completo se
engloba todos os serviços requeridos pela obra, e para isso, o primeiro passo após o estudo
das condicionantes, deve ser a identificação e quantificação de todos esses serviços. Mattos
(2006) defende que a quantificação é uma das etapas mais importantes do processo de
orçamentação, visto que é diretamente proporcional ao custo, e, portanto, um pequeno erro de
cálculo nas medições pode ocasionar erros de grandes proporções ao orçamento. A
quantificação deve ser feita através da análise dos projetos, especificações técnicas e plantas
construtivas, segundo Dias (2004). Depois de feito o levantamento das quantidades,
discriminam-se os custos diretos e indiretos, e por fim, a determinação do preço.

A) Custos diretos

Os primeiros custos a serem considerados no orçamento são os custos diretos. Eles


podem ser definidos como aqueles que estão diretamente relacionados aos serviços que são
realizados na obra, conforme Xavier (2008). Como exemplo, podem-se citar os equipamentos,
materiais e mão-de-obra construtiva, apresentados nas planilhas quantitativas orçamentárias
de uma obra.
A fim de se obter o custo do serviço, é necessário se conhecer o custo unitário, ou seja,
o custo de uma unidade desse serviço, como explica Mattos (2006). Para o cálculo deste custo
unitário, Tisaka (2006) afirma que se deve conhecer a sua composição, ou seja, quais e
quantos materiais, mão de obra e equipamentos são necessários para a execução de uma
27

unidade de serviço. Existem diversas tabelas com composições prontas, sendo a Tabela de
Composições de Preços para Orçamentos – TCPO da editora Pini, uma das mais utilizadas,
segundo Tisaka (2006) e Mattos (2006). Também são bastante utilizadas pelas empresas
composições encontradas no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção
Civil – SINAPI, da Caixa Econômica Federal, e composições próprias, formadas ao longo do
tempo.
Os preços dos insumos a serem associados às composições são obtidos através de
cotações de preços de mercado junto a fornecedores. Neste momento, é fundamental prezar
pela qualidade do orçamento, no que diz respeito a sua especificidade e temporalidade, citadas
no item 2.2.1, realizando cotações, tanto de produtos, como de aluguel de equipamentos e
custo de mão de obra na região em que a obra se encontra e no período em questão. Como
resultado final, tem-se o preço formado para cada unidade de serviço, que ao ser multiplicado
pelas quantidades previamente medidas, resulta no preço total de cada serviço.

B) Custos indiretos

Custos indiretos, segundo Parga (2003) são aqueles que não são parte integrante do
serviço em questão, porém, indispensáveis na sua obtenção. Podem-se citar como exemplos o
engenheiro, o andaime, a betoneira, as despesas com telefone e aluguel e o habite-se, que dão
suporte técnico e administrativo à obra. De acordo com Mattos (2006) representam de 5% a
30% do custo total do orçamento.
PMI (2013) enfatiza que os custos indiretos não podem ser diretamente relacionados a
um projeto específico e, desta forma, devem ser acumulados e posteriormente distribuídos de
forma igualitária entre os múltiplos projetos existentes. Ou seja, eles não estão incorporados
na construção em si, porém são fundamentais para a sua execução.
Segundo Mattos (2006), esses custos são discriminados através do dimensionamento
das equipes técnicas, de apoio e de suporte, bem como as despesas com canteiro, materiais
para escritório, taxas, entre outros. Os preços a serem associados ao dimensionamento dos
custos indiretos, assim como os custos diretos, são obtidos através de cotações. Para mão de
obra, esse preço depende também do tipo de contrato utilizado pela empresa (mão de obra
própria, por etapa ou por empreitada) e segundo Mendonça (2006) a ela também devem ser
aplicados os percentuais de encargos sociais e trabalhistas.
28

3.2.3.1.3 Determinação do Preço

Por fim, para compor o custo em um orçamento detalhado, deve-se levar em


consideração a margem de lucro e a correção monetária. O lucro é definido como um
percentual a ser aplicado aos custos diretos encontrados nas planilhas de quantitativos, de
acordo com Xavier (2008). Ele também afirma que essa definição de percentual se realiza
com base nas dificuldades enfrentadas durante a obra, no risco do empreendimento, nas
condições locais e características do cliente. Ou seja, essa escolha é feita pelo empresário,
com coerência.
A aplicação desta lucratividade e os impostos do faturamento são denominados de
incidentes sobre custo direto, de acordo Xavier (2008). Segundo ele, a aplicação destes
incidentes é feita em percentual e recebe o nome de Bonificação de Despesas Indiretas ou
Benefícios e Despesas Indiretas (BDI).
Desta forma, como Oliveira (2011) afirma, BDI é a taxa que representa as despesas
indiretas, o lucro e os impostos, aplicados ao custo total direto de uma obra, levando ao valor
final do orçamento, podendo essa aplicação ser feita a cada composição de custo ou apenas no
custo direto total. Ou seja, conforme Gonzalez (2008) defende, o BDI tem por objetivo
acrescentar o lucro que se deseja obter, e considerar despesas que não se encontram
relacionadas explicitamente no orçamento. Mattos (2006) define o BDI como um fator de
majoração, em percentual. Segundo Dias (2001) esse percentual geralmente varia entre 5% e
12% do faturamento e é calculado a fim de permitir o cálculo do preço unitário de venda a
partir do custo unitário direto do serviço.
Tendo orçados e definidos todos esses itens, chegamos enfim ao preço final de venda,
que Mattos (2006) define como o valor total ofertado pelo contrato, englobando todos os
custos, o lucro e os impostos. Ou seja, trata-se do valor final do orçamento, com o qual a
construtora poderá propor negócio à empresa contratante ou mesmo participar de uma
licitação.
Desta forma, esse preço de venda nunca se iguala a outro, pois varia com o
planejamento e localização da obra, com as características do órgão contratante ou contratado,
com as considerações feitas, entre outros fatores que fazem com que cada orçamentista
chegue a um preço de serviço diferente, explica o CREA-ES (2008).
29

3.2.3.2 Estimativa de custo

Mattos (2006) define a estimativa de custo como sendo uma avaliação que fornece
uma ideia da ordem de grandeza do custo da obra, realizada com base em comparações feitas
com projetos semelhantes e custos históricos. Como Goldman (2004) afirma, muitas empresas
realizam o estudo de viabilidade do empreendimento ainda com o anteprojeto arquitetônico,
com as especificações técnicas e de acabamentos ainda sem estarem totalmente definidas e
com os projetos complementares (estrutura, instalações especiais) por fazer. Nesta situação,
torna-se praticamente impossível executar um bom orçamento detalhado, e, além disso, nem
há tempo disponível, visto que em poucos dias o empreendimento precisa ser comercializado.
Com isso, justifica-se a necessidade de elaboração de um orçamento rápido e
simplificado, que não utilize descrições e quantitativos exatos, e permita uma primeira
avaliação do custo total da obra. Para isso, utiliza-se a estimativa de custos, que conforme
descrito no PMI (2013) é frequentemente utilizada para estimar um valor quando a quantidade
de informações detalhadas disponíveis é limitada, como por exemplo, na fase inicial de obra.
González (2008) enfatiza que através dessa avaliação rápida podemos chegar a um
valor estimado, crucial para a análise inicial da viabilidade do empreendimento, pois permite
que o proprietário verifique a ordem de grandeza do custo e se necessário, realize adequações
de acordo com o capital disponível. Porém, devemos considerar, assim como enfatiza Dias
(2001), que uma estimativa de custos não deve ser confundida com o orçamento real de uma
obra. O custo obtido não deve ser utilizado em propostas comerciais, ou para fechamentos de
contratos, mas sim na análise da viabilidade da obra, e como base comparativa para um futuro
orçamento detalhada. De acordo com Losso (1995 apud COIMBRA, 2010), existe uma
grande diferença entre uma estimativa de custos e um orçamento, pois a primeira tem a
intenção de mostrar um intervalo no qual se compreende o custo da obra, enquanto o segundo,
por conter uma descrição detalhada dos materiais e operações necessárias, visa a precisão do
valor final.
Goldman (2004) explica que são várias as alternativas viáveis de orçamento por
estimativas para o cálculo do custo da construção. Formoso (1986 apud PARISOTTO, 2003)
cita algumas dessas alternativas, como a estimativa pelo método do Custo Unitário Básico,
pela relação entre custo total e área de construção, pelo custo por volume de construção, pelo
percentual representativo de cada etapa de construção, pelo custo por unidade de construção,
entre outros. Além disso, como defende Mattos (2006), as próprias empresas acabam gerando
30

seus próprios indicadores ao longo do tempo, e passam a utilizá-los como parâmetro aos
próximos orçamentos.

3.2.3.2.1 Estimativa de custo pelo custo unitário básico

O custo da obra pode ser determinado através da área ou do volume construído,


associados à custos unitários, os quais são obtidos através de órgãos que calculam indicadores
ou de obras semelhantes anteriormente realizadas GONZÁLEZ (2008). Mattos (2006) afirma
que no caso de construções de edificações, um indicador bastante usual é o custo por metro
quadrado de construção, sendo o Custo Unitário Básico (CUB), normatizado pela NBR 12721
(ABNT, 2007) e divulgado pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON)
de cada estado, o mais utilizado. Além do CUB, como mostra González (2008), outros
indicadores de custo unitário são divulgados pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e
Índices da Construção Civil da Caixa Econômica Federal (SINAPI), pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV), pela editora Pini e pela revista Construção Mercado.
A estimativa de custo pode ser obtida, então, segundo Goldman (2004) através da
multiplicação de dois fatores: área total construída e CUB local, relativo ao projeto padrão
que mais se aproxime da obra em questão. Deve-se observar que este produto não se trata do
custo global da obra, pois ainda deve-se considerar “parcelas adicionais, relativas a todos os
elementos ou condições não incluídas nas relações quantitativamente discriminadas de
materiais e mão de obra”, como descreve a NBR 12721 (ABNT, 2007). Ou seja, no valor do
CUB não estão contemplados custos com especificidades que possam ocorrer na obra. Estas
particularidades podem apresentar custos elevados e ocasionar a falha da estimativa de custo
se não considerados.
Mattos (2006) cita como exemplo de estimativa de custo através do CUB, um edifício
residencial de padrão normal, analisado no ano de 2008, com oito pavimentos de 300 m², com
apartamentos de três quartos, localizado em Salvador.
Área construída total = 2.400 m²
CUB Salvador junho/2006 (H8-3N) = R$704,37/m²
Custo total = 2.400 m² x R$704,37/m² = R$ 1.690.488
Será feita uma análise mais aprofundada sobre o custo CUB, os elementos que o
compõe e como é calculado no item 2.6 da revisão bibliográfica do presente trabalho.
31

3.2.3.2.2 Estimativa de custos por etapa de obra

Mattos (2006) define a estimativa de custos por etapa de obra como uma
decomposição da estimativa inicial, que tem como base o percentual que as diferentes etapas
de obra representam no custo total final. Este percentual é obtido através do estudo de obras
similares, e por se tratar de uma estimativa, é apresentado em faixas de valores. Portanto, da
mesma forma que a estimativa pelo custo unitário básico, esta estimativa trata-se de um custo
aproximado, permitindo uma avaliação inicial de custos por parte do empreendedor e
principalmente, trata-se de uma ferramenta balizadora de custos para o orçamentista,
orientando e facilitando a revisão orçamento.
Além disso, Goldman (2014) afirma que através da parametrização de um orçamento
em itens de grande impacto no custo, baseada no histórico de orçamentos já realizados, reduz-
se a margem de erro entre o real e o orçado. Como Gonçalves (2014) explica, essa
parametrização auxilia também na negociação com projetistas e construtores, pois como esses
dados são obtidos de projetos anteriores, podem ser utilizados como base para a avaliação dos
preços informados pelos fornecedores.
Atribuindo custos estimados à cada etapa de obra, permite-se também avaliar a
representatividade de cada uma destas etapas, como afirma Mattos (2006), e atribuir a
respectiva importância a cada uma delas. A Figura 2, resultado de pesquisas realizadas pela
editora PINI e divulgada na revista Guia da Construção, mostra essa representatividade de
cada etapa de obra. Através destes índices percentuais, pode-se, por exemplo, decompor o
custo total estimado no exemplo do item 2.2.3.1.1 pelo indicador CUB, em parcelas de custo
por etapa de obra.
Como citado no PMI (2013), estas estimativas podem ser aplicadas a todo o projeto
em questão, ou apenas a segmentos deste projeto, aliados a outros métodos de estimativa de
custos, como o método que utiliza o custo unitário, por exemplo, explicado acima.
32

Figura 2 – Estimativa de gastos por etapa de obra (%)


Fonte: Revista Construção e Mercado - Guia da Construção, maio 2006

3.3 Atualização de preços e indicadores financeiros da construção civil

Como estudado acima, orçamentos são levantamentos de todos os custos de insumos e


serviços necessários para a execução de uma obra. Os custos unitários associados pelo
profissional orçamentista a cada serviço são obtidos através de pesquisas realizadas com
fornecedores locais e em relação ao período previsto para a obra em questão. Como Mattos
(2006) exemplifica, um orçamento da construção de uma determinada casa em uma cidade
difere de um orçamento de uma casa idêntica em outra cidade, e da mesma forma, um
orçamento realizado há algum tempo não tem validade nos dias de hoje. Então, por serem os
custos função do tempo e do local da obra, é importante que sejam sempre atualizados pelo
profissional a cada novo orçamento.
Após finalizado o orçamento, é necessário que sejam feitas atualizações nos preços do
orçamento, se deseja-se acompanhar os valores gastos na obra. Mattos (2013) afirma que a
grande maioria das obras levam muito tempo para serem concluídas, tempo suficiente para
ocasionar altas variações nos valores inicialmente orçados, ainda mais em se tratando de um
país como o Brasil, onde há altos níveis de inflação. Desta forma, utilizar os custos antigos
gera distorção do custo real da obra, o que justifica a necessidade de atualização desses
custos. Além disso, o reajuste é necessário quando há atraso na entrega da obra, pois durante
este período de atraso, também é inevitável que os custos diretos e indiretos sofram ajustes,
por serem diretamente proporcionais ao prazo da obra, segundo Kern (2005). Os atrasos
33

ocorrem, pois, de acordo com Tabosa (2013), a construção civil é um processo produtivo que
envolve atividades com elevada variabilidade de utilização de recursos, o que acarreta em
uma maior dificuldade no levantamento e na análise de custos. Os níveis de variabilidade são
altos, pois muitos são os fluxos necessários para a utilização de cada serviço, como fluxo de
projetos, mão de obra, equipamentos, materiais, e a maioria destes possui elevado índice de
variabilidade, defende Koskela (2000).
Como ferramenta de auxílio aos profissionais orçamentistas, existem diversos
indicadores financeiros, elaborados por Sindicatos, Revistas e Fundações de Pesquisa, que
através de pesquisas de preço em mercados locais, divulgam custos da construção civil e suas
variações. Como afirma Lima Junior (2012), são índices macroeconômicos que apresentam as
tendências do setor, baseados em amostragem de variações de preço. Desta forma, podem ser
utilizados pelo orçamentista como base quando há necessidade de atualização de preços,
processo também chamado de indexação, por tratar-se de um reajuste feito de acordo com
estes índices de variação de preço, segundo Ferreira (2008). Além disso, os índices servem
como comparativo para análise dos preços que estão sendo praticados por ele e como
indicador dos itens com os quais deve ter maior atenção. Um dos indicadores que será citado
abaixo, o CUB/m², pode até mesmo servir como base para estimativas de custos de obras,
como explicado anteriormente. Além deste, serão estudados indicadores financeiros da
construção civil divulgados mensalmente pelos SINDUSCON e pela Fundação Getúlio
Vargas – FGV, a serem utilizados posteriormente no desenvolvimento do presente trabalho.

3.3.1 Custo Unitário Básico (CUB)

O CUB é um dos principais indicadores do setor da construção civil, bastante usual


para orçamentos de construções de edificações. Segundo Mattos (2006), ele representa, de
acordo com o padrão de imóvel estabelecido, o custo da construção por metro quadrado. De
acordo com o SINDUSCON-MG (2007), ele teve origem através da lei federal n.° 4.591 de
dezembro de 1964, que determinou que a Associação Brasileira De Normas Técnicas (ABNT)
preparasse uma norma que estabelecesse padrões para cálculo de custo unitário de construção,
responsabilizando os sindicatos da construção civil a divulgarem os índices até o dia 05 de
cada mês subsequente.
Segundo Rocha (2008), o CUB foi criado para fins de registro oficial das
incorporações imobiliárias em cartório. De acordo com ele, embora existam muitos órgãos
34

que disponibilizam custos unitários, apenas o CUB divulgado pelos SINDUSCON pode ser
utilizado para esses fins imobiliários. Os demais devem ser utilizados apenas quando essa não
é a atividade fim do orçamento. Desta forma, como afirma o SINDUSCON-MG (2007), “o
objetivo básico do CUB/m² é disciplinar o mercado de incorporação imobiliária, servindo
como parâmetro na determinação dos custos dos imóveis”. Além disso, o CUB, como
explicado no item 2.2.3.1 deste trabalho, serve como base para orçamentos por estimativa de
custos que seguem a NBR 12721 (ABNT, 2007).
O SINDUSCON-MG (2007) ainda afirma que, pela credibilidade que o indicador
CUB conquistou ao longo de mais 40 anos de existência, a sua evolução também vem sendo
utilizada como um indicador macroeconômico dos custos que envolvem o setor da construção
civil. Esta evolução, publicada mensalmente, demonstra a evolução dos custos das
construções de uma forma geral.

3.3.1.1 NBR 12.721

Em 1964 foi promulgada a lei 4.591, com o objetivo de controlar e disciplinar o


processo de verticalização das cidades, bem como as incorporações imobiliárias. Essa lei,
segundo Mattos (2006) responsabilizou a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
a criar normas que padronizassem o cálculo de custos unitários básicos, a elaboração de
orçamentos, e a avaliação global da obra, além de destinar aos SINDUSCON a tarefa de
calcular esses custos unitários e divulgá-los mensalmente. De acordo com o SINDUSCON-
MG (2007), a primeira norma implantada foi a NB-140, em 1965. Posteriormente a esta,
elaborou-se a NBR 12.721, que devido a revisões e melhorias, teve diversas edições
publicadas. Segundo Mattos (2006), ela define os critérios que devem ser seguidos ao serem
realizadas coletas, cálculos, insumos representativos e seus pesos, de acordo com os padrões
de construção (baixo, normal, alto). Estes padrões levam em consideração as condições de
acabamento, a qualidade do material e os equipamentos existentes.
A NBR 12.721 atual foi publicada no dia 28 de agosto de 2006, estando em vigor a
sua versão corrigida 2:2007, válida a partir de primeiro de fevereiro de 2007. Ela é resultado
de um grande processo de revisão da norma anterior, a NBR 12721:1999, impulsionado pela
necessidade de adequação aos novos projetos arquitetônicos que vem sendo executados pelas
construtoras, a legislação vigente, entre outros. Portanto, como afirma González (2008), por
35

considerar insumos e tipos de projetos diferentes, não devem ser feitas comparações diretas
com valores de CUB obtidos pela versão anterior da norma com a versão atual.

3.3.1.1.1 Projetos padrão

A NBR 12.721 (ABNT, 2007) define projeto-padrão como aqueles selecionados para
representar edificações usuais, definindo-os de acordo com número de pavimentos, número de
unidades, existência de elevadores, área real e equivalente, entre outros. Essas classificações
ainda são enquadradas em padrão de acabamento baixo, normal ou alto, de acordo com os
materiais de acabamento utilizados. Por exemplo, um edifício residencial multifamiliar pode
ser classificado como projeto-padrão R8 –N, se obedecer aos critérios descritos na Figura 3,
ou se aproximar destes.
Posteriormente pode ser ainda definido como padrão alto, normal ou baixo,
consultando-se a tabela 2 da NBR 12721 (ABNT, 2007), onde se classificam nesses padrões
itens como portas, janelas, fechaduras, impermeabilizações, acessórios e louças,
revestimentos internos de pisos e paredes e tetos, revestimentos externos e coberturas. Logo,
conhecendo-se as especificações dos materiais a serem utilizados na edificação, é possível
fazer essa classificação. O mesmo pode ser encontrado na norma para as outras classificações
de edificações, residenciais e comerciais, mostradas na Tabela 1.

R8 – Padrão Normal (R8-N)


Composição do edifício:
Garagem, pilotis e oito pavimentos tipo.
Descrição dos pavimentos:
Garagem: Escada, elevadores, 64 vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito e
instalação sanitária.
Pilotis: Escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, copa, dois banheiros, central de
gás e guarita.
Pavimento-tipo: Halls de circulação, escada, elevadores e quatro apartamentos por andar,
com três dormitórios, sendo uma suíte, sala estar/jantar, banheiro social, cozinha, área de
serviço com banheiro e varanda.

Área real: 5.998,73 m²


Área equivalente: 4.135,22 m²

Figura3 – Características principais do projeto padrão R8 – N


Fonte: NBR 12721 (ABNT,2007)
36

Tabela 1 – CUB para projetos padrão janeiro/2015

Padrão de Custo
PROJETOS Código
acabamento R$/m²
RESIDENCIAIS
R1 – B Baixo 1.162,81
R -1 (Residência Unifamiliar) R1 – N Normal 1.433,88
R1 – A Alto 1.791,70
RP1Q (Residência Popular) RP1Q 1.180,49
PIS (Projeto de Interesse Social) PIS 805,11
PP-B Baixo 1.059,15
PP (Prédio Popular)
PP-N Normal 1.378.83
R8 – B Baixo 1.005,29
R - 8 (Residência Multifamiliar) R8 – N Normal 1.188,48
R8 – A Alto 1.459,47
R16 - N Normal 1.154,42
R - 16 (Residência Multifamiliar)
R16 - A Alto 1.503,46
COMERCIAIS
CSL 8 - N Normal 1.181,52
CSL -8 (Comercial Salas e Lojas)
CSL 8 - A Alto 1.350,60
CSL -16 (Comercial Salas e CSL 16 - N Normal 1.578,92
Lojas) CSL 16 - A Alto 1.800,39
CAL -8 (Comercial Andar CAL 8 - N Normal 1.411,56
Livres) CAL 8 - A Alto 1.549,05
GI (Galpão Industrial) GI 627,61

Fonte: SINDUSCON/RS

3.3.1.1.2 Cálculo do CUB

O CUB para cada projeto-padrão, segundo a NBR 12.721 (ABNT, 2007) é calculado
através do somatório de insumos que compõe o lote básico, elaborado pela norma com base
em projetos típicos. O lote básico é composto por insumos de mão de obra, apresentados na
Tabela 2, e insumos materiais e equipamentos de diversas etapas da construção, apresentados
na Tabela 3. Os custos destes insumos são divulgados mensalmente, juntamente com o valor
do CUB, pelo SINDUSCON de cada estado até o dia 5 de cada mês, e assim como ele, podem
ser utilizados como base de custo unitário para os orçamentistas. Além disso, a análise da
variação desses custos permite a análise do mercado econômico da construção civil. As
quantidades necessárias destes insumos por metro quadrado de construção, para cada projeto-
padrão, foram calculadas através de dados históricos, e posteriormente divulgadas na norma.
37

O CUB/m² é resultado do somatório dos produtos da multiplicação destas quantidades de


insumos do lote básico pelo custo dos mesmos.
Esses custos unitários dos insumos, apresentados na Tabela 2 e Tabela 3, resultam de
pesquisas mensais realizadas pelos Sindicatos junto a construtoras, que informam
mensalmente os valores praticados, como explica a NBR 12721 (ABNT, 2007). Além disso,
segundo a NBR 12.621 (ABNT, 2007), para materiais de construção é possível que as
cotações sejam realizadas junto à indústria, comércio atacadista ou varejista, devendo ser
inclusos custos com tributos e fretes. A análise destes custos unitários é importante, pois
permite a análise da variação individual de cada insumo, de acordo com a sua cadeia
produtiva, deixando de pensar na construção como um conjunto de serviços que varia
igualmente, visto que isso não acontece na realidade.
É importante mostrar que, como afirma Mattos (2006), o CUB trata-se de um valor
médio, e por isso, em seu cálculo, desconsideram-se custos referentes às particularidades de
cada construção. Segundo a NBR 12721 (ABNT, 2007), alguns destes custos não
contemplados pelo CUB, mas que devem ser considerados para a obtenção de um custo por
metro quadrado de construção mais próximo do real, são: fundações, tirantes, paredes-
diafragma, submuramentos, rebaixamentos de lençol freático, equipamentos e instalações
como fogões, aquecedores, bombas de recalque, ar-condicionado, incineração, calefação,
ventilação e exaustão, obras e serviços complementares, como urbanização, recreação,
ajardinamento, instalação do condomínio, terreno, elevadores, impostos, taxas e honorários e
projetos.
38

Tabela 2 – Salários médios janeiro/2015

CATEGORIAS Salário
médio* R$/h
MESTRE DE OBRAS
Até 25 subordinados 15,00
Acima de 25 subordinados 22,12
Média 16,60
PEDREIRO 5,54
SERVENTE 4,20
CARPINTEIRO 5,63
FERREIRO (ARMADOR) 5,67
PINTOR 5,53
APONTADOR 9,57
ELETRICISTAS
Oficial 5,90
Meio oficial 4,92
Ajudante 4,05
INSTALADORES HIDRÁULICOS
Oficial 6,01
Meio oficial 4,79
Ajudante 4,07
ENGENHEIRO 41,07
*Não estão incluídos os encargos sociais,
bonificações e outras despesas
Fonte: SINDUSCON/RS

Desta forma, deve-se atentar que ao realizar um orçamento com base nos custos CUB,
é necessário ainda, por meio de estimativas por etapas de outras obras, ou até mesmo através
da quantificação e cotação de preços, incluir valores relativos a esses itens. Por serem os
valores do CUB e dos insumos do lote básico resultados de pesquisas locais de preço
realizadas mensalmente pelos SINSUSCON, é importante ressaltar que estes valores variam
de acordo com cada localidade, e de acordo com o tempo, devido às variações que o mercado
financeiro apresenta de um local a outro e de um período a outro. Ou seja, ao realizar uma
estimativa de custo através da NBR 12721 (ABNT, 2007), é muito importante que se utilize
os dados do SINDUSCON do estado em que a obra se localiza, e do mês em questão.
39

Tabela 3 – Preços médios dos materiais de construção janeiro/2015

INSUMOS BÁSICOS Unidade Preço em R$


Bacia sanitária branca com caixa acoplada unid 244,06
Areia Lavada m³ 63,68
Vidro liso transparente 4 mm m² 61,53
Cimento CP 32-II Kg 0,48
Esquadria de correr tamanho 2,00 x 1,40m, em alumínio m² 526,46
Emulsão asfáltica impermeabilizante Kg 13,08
Registro de pressão cromado ½” unid 40,83
Bancada de pia de mármore branco 2,00 m x 0,60 m unid 876,74
Disjuntor tripolar 70 A unid 81,65
Tinta látex PVA l 14,48
Telha fibrocimento ondulada 6 mm m² 18,47
Tubo de PVC rígido reforçado para esgoto 150 mm M 23,52
Porta lisa para pintura unid 88,37
Aço CA-50 10 mm Kg 3,81
Concreto fck=25 Mpa m³ 309,64
Brita nº 02 m³ 63,00
Chapa compensado plastificado 18 mm m² 31,22
Janela de correr tamanho 1,20m x 1,20m em ferro m² 165,13
Tubo de ferro galvanizado com costura 2 ½” M 51,87
Placa de gesso m² 8,83
Bloco de concreto sem função estrutural 19 x 19 x 39 cm unid 2,67
Fio de cobre anti-chama, isolamento 750 V, #2,5mm² M 1,11
Fechadura para porta interna, em ferro, acabamento unid 26,31
cromado
Locação de betoneira dia 32,33
Placa cerâmica (azulejo) 30 cm x 40 cm, PB II m² 18,00
Tijolo 9 cm x 19 cm x 19 cm unid 0,55

Fonte: SINDUSCON/RS

3.3.2 Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M)

De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) (2012), depois de estabelecido um


contrato entre a mesma e a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) em
maio de 1989, o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) passou a calcular o Índice Geral de
Preços – Mercado (IGP-M) através de uma média ponderada entre três índices de preço: o
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) e o
Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M). Com base na importância relativa de
cada um desses índices para a despesa interna bruta, adotaram-se os seguintes pesos para a
40

elaboração da média: 60% IPA-M, 30% IPC-M e 10% INCC. O IPA-M está relacionado “ao
valor adicionado pela produção de bens agropecuários e industriais, nas transações comerciais
em nível de produtor”, o IPC-M “ao valor adicionado pelo setor varejista e pelos serviços
destinados ao consumo das famílias” e o INCC-M “ao valor adicionado pela indústria da
construção civil”, segundo a FGV (2012).
As apurações de preço são realizadas separadamente para cada um dos três índices que
compõe o IGP-M, que posteriormente são agregados, cada um de acordo com o percentual de
representatividade, formando o IGP-M. A seguir estudaremos o INCC-M, visto que
corresponde à variação dos custos do setor da construção civil.

3.3.3 Índice Nacional de Custos da Construção – Mercado (INCC-M)

A FGV (2014) explica que “o INCC-M é um indicador econômico que mede a


evolução de custos de construções habitacionais”. Ele é resultado da média aritmética
ponderada da pesquisa mensal de preços realizada em sete capitais brasileiras: Belo
Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, entre o dia 21
do mês anterior e o dia 20 do mês em questão. Para identificar a amostra de insumos, a FGV
se baseia em orçamentos detalhados de construções habitacionais desenvolvidos por empresas
contendo composições de custo, para três padrões habitacionais:
- H1: Casa de 1 pavimento com sala, 1 quarto, e outras dependências, com área média
de 30 m².
- H4: Edifício de 4 pavimentos, com unidades autônomas de sala, 3 quartos e
dependências, com área média 2520 m².
- H12: Edifício de 12 pavimentos, composto de apartamentos de sala, 3 quartos e
dependências, com área média 6013 m².
Como resultado dessa análise, a FGV selecionou 723 itens de materiais, equipamentos
e mão de obra, posteriormente agrupados em 41 categorias de materiais, equipamentos e
serviços e 11 categorias de mão-de-obra, que passaram a compor o índice INCC-M. Além
disso, pelo índice se tratar de uma média entre as capitais, é feita uma ponderação,
considerando um peso para cada projeto padrão para cada capital, mostrado na Figura 4.
41

Figura 4 – Ponderações Municipais do INCC-M


Fonte: Metodologia IGP-M, FGV (2014)

Desta forma, o INCC-M é um dos principais indicadores da variação dos custos da


construção civil servindo até mesmo de base para a elaboração de outros indicadores de custo,
como o CUB/m² mensal, por exemplo, de acordo com Taves (2014). Além disso, Fé (2012)
afirma que este índice serve como termômetro das atividades econômicas, e pode ser utilizado
para a correção de contratos de compra e venda de imóveis ao longo do período executivo da
obra, garantindo que o dinheiro recebido pelos clientes seja corrigido na mesma proporção do
aumento dos preços da obra. Portanto, o INCC-M torna possível a atualização rápida de
custos, e consequentemente de orçamentos.
Porém, de acordo com Fé (2012), vem sendo analisado um descompasso entre o
INCC-M e os custos reais. Isso ocorre, pois, índices como o INCC-M e o CUB, que analisam
custos da construção, levam em consideração um método que elabora uma cesta de insumos e
a precifica mensalmente, calculando então a variação dos custos, conforme Lima Junior
(2013). Desta forma, eles apresentam uma tendência macroeconômica da variação desses
insumos, mas não refletem a variação de uma unidade real, ou seja, da construção em questão.
Além disso, Lima Junior (2011) afirma que o índice não espelha a realidade de alguns
parâmetros de comportamento do setor, como as empreitadas de mão de obra. Bianchini Filho
(2012) afirma que o INCC demonstra a correção do piso salarial, porém não se consegue
contratar mão de obra com o piso da categoria, pois as empresas oferecem benefícios extras,
que encarecem o trabalhador.
Lima Junior (2010) ainda explica que outro problema do índice é que considera que
todos os custos dos insumos que o compõe foram praticados, mas, por exemplo, em uma obra
de fundação, não são utilizados azulejos, portanto, o índice não reflete a realidade de um mês
42

em particular da obra. Desta forma, podemos afirmar que o INCC-M varia igualmente todos
os custos de serviços, porém, sabe-se que cada insumo varia conforme a variação dos setores
econômicos que envolvem sua produção e distribuição. Pode-se provar isso analisando os
custos de insumos do SINDUSCON-RS relativos ao mês de janeiro, onde se percebe que o
custo de uma esquadria de correr em alumínio, tamanho 2,00 x 1,40 m aumentou 2,19% em
relação ao mês anterior, enquanto que o cimento CP-32 II não apresentou variação, e a brita
nº 2 reduziu 2,43%.
Sá (2012) afirma que de 2002 a 2009 o INCC-M subiu 13% a mais que custo da
construção, porém, de 2009 a 2012, o que se observou foi o contrário, quando o custo ficou
31% acima do índice. De acordo com Lima (2010) o problema desse descompasso é que a
diferença entre o índice e os preços reais vem estando contra a segurança, ou seja, o INCC-M
está resultando em preços menores, indo assim contra a qualidade do investimento. Portanto,
torna-se necessário enfatizar que este índice deve ser utilizado apenas como um indicador
macroeconômico, função para o qual foi desenvolvido, e não como custo real. Este deve ser
definido através de pesquisas que mostrem o que de fato está sendo praticado.

3.4 Variação de custos da construção civil

Ambos os indicadores apresentados acima permitem avaliar os custos da construção


civil e a sua variação. De acordo com González (2008), estas variações ocorrem devido às
variações das condições econômicas gerais, e de outros fatores. Ele cita os programas
habitacionais do governo, os níveis de juro praticados, o aquecimento ou desaquecimento das
obras públicas e a atratividade atividade imobiliária como possíveis causas dessas variações.
Ou seja, as variações do mercado econômico da construção civil, afetadas pelo mercado
econômico em geral, refletem diretamente sobre os custos da construção civil.
A crise mundial de 2008 pode ser citada como principal exemplo. De acordo com
Oreiro (2011), “foi a maior crise da história do capitalismo desde a grande depressão de
1929”. Começou nos Estados Unidos, impulsionada pelo colapso da bolha especulativa do
mercado imobiliário, e tomou grandes proporções com a falência do banco Lehman Brothers,
como explica Oreiro (2011). Em países como o Brasil, houve queda do PIB e na produção
industrial, no último trimestre de 2008. Isso ocasionou em aumento dos custos dos principais
insumos da construção civil. Como medida corretiva, em 2009, o governo elaborou um plano
de ações a fim de enfrentar a crise e estimular a economia, que auxiliou na sustentação e
43

ampliação de diversos setores da atividade econômica, principalmente o setor da Construção


Civil, segundo o DIEESE (2010).
Como afirma o BNDS (2010, p 316), “entre as várias medidas de redução dos tributos,
como PIS, Cofins e Imposto de Renda, a principal foi a do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), que levou, em especial, à queda dos preços dos materiais para
construção civil”. A partir daí os custos começaram a aumentar de forma mais estável, e sem
grandes picos de crescimento. Além disso, medidas não-fiscais contribuíram para a
recuperação do país, como o Programa Minha Casa Minha Vida, que segundo Pereira (2011)
aumentou prazos de financiamento, ofereceu subsídios e reduziu os juros permitindo que
pessoas de baixa renda pudessem comprar suas moradias, o que impulsionou e segue
impulsionando o mercado da construção civil até hoje. O Programa de Aceleração do
Crescimento – PAC, que havia sido elaborado em 2007 pelo governo, passou a receber
maiores recursos e acelerou e estimulou o crescimento da economia do país e da construção
civil, de acordo com Pereira (2011).
Em 2010, de acordo com o DIEESE (2010) houve a retomada do crescimento
econômico, sendo a construção civil um dos principais carros-chefes desse crescimento,
devido à facilidade de acesso ao crédito e prorrogação da isenção do IPI até o final do ano,
mantendo baixos os preços dos insumos da construção. Além disso, cresceu o número de
trabalhadores ocupados na indústria da construção civil. Nesse ano, de acordo com Prescott
(2014), o PIB da construção civil atingiu 11,6%, o maior registrado na época. Porém, a partir
de 2011 o setor não conseguiu mais a participação na casa dos dois dígitos. Em 2014, pela
primeira vez desde 2010, o PIB da construção civil cresceu a taxas menores que o PIB
nacional. Isso é consequência do desaquecimento que vem sendo observado desde 2012,
quando foram finalizadas as obras de 2009/2010, e o início das novas obras que ocorreu em
ritmo lento, conforme defende Prescott (2014).
Segundo o Correio Brasiliense (2015), em 2015 o setor vem demonstrando um
momento delicado no país, com projeções de queda para o ano. Especialistas afirmam que o
momento promissor ocorrido entre 2007 e 2010 chegou ao fim. As demissões já começaram a
ocorrer e os investimentos perderam força. Rodrigues (2015) afirma que em março o
indicador que mede a atividade na indústria da construção civil pela pesquisa “Sondagem
Indústria da Construção”, apresentou o menor valor da sua série histórica desde 2009, quando
começou a ser divulgado.
44

As variações de mercado acarretam não apenas em variações de custo, mas também, a


mudança significativa nos percentuais que material e mão de obra representam no custo total
de um empreendimento. De acordo com o banco de dados da Câmara Brasileira da Indústria
da Construção (CBIC), a porcentagem de participação da mão de obra ultrapassou, em 2011,
a porcentagem correspondente a materiais no CUB médio do Brasil, o que pode ser observado
na Figura 5. O CUB médio Brasil, é resultado de uma média obtida dos CUB/m² de cada
estado. Castelo (2012) associa esse aumento dos salários ao grande crescimento da construção
civil nos últimos anos, pois impulsiona a demanda por mão de obra e resulta em escassez de
mão de obra qualificada.

Figura 5 - Participação dos componentes Materiais e Mão de Obra no CUB


Fonte: CBIC, 2015

Esses fenômenos que ocorrem no mercado econômico e que tem resultado direto sobre
os custos da construção, reforçam o cuidado que os orçamentistas devem ter ao praticar
valores de mão de obra e materiais, e a importância que deve ser dada ao estudo do mercado
econômico do período em questão. Um orçamento deve tentar sempre refletir a realidade, e
para isso, cabe ao profissional utilizar dados atuais ao elaborar ou atualizar orçamentos, e
considerar as variações dos custos de todos os insumos, equipamentos e mão de obra que
compõe um serviço ou uma etapa de obra.
45

3.4.1 Variação dos custos da construção civil no Rio Grande do Sul

Assim como em todo o país, o setor da construção civil do Rio Grande do Sul sofreu
com a crise econômica de 2008, mas passou a apresentar acentuado crescimento com os
incentivos do governo nos anos seguintes. Em 2013, após ter passado 5 anos apresentando
crescimento anual superior a 4%, apresentou desempenho apenas moderado, e os custos de
materiais e mão de obra aumentaram a taxas superiores à 2012, afirma o SINDUSCON-RS
(2013). Em outubro desse ano, assim como em 2014, um dos maiores problemas enfrentados
pela construção civil gaúcha foi a falta de mão de obra especializada, devido à grande
demanda, o que ocasionou em significativos aumentos nos custos dessa parcela.
Para o ano de 2015, o que está sendo observado, segundo o Zero Hora (2015), é que se
trata do pior momento do setor desde 2003, o que vem sendo atribuído à diminuição dos
gastos públicos, ao aumento dos juros e a fuga de recursos da poupança. Como consequência,
o setor que no ano de 2013 e 2014 sofria com a falta de mão de obra, registrou altos índices
de demissões e infelizmente, segundo Cigana (2015) não há perspectivas de melhora para esse
ano.
46

4 ESTUDO DE CASO

Com base na revisão bibliográfica realizada anteriormente, neste capítulo será


realizado um estudo de caso envolvendo uma análise de variação de custos de insumos da
construção civil, que compõe o CUB/m², e dos índices financeiros INCC-M, IGP-M e
CUB/m², a fim de observar a sua evolução ao decorrer do tempo e associar essa evolução às
mudanças do mercado econômico. Posteriormente, através da variação dos custos dos
insumos analisados, será elaborado um novo modelo de atualização de preços, diferente das
atualizações com variações dos índices financeiros, considerando variações por etapa de obra.
Para isso, serão utilizados três orçamentos anteriormente realizados.

4.1 Análise dos custos unitários dos principais insumos da construção civil nos últimos
dois anos

Através de dados divulgados mensalmente pelo SINDUSCON-RS, disponibilizados


também no site do CBIC, foi realizada uma análise da variação dos custos unitários
divulgados dos principais insumos que compõe a construção civil, e que compõe o CUB/m².
A fim de possibilitar uma análise separada dessa variação em cada etapa de obra ou tipo de
serviço, foram reunidos os insumos nos seguintes grupos conforme etapa de obra:
- Insumos para execução de estrutura de concreto: concreto fck 25 Mpa, areia média
lavada, brita 2, chapa de compensado plastificada 18 mm, cimento CP 32 II e aço CA-50.
- Insumos para execução de revestimentos: placa cerâmica 30 cm x 40 cm PB II e tinta
látex PVA.
- Insumos para instalações: fio de cobre antichama isolamento 750 V 2,5 mm², tubo de
ferro galvanizado com costura diâmetro 2 ½”, tubo de PVC rígido para esgoto diâmetro 150
mm e disjuntor tripolar 70 A.
- Insumos para execução de divisórias: bloco cerâmico de vedação 9 cm x 19 cm x 19
cm, bloco de concreto sem função estrutural 19 cm x 19 cm x 39 cm e placa de gesso.
- Insumos para esquadrias: porta lisa para pintura, esquadria de correr tamanho 2,00 m
x 1,40 m em alumínio, janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em ferro, fechadura para
porta interna em ferro com acabamento cromado e vidro liso transparente 4 mm.
- Mão de obra: pedreiro e servente.
47

Foram traçados gráficos com os custos unitários em reais (R$) dos insumos citados
acima, separados e apresentados em subitens a seguir, para cada grupo correspondente a fim
de visualizar o desenvolvimento do custo, considerando o período de dois anos, de janeiro de
2013 a dezembro de 2014. Com esses custos, foi possível calcular a variação em relação ao
mês anterior e a variação acumulada ao longo do período de dois anos, de cada insumo, em
porcentagem, facilitando a análise das variações.

4.1.1 Insumos para execução de estrutura de concreto

No Gráfico 1, está representado a evolução dos custos, em reais, dos insumos para
execução de estrutura de concreto. Já no Gráfico 2 está representada a variação desses custos
em relação ao mês anterior, e no Gráfico 3, essa variação acumulando ao longo dos dois anos.
As tabelas calculadas que geraram os gráficos seguintes podem ser encontradas no Apêndice
A.

Custo insumos para execução de estrutura de concreto

R$ 350,00

R$ 300,00 CONCRETO Fck 25Mpa


(m³)
R$ 250,00 AREIA MÉDIA
R$ 200,00 LAVADA (m³)
BRITA 2 (m³)
R$ 150,00
CHAPA COM. PLASTIF.
R$ 100,00 18mm (m²)
R$ 50,00 CIMENTO CP-32 II (kg)

R$ 0,00 AÇO CA50 100 mm (kg)

Gráfico 1 – Evolução dos custos unitários dos insumos para estrutura de concreto
48

Variação em relação ao ultimo mês


40,00%

30,00% CONCRETO fck 25Mpa


(m³)
20,00% AREIA MÉDIA LAVADA
(m³)
10,00% BRITA 2 (m³)

0,00% CHAPA COMP. PLAST.


18mm (m²)
mar/13
mai/13

set/13
nov/13

mar/14
mai/14

set/14
nov/14
jan/13

jul/13

jan/14

jul/14
-10,00% CIMENTO CP-32 II (kg)

-20,00% AÇO CA50 100 mm (kg)

-30,00%

Gráfico 2 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para estrutura de
concreto

Variação acumulada
100,00%

80,00% CONCRETO fck 25Mpa (m³)

AREIA MÉDIA LAVADA


60,00% (m³)
BRITA 2 (m³)
40,00%
CHAPA COMP. PLAST.
18mm (m²)
20,00% CIMENTO CP-32 II (kg)

0,00% AÇO CA50 100 mm (kg)

-20,00%

Gráfico 3 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para estrutura de
concreto

Observa-se a significativa variação que os insumos desse grupo sofreram,


principalmente o insumo areia lavada, que aumentou seu custo em 34,75% de maio a junho de
2013, chegando a 91,56% de variação acumulada em agosto, em relação a janeiro.
Posteriormente, no mesmo ano, sofreu redução de 23,84 % de agosto a setembro.
49

Essavariação está relacionada, segundo o SINDUSCON-RS, a proibição de atividade extração


de areia do Rio Jacuí, em maio de 2013, por decisão judicial devido a denúncias de extração
ilegal, ocasionando em escassez de material, atrasos de obras e consequentemente aumento de
preço. Segundo Goulart (2013), a atividade foi retomada em agosto, normalizando o seu
fornecimento, explicando assim a posterior queda dos preços. Sua variação foi de 39,55% no
ano de 2013, diminuindo para 7,65 no ano de 2014, resultando em 47,19% ao longo dos dois
anos.
Além da areia, pode-se analisar um aumento relativo do custo do cimento, que cresceu
16,22% em 2013 e 11,63% em 2014, acumulando 29,73% ao longo dos dois anos, e,
consequentemente, do concreto, que acumulou 14,52% de variação nesse mesmo período. O
custo da Brita 2 também vem apresentando alta no ano de 2014, se comparado ao ano de
2013. Enquanto em 2013 aumentou 2,98%, em 2014 cresceu praticamente o dobro, 4,36%.
Em ritmo contrário à brita, o custo do aço que havia aumentado 13,73% em 2013, apresentou
queda de 6,90% em 2014.

4.1.2 Insumos para execução de revestimentos

O Gráfico 4 representa o desenvolvimento dos insumos escolhidos para compor o


grupo de insumos para execução de revestimentos. Sua variação de custo por mês é
apresentada no Gráfico 5, e sua variação acumulada no Gráfico 6. As tabelas podem ser
encontrada no Apêndice B. Conclui-se que o custo da tinta látex PVA apresentou alta relativa
no ano de 2014, 13,97%, se comparado a 2013, quando teve alta de 5,41%. Já o custo da placa
cerâmica, que vinha apresentando alta até abril de 2014, passou a reduzir após esse período,
diminuindo em 7,82% de abril a dezembro de 2014.
50

Custo insumos para execução de revestimentos


R$ 25,00
R$ 20,00
R$ 15,00 PLACA CERÂMICA 30
x 40 cm - PEI II (m²)
R$ 10,00
TINTA LÁTEX PVA (l)
R$ 5,00
R$ 0,00
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
set/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
set/14
nov/14
Gráfico 4 – Evolução dos custos unitários dos insumos para revestimentos

Variação em relação ao último mês


5,00%
4,00%
3,00%
2,00% PLACA CERÂMICA 30 x
1,00% 40 cm - PEI II (m²)
0,00%
set/13

set/14

TINTA LÁTEX PVA (l)


jan/13
mar/13
mai/13
jul/13

nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14

nov/14
-1,00%
-2,00%
-3,00%
-4,00%
-5,00%

Gráfico 5 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para execução de
revestimentos

Variação acumulada
25,00%

20,00%

15,00% PLACA CERÂMICA 30 x


40 cm - PEI II (m²)
10,00%
TINTA LÁTEX PVA (l)
5,00%

0,00%
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
set/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
set/14
nov/14

-5,00%

Gráfico 6 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para execução de
revestimentos
51

4.1.3 Insumos para execução de instalações

A evolução dos custos dos insumos definidos para a execução de instalações está
representada no Gráfico 7. No Gráfico 8 e Gráfico 9, podem ser observadas as variações
desses custos ao longo de cada mês, e a acumulada ao longo dos 24 meses. As tabelas podem
ser encontradas no Apêndice C.
Percebe-se que os insumos que compõe o grupo de instalações apresentaram
significativa alta ao longo desses dois anos. Em 2013, esse aumento foi maior, de 13,68%
para o fio de cobre, 25,02% para o tubo de ferro galvanizado, e 4,17% para o tubo de PVC
rígido para esgoto. Já em 2014, esses aumentos foram significativamente menores, 2,78%,
2,09% e redução de 1,73%, respectivamente.

Custo insumos para instalações


R$ 60,00

R$ 50,00
FIO DE COBRE
ANTICHAMA - 750 V, 2,5
R$ 40,00
mm2 (m)
TUBO DE FERRO
R$ 30,00
GALVANIZADO COM
COSTURA D=2 1/2' (m)
R$ 20,00
TUBO DE PVC-R RÍGIDO
P/ ESGOTO D=150 mm
R$ 10,00 (m)
R$ 0,00
set/13

set/14
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13

nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14

nov/14

Gráfico 7 – Evolução dos custos unitários dos insumos para instalações


52

Variação em relação ao último mês


16,00%
14,00%
12,00%
FIO DE COBRE
10,00%
ANTICHAMA - 750 V, 2,5
8,00% mm2
6,00% TUBO DE FERRO
GALVANIZADO COM
4,00% COSTURA D=2 1/2'
2,00% TUBO DE PVC-R RÍGIDO
0,00% P/ ESGOTO D=150 mm
mai/13

set/13
nov/13

mai/14

set/14
nov/14
jan/13
mar/13

jul/13

jan/14
mar/14

jul/14
-2,00%
-4,00%

Gráfico 8 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para instalações

Variação acumulada
35,00%

30,00%
FIO DE COBRE
25,00% ANTICHAMA - 750 V, 2,5
mm2
20,00%
TUBO DE FERRO
15,00% GALVANIZADO COM
COSTURA D=2 1/2'
10,00%
TUBO DE PVC-R RÍGIDO
5,00% P/ ESGOTO D=150 mm

0,00%
set/13

set/14
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13

nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14

nov/14

-5,00%

Gráfico 9 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para instalações

4.1.4 Insumos para execução de divisórias

No Gráfico 10 está representada a evolução dos custos dos insumos selecionados para
execução de divisórias, bem como sua variação mensal, apresentada no Gráfico 11 e sua
variação acumulada, apresentada no Gráfico 12. As tabelas podem ser encontradas no
Apêndice D. Através dos gráficos, percebe-se que os custos desse grupo não apresentaram
53

grandes variações, apenas a placa de gesso, que teve seu custo aumentado em 10,86% de
janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Os outros dois insumos apresentaram decréscimo de
1,75% e 8,19% em 2014.

Custo insumos para execução de divisórias


R$ 10,00
R$ 9,00
R$ 8,00 BLOCO CERÂMICO
R$ 7,00 VEDAÇÃO 9X19X19 cm
R$ 6,00 (unid)
R$ 5,00 BLOCO CONCRETO
R$ 4,00 SEM FUNÇÃO
R$ 3,00 ESTRUTURAL
R$ 2,00 19X19X39 cm (unid)
PLACA DE GESSO (m²)
R$ 1,00
R$ 0,00
mai/13

set/13
nov/13

mai/14

set/14
nov/14
jan/13
mar/13

jul/13

jan/14
mar/14

jul/14

Gráfico 10 – Evolução dos custos unitários dos insumos para divisórias

Variação em relação ao ultimo mês


5,00%
4,00%
3,00%
BLOCO CERÂMICO
2,00% VEDAÇÃO 9 x 19 x 19cm
1,00%
BLOCO CONCRETO sem
0,00% função estrutural 19x19x39
-1,00% cm
PLACA DE GESSO
-2,00%
-3,00%
-4,00%
-5,00%

Gráfico 11 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para divisórias
54

Variação acumulada
14,00%
12,00%
10,00%
BLOCO CERÂMICO
8,00% VEDAÇÃO 9 x 19 x
19cm
6,00%
BLOCO CONCRETO
4,00% sem função estrutural
2,00% 19x19x39 cm
PLACA DE GESSO
0,00%
-2,00%
-4,00%
-6,00%

Gráfico 12 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para divisórias

4.1.5 Insumos para esquadrias

Pode ser observado, pelos gráficos 13 ao 15, que todos os insumos desse grupo
apresentaram alta nos seus custos, chegando a valores acumulados altos ao longo dos dois
anos, como 30,62% de aumento de custo para janela de correr em ferro, 26,50% para
esquadria de correr em alumínio e 16,11% para porta lisa. As tabelas podem ser encontradas
no Apêndice E.
55

Custo insumos para esquadrias PORTA LISA PARA


PINTURA (unid)
R$ 600,00

R$ 500,00 ESQUADRIA DE
CORRER EM ALUMÍNIO
- 2,00 x 1,40 m (m²)
R$ 400,00
JANELA DE CORRER EM
R$ 300,00 FERRO 1,20 x 1,20 m (m²)

R$ 200,00
FECHADURA PARA
PORTA INTERNA EM
R$ 100,00
FERRO, ACABAMENTO
CROMADO (unid)
R$ 0,00 VIDRO LISO
jan/13
mar/13
mai/13
jul/13
set/13
nov/13
jan/14
mar/14
mai/14
jul/14
set/14
nov/14
TRANSPARENTE 4mm
(m²)

Gráfico 13 – Evolução dos custos unitários para insumos para esquadrias

Variação em relação ao último mês


6,00% PORTA LISA PARA
PINTURA
5,00%

4,00% ESQUADRIA DE CORRER


EM ALUMÍNIO - 2,00 x 1,40
3,00% m

2,00% JANELA DE CORRER EM


FERRO 1,20 x 1,20 m
1,00%

0,00% FECHADURA PARA


PORTA INTERNA EM
-1,00% FERRO, ACABAMENTO
CROMADO
-2,00% VIDRO LISO
TRANSPARENTE 4mm
-3,00%

Gráfico 14 – Variação por período dos custos unitários dos insumos para esquadrias
56

Variação em relação ao último mês


35,000%

30,000% PORTA LISA PARA


PINTURA
25,000%
ESQUADRIA DE CORRER
20,000% EM ALUMÍNIO - 2,00 x 1,40
m
15,000% JANELA DE CORRER EM
FERRO 1,20 x 1,20 m
10,000%
FECHADURA PARA PORTA
5,000% INTERNA EM FERRO,
ACABAMENTO CROMADO
0,000%
VIDRO LISO
TRANSPARENTE 4mm
-5,000%

Gráfico 15 – Variação acumulada dos custos unitários dos insumos para esquadrias

4.1.6 Mão de obra

A análise dos gráficos 16 ao 18 comprova o fenômeno que vem ocorrendo nos últimos
anos, em que os valores de mão de obra vêm apresentando crescimento bastante elevado, até
mesmo superior ao crescimento dos materiais. Nos gráficos pode-se verificar que as
categorias selecionadas para o estudo apresentaram alta de quase 20% nos dois anos
avaliados. O SINDUSCON-RS (2013) afirmou que o maior problema enfrentado pela
construção civil no Rio Grande do Sul, é a falta de mão de obra. Essa escassez acaba
valorizando e tornando disputados os trabalhos daqueles que possuem qualificação, e como
consequência, eleva o custo desse trabalhador. Desta forma, podem ser observadas altas taxas
de reajustes salariais, que acabam sendo as principais responsáveis pelas variações do
CUB/m². Como foi visto anteriormente, segundo o CBIC, a representatividade da mão de obra
no CUB médio Brasil, já ultrapassou os materiais, e por conta da procura sempre alta, é
provável que os custos com mão de obra cresçam cada dia mais. As tabelas com todos os
valores que formam os gráficos podem ser encontradas no Apêndice F.
57

Custo Mão de Obra


R$ 16,00
R$ 14,00
R$ 12,00 PEDREIRO (h)
R$ 10,00
R$ 8,00
R$ 6,00
R$ 4,00
R$ 2,00 SERVENTE (h)
R$ 0,00

Gráfico 16 – Evolução dos custos unitários para mão de obra

Mão de obra - variação em relação ao último mês


10,00%
8,00%
6,00% PEDREIRO (h)
4,00%
2,00%
0,00%
SERVENTE (h)
-2,00%
-4,00%
-6,00%

Gráfico 17 – Variação por período dos custos unitários de mão de obra

Mão de obra - variação acumulada


25,00%
20,00%
15,00% PEDREIRO (h)
10,00%
5,00%
0,00%
SERVENTE (h)
-5,00%
-10,00%

Gráfico 18 – Variação acumulada dos custos unitários de mão de obra


58

4.1.7 Linha média dos grupos

Posteriormente, buscou-se traçar uma linha média, através da média aritmética de


todos os componentes de cada grupo, a fim de se obter valores de variação que
representassem no geral o grupo em questão. Assim, obteve-se uma linha média de variação
por período e uma linha média de variação acumulada para cada grupo. Desta forma, foi
possível fazer a comparação entre cada grupo, a fim de avaliar quais tiveram maiores
variações, o que pode ser observado no Gráfico 19 e no Gráfico20. As tabelas utilizadas para
gerar os gráficos abaixo podem ser analisadas no Apêndice G.

Linha Média - Variação em relação ao último mês


10,00%
8,00%
6,00%
4,00%
2,00%
0,00%
jan/13
fev/13

abr/13

jun/13
jul/13
ago/13
set/13
out/13

dez/13
jan/14
fev/14

abr/14

jun/14
jul/14
ago/14
set/14
out/14

dez/14
mar/13

mai/13

nov/13

mar/14

mai/14

nov/14
-2,00%
-4,00%
-6,00%
Estrutura Revestimento Instalações Divisórias Esquadrias Mão de obra

Gráfico 19 – Linha média dos grupos – variação de custo em relação ao último mês

Linha Média - Variação acumulada


25,00%

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%
jan/13
fev/13

abr/13

jun/13
jul/13

set/13
out/13

jan/14
fev/14

abr/14

jun/14
jul/14

set/14
out/14
mar/13

mai/13

ago/13

nov/13
dez/13

mar/14

mai/14

ago/14

nov/14
dez/14

-5,00%

Estrutura Revestimento Instalações Divisórias Esquadrias Mão de obra

Gráfico 20 – Linha média dos grupos – variação acumulada


59

Analisando os gráficos, percebe-se que cada grupo apresentou variação diferente. Os


grupos estrutura, instalações e mão de obra são os que apresentaram maiores variações por
período. O grupo Mão de obra cresceu 19,47% nos dois anos analisados, sendo o maior
crescimento dentre os grupos estudados. Isso mostra que a mão de obra vem sendo um
componente de grande representatividade no custo total da obra, o que impulsiona o
crescimento de valores do CUB/m² e demais indicadores econômicos da construção civil. Isso
mostra que os profissionais orçamentistas devem sempre atentar aos custos associados à mão
de obra nos orçamentos, pois por terem alta variabilidade e representarem um custo alto,
podem ocasionar erros significativos se não considerados dados atualizados.
Dos grupos que envolvem insumos materiais, o grupo Estrutura foi o que apresentou
maior crescimento nos dois anos, 18,47%. A grande variação em junho e setembro de
2013pode ser explicada pela variação do insumo areia nesse período, já citada anteriormente.
Por estar apresentando esse alto crescimento, e por representar sempre custos elevados à obra,
e, portanto, gerar grandes impactos no custo total, essa etapa deve sempre ser cuidadosamente
analisada. Em seguida estão os grupos Esquadrias, com 17,21% de crescimento, o grupo
Instalações, com 15,62%, o grupo Revestimentos com 11,84% e o grupo Divisórias, com
2,80%. Os valores que compõe os gráficos estão apresentados no Apêndice G.

4.2 Análise dos principais indicadores financeiros da construção civil em dois anos

4.2.1 CUB/m²

Através de dados históricos divulgados pelo SINDUSCON-RS, tornou-se possível


fazer uma análise da variação do CUB/m². Como serão avaliados orçamentos de edifícios
residenciais, optou-se pela análise dos valores para o padrão de residência multifamiliar16
pavimentos padrão alto (R16 – A), no mesmo período da análise feita para os custos dos
insumos que compõe o CUB/m², de janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Além disso, com
esses custos foram calculadas a variação em relação ao mês anterior, a variação acumulada e a
variação anual do custo unitário básico por metro quadrado de construção. Os valores, em
reais para cada mês e as respectivas variações, são apresentados na Tabela 4 e no Gráfico 21.
Analisando a Tabela 4 e o Gráfico 21, pode-se perceber um aumento no valor do
CUB/m² na metade de 2013, impulsionado pelo grande aumento, no mesmo período, de
insumos como a areia lavada. Além disso, em junho de 2014 voltou a apresentar alta relativa,
60

o que se pode explicar pelo Gráfico 17, onde se percebe que a mão de obra apresentou grande
variação nesse período, o que impulsionou o aumento do CUB geral. Houve redução do custo
em maio e setembro de 2014, porém, no geral, percebe-se alta de 17,45% ao longo dos anos
analisados, mostrando que construir está cada vez mais caro.

Tabela 4 – Evolução do CUB/m² R8 –N de janeiro 2013 à dezembro 2014

CUB/RS R16 - A
Mês/ CUB/m² Variação Variação Mês/ CUB/m² Variação Variação
VariaçãoPeríodo VariaçãoPeríodo
ano em R$ Acum. Anual ano em R$ Acum. Anual

jan/13 1288,66 1,78% 1,78% jan/14 1412,61 1,53% 11,57%


fev/13 1291,56 0,23% 2,01% fev/14 1421,37 0,62% 12,26%
mar/13 1298,86 0,57% 2,59% mar/14 1427,75 0,45% 12,77%
abr/13 1299,19 0,03% 2,61% abr/14 1433,59 0,41% 13,23%
mai/13 1310,97 0,91% 3,54% mai/14 1431,92 -0,12% 13,09%
jun/13 1352,23 3,15% 6,80% jun/14 1475,97 3,08% 16,57%
6,88% 9,89%
jul/13 1361,82 0,71% 7,56% jul/14 1479,49 0,24% 16,85%
ago/13 1370,22 0,62% 8,22% ago/14 1482,15 0,18% 17,06%
set/13 1371,04 0,06% 8,29% set/14 1478,82 -0,22% 16,80%
out/13 1377,71 0,49% 8,81% out/14 1478,77 0,00% 16,80%
nov/13 1386,07 0,61% 9,47% nov/14 1483,50 0,32% 17,17%
dez/13 1391,30 0,38% 9,89% dez/14 1487,01 0,24% 17,45%
61

CUB/m² RS - R16 -A
3,500%
17,500%
3,000% 15,500%

2,500% 13,500%

2,000% 11,500%

9,500%
1,500%
7,500%
1,000%
5,500%
0,500%
3,500%
0,000% 1,500%
set/13

set/14
jan/13

mar/13

mai/13

jul/13

nov/13

jan/14

mar/14

mai/14

jul/14

nov/14
-0,500% -0,500%

Variação Período Variação Acumulada

Gráfico 21 – Variação do CUB/m² RS - jan/2013 a dez/2014

4.2.2 IGP-M

Apesar de o IGP-M não ser especifico para o Rio Grande do Sul ou para o setor da
construção civil, e sim representar uma média geral dos estados incluindo outros setores da
economia, conforme explicado anteriormente, pode-se analisar e comparar as suas variações
as variações dos custos dos insumos e consequentemente do CUB/m², visto que representa as
variações apresentadas pelo mercado econômico. Através dos índices divulgados
mensalmente pela FGV, foi possível chegar a Tabela 5 e ao Gráfico 22.
Analisando-os, percebe-se que O IGP-M teve alta de 9,40% ao longo do período
analisado, embora tenha apresentada queda na metade de 2014. Essa queda pode ser explicada
pela grande deflação nos preços agropecuários no atacado, segundo Valor Econômico (2014),
retraindo o Preço ao Produtor Amplo (IPA). Os produtos que mais influenciaram essa queda
foram o minério de ferro, milho, café, ovos e tomate.
62

Tabela 5 – Evolução do IGP-M – de janeiro de 2013 a dezembro de 2014

IGP-M
Nº índice Nº índice
Índice Índice
Mês/ acumulado Variação Variação Mês/ acumulado Variação Variação
do mês do mês
ano a partir de Acum. anual ano a partir de Acum. anual
(%) (%)
Jan/93 Jan/93
jan/13 0,34 1.232,00 0,34% jan/14 0,48 1.301,90 6,03%
fev/13 0,29 1.235,58 0,63% fev/14 0,38 1.306,84 6,44%
mar/13 0,21 1.238,17 0,84% mar/14 1,67 1.328,67 8,21%
abr/13 0,15 1.240,03 0,99% abr/14 0,78 1.339,03 9,06%
mai/13 0,00 1.240,03 0,99% mai/14 -0,13 1.337,29 8,91%
jun/13 0,75 1.249,33 1,75% jun/14 -0,74 1.327,39 8,11%
5,53% 3,67%
jul/13 0,26 1.252,58 2,02% jul/14 -0,61 1.319,30 7,45%
ago/13 0,15 1.254,46 2,17% ago/14 -0,27 1.315,73 7,16%
set/13 1,50 1.273,27 3,70% set/14 0,20 1.318,34 7,37%
out/13 0,86 1.284,22 4,59% out/14 0,28 1.322,06 7,67%
nov/13 0,29 1.287,95 4,90% nov/14 0,98 1.335,01 8,73%
dez/13 0,60 1.295,68 5,53% dez/14 0,62 1.343,29 9,40%

Variação IGP-M - jan/2013 a dez/14


2,00% 11,000%

1,50% 9,000%

1,00% 7,000%

0,50% 5,000%

0,00% 3,000%
jan/13

mar/13

mai/13

jul/13

set/13

nov/13

jan/14

mar/14

mai/14

jul/14

set/14

nov/14

-0,50% 1,000%

-1,00% -1,000%

Variação Período Variação Acumulada

Gráfico 22 – Variação do IGP-M – jan/2013 a dez/2014


63

3.2.3 INCC-M

Com os dados divulgados pela FGV, foi possível montar a Tabela 6 e o Gráfico 23,
que demonstram a evolução do índice nacional da construção civil. Pode-se perceber que ao
longo dos dois anos analisados, não houve queda em nenhum período, apenas variações de
custo que aumentaram os custos da construção. Ao final dos dois anos chegou-se a um
crescimento de 15,35%.

Tabela 6 – Evolução do INCC-M – de janeiro de 2013 a dezembro de 2014

INCC-M
Nº índice Índice Nº índice
Índice
Mês/ acumulado Variação Variação Mês/ do acumulado Variação Variação
do mês
ano a partir de Acum. anual ano mês a partir de Acum. anual
(%)
Jan/93 (%) Jan/93
jan/13 0,39 1.823,89 0,39% jan/14 0,7 1.977,15 8,83%
fev/13 0,80 1.838,48 1,19% fev/14 0,44 1.985,85 9,30%
mar/13 0,28 1.843,62 1,48% mar/14 0,22 1.990,22 9,55%
abr/13 0,84 1.859,11 2,33% abr/14 0,67 2.003,55 10,28%
mai/13 1,24 1.882,16 3,60% mai/14 1,37 2.031,00 11,79%
jun/13 1,96 1.919,05 5,63% 8,07% jun/14 1,25 2.056,39 13,19% 6,74%
jul/13 0,73 1.933,06 6,40% jul/14 0,80 2.072,84 14,09%
ago/13 0,31 1.939,06 6,73% ago/14 0,19 2.076,78 14,31%
set/13 0,43 1.947,39 7,19% set/14 0,16 2.080,10 14,49%
out/13 0,33 1.953,82 7,54% out/14 0,20 2.084,26 14,72%
nov/13 0,27 1.959,10 7,83% nov/14 0,30 2.090,51 15,07%
dez/13 0,22 1.963,41 8,07% dez/14 0,25 2.095,74 15,35%
64

Variação INCC-M - jan/2013 a dez/14


2,5 18,00%
16,00%
2 14,00%
12,00%
1,5
10,00%
8,00%
1
6,00%

0,5 4,00%
2,00%
0 set/13 0,00%

set/14
jan/13

mar/13

mai/13

jul/13

nov/13

jan/14

mar/14

mai/14

jul/14

nov/14
Variação Período Variação Acumulada

Gráfico 23 – Variação do INCC-M – jan/2013 a dez/2014

4.3 Elaboração de modelo de indexação por etapas de obra e índices de indexação

Foram selecionados três orçamentos a serem reajustados, realizados anteriormente


pela empresa Technique Engenharia, de prédios de padrão semelhante, e que se enquadram no
padrão R16-A do CUB/m².
- Orçamento A: Empreendimento com 14 pavimentos, sendo dois subsolos de
garagens, térreo de lojas, segundo pavimento de mezaninos das lojas, terceiro e quarto
pavimento de salas comerciais, 8 pavimentos de apartamentos. Dos apartamentos, 16 possuem
dois dormitórios, sendo uma suíte, 7 apartamentos duplex com duas suítes e 4 com três
dormitórios, sendo uma suíte, ambos com sacada. Além disso, possui salão de festas e
brinquedoteca. Totaliza 6.870,38 m² da área construída. Localizado em Caxias do Sul, e com
orçamento realizado em julho de 2014.
- Orçamento B: Empreendimento com 24 pavimentos, dois subsolos de garagem, um
térreo com área de lazer condominial, 18 pavimentos de apartamentos tipos, um pavimento
cobertura plana e dois últimos pavimentos com casa de máquinas e reservatórios. Os
pavimentos tipos são compostos por dois apartamentos por andar, ambos de três suítes e
65

sacada, sendo um deles duplex. O apartamento de cobertura possui quatro suítes e terraço com
piscina. Além disso, possui salão de festas, área fitness e sala de jogos. Totaliza em 11.516,99
m², está localizado na cidade de Caxias do Sul e seu orçamento foi realizado em julho de
2014.
- Orçamento C: Empreendimento com 15 pavimentos, sendo um subsolo de garagem,
um térreo de garagens, salão de festas e apartamento de zelador, 11 pavimentos de
apartamentos, sendo quatro por andar, e dois últimos pavimentos com casa de máquinas e
reservatórios. Cada apartamento possui dois dormitórios, sendo um deles suíte, e 2 por
pavimento possuem sacada. Totaliza em 4.246,19 m² de área construída, e está localizado na
cidade de Porto Alegre. O orçamento foi realizado em julho de 2014.
Através do processo de orçamentação detalhada, chegou-se, em julho de 2014, aos
custos apresentados na Tabela 7.

Tabela 7 – Valor total e por m² dos orçamentos A, B e C

Orçamento Valor total (R$) Valor por m² (R$)


A 9.744.594,84 1.418,35
B 16.394.438,78 1.423,50
C 7.907.510,37 1.862,26

A fim de se atualizar os orçamentos, foram calculadas as variações acumuladas de


cada um dos índices, CUB, IGP-M e INCC, da mesma maneira que haviam sido calculadas
para os dois anos analisados no item 3.2, porém para o período dos orçamentos em questão,
ou seja, de julho de 2014, data em que foram elaborados, a abril de 2015. O CUB apresentou
2,92% de variação acumulada, já o IGP-M apresentou 5,09% e o INCC-M, 3,36%, o que pode
ser observado na Tabela 8. Com esses valores, foram atualizados os orçamentos A, B e C,
separados por valores correspondentes de cada etapa da obra, que juntas compõe o valor total
final. Essa divisão em etapas foi feita como usualmente são feitas as divisões nos orçamentos.
A indexação dos orçamentos é apresentada na Tabela 9, Tabela 10 e Tabela 11.
66

Tabela 8 – Variação acumulada IGP-M, INCC-M e CUB – julho de 2014 a abril de 2015

IGP-M INCC-M CUB

Índice Variação Índice Variação CUB/m² Variação Variação


Mês/ano
do mês Acum. do mês Acum. (R$) período Acum.

ago/14 -0,27% -0,27% 0,19% 0,19% 1.171,57 0,16% 0,16%


set/14 0,20% -0,07% 0,16% 0,35% 1.168,57 -0,26% -0,09%
out/14 0,28% 0,21% 0,20% 0,55% 1.168,53 0,00% -0,10%
nov/14 0,98% 1,19% 0,30% 0,85% 1.171,58 0,26% 0,16%
dez/14 0,62% 1,82% 0,25% 1,10% 1.174,07 0,21% 0,38%
jan/15 0,76% 2,59% 0,70% 1,81% 1.188,48 1,23% 3,210%
fev/15 0,27% 2,87% 0,50% 2,32% 1.192,58 0,34% 1,96%
mar/15 0,98% 3,88% 0,36% 2,69% 1.196,63 0,34% 2,30%
abr/15 1,17% 5,09% 0,65% 3,36% 1.203,84 0,60% 2,92%

Tabela 9 – Orçamento A indexado pelo IGP-M, INCC-M e CUB

ORÇAMENTO A
Valor Total Valor total Valor total Valor total
Etapa Construtiva Orçamento indexado pelo indexado pelo indexado pelo
(R$) INCC-M (R$) IGP-M (R$) CUB (R$)
Custos indiretos 1.324.840,42 1.369.320,98 1.392.314,69 1.363.482,66
Infraestrutura 407.010,26 420.675,34 427.739,34 418.881,72
Supraestrutura 2.315.361,12 2.393.097,70 2.433.282,72 2.382.894,35
Vedação 830.151,11 858.022,83 872.430,80 854.364,52
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 1.157.138,11 1.195.988,19 1.216.071,28 1.190.888,90
Coberturas 17.038,91 17.610,98 17.906,70 17.535,89
Impermeabilização e proteção
102.929,76 106.385,55 108.171,98 105.931,96
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 507.153,15 524.180,45 532.982,52 521.945,52
Instalações Elétricas, Lógica,
706.829,76 730.561,06 742.828,68 727.446,20
Telefonia e SPDA
Revestimentos 1.876.428,12 1.939.427,84 1.971.994,81 1.931.158,78
Serviços complementares 234.009,27 241.865,96 245.927,39 240.834,73
Elevadores 95.000,00 98.189,56 99.838,36 97.770,91
Instalações de Climatização e
37.009,62 38.252,19 38.894,52 38.089,10
Exaustão
Instalações de Gás 86.392,06 89.292,61 90.792,02 88.911,90
Aparelhos e metais 47.303,17 48.891,34 49.712,33 48.682,88
TOTAL 9.744.594,84 10.071.762,57 10.240.888,13 10.028.820,02
67

Tabela 10 – Orçamento B indexado pelo IGP-M, INCC-M e CUB

ORÇAMENTO B
Valor Total Valor total Valor total Valor total
Etapa Construtiva Orçamento indexado pelo indexado pelo indexado pelo
(R$) INCC-M (R$) IGP-M (R$) CUB (R$)
Custos indiretos 1.510.983,29 1.561.713,46 1.587.937,84 1.555.054,85
Infraestrutura 1.214.769,59 1.255.554,60 1.276.637,94 1.250.201,35
Supraestrutura 3.294.200,00 3.404.800,38 3.461.973,97 3.390.283,48
Vedação 1.072.217,50 1.108.216,43 1.126.825,66 1.103.491,37
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 1.600.427,02 1.654.160,20 1.681.936,95 1.647.107,43
Coberturas 107.456,45 111.064,22 112.929,22 110.590,68
Impermeabilização e proteção
284.256,62 293.800,33 298.733,84 292.547,67
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 724.883,84 749.221,29 761.802,25 746.026,87
Instalações Elétricas, Lógica,
935.762,45 967.180,00 983.420,94 963.056,27
Telefonia e SPDA
Revestimentos 3.855.437,28 3.984.880,80 4.051.795,13 3.967.890,63
Serviços complementares 690.455,24 713.636,78 725.620,20 710.594,07
Elevadores 728.400,00 752.855,50 765.497,49 749.645,59
Instalações de Climatização e 231.016,26 238.772,46 242.781,94 237.754,42
Exaustão
Instalações de Gás 70.023,32 72.374,30 73.589,62 72.065,72
Aparelhos e metais 74.149,92 76.639,45 77.926,38 76.312,69
TOTAL 16.394.438,78 16.944.870,22 17.229.409,36 16.872.623,09
68

Tabela 11 – Orçamento C indexado pelo IGP-M, INCC-M e CUB

ORÇAMENTO C
Valor Total Valor total Valor total Valor total
Etapa Construtiva Orçamento indexado pelo indexado pelo indexado pelo
(R$) INCC-M (R$) IGP-M (R$) CUB (R$)
Custos indiretos 1.069.569,12 1.105.479,13 1.124.042,39 1.100.765,75
Infraestrutura 581.904,87 601.441,91 611.541,35 598.877,56
Supraestrutura 1.492.561,05 1.542.672,71 1.568.577,35 1.536.095,28
Vedação 499.656,91 516.432,53 525.104,49 514.230,64
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 925.315,05 956.381,83 972.441,45 952.304,15
Coberturas 23.039,65 23.813,19 24.213,06 23.711,66
Impermeabilização e proteção
158.723,07 164.052,08 166.806,85 163.352,62
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 352.595,43 364.433,57 370.553,15 362.879,75
Instalações Elétricas, Lógica,
313.459,42 323.983,59 329.423,94 322.602,24
Telefonia e SPDA
Revestimentos 1.630.203,52 1.684.936,43 1.713.229,97 1.677.752,43
Serviços complementares 263.686,00 272.539,07 277.115,56 271.377,05
Elevadores 228.390,62 236.058,67 240.022,58 235.052,20
Instalações de Climatização e 131.173,25 135.577,30 137.853,92 134.999,24
Exaustão
Instalações de Gás 53.023,15 54.803,36 55.723,62 54.569,70
Aparelhos e metais 184.209,26 190.393,95 193.591,06 189.582,18
TOTAL 7.907.510,37 8.172.999,32 8.310.240,75 8.138.152,45

Com isso, reajustaram-se os preços de todas as etapas de obra igualmente. Porém,


analisando os gráficos das variações dos custos dos insumos, gerados no item 3.1, percebe-se
que cada um dos grupos criados obteve sua variação, que difere consideravelmente da
variação dos demais grupos, pois cada um depende de diferentes fatores e cenários
econômicos. A fim de elaborar um modelo que considere essas diferentes variações, foram
novamente calculadas as linhas médias de cada um dos grupos, porém, agora para o período
em questão (julho de 2014 a abril de 2015). As variações acumuladas encontradas para cada
linha média estão apresentadas na Tabela 12, e as tabelas utilizadas a fim de se obter esses
valores podem ser analisadas no Apêndice H, Apêndice I e Apêndice J.
69

Tabela 12 – Variação acumulada linhas médias – julho de 2014 a abril de 2015

Variação acumulada – julho


Linha Média
2014 a abril de 2015
Estrutura 3,07%
Revestimentos -0,77%
Instalações -2,31%
Divisórias -1,19%
Esquadrias 8,21%
Mão de Obra 3,73%

Através das variações acumuladas acima, novamente foram indexados os orçamentos


A, B e C, porém agora, para cada etapa de obra foram atribuídos diferentes percentuais de
variação, separando ainda cada etapa em Material e Mão de Obra, o que pode ser observado
na Tabela 13, Tabela 14 e Tabela 15.Aos componentes Materiais das etapas as quais tinham-
se valores de linhas médias, foram atribuídas às suas respectivas variações da Tabela 12, e os
valores encontrados seguem apresentadas nas colunas (3) das tabelas. Ou seja, às etapas de
Material de Infraestutura e Supraestrutura foram aplicadas a variação da linha média do grupo
Estrutura, à etapa Revestimentos, a variação da linha média do grupo Revestimentos, às
etapas Instalações elétricas, hidráulicas, climatização e gás foram aplicadas a variação da
linha média do grupo Instalações, à etapa Vedação, a variação da linha média do grupo
Divisórias, à etapa Esquadrias a variação da linha média do grupo Esquadrias.
Posteriormente, aos valores de Material das etapas que não haviam linhas médias,
como Custos indiretos, Elevadores, entre outros, foi aplicada a variação do CUB/m² nesse
período, o que pode ser observado nas colunas (4) das tabelas. Optou-se por utilizar o CUB
nesse caso, devido ao fato de terem sido analisados custos de insumos que o compõe. Além
disso, ficou comprovado que o CUB era a melhor opção ao calcular o percentual de reajuste
do preço final atualizado sobre o preço inicial do orçamento (última linha das colunas (8) das
tabelas), que se aproximou muito da variação de 2,92% do CUB.
Aos valores de Mão de Obra de cada etapa foi atribuída a variação da linha média do
grupo Mão de Obra (3,73%), compondo as colunas (5) das tabelas. Porém, houve uma
exceção. Ao componente Material da etapa Custo indireto não foi aplicada a variação desse
grupo, pois a mão de obra que compõe esse componente, não se trata de mão de obra de
execução de serviços, como pedreiro e servente, mas sim, de mão de obra de supervisão,
70

como engenheiros, topógrafos, estagiários, entre outros. Portanto, optou-se pela indexação
pela variação do CUB, apresentada nas colunas (6).
Com isso, chegaram-se aos valores finais totais indexados (colunas (7)), e sobre o
valor inicial, obtiveram-se os percentuais de indexação que foram aplicados a cada etapa de
obra. Com esses percentuais de indexação foi possível obter um índice de indexação,
apresentado na Tabela 16, na qual as colunas (2), (4) e (6) foram obtidas nas tabelas anteriores
(12, 13 e 14), através da divisão do valor inicial de cada etapa pelo valor indexado. Fazendo a
divisão dessas colunas pela coluna (1), que apresenta a variação do CUB, obtiveram-se as
colunas (3), (5) e (7). Nessas colunas, temos apresentados os índices de indexação, que
indicam quanto cada etapa deve ser reajustada em função da variação do CUB do período de
atualização em questão, e mostram quais etapas são as que mais tiveram seus custos
aumentados.
71

Tabela 13 – Indexação Orçamento A

VALOR TOTAL VALOR TOTAL


INDEXAÇÃO
ORÇAMENTO INDEXADO
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)
Valor MO
Valor MA Valor MA Valor MO Total
indexado pela
Mão de Obra indexado indexado indexado (MA+MO) % de
Etapa Construtiva Material (R$) linha média
(R$) pelas linhas pelo CUB pelo CUB atualizado Indexação
Mão de Obra
médias (R$) (R$) (R$) (R$)
(R$)
Custos indiretos 773.175,59 551.664,83 - 795.727,17 - 567.755,50 1.363.482,66 2,92%
Infraestrutura 269.032,01 137.978,25 277.291,85 - 143.124,01 - 420.415,86 3,29%
Supraestrutura 1.551.137,17 764.223,95 1.598.760,29 - 792.724,89 - 2.391.485,18 3,29%
Vedação 448.787,63 381.363,48 443.463,93 - 395.586,04 - 839.049,97 1,07%
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 1.138.052,63 19.085,48 1.231.432,23 - 19.797,25 - 1.251.229,49 8,13%
Coberturas 14.821,41 2.217,50 - 15.253,71 2.300,20 - 17.553,91 3,02%
Impermeabilização e proteção
83.738,34 19.191,42 - 86.180,78 19.907,14 - 106.087,92 3,07%
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 246.222,11 260.931,04 240.529,37 - 270.662,19 - 511.191,57 0,80%
Instalações Elétricas, Lógica,
192.445,88 514.383,88 187.996,47 - 533.567,29 - 721.563,76 2,08%
Telefonia e SPDA
Revestimentos 1.156.073,01 720.355,11 1.147.165,99 - 747.220,01 - 1.894.386,00 0,96%
Serviços complementares 199.820,11 34.189,16 - 205.648,36 35.464,21 - 241.112,57 3,04%
Elevadores 95.000,00 0,00 - 97.770,91 0,00 - 97.770,91 2,92%
Instalações de Climatização e
37.009,62 0,00 36.153,95 - 0,00 - 36.153,95 -2,31%
Exaustão
Instalações de Gás 48.395,60 37.996,46 47.276,68 - 39.413,50 - 86.690,18 0,35%
Aparelhos e metais 36.671,80 10.631,37 - 37.741,42 11.027,86 - 48.769,28 3,10%
TOTAL 6.290.382,91 3.454.211,93 5.210.070,76 1.238.322,35 3.010.794,59 567.755,50 10.026.943,19 2,90%
72

Tabela 14 – Indexação Orçamento B

VALOR TOTAL VALOR TOTAL


INDEXAÇÃO
ORÇAMENTO INDEXADO
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)
Valor MO
Valor MA Valor MA Valor MO Total
indexado pela
Mão de Obra indexado indexado indexado (MA+MO) % de
Etapa Construtiva Material (R$) linha média
(R$) pelas linhas pelo CUB pelo CUB atualizado Indexação
Mão de Obra
médias (R$) (R$) (R$) (R$)
(R$)
Custos indiretos 1.028.937,11 482.046,18 - 1.058.948,60 - 496.106,25 1.555.054,85 2,92%
Infraestrutura 728.861,75 485.907,84 751.239,32 - 504.029,27 - 1.255.268,58 3,33%
Supraestrutura 1.976.520,00 1.317.680,00 2.037.203,25 - 1.366.821,51 - 3.404.024,76 3,33%
Vedação 603.623,32 468.594,18 596.462,90 - 486.069,91 - 1.082.532,82 0,96%
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 1.566.134,52 34.292,50 1.694.639,14 - 35.571,40 - 1.730.210,54 8,11%
Coberturas 107.456,45 0,00 - 110.590,68 0,00 - 110.590,68 2,92%
Impermeabilização e proteção
227.628,29 56.628,33 - 234.267,63 58.740,22 - 293.007,86 3,08%
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 458.860,11 266.023,73 448.251,11 - 275.944,81 - 724.195,92 -0,09%
Instalações Elétricas, Lógica,
515.480,70 420.281,75 503.562,62 - 435.955,72 - 939.518,34 0,40%
Telefonia e SPDA
Revestimentos 2.635.533,11 1.219.904,17 2.615.227,51 - 1.265.399,23 - 3.880.626,75 0,65%
Serviços complementares 569.611,32 120.843,92 - 586.225,44 125.350,67 - 711.576,11 3,06%
Elevadores 463.925,84 264.474,16 - 477.457,38 274.337,45 - 751.794,83 3,21%
Instalações de Climatização e 76.343,04 154.673,22 74.577,96 - 160.441,60 - 235.019,56 1,73%
Exaustão
Instalações de Gás 50.559,60 19.463,72 49.390,65 - 20.189,60 - 69.580,24 -0,63%
Aparelhos e metais 65.891,53 8.258,39 - 67.813,42 8.566,38 - 76.379,80 3,01%
TOTAL 11.075.366,69 5.319.072,09 8.770.554,46 2.535.303,16 5.017.417,78 496.106,25 16.874.693,15 2,59%
73

Tabela 15– Indexação Orçamento C

VALOR TOTAL VALOR TOTAL


INDEXAÇÃO
ORÇAMENTO INDEXADO
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)
Valor MO
Valor MA Valor MA Valor MO Total
indexado pela
Material Mão de Obra indexado pelas indexado indexado (MA+MO) % de
Etapa Construtiva linha média
(R$) (R$) linhas médias pelo CUB pelo CUB atualizado Indexação
Mão de Obra
(R$) (R$) (R$) (R$)
(R$)
Custos indiretos 621.775,73 447.793,39 - 639.911,36 - 460.854,39 1.100.765,75 2,92%
Infraestrutura 443.911,05 137.993,82 457.540,04 - 143.140,16 - 600.680,19 3,23%
Supraestrutura 1.052.028,44 440.532,61 1.084.327,89 - 456.961,82 - 1.541.289,71 3,26%
Vedação 263.022,08 236.634,83 259.902,01 - 245.459,88 - 505.361,89 1,14%
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 839.957,82 85.357,23 908.878,12 - 88.540,54 - 997.418,66 7,79%
Coberturas 23.039,65 0,00 - 23.711,66 0,00 - 23.711,66 2,92%
Impermeabilização e proteção
124.103,40 34.619,67 - 127.723,18 35.910,77 - 163.633,96
térmica 3,09%
Instalações hidráulicas e PPCI 236.750,49 115.844,94 231.276,74 - 120.165,26 - 351.442,00 -0,33%
Instalações Elétricas, Lógica,
142.176,31 171.283,11 138.889,15 - 177.670,94 - 316.560,08
Telefonia e SPDA 0,99%
Revestimentos 608.874,59 1.021.328,93 604.183,49 - 1.059.418,33 - 1.663.601,82 2,05%
Serviços complementares 208.075,12 55.610,88 - 214.144,14 57.684,83 - 271.828,98 3,09%
Elevadores 227.961,24 429,38 - 234.610,29 445,39 - 235.055,69 2,92%
Instalações de Climatização e 131.173,25 0,00 128.140,48 - 0,00 - 128.140,48
Exaustão -2,31%
Instalações de Gás 38.542,31 14.480,84 37.651,20 - 15.020,89 - 52.672,09 -0,66%
Aparelhos e metais 162.692,06 21.517,20 167.437,38 22.319,66 - 189.757,04 3,01%
TOTAL 5.124.083,54 2.783.426,83 3.850.789,11 1.407.538,01 2.422.738,47 460.854,39 8.141.919,98 2,96%
74

Tabela 16 – Índice de indexação por etapa de obra – Orçamento A, B e C

ORÇAMENTO A ORÇAMENTO B ORÇAMENTO C


(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
Índice de Índice de Índice de
Variação
% de indexação por % de indexação por % de indexação por
Etapa Construtiva acum.
Indexação etapa em relação Indexação etapa em Indexação etapa em relação
CUB/m²
ao CUB relação ao CUB ao CUB
Custos indiretos 2,92% 2,92% 1,00 2,92% 1,00 2,92% 1,00
Infraestrutura 2,92% 3,29% 1,13 3,33% 1,14 3,23% 1,11
Supraestrutura 2,92% 3,29% 1,13 3,33% 1,14 3,26% 1,12
Vedação 2,92% 1,07% 0,37 0,96% 0,33 1,14% 0,39
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 2,92% 8,13% 2,79 8,11% 2,78 7,79% 2,67
Coberturas 2,92% 3,02% 1,04 2,92% 1,00 2,92% 1,00
Impermeabilização e proteção
2,92% 3,07% 1,05 3,08% 1,06 3,09% 1,06
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 2,92% 0,80% 0,27 -0,09% -0,03 -0,33% -0,11
Instalações Elétricas, Lógica,
2,92% 2,08% 0,71 0,40% 0,14 0,99% 0,34
Telefonia e SPDA
Revestimentos 2,92% 0,96% 0,33 0,65% 0,22 2,05% 0,70
Serviços complementares 2,92% 3,04% 1,04 3,06% 1,05 3,09% 1,06
Elevadores 2,92% 2,92% 1,00 3,21% 1,10 2,92% 1,00
Instalações de Climatização e
2,92% -2,31% -0,79 1,73% 0,59 -2,31% -0,79
Exaustão
Instalações de Gás 2,92% 0,35% 0,12 -0,63% -0,22 -0,66% -0,23
Aparelhos e metais 2,92% 3,10% 1,06 3,01% 1,03 3,01% 1,03
75

Analisando os valores encontrados na Tabela 16para os índices de indexação, percebe-


se que as etapas que apresentaram maior índice, e como consequência, maior aumento no
período de atualização dos três orçamentos foram Infraestutura, Supraestrutura e Esquadrias,
sendo este último, maior que o dobro dos primeiros. Fazendo-se uma média entre os valores
dos três orçamentos, mostrado na Tabela 17, chega-se a um índice de indexação que pode ser
utilizado para atualizar orçamentos de obras do mesmo padrão, residencial 16 pavimentos, e
serve como base para obras em geral.

Tabela 17 – Índice de indexação médio por etapa de obra em relação ao CUB

Índice de
Indexação Médio
Orçamento Orçamento Orçamento
Etapa Construtiva por etapa de obra
A B C
em relação ao
CUB
Custos indiretos 1,00 1,00 1,00 1,00
Infraestrutura 1,13 1,14 1,11 1,13
Supraestrutura 1,13 1,14 1,12 1,13
Vedação 0,37 0,33 0,39 0,36
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 2,79 2,78 2,67 2,75
Coberturas 1,04 1,00 1,00 1,01
Impermeabilização e proteção
1,05 1,06 1,06 1,06
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 0,27 -0,03 -0,11 0,04
Instalações Elétricas, Lógica,
0,71 0,14 0,34 0,40
Telefonia e SPDA
Revestimentos 0,33 0,22 0,70 0,42
Serviços complementares 1,04 1,05 1,06 1,05
Elevadores 1,00 1,10 1,00 1,03
Instalações de Climatização e
-0,79 0,59 -0,79 -0,33
Exaustão
Instalações de Gás 0,12 -0,22 -0,23 -0,11
Aparelhos e metais 1,06 1,03 1,03 1,04

Esse índice de indexação torna possível que um orçamento seja atualizado de forma
mais correta, se comparado a atualizações feitas através do INCC-M ou CUB/m², pois
considera as diferentes variações de cada etapa, tendo como entrada apenas a variação do
76

CUB/m² no período de atualização. O exemplo abaixo demonstra como poderão ser utilizados
os índices:
Exemplo:
Deseja-se atualizar o orçamento A de forma rápida, utilizando percentuais de
indexação que considerem as variações de cada etapa de obra, porém, sem fazer essa análise e
possuindo apenas a variação acumulada do CUB/m² no período de atualização desejado,
correspondente a 2,92%. Para isso, basta multiplicar o índice de indexação pela variação do
CUB e encontrar o percentual de indexação de cada etapa, e, por fim, aplica-se esse acréscimo
ou decréscimo em percentual ao valor do orçamento inicial. O exemplo pode ser visualizado
na Tabela 18.

Tabela 18– Exemplo aplicação índices de indexação

Índice de Orçamento
Orçamento % de Indexação
Etapa Construtiva Indexação indexado (R$)
(R$) (2,92% x Índice)
Médio
Custos indiretos 1.324.840,42 1,00 2,92% 1.363.525,76
Infraestrutura 407.010,26 1,13 3,30% 420.439,97
Supraestrutura 2.315.361,12 1,13 3,30% 2.391.758,78
Vedação 830.151,11 0,36 1,05% 838.877,66
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 1.157.138,11 2,75 8,03% 1.250.056,30
Coberturas 17.038,91 1,01 2,95% 17.541,42
Impermeabilização e proteção
102.929,76 1,06
térmica 3,10% 106.115,64
Instalações hidráulicas e PPCI 507.153,15 0,04 0,12% 507.745,50
Instalações Elétricas, Lógica,
706.829,76 0,40
Telefonia e SPDA 1,17% 715.085,53
Revestimentos 1.876.428,12 0,42 1,23% 1.899.440,63
Serviços complementares 234.009,27 1,05 3,07% 241.183,99
Elevadores 95.000,00 1,03 3,01% 97.857,22
Instalações de Climatização e
37.009,62 -0,33
Exaustão -0,96% 36.653,00
Instalações de Gás 86.392,06 -0,11 -0,32% 86.114,57
Aparelhos e metais 47.303,17 1,04 3,04% 48.739,67
TOTAL 9.744.594,84 10.021.135,65
77

4.4 Validação dos índices de indexação

A fim de saber se o comportamento apresentado no período de julho de 2014 a abril de


2015 (10 meses) reflete uma tendência de um período maior, e se estes índices de indexação
podem ser considerados não apenas para o período estudado, mas sim, como índice geral,
repetiu-seo processo de indexação acima, agora para um período de tempo maior, o mesmo
utilizado nas análises do item 4.1 (2 anos). Sabe-se que este não é o período real de indexação
dos três orçamentos, visto que estes foram elaborados em julho de 2014, mas utilizou-o para
fins de cálculo e comparação com o período correto. Os resultados encontrados para os
índices de indexação estão apresentados na Tabela 19, e a comparação entre os índices de
indexação médios dos dois períodos pode ser encontrada na Tabela 20.

Tabela 19– Índice de indexação médio por etapa de obra – período de 2 anos

Índice de
Orçamento Orçamento Orçamento
Etapa Construtiva Indexação
A B C
Médio
Custos indiretos 1,00 1,00 1,00 1,00
Infraestrutura 1,08 1,08 1,07 1,08
Supraestrutura 1,08 1,08 1,08 1,08
Vedação 0,60 0,58 0,61 0,60
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 0,99 0,99 1,00 0,99
Coberturas 1,02 1,00 1,00 1,01
Impermeabilização e proteção
1,02 1,02 1,03 1,02
térmica
Instalações hidráulicas e PPCI 1,01 0,98 0,97 0,99
Instalações Elétricas, Lógica,
1,06 0,99 1,02 1,02
Telefonia e SPDA
Revestimentos 0,85 0,82 0,95 0,87
Serviços complementares 1,02 1,02 1,02 1,02
Elevadores 1,00 1,04 1,00 1,01
Instalações de Climatização e
0,90 1,04 0,90 0,95
Exaustão
Instalações de Gás 0,99 0,96 0,96 0,97
Aparelhos e metais 1,03 1,01 1,01 1,02
78

Tabela 20– Comparação entre índices de indexação médios

Índice de
Índice de
Indexação
Etapa Construtiva Indexação Médio Diferença
Médio jul/14
dez/12 a dez/14
a abr/15
Custos indiretos 1,00 1,00 0,00%
Infraestrutura 1,13 1,08 -5,00%
Supraestrutura 1,13 1,08 -5,00%
Vedação 0,36 0,60 24,00%
Esquadrias/Vidros/Fechaduras 2,75 0,99 -176,00%
Coberturas 1,01 1,01 0,00%
Impermeabilização e proteção
1,06 1,02
térmica -4,00%
Instalações hidráulicas e PPCI 0,04 0,99 95,00%
Instalações Elétricas, Lógica,
0,40 1,02
Telefonia e SPDA 62,00%
Revestimentos 0,42 0,87 45,00%
Serviços complementares 1,05 1,02 -3,00%
Elevadores 1,03 1,01 -2,00%
Instalações de Climatização e -0,33 0,95
Exaustão 128,00%
Instalações de Gás -0,11 0,97 108,00%
Aparelhos e metais 1,04 1,02 -2,00%

Comparando os valores dos índices, nota-se que nesse período maior a etapa
Esquadrias deixou de ser a que apresentou maior variação, diminuindo seu índice 176%,
sendo até mesmo menor que dez outras etapas. As etapas Infraestrutura e Superestrutura
continuam sendo as de maior variação, porém, tiverem decréscimo de 5% no valor do índice.
Para todos os índices de Instalações observou-se um acréscimo bastante elevado se
comparado ao primeiro período, assim como para a etapa Revestimentos e Vedação. Demais
etapas não apresentam grandes diferenças entre os índices.
Com isso, chega-se à conclusão que os índices obtidos na atualização dos orçamentos
A, B e C podem ser utilizados como indicadores apenas no período de 2014 e começo de
2015. Para períodos que incluam anos diferentes, estes índices podem ser utilizados apenas
como referencial, atentando para as etapas que apresentaram maiores diferenças na Tabela 20,
devendo ser feitas novas análises de variação de preço.
79

5 CONCLUSÃO

O orçamento na construção civil representa o instrumento através do qual se consegue


estimar e avaliar o preço total do empreendimento. Além disso, ele é um instrumento
fundamental para análise de viabilidade, controle e planejamento de custos de obras, pois gera
quantitativos e listagem de preços de material e mão de obra necessários à execução dos
serviços da obra, que facilitam esses processos. Existem diversas maneiras de ser elaborado,
dependendo do tempo disponibilizado à sua elaboração e principalmente do seu objetivo.
Mas, independentemente do tipo de orçamento escolhido, a fim de que se obtenham sempre
valores próximos aos reais, deve-se prezar pela utilização de bases de preços locais e
atualizados. Isso se justifica pelas altas variações apresentadas por insumos que compõe a
construção civil, o que pôde ser provado com o presente trabalho através da análise de
variações de preço de diversos insumos divulgados mensalmente pelo SINDUSCON-RS e
que compõe o CUB/m² e pelos índices de indexação encontrados.
Desta forma, ao finalizar um orçamento, chega-se a um valor válido para o mês ou
período em que foi elaborado. Como no setor da construção civil trabalha-se geralmente com
altos prazos de obra, que acabam muitas vezes aumentando em decorrência de atrasos, é
necessário que sejam feitas atualizações nesses orçamentos ao longo do período de execução
da obra. Além disso, esse reajuste torna-se indispensável quando se inicia uma obra cujo
orçamento foi elaborado muito tempo antes, em fases iniciais de análise da obra, ou quando se
deseja utilizar algum valor de orçamentos antigos, sem que sejam feitas novas pesquisas de
preço.
O processo geralmente utilizado pelas empresas e profissionais da área para realizar a
atualização de preços, chama-se indexação, e são utilizados índices como INCC-M, IGP-M e
CUB/m² como indexadores. Ou seja, variam-se os preços do orçamento através da variação
apresentada por esses índices. Porém, apesar de serem indicadores das variações econômicas
reais de mercado, ao serem utilizados variam igualmente todos os insumos que compõe as
etapas da obra. Além disso, ao decorrer da execução da obra, caso deseja-se atualizar apenas a
Infraestrutura da obra, ao utilizar esses indicadores, estar-se-á considerando que todos os
insumos que compõe o seu valor médio já foram utilizados, como esquadrias e revestimentos,
por exemplo.
Através da análise de variação dos insumos que compõe o CUB, é possível mostrar a
diferença entre as variações de cada etapa de obra, que indica a baixa precisão ao se utilizar
80

como indexadores índices como INCC-M e CUB/m². Essa análise mostra que, para o estado
do Rio Grande do Sul, as etapas que apresentaram maiores acréscimos no ano de 2013 e 2014
foram Estrutura, Esquadrias e Instalações, indicando maior demanda financeira para execução
destas, visto que, além de apresentarem alta variação, encontram-se em grande quantidade nas
obras. Mas a maior variação apresentada foi àquela relacionada aos valores de mão de obra
para a construção civil, o que demonstra um cenário que já vem sendo observado há algum
tempo no setor, tanto no estado, quanto no país, em que os salários vêm acumulando altos
reajustes, explicado principalmente pela falta de mão de obra especializada frente à grande
demanda. Isso atenta ao cuidado maior que se deve ter ao atribuir preços relacionados à mão
de obra em orçamentos, bem como ao realizar a atualização destes.
Ao realizar a indexação por etapa de obra nota-se que se comparados o valor total
orçado com o valor total indexado, para os três orçamentos, o reajuste ficou muito próximo da
variação do CUB/m², porém, diferenciando percentual de variação para cada etapa de obra.
Portanto, a vantagem de utilizar esse sistema para indexar orçamentos está em chegar a
valores mais próximos da realidade, que consideram as variações dos insumos que compõe
cada etapa. Isso reflete não apenas na atualização correta de preços, mas também no controle
da obra, por permitir gerar um cronograma físico-financeiro (onde estão descritas todas as
etapas com custos e períodos de execução) mais correto e confiável para a obra. Os
cronogramas físico-financeiros permitem prever os desembolsos necessários para cada serviço
a cada período. Portanto, é fundamental que a margem de erro dos custos do orçamento
associados ao cronograma seja a menor possível, para que o investidor não esteja
desprevenido ao precisar efetuar esses desembolsos.
Sabe-se que os grupos formados neste trabalho para obter percentuais de indexação e
atualizar cada etapa de obra são compostos por uma parcela pequena de insumos, mas optou-
se por utilizá-las por se tratar de um trabalho de conclusão de curso, a fim de analisar uma
tendência que vem ocorrendo no setor econômico da construção civil. Portanto, uma sugestão
para trabalhos futuros é a realização de uma análise mais aprofundada e que envolva mais
insumos, gerando grupos de etapa de obra que melhor representem a realidade, e permitam
indexações mais precisas para cada etapa de obra.
81

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12721: Avaliação de


custos de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para
condomínios edilícios. Versão corrigida 2. Rio de Janeiro, 2007.

ANDRADE, A. C. de. SOUZA, U. E. L. de. Críticas ao processo orçamentário tradicional


e recomendações para a confecção de um orçamento integrado ao processo de produção
de um empreendimento. IN: III SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GESTÃO E ECONOMIA
DA CONSTRUÇÃO, 3. 2003, São Carlos, SP. Anais... São Carlos: III SIBRAGEC, 2003, 11
p.

ARAÚJO, N. M. C. de; MEIRA, G. R. O papel do planejamento, interligado a um


controle gerencial, nas pequenas empresas de construção civil. IN: ENCONTRO
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, T3103, 1997, Gramado, RS. Anais...
Gramado: ENEGEP, 1997, 7 p.

BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO. Perspectivas do Investimento 2010-


2013. Rio de Janeiro, 2010.

BERWANGER, C. Estudo sobre controle de custos em obra utilizando orçamento


paramétrico e orçamento analítico para residência tipo padrão normal na cidade de Foz
do Iguaçu. Trabalho Final (Graduação em Engenharia Civil) – União Dinâmica das
Faculdades Cataratas. Foz do Iguaçu, 2008

BIANCHINI FILHO, H. [Entrevista disponibilizada a revista Construção Mercado em


dezembro de 2012]. Porque os custos descolam? Revista Construção Mercado, dezembro de
2012. 137 ed. Disponível em: <http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-
construcao/137/artigo282703-1.aspx> Acesso em 2 de maio de 2015.

CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Banco de Dados – Custos


da Construção. Brasília, DF, 11 fev. 2015. Disponível em:
<http://www.cbicdados.com.br/menu/custo-da-construcao/>. Acesso em: 5 març. 2015.

CASTELO, A. M. [Entrevista disponibilizada a revista Construção Mercado em dezembro de


2012]. Porque os custos descolam? Revista Construção Mercado, dezembro de 2012. 137
ed. Disponível em: <http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-
construcao/137/artigo282703-1.aspx> Acesso em 2 de maio de 2015.

CIGANA, C.Perspectivas estão pouco otimistas na construção civil e no comércio. Janeiro


de 2015. Disponível em:<http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/02/perspectivas-
estao-pouco-otimistas-na-construcao-civil-e-no-comercio-4694261.html> Acesso em: 23 de
maio de 2015.

COIMBRA, C. M. Indicadores paramétricos de custos aplicados à edifícios


multifamiliares: custo unitário básico representativo. 118 f. Dissertação (Mestrado em
Construção Civil) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010.
82

CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO


ESPÍRITO SANTO. BDI: Bonificação ou Benefícios e Despesas Indiretas. Vitória, 2008.

CORREIO BRASILIENSE. Setor da construção enfraquece, derruba PIB e puxa


desemprego. Abril de 2015. Disponível em: <
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2015/04/12/internas_economia,4
79063/setor-da-construcao-civil-enfraquece-derruba-pib-e-puxa-desemprego.shtml>. Acesso
em: 11 de maio de 2015.

DIAS, P. R. V. Engenharia de custos: metodologia de orçamentação para obras civis.


Curitiba, PR: Copiare, 2001.

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS


SOCIOECONÔMICOS - DIEESE. Boletim Trabalho e Construção. Nº 3. Fevereiro, 2010.

FÉ, A. L. M. Porque os custos descolam? Revista Construção Mercado, dezembro de 2012.


137 ed. Disponível em: <http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-
construcao/137/artigo282703-1.aspx>. Acesso em 2 de maio de 2015.

FERREIRA, A. B. de H. Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. Curitiba: Ed Positivo,


2008. Edição especial. 544 p.

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Instituto Brasileiro de Economia (IBRE). Índice Geral


de Preços – Mercado: Metodologia. Rio de Janeiro, 2014.

GOLDMAN, P. [Entrevista disponibilizada a revista Construção Mercado em novembro de


2014]. Baixa precisão de estimativas de custo e orçamento compromete a rentabilidade e
a variabilidade dos negócios imobiliários. Metodologias e práticas capazes de reduzir
riscos são fundamentais para manter desvios controlados. Revista Construção Mercado,
novembro de 2014. 160 ed. Disponível em: <http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-
incorporacao-construcao/160/baixa-precisao-de-estimativas-de-custo-e-orcamento-
compromete-a-330194-1.aspx> Acesso em: 10 abril 2015.

GOLDMAN, P. Introdução ao planejamento e controle de custos na construção civil


brasileira.4 ed. atual. São Paulo: PINI, 2004.

GONÇALVES, C. M. [Entrevista disponibilizada a revista Construção Mercado em


novembro de 2014]. Baixa precisão de estimativas de custo e orçamento compromete a
rentabilidade e a variabilidade dos negócios imobiliários. Metodologias e práticas
capazes de reduzir riscos são fundamentais para manter desvios controlados. Revista
Construção Mercado, novembro de 2014. 160 ed. Disponível em:
<http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/160/baixa-
precisao-de-estimativas-de-custo-e-orcamento-compromete-a-330194-1.aspx> Acesso em: 10
abril 2015.

GONZÁLEZ, M. A. S. Noções de Planejamento e Gerenciamento de Obras: Notas de


aula. Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2008.
83

GOULART, C. Extração de areia é retomada no Rio Jacuí. Rádio Gaúcha, 6 de agosto de


2013. Disponível em: <http://gaucha.clicrbs.com.br/rs/noticia-aberta/extracao-de-areia-e-
retomada-no-rio-jacui-8733.html>. Acesso em 7 de maio de 2015.

JESUS, C. R. M. de. Custos e orçamentos na Construção Civil. São Paulo: EPUSP, 2009.

KATO, C. S. Método para estimar custos diretos da construção de edifícios: aplicação à


alvenaria estrutural. 159 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

KERN, A. P. Proposta de um modelo de planejamento e controle de custos de


empreendimentos de construção. 2005,234 p. Tese (Doutorado em Engenharia) –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2005.

KNOLSEISEN, P. C.; LIBRELLOTO, L. I.; JUNGLES, A. E. Análise comparativa entre


orçamento expedito e estimativa de custos através do custo unitário básico: um estudo de
caso. IN: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2001, Salvador,
BA. Anais... Salvador: ENEGEP, 2001, 8 p.

KOSKELA, L. An exploration towards a production theory and its application to


construction. 2000, 296 p. Dissertation (Doctor of Technology) – Technical Research Centre
of Finland. VttPublications 408. Espoo, Finland, 2000.

LIMA JUNIOR, J. da R. Ajuste de preços pelo INCC protege a rentabilidade dos


empreendimentos do Real Estate? Carta no Núcleo de Real Estate – Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo. no. 19-20. Janeiro-março de 2010.

LIMA JUNIOR, J. da R. Alerta de bolha. Carta no Núcleo de Real Estate – Escola


Politécnica da Universidade de São Paulo. no. 25-11. Julho-setembro de 2011.

LIMA JUNIOR, J. da R. Orçamento de custos para empreendimentos do Real Estate


protegidos contra o INCC-FGV. Carta no Núcleo de Real Estate – Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo. no. 33-13. Julho-setembro de 2013.

MATTOS, A. D. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos


de caso, exemplos. São Paulo: Editora Pini, 2006.

MATTOS, A. D. Como indexar o custo da obra. In: Blogs Pini – Engenharia de Custos.
Junho de 2014. Disponível em: <http://blogs.pini.com.br/posts/Engenharia-custos/como-
indexar-o-custo-da-obra-313574-1.aspx>Acesso: 11 de maio de 2015.

MENDONÇA, A. M. de. Análise de metodologias de orçamentos para obras de


construção civil: Orçamento convencional, orçamento operacional e orçamento por módulos.
2006, 53 p. Monografia (MBA em Gestão de Negócios da Construção Civil) - Faculdade
Arthur Thomas. Londrina, 2006.

OLIVEIRA, J. S. de. Custos na construção civil brasileira. Monografia (Graduação em


Ciências Econômicas) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2011.
84

OREIRO, J. L. 2011. Origem, causas e impacto da crise financeira global de 2008.


Setembro de 2011. Disponível em: <http://www.ecodebate.com.br/2011/09/15/origem-
causas-e-impacto-da-crise-financeira-global-de-2008-artigo-de-jose-luis-oreiro/> Acesso em:
25 abril 2015.

OZELAME FILHO, O. V. Avaliação do custo unitário básico da construção civil na


cidade de Santa Rosa/RS. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia
Civil) – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Ijuí, 2013.

PARGA, P. Cálculo do preço de venda na construção civil. São Paulo: Pini, 2003.

PARISOTTO, J. A. Análise de estimativas paramétricas para formular um modelo de


quantificação de serviços, consumo de mão de obra e custos de edificações residenciais.
Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa
Catarina. Florianópolis, 2003.

PEREIRA, V. de S. O impacto da política fiscal do governo federal na carga tributária do


setor de construção civil: com ênfase no custo unitário básico de Santa Catarina. Trabalho
de conclusão de curso. (Graduação em Ciências Contábeis) – Universidade do Extremo Sul
Catarinense. Criciúma, 2011.
REVISTA CONSTRUÇÃO MERCADO. Guia da Construção. Maio de 2006. 58 ed.
Disponível em: <http://www.piniweb.com/images/novacm/102-115.pdf> Acesso em: 15 de
abril de 2015.

RODRIGUES, L. Atividade na construção cai à mínima histórica em março. Abril de


2015. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/economia/noticias/atividade-na-construcao-
cai-a-minima-historica-em-marco> Acesso em: 11 de maio de 2015.

PRESCOTT, R. O baixo crescimento do PIB e os indicadores macroeconômicos vêm


afetando a construção civil, mas isto não significa que o setor esteja em crise. Revista
Construção Mercado, julho de 2014. 156 ed.Disponível em:
<http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/156/artigo313896-
1.aspx> Acesso em: 25 abril de 2015.

PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – PMI. Um guia do Conhecimento em


Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). 5 ed.Pennsylvania, USA, 2013.

ROCHA, M. S. da. Orçamentação sintética por área construída. Instituto de Auditoria de


Engenharia do Ceará. Artigo disponível no website www.iace.com.br. Acessado em março de
2013.

SÁ, L. A. F. de. [Entrevista disponibilizada a revista Construção Mercado em dezembro de


2012]. Porque os custos descolam? Revista Construção Mercado, dezembro de 2012. 137
ed. Disponível em: <http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-
construcao/137/artigo282703-1.aspx> Acesso em 2 de maio de 2015.

SINDICATO DA INDÚSTRIA E DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DE MINAS GERAIS.


Custo Unitário Básico (CUB/m²): principais aspectos. Belo Horizonte: SINDUSCON-MG,
2007.
85

SINDICATO DA INDÚSTRIA E DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DO RIO GRANDE


DO SUL.Construção civil gaúcha: Boletim econômico 2013. Porto Alegre, 2014.

SINDICATO DA INDÚSTRIA E DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DO RIO GRANDE


DO SUL. Falta de mão de obra é maior problema da construção civil. 15 de outubro de
2013. Disponível em: <http://www.sinduscon-rs.com.br/sinduscon-rs-empossa-nova-
diretoria/>. Acesso em: 8 de maio de 2015.

SINDICATO DA INDÚSTRIA E DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DO RIO GRANDE


DO SUL. Falta de areia preocupa a indústria da construção. 3 de junho de 2013.
Disponível em: <http://www.sinduscon-rs.com.br/falta-de-areia-preocupa-a-industria-da-
construcao/>. Acesso em: 8 maio de 2015.

TABOSA, C. de M. Método de determinação das margens de contribuição de serviços de


engenharia com variabilidade de custos diretos unitários: uma aplicação no setor da
construção civil. 2003,153 p. Dissertação (Mestrado em Logística e Pesquisa Operacional) –
Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2013.

TAVES, G. G. Engenharia de custos aplicada à construção civil. 2014,52 p. Projeto


(Graduação em Engenharia Civil) – Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro, 2014.

TISAKA, M. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo:


PINI, 2006.

VARGAS, R. V. Gerenciamento de projetos: estabelecendo diferenciais competitivos. 5.ed.


Rio de Janeiro: Brasport, 2003.

VALOR ECONÔMICO. IGP-M acentua ritmo de queda e tem deflação de 0,74% em


junho. 27 de junho de 2014. Disponível em: <http://www.valor.com.br/brasil/3595978/igp-
m-acentua-ritmo-de-queda-e-tem-deflacao-de-074-em-junho>. Acesso em 9 de maio de 2015.

XAVIER, I. Orçamento, planejamento e custos de obras. Apostila da Fundação para a


Pesquisa Ambiental (FUPAM). São Paulo, 2008.

ZERO HORA. Setor da construção civil deve ter pior ano desde 2003. Maio de 2015.
Disponível em: <http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2015/05/setor-de-
construcao-civil-deve-ter-pior-ano-desde-2003-4762467.html> Acesso em 24 de maio de
2015.
86

Apêndice A – Insumos para estrutura de concreto – janeiro/13 a dezembro/14

Concreto Fck 25Mpa Areia média lavada Brita 2


Preço Preço Preço
Variação Acumulada Anual Variação Acumulada Anual Variação Acumulada Anual
Mês/ ano (R$) (R$) (R$)
jan/13 272,41 0,706% 0,706% 42,91 0,000% 0,000% 60,14 0,838% 0,838%
fev/13 275,21 1,028% 1,741% 43,44 1,235% 1,235% 60,58 0,732% 1,576%
mar/13 275,34 0,047% 1,789% 43,66 0,506% 1,748% 60,03 -0,908% 0,654%
abr/13 272,44 -1,053% 0,717% 44,00 0,779% 2,540% 59,51 -0,866% -0,218%
mai/13 282,01 3,513% 4,255% 48,98 11,318% 14,146% 59,51 0,000% -0,218%
jun/13 292,57 3,745% 8,159% 66,00 34,749% 53,810% 59,50 -0,017% -0,235%
9,10% 39,55% 2,98%
jul/13 295,34 0,947% 9,183% 79,20 20,000% 84,572% 60,00 0,840% 0,604%
ago/13 298,12 0,941% 10,211% 82,20 3,788% 91,564% 60,01 0,017% 0,620%
set/13 294,12 -1,342% 8,732% 62,60 -23,844% 45,887% 60,01 0,000% 0,620%
out/13 290,98 -1,068% 7,571% 60,40 -3,514% 40,760% 60,51 0,833% 1,459%
nov/13 292,91 0,663% 8,285% 60,40 0,000% 40,760% 61,03 0,859% 2,331%
dez/13 295,12 0,754% 9,102% 59,88 -0,861% 39,548% 61,42 0,639% 2,985%
jan/14 294,72 -0,136% 8,954% 60,50 1,035% 40,993% 62,40 1,596% 4,628%
fev/14 297,72 1,018% 10,063% 61,17 1,107% 42,554% 62,85 0,721% 5,382%
mar/14 300,72 1,008% 11,172% 61,91 1,210% 44,279% 63,54 1,098% 6,539%
abr/14 304,37 1,214% 12,521% 62,71 1,292% 46,143% 63,02 -0,818% 5,667%
mai/14 301,76 -0,858% 11,556% 62,16 -0,877% 44,861% 63,02 0,000% 5,667%
jun/14 301,76 0,000% 11,556% 63,37 1,947% 47,681% 62,59 -0,682% 4,946%
4,97% 5,48% 4,36%
jul/14 301,96 0,066% 11,630% 63,10 -0,426% 47,052% 61,40 -1,901% 2,951%
ago/14 301,96 0,000% 11,630% 63,10 0,000% 47,052% 61,91 0,831% 3,806%
set/14 301,96 0,000% 11,630% 62,58 -0,824% 45,840% 62,45 0,872% 4,712%
out/14 302,76 0,265% 11,926% 63,10 0,831% 47,052% 63,02 0,913% 5,667%
nov/14 308,55 1,912% 14,067% 62,68 -0,666% 46,073% 63,54 0,825% 6,539%
dez/14 309,79 0,402% 14,525% 63,16 0,766% 47,192% 64,10 0,881% 7,478%
87

Chapa compensado plastificado 18mm Cimento CPE 32 Aço CA-50 10mm


Preço Preço Preço
Variação Acumulada Anual Variação Acumulada Anual Variação Acumulada Anual
Mês/ ano (R$) (R$) (R$)
jan/13 29,52 2,429% 2,429% 0,38 2,703% 2,703% 3,51 -1,681% -1,681%
fev/13 28,57 -3,218% -0,867% 0,39 2,632% 5,405% 3,55 1,140% -0,560%
mar/13 29,01 1,540% 0,659% 0,39 0,000% 5,405% 3,57 0,563% 0,000%
abr/13 29,24 0,793% 1,457% 0,39 0,000% 5,405% 3,57 0,000% 0,000%
mai/13 29,46 0,752% 2,221% 0,39 0,000% 5,405% 3,63 1,681% 1,681%
jun/13 29,23 -0,781% 1,423% 0,40 2,564% 8,108% 3,68 1,377% 3,081%
-1,94% 16,22% 13,73%
jul/13 28,87 -1,232% 0,173% 0,40 0,000% 8,108% 3,70 0,543% 3,641%
ago/13 28,87 0,000% 0,173% 0,40 0,000% 8,108% 3,81 2,973% 6,723%
set/13 28,93 0,208% 0,382% 0,41 2,500% 10,811% 3,87 1,575% 8,403%
out/13 28,93 0,000% 0,382% 0,42 2,439% 13,514% 3,98 2,842% 11,485%
nov/13 28,55 -1,314% -0,937% 0,43 2,381% 16,216% 4,04 1,508% 13,165%
dez/13 28,26 -1,016% -1,943% 0,43 0,000% 16,216% 4,06 0,495% 13,725%
jan/14 28,89 2,229% 0,243% 0,43 0,000% 16,216% 4,04 -0,493% 13,165%
fev/14 29,62 2,527% 2,776% 0,43 0,000% 16,216% 4,04 0,000% 13,165%
mar/14 30,13 1,722% 4,545% 0,44 2,326% 18,919% 4,09 1,238% 14,566%
abr/14 30,38 0,830% 5,413% 0,44 0,000% 18,919% 4,16 1,711% 16,527%
mai/14 30,47 0,296% 5,725% 0,45 2,273% 21,622% 4,13 -0,721% 15,686%
jun/14 30,25 -0,722% 4,962% 0,45 0,000% 21,622% 4,08 -1,211% 14,286%
8,14% 11,63% -6,90%
jul/14 30,55 0,992% 6,003% 0,45 0,000% 21,622% 4,01 -1,716% 12,325%
ago/14 30,58 0,098% 6,107% 0,46 2,222% 24,324% 3,93 -1,995% 10,084%
set/14 30,87 0,948% 7,113% 0,46 0,000% 24,324% 3,86 -1,781% 8,123%
out/14 30,67 -0,648% 6,419% 0,47 2,174% 27,027% 3,79 -1,813% 6,162%
nov/14 30,69 0,065% 6,489% 0,48 2,128% 29,730% 3,78 -0,264% 5,882%
dez/14 30,56 -0,424% 6,037% 0,48 0,000% 29,730% 3,78 0,000% 5,882%
88

Apêndice B – Insumos para revestimentos – janeiro/13 a dezembro/2014

Placa cerâmica 30 x 40 cm - PEI II Tinta látex PVA


Variação Variaçã Variação Variação
Mês/ Preço Variação Preço Variação
Acum. o anual Acum. anual
ano
jan/13 R$ 17,93 1,014% 1,014% R$ 12,04 0,166% 0,166%
fev/13 R$ 17,93 0,000% 1,014% R$ 12,21 1,412% 1,581%
mar/13 R$ 17,93 0,000% 1,014% R$ 12,33 0,983% 2,579%
abr/13 R$ 17,73 -1,115% -0,113% R$ 12,34 0,081% 2,662%
mai/13 R$ 17,92 1,072% 0,958% R$ 12,46 0,972% 3,661%
jun/13 R$ 18,35 2,400% 3,380% R$ 12,30 -1,284% 2,329%
12,34% 5,41%
jul/13 R$ 18,72 2,016% 5,465% R$ 12,21 -0,732% 1,581%
ago/13 R$ 18,61 -0,588% 4,845% R$ 12,30 0,737% 2,329%
set/13 R$ 19,03 2,257% 7,211% R$ 12,20 -0,813% 1,498%
out/13 R$ 19,28 1,314% 8,620% R$ 12,09 -0,902% 0,582%
nov/13 R$ 19,55 1,400% 10,141% R$ 12,36 2,233% 2,829%
dez/13 R$ 19,94 1,995% 12,338% R$ 12,67 2,508% 5,408%
jan/14 R$ 20,36 2,106% 14,704% R$ 13,00 2,605% 8,153%
fev/14 R$ 20,90 2,652% 17,746% R$ 13,53 4,077% 12,562%
mar/14 R$ 21,01 0,526% 18,366% R$ 13,58 0,370% 12,978%
abr/14 R$ 21,11 0,476% 18,930% R$ 13,83 1,841% 15,058%
mai/14 R$ 20,59 -2,463% 16,000% R$ 13,84 0,072% 15,141%
jun/14 R$ 20,13 -2,234% 13,408% R$ 13,84 0,000% 15,141%
-7,82% 13,97%
jul/14 R$ 19,36 -3,825% 9,070% R$ 13,93 0,650% 15,890%
ago/14 R$ 18,70 -3,409% 5,352% R$ 13,88 -0,359% 15,474%
set/14 R$ 18,39 -1,658% 3,606% R$ 13,88 0,000% 15,474%
out/14 R$ 18,38 -0,054% 3,549% R$ 13,88 0,000% 15,474%
nov/14 R$ 18,38 0,000% 3,549% R$ 14,25 2,666% 18,552%
dez/14 R$ 18,38 0,000% 3,549% R$ 14,44 1,333% 20,133%
89

Apêndice C – Insumos para instalações – janeiro/13 a dezembro/2014

Fio de cobre antichama - 750 v, 2,5 mm2 Tubo de ferro galvanizado com costura Tubo de PVC-R rígido p/ esgoto d=150 mm
Mês/ ano Preço Variação Acumulada Anual Preço Variação Acumulada Anual Preço Variação Acumulada Anual
jan/13 R$ 0,97 2,105% 2,105% R$ 40,60 -0,098% -0,098% R$ 22,82 0,176% 0,176%
fev/13 R$ 0,98 1,031% 3,158% R$ 40,64 0,099% 0,000% R$ 22,79 -0,131% 0,044%
mar/13 R$ 1,05 7,143% 10,526% R$ 46,37 14,099% 14,099% R$ 22,83 0,176% 0,219%
abr/13 R$ 1,04 -0,952% 9,474% R$ 47,82 3,127% 17,667% R$ 22,66 -0,745% -0,527%
mai/13 R$ 1,01 -2,885% 6,316% R$ 49,33 3,158% 21,383% R$ 22,93 1,192% 0,658%
jun/13 R$ 1,02 0,990% 7,368% R$ 49,33 0,000% 21,383% R$ 22,83 -0,436% 0,219%
13,68% 25,02% 4,17%
jul/13 R$ 1,04 1,961% 9,474% R$ 49,33 0,000% 21,383% R$ 22,74 -0,394% -0,176%
ago/13 R$ 1,03 -0,962% 8,421% R$ 49,30 -0,061% 21,309% R$ 23,05 1,363% 1,185%
set/13 R$ 1,06 2,913% 11,579% R$ 50,81 3,063% 25,025% R$ 23,01 -0,174% 1,010%
out/13 R$ 1,07 0,943% 12,632% R$ 50,81 0,000% 25,025% R$ 23,19 0,782% 1,800%
nov/13 R$ 1,08 0,935% 13,684% R$ 50,81 0,000% 25,025% R$ 23,43 1,035% 2,853%
dez/13 R$ 1,08 0,000% 13,684% R$ 50,81 0,000% 25,025% R$ 23,73 1,280% 4,170%
jan/14 R$ 1,10 1,852% 15,789% R$ 52,71 3,739% 29,700% R$ 24,02 1,222% 5,443%
fev/14 R$ 1,09 -0,909% 14,737% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,27 1,041% 6,541%
mar/14 R$ 1,09 0,000% 14,737% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,04 -0,948% 5,531%
abr/14 R$ 1,10 0,917% 15,789% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,33 1,206% 6,804%
mai/14 R$ 1,10 0,000% 15,789% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,29 -0,164% 6,629%
jun/14 R$ 1,09 -0,909% 14,737% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,37 0,329% 6,980%
2,78% 2,09% -1,73%
jul/14 R$ 1,11 1,835% 16,842% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,45 0,328% 7,331%
ago/14 R$ 1,12 0,901% 17,895% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 24,24 -0,859% 6,409%
set/14 R$ 1,11 -0,893% 16,842% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 23,73 -2,104% 4,170%
out/14 R$ 1,12 0,901% 17,895% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 23,58 -0,632% 3,512%
nov/14 R$ 1,10 -1,786% 15,789% R$ 52,71 0,000% 29,700% R$ 23,14 -1,866% 1,580%
dez/14 R$ 1,11 0,909% 16,842% R$ 51,87 -1,594% 27,633% R$ 23,32 0,778% 2,371%
90

Apêndice D – Insumos para divisórias – janeiro/13 a dezembro/2014

Bloco cerâmico vedação 19x19x39 cm Bloco concreto sem função estrutural 19x19x39 Placa de Gesso
Mês/ ano Preço Variação Acumulada Anual Preço Variação Acumulada Anual Preço Variação Acumulada Anual
jan/13 R$ 0,54 -1,818% -1,818% R$ 2,88 2,491% 2,491% R$ 7,83 0,000% 0,000%
fev/13 R$ 0,54 0,000% -1,818% R$ 2,88 0,000% 2,491% R$ 7,98 1,916% 1,916%
mar/13 R$ 0,54 0,000% -1,818% R$ 2,89 0,347% 2,847% R$ 8,14 2,005% 3,959%
abr/13 R$ 0,54 0,000% -1,818% R$ 2,89 0,000% 2,847% R$ 8,44 3,686% 7,791%
mai/13 R$ 0,54 0,000% -1,818% R$ 2,89 0,000% 2,847% R$ 8,56 1,422% 9,323%
jun/13 R$ 0,54 0,000% -1,818% R$ 2,89 0,000% 2,847% R$ 8,56 0,000% 9,323%
3,64% 4,27% 9,23%
jul/13 R$ 0,55 1,852% 0,000% R$ 2,93 1,384% 4,270% R$ 8,56 0,000% 9,323%
ago/13 R$ 0,54 -1,818% -1,818% R$ 2,93 0,000% 4,270% R$ 8,56 0,000% 9,323%
set/13 R$ 0,55 1,852% 0,000% R$ 2,93 0,000% 4,270% R$ 8,56 0,000% 9,323%
out/13 R$ 0,55 0,000% 0,000% R$ 2,93 0,000% 4,270% R$ 8,56 0,000% 9,323%
nov/13 R$ 0,56 1,818% 1,818% R$ 2,93 0,000% 4,270% R$ 8,56 0,000% 9,323%
dez/13 R$ 0,57 1,786% 3,636% R$ 2,93 0,000% 4,270% R$ 8,56 0,000% 9,323%
jan/14 R$ 0,57 0,000% 3,636% R$ 3,06 4,437% 8,897% R$ 8,56 0,000% 9,323%
fev/14 R$ 0,58 1,754% 5,455% R$ 3,05 -0,327% 8,541% R$ 8,56 0,000% 9,323%
mar/14 R$ 0,57 -1,724% 3,636% R$ 3,05 0,000% 8,541% R$ 8,68 1,402% 10,856%
abr/14 R$ 0,57 0,000% 3,636% R$ 2,99 -1,967% 6,406% R$ 8,81 1,498% 12,516%
mai/14 R$ 0,56 -1,754% 1,818% R$ 2,92 -2,341% 3,915% R$ 8,81 0,000% 12,516%
jun/14 R$ 0,55 -1,786% 0,000% R$ 2,87 -1,712% 2,135% R$ 8,81 0,000% 12,516%
-1,75% -8,19% 1,40%
jul/14 R$ 0,56 1,818% 1,818% R$ 2,87 0,000% 2,135% R$ 8,81 0,000% 12,516%
ago/14 R$ 0,55 -1,786% 0,000% R$ 2,87 0,000% 2,135% R$ 8,81 0,000% 12,516%
set/14 R$ 0,55 0,000% 0,000% R$ 2,82 -1,742% 0,356% R$ 8,81 0,000% 12,516%
out/14 R$ 0,55 0,000% 0,000% R$ 2,87 1,773% 2,135% R$ 8,68 -1,476% 10,856%
nov/14 R$ 0,55 0,000% 0,000% R$ 2,74 -4,530% -2,491% R$ 8,81 1,498% 12,516%
dez/14 R$ 0,56 1,818% 1,818% R$ 2,69 -1,825% -4,270% R$ 8,68 -1,476% 10,856%
91

Apêndice E- Insumos para esquadrias – janeiro/13 a dezembro/2014

Porta lisa para pintura Esquadria de correr em alumínio - 2,00 x 1,40 m Janela de correr em ferro 1,20 x 1,20 m
Preço Preço Preço
Mês/ ano (R$)
Variação Acumulada Anual
(R$)
Variação Acumulada Anual
(R$)
Variação Acumulada Anual
jan/13 74,58 -1,506% -1,506% 396,51 0,566% 0,566% 124,66 -0,024% -0,024%
fev/13 74,55 -0,040% -1,545% 399,07 0,646% 1,215% 126,96 1,845% 1,821%
mar/13 74,43 -0,161% -1,704% 403,88 1,205% 2,435% 128,22 0,992% 2,831%
abr/13 75,07 0,860% -0,858% 414,10 2,530% 5,027% 130,42 1,716% 4,595%
mai/13 75,39 0,426% -0,436% 414,10 0,000% 5,027% 131,69 0,974% 5,614%
jun/13 74,90 -0,650% -1,083% 414,10 0,000% 5,027% 131,67 -0,015% 5,598%
4,24% 14,85% 13,55%
jul/13 74,68 -0,294% -1,373% 420,83 1,625% 6,734% 131,67 0,000% 5,598%
ago/13 75,01 0,442% -0,938% 426,27 1,293% 8,114% 132,66 0,752% 6,392%
set/13 76,17 1,546% 0,594% 448,73 5,269% 13,810% 135,73 2,314% 8,854%
out/13 75,76 -0,538% 0,053% 458,40 2,155% 16,263% 139,63 2,873% 11,982%
nov/13 78,04 3,010% 3,064% 452,85 -1,211% 14,855% 140,09 0,329% 12,351%
dez/13 78,93 1,140% 4,239% 452,85 0,000% 14,855% 141,58 1,064% 13,546%
jan/14 79,04 0,139% 4,385% 456,71 0,852% 15,834% 142,64 0,749% 14,396%
fev/14 79,32 0,354% 4,754% 464,12 1,622% 17,713% 143,53 0,624% 15,109%
mar/14 79,30 -0,025% 4,728% 464,12 0,000% 17,713% 143,53 0,000% 15,109%
abr/14 79,91 0,769% 5,534% 464,12 0,000% 17,713% 145,94 1,679% 17,042%
mai/14 81,90 2,490% 8,162% 472,67 1,842% 19,882% 149,50 2,439% 19,897%
jun/14 83,11 1,477% 9,760% 480,35 1,625% 21,830% 152,22 1,819% 22,079%
11,39% 10,14% 15,03%
jul/14 83,00 -0,132% 9,614% 483,65 0,687% 22,667% 151,91 -0,204% 21,830%
ago/14 83,78 0,940% 10,644% 483,59 -0,012% 22,651% 151,77 -0,092% 21,718%
set/14 84,18 0,477% 11,173% 479,07 -0,935% 21,505% 152,07 0,198% 21,958%
out/14 86,05 2,221% 13,642% 486,04 1,455% 23,273% 153,64 1,032% 23,218%
nov/14 87,23 1,371% 15,201% 493,39 1,512% 25,137% 157,58 2,564% 26,377%
dez/14 87,92 0,791% 16,112% 498,79 1,094% 26,507% 162,86 3,351% 30,612%
92

Fechadura para porta interna em ferro,


Vidro liso transparente 4mm
acabamento cromado
Preço Variação Variaçã Preço Variação Variação
Mês/ (R$)
Variação (R$)
Variação
Acum. o anual Acum. anual
ano
jan/13 25,64 0,000% 0,000% 57,01 1,459% 1,459%
fev/13 25,86 0,858% 0,858% 57,86 1,491% 2,972%
mar/13 26,09 0,889% 1,755% 57,86 0,000% 2,972%
abr/13 26,09 0,000% 1,755% 57,86 0,000% 2,972%
mai/13 26,32 0,882% 2,652% 57,86 0,000% 2,972%
jun/13 26,68 1,368% 4,056% 57,86 0,000% 2,972%
7,49% 12,39%
jul/13 26,50 -0,675% 3,354% 57,01 -1,469% 1,459%
ago/13 26,39 -0,415% 2,925% 58,22 2,122% 3,613%
set/13 26,79 1,516% 4,485% 59,53 2,250% 5,944%
out/13 27,56 2,874% 7,488% 60,50 1,629% 7,670%
nov/13 27,56 0,000% 7,488% 61,53 1,702% 9,503%
dez/13 27,56 0,000% 7,488% 63,15 2,633% 12,387%
jan/14 27,56 0,000% 7,488% 64,48 2,106% 14,754%
fev/14 27,56 0,000% 7,488% 64,48 0,000% 14,754%
mar/14 27,56 0,000% 7,488% 62,96 -2,357% 12,048%
abr/14 27,68 0,435% 7,956% 61,53 -2,271% 9,503%
mai/14 27,68 0,000% 7,956% 61,53 0,000% 9,503%
jun/14 27,68 0,000% 7,956% 61,53 0,000% 9,503%
-3,88% -2,57%
jul/14 28,05 1,337% 9,399% 61,63 0,163% 9,681%
ago/14 27,69 -1,283% 7,995% 61,63 0,000% 9,681%
set/14 27,34 -1,264% 6,630% 61,53 -0,162% 9,503%
out/14 27,34 0,000% 6,630% 61,53 0,000% 9,503%
nov/14 26,91 -1,573% 4,953% 61,53 0,000% 9,503%
dez/14 26,49 -1,561% 3,315% 61,53 0,000% 9,503%
93

Apêndice F – Mão de obra – janeiro/13 a dezembro/2014

Pedreiro Servente
Variação Variaçã Variação Variação
Mês/ Preço Variação Preço Variação
Acum. o anual Acum. anual
ano
jan/13 R$ 12,51 0,000% 0,000% R$ 12,04 0,166% 0,166%
fev/13 R$ 12,90 3,118% 3,118% R$ 12,21 1,412% 1,581%
mar/13 R$ 12,90 0,000% 3,118% R$ 12,33 0,983% 2,579%
abr/13 R$ 12,90 0,000% 3,118% R$ 12,34 0,081% 2,662%
mai/13 R$ 12,98 0,620% 3,757% R$ 12,46 0,972% 3,661%
jun/13 R$ 13,62 4,931% 8,873% R$ 12,30 -1,284% 2,329%
9,27% 4,07%
jul/13 R$ 13,67 0,367% 9,273% R$ 12,21 -0,732% 1,581%
ago/13 R$ 13,70 0,219% 9,512% R$ 12,30 0,737% 2,329%
set/13 R$ 13,70 0,000% 9,512% R$ 12,20 -0,813% 1,498%
out/13 R$ 13,70 0,000% 9,512% R$ 12,09 -0,902% 0,582%
nov/13 R$ 13,67 -0,219% 9,273% R$ 12,36 2,233% 2,829%
dez/13 R$ 13,67 0,000% 9,273% R$ 12,67 2,508% 5,408%
jan/14 R$ 13,97 2,195% 11,671% R$ 13,00 2,605% 8,153%
fev/14 R$ 14,09 0,859% 12,630% R$ 13,53 4,077% 12,562%
mar/14 R$ 14,01 -0,568% 11,990% R$ 13,58 0,370% 12,978%
abr/14 R$ 14,01 0,000% 11,990% R$ 13,83 1,841% 15,058%
mai/14 R$ 14,01 0,000% 11,990% R$ 13,84 0,072% 15,141%
jun/14 R$ 14,95 6,709% 19,504% R$ 13,84 0,000% 15,141%
9,95% 14,14%
jul/14 R$ 15,03 0,535% 20,144% R$ 13,93 0,650% 15,890%
ago/14 R$ 15,09 0,399% 20,624% R$ 13,88 -0,359% 15,474%
set/14 R$ 15,06 -0,199% 20,384% R$ 13,88 0,000% 15,474%
out/14 R$ 15,06 0,000% 20,384% R$ 13,88 0,000% 15,474%
nov/14 R$ 15,03 -0,199% 20,144% R$ 14,25 2,666% 18,552%
dez/14 R$ 15,03 0,000% 20,144% R$ 14,44 1,333% 20,133%
94

Apêndice G – Linhas médias – janeiro/13 a dezembro/2014


Estrutura Revestimentos Instalações Divisórias Esquadrias Mão de Obra
Mês Variação Acumulada Variação Acumulada Variação Acumulada Variação Acumulada Variação Acumulada Variação Acumulada
jan/13 0,8326% 0,8326% 0,5902% 0,5902% 0,7275% 0,7275% 0,2243% 0,2243% 0,0991% 0,099% -2,610% -2,6096%
fev/13 0,591% 1,422% 0,706% 1,297% 0,333% 1,067% 0,639% 0,863% 0,960% 1,064% 3,101% 0,411%
mar/13 0,292% 1,709% 0,491% 1,797% 7,139% 8,282% 0,784% 1,663% 0,585% 1,658% 0,000% 0,411%
abr/13 -0,058% 1,650% -0,517% 1,275% 0,477% 8,871% 1,229% 2,940% 1,021% 2,698% 0,000% 0,411%
mai/13 2,877% 4,582% 1,022% 2,309% 0,488% 9,452% 0,474% 3,451% 0,456% 3,166% 0,310% 0,730%
jun/13 6,940% 12,391% 0,558% 2,855% 0,185% 9,657% 0,000% 3,451% 0,141% 3,314% 5,564% 6,315%
jul/13 3,516% 17,714% 0,642% 3,523% 0,522% 10,227% 1,079% 4,531% -0,162% 3,154% 0,334% 6,672%
ago/13 1,286% 19,567% 0,075% 3,587% 0,114% 10,305% -0,606% 3,925% 0,839% 4,021% 0,110% 6,792%
set/13 -3,484% 12,472% 0,722% 4,354% 1,934% 12,538% 0,617% 4,531% 2,579% 6,738% 0,000% 6,792%
out/13 0,255% 12,528% 0,206% 4,601% 0,575% 13,152% 0,000% 4,531% 1,799% 8,691% 0,000% 6,792%
nov/13 0,683% 13,303% 1,817% 6,485% 0,657% 13,854% 0,606% 5,137% 0,766% 9,452% -0,009% 6,776%
dez/13 0,002% 13,272% 2,251% 8,873% 0,427% 14,293% 0,595% 5,743% 0,967% 10,503% -0,100% 6,672%
jan/14 0,705% 14,033% 2,355% 11,429% 2,271% 16,978% 1,479% 7,285% 0,769% 11,371% 2,702% 9,541%
fev/14 0,896% 15,026% 3,365% 15,154% 0,044% 16,992% 0,476% 7,773% 0,520% 11,964% -0,056% 9,499%
mar/14 1,433% 16,670% 0,448% 15,672% -0,316% 16,656% -0,107% 7,678% -0,477% 11,417% 0,109% 9,596%
abr/14 0,705% 17,532% 1,158% 16,994% 0,708% 17,431% -0,157% 7,519% 0,122% 11,550% 0,000% 9,596%
mai/14 0,019% 17,520% -1,195% 15,571% -0,055% 17,373% -1,365% 6,083% 1,354% 13,080% -0,146% 9,440%
jun/14 -0,111% 17,509% -1,117% 14,275% -0,193% 17,139% -1,166% 4,884% 0,984% 14,226% 7,700% 17,842%
jul/14 -0,498% 16,930% -1,587% 12,480% 0,721% 17,958% 0,606% 5,490% 0,370% 14,638% 0,762% 18,736%
ago/14 0,193% 17,167% -1,884% 10,413% 0,014% 18,001% -0,595% 4,884% -0,090% 14,538% 0,822% 19,706%
set/14 -0,131% 16,957% -0,829% 9,540% -0,999% 16,904% -0,581% 4,291% -0,337% 14,154% -0,231% 19,430%
out/14 0,287% 17,376% -0,027% 9,512% 0,090% 17,035% 0,099% 4,330% 0,942% 15,253% -0,132% 19,273%
nov/14 0,667% 18,130% 1,333% 11,051% -1,217% 15,690% -1,011% 3,342% 0,775% 16,234% 0,033% 19,310%
dez/14 0,271% 18,474% 0,667% 11,841% 0,031% 15,615% -0,494% 2,801% 0,735% 17,210% 0,132% 19,467%
95

Apêndice H – Insumos para estrutura de concreto e revestimentos – agosto/14 a abril/2015

Insumos para estrutura de Concreto


Concreto Fck 25Mpa Areia média lavada Brita 2
Mês/ Preço Preço
Variação Acum. Preço Variação Acum. Variação Acum.
ano (R$) (R$)
ago/14 301,96 0,000% 0,000% 63,10 0,000% 0,000% 61,91 0,831% 0,831%
set/14 301,96 0,000% 0,000% 62,58 -0,824% -0,824% 62,45 0,872% 1,710%
out/14 302,76 0,265% 0,265% 63,10 0,831% 0,000% 63,02 0,913% 2,638%
nov/14 308,55 1,912% 2,182% 62,68 -0,666% -0,666% 63,54 0,825% 3,485%
dez/14 309,79 0,402% 2,593% 63,16 0,766% 0,095% 64,10 0,881% 4,397%
jan/15 309,64 -0,048% 2,543% 64,31 1,821% 1,918% 62,54 -2,434% 1,857%
fev/15 305,99 -1,179% 1,335% 63,68 -0,980% 0,919% 63,02 0,768% 2,638%
mar/15 306,98 0,324% 1,662% 65,98 3,612% 4,564% 63,19 0,270% 2,915%
abr/15 309,07 0,681% 2,355% 64,72 -1,910% 2,567% 62,30 -1,408% 1,466%
Chapa comp. Plastif. 18 mm Cimento CPE 32 Aço CA-50 10mm
Mês/ Preço Preço
Variação Acum. Preço Variação Acum. Variação Acum.
ano (R$) (R$)
ago/14 30,58 0,098% 0,098% 0,46 2,222% 2,222% 3,93 -1,995% -1,995%
set/14 30,87 0,948% 1,047% 0,46 0,000% 2,222% 3,86 -1,781% -3,741%
out/14 30,67 -0,648% 0,393% 0,47 2,174% 4,444% 3,79 -1,813% -5,486%
nov/14 30,69 0,065% 0,458% 0,48 2,128% 6,667% 3,78 -0,264% -5,736%
dez/14 30,56 -0,424% 0,033% 0,48 0,000% 6,667% 3,78 0,000% -5,736%
jan/15 31,22 2,160% 2,193% 0,48 0,000% 6,667% 3,81 0,794% -4,988%
fev/15 30,69 -1,698% 0,458% 0,49 2,083% 8,889% 3,78 -0,787% -5,736%
mar/15 30,77 0,261% 0,720% 0,50 2,041% 11,111% 3,80 0,529% -5,237%
abr/15 30,61 -0,520% 0,196% 0,51 2,000% 13,333% 3,95 3,947% -1,496%

Insumos para revestimentos


Placa cerâmica 30 x 40 cm - PEI II Tinta Látex PVA
Preço Preço
Mês/ ano Variação Acumulada Variação Acumulada
(R$) (R$)
ago/14 18,70 -3,409% -3,409% 13,88 -0,359% -0,359%
set/14 18,39 -1,658% -5,010% 13,88 0,000% -0,359%
out/14 18,38 -0,054% -5,062% 13,88 0,000% -0,359%
nov/14 18,38 0,000% -5,062% 14,25 2,666% 2,297%
dez/14 18,38 0,000% -5,062% 14,44 1,333% 3,661%
jan/15 18,00 -2,067% -7,025% 14,48 0,277% 3,948%
fev/15 17,99 -0,056% -7,076% 14,50 0,138% 4,092%
mar/15 17,79 -1,112% -8,110% 14,70 1,379% 5,528%
abr/15 18,20 2,305% -5,992% 14,55 -1,020% 4,451%
96

Apêndice I – Insumos para instalações, divisórias e mão de obra – agosto/14 a abril/2015

Insumoa para instalações


Fio de cobre antichama Tubo de ferro galvanizado Tubo de PVC rígido
Mês/ Preço Preço
Variação Acum. Preço Variação Acum. Variação Acum.
ano (R$) (R$)
ago/14 1,12 0,901% 0,901% 52,71 0,000% 0,000% 24,24 -0,859% -0,859%
set/14 1,11 -0,893% 0,000% 52,71 0,000% 0,000% 23,73 -2,104% -2,945%
out/14 1,12 0,901% 0,901% 52,71 0,000% 0,000% 23,58 -0,632% -3,558%
nov/14 1,10 -1,786% -0,901% 52,71 0,000% 0,000% 23,14 -1,866% -5,358%
dez/14 1,11 0,909% 0,000% 51,87 -1,594% -1,594% 23,32 0,778% -4,622%
jan/15 1,10 -0,901% -0,901% 51,87 0,000% -1,594% 23,52 0,858% -3,804%
fev/15 1,09 -0,909% -1,802% 51,87 0,000% -1,594% 23,91 1,658% -2,209%
mar/15 1,09 0,000% -1,802% 51,87 0,000% -1,594% 24,08 0,711% -1,513%
abr/15 1,08 -0,917% -2,703% 51,19 -1,311% -2,884% 24,12 0,166% -1,350%

Insumos para divisórias


Bloco cerâmico vedação Bloco de concreto Placa de gesso
Mês/ Preço Preço
Variação Acum. Preço Variação Acum. Variação Acum.
ano (R$) (R$)
ago/14 0,55 -1,786% -1,786% 2,87 2,135% 2,135% 8,81 0,000% 0,000%
set/14 0,55 0,000% -1,786% 2,82 -1,742% 0,356% 8,81 0,000% 0,000%
out/14 0,55 0,000% -1,786% 2,87 1,773% 2,135% 8,68 -1,476% -1,476%
nov/14 0,55 0,000% -1,786% 2,74 -4,530% -2,491% 8,81 1,498% 0,000%
dez/14 0,56 1,818% 0,000% 2,69 -1,825% -4,270% 8,68 -1,476% -1,476%
jan/15 0,55 -1,786% -1,786% 2,67 -0,743% -4,982% 8,83 1,728% 0,227%
fev/15 0,56 1,818% 0,000% 2,65 -0,749% -5,694% 8,81 -0,227% 0,000%
mar/15 0,55 -1,786% -1,786% 2,65 0,000% -5,694% 8,81 0,000% 0,000%
abr/15 0,56 1,818% 0,000% 2,71 2,264% -3,559% 8,81 0,000% 0,000%

Mão de Obra
Pedreiro Servente
Preço
Mês/ ano Variação Acum. Preço Variação Acum.
(R$)
ago/14 15,09 0,000% 0,000% 11,38 1,246% 1,246%
set/14 15,06 -0,199% -0,199% 11,35 -0,264% 0,979%
out/14 15,06 0,000% -0,199% 11,32 -0,264% 0,712%
nov/14 15,03 -0,199% -0,398% 11,35 0,265% 0,979%
dez/14 15,03 0,000% -0,398% 11,38 0,264% 1,246%
jan/15 15,34 2,063% 1,657% 11,63 2,197% 3,470%
fev/15 15,36 0,130% 1,789% 11,85 1,892% 5,427%
mar/15 15,36 0,000% 1,789% 11,85 0,000% 5,427%
abr/15 15,36 0,000% 1,789% 11,88 0,230% 5,670%
97

Apêndice J – Insumos para esquadrias e Linha média dos grupos – agosto/14 a abril/2015

Insumos para esquadrias


Esquadria de correr Janela de correr em ferro
Porta lisa para pintura
alumínio 2,00x1,40m 1,20x1,20m
Preço Variaçã Preço Variaçã
Mês/ ano Variação Acum. Preço Acum. Acum.
(R$) o (R$) o
ago/14 83,78 0,940% 0,940% 483,59 -0,012% -0,012% 151,77 -0,092% -0,092%
set/14 84,18 0,477% 1,422% 479,07 -0,935% -0,947% 152,07 0,198% 0,105%
out/14 86,05 2,221% 3,675% 486,04 1,455% 0,494% 153,64 1,032% 1,139%
nov/14 87,23 1,371% 5,096% 493,39 1,512% 2,014% 157,58 2,564% 3,732%
dez/14 87,92 0,791% 5,928% 498,79 1,094% 3,130% 162,86 3,351% 7,208%
jan/15 88,37 0,512% 6,470% 509,73 2,193% 5,392% 165,13 1,394% 8,703%
fev/15 89,56 1,347% 7,904% 516,24 1,277% 6,738% 165,89 0,460% 9,203%
mar/15 89,96 0,447% 8,386% 526,46 1,980% 8,851% 166,21 0,193% 9,413%
abr/15 91,25 1,434% 9,940% 539,13 2,407% 11,471% 169,12 1,751% 11,329%
Fechadura para porta interna Vidro liso transparente 4
em ferro, cromada mm
Preço Variaçã
Mês/ ano Variação Acum. Preço Acum.
(R$) o
ago/14 27,69 7,995% 7,995% 61,63 9,681% 9,681%
set/14 27,34 -1,264% 6,630% 61,53 -0,162% 9,503%
out/14 27,34 0,000% 6,630% 61,53 0,000% 9,503%
nov/14 26,91 -1,573% 4,953% 61,53 0,000% 9,503%
dez/14 26,49 -1,561% 3,315% 61,53 0,000% 9,503%
jan/15 26,31 -0,680% 2,613% 61,53 0,000% 9,503%
fev/15 25,93 -1,444% 1,131% 61,60 0,114% 9,628%
mar/15 25,85 -0,309% 0,819% 62,95 2,192% 12,031%
abr/15 26,35 1,934% 2,769% 59,29 -5,814% 5,517%

Linha média variações acumuladas


Mês/ Mão de
Estrutura Revestimentos Instalações Divisórias Esquadrias
ano obra
ago/14 0,193% -1,884% 0,014% 0,117% 3,702% 0,623%
set/14 0,069% -2,685% -0,982% -0,477% 3,343% 0,390%
out/14 0,376% -2,710% -0,886% -0,375% 4,288% 0,256%
nov/14 1,065% -1,382% -2,086% -1,426% 5,060% 0,291%
dez/14 1,342% -0,700% -2,072% -1,915% 5,817% 0,424%
jan/15 1,698% -1,538% -2,099% -2,180% 6,536% 2,563%
fev/15 1,417% -1,492% -1,868% -1,898% 6,921% 3,608%
mar/15 2,623% -1,291% -1,636% -2,493% 7,900% 3,608%
abr/15 3,070% -0,770% -2,312% -1,186% 8,205% 3,729%

You might also like