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Estruturalismo e

Sociolinguística
Aula 04
Variação Linguística
Prof. Ednéia de Cássia Santos
Pinho
Doutoranda em Estudos da
Linguagem
Mestre em Estudos da Linguagem
Especialista em Língua Portuguesa
Graduada em Letras
Prof. Juliana Fogaça Sanches
Simm
Doutoranda em Estudos da
Linguagem
Mestre em Estudos da Linguagem
Especialista em Língua Portuguesa
Graduada em Letras
Objetivos

Verificar a variação presente em nosso idioma;


Analisar os tipos de variação existentes e suas
especificidades.
Variação linguística
Não existem variedades fixas: em um mesmo espaço social
convivem mescladas diferentes variedades linguísticas,
geralmente associadas a diferentes valores sociais. Mais ainda,
em uma sociedade como a brasileira, marcada por intensa
movimentação de pessoas e intercâmbio cultural constante, o
que se identifica é um intenso fenômeno de mescla linguística.
(Brasil, 1998, p. 29).
Variação linguística: tipos

geográfica (diatópica)
social (diastrática)
entre os sexos (diassexual);
de idade (diageracional)
de estilos (diafásica)
no tempo (diacrônica)
Variação diatópica

Regional variação geográfica


Variedade urbana: meios de comunicação, escola,
literatura...
Variedade rural: - mais conservadora e isolada
Esboço de um Atlas Linguístico de Londrina
Esboço de um Atlas Linguístico de Londrina
Exemplo

Esboço de um Atlas linguístico de Londrina


(Aguilera, 1987)

Vocábulo Nº de Variantes Distribuição por


Região
Míope 11 Urbana e Rural
Cueca 07 Urbana Central
Vídeo

Vídeo sobre a variedade linguística:

Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=WwP_b48TpgE&list=
PLBNH7oMsZqErnfPY9NsODZg7FV0HYDx1l
Variação diafásica
São as variações de estilo com as quais nos
deparamos com frequência, segundo:
ambiente;
pessoas;
assuntos;
interesses...
Variação diafásica

Fracasso escolar em crianças americanas.


Segundo Labov:
Variação diafásica

as teorias da privação verbal não dizem nada


sobre a capacidade das crianças;
deve se estudar dentro de um contexto cultural;
enunciados de fala contêm orações completas
“Gramática da fala cotidiana”.
Variação diastrática
Relaciona-se a um conjunto de fatores que têm a ver
com a identidade do falante e também com a
organização sociocultural da comunidade de fala.
Assim como:
classe social;
situação ou contexto social.
Variação diastrática...
Classe social: observamos alguns exemplos indicativos
pertencentes à fala de grupos situados abaixo na escala social:
Uso de dupla negação, como em “ninguém não viu”, “eu
nem num gosto”;
Rotacismo, em grupos consonantais, com em “brusa” (blusa)
e “grobo” (globo).
Variação diastrática (diassexual)

Diferenças existentes entre a fala dos sexos:


sotaque / entoação;
vocabulário;
gramática;
Interação.
Diassexual

“A diferença sexual mais óbvia na fala é


provavelmente a altura da voz...”;
“Acha-se, comumente, que mulheres usam menos
palavrões do que homens, e um estudo nos
Estados Unidos de fato mostra que, em grupos de
um só sexo, homens dizem palavrões três vezes
mais que as mulheres [...]”
Variação diastrática (Diageracional)

É a variação existente entre as gerações, ou seja,


faixas etárias dentro de uma comunidade ou entre
fases da vida de um indivíduo;
É notadamente observada no vocabulário e na
fonética.
Diageracional

Martha’s Vineyard - Labov (1972)


Estuda a fala de cinco faixas etárias distintas:
Variação diageracional

F. Etária Conclusões
14 – 30 Estão mais próximos do falar do continente
31 – 45 População economicamente ativa, cria sua identidade
(1963) resgate
46 – 60 Grupo intermediário
61 – 75 Grupo intermediário
75 - + Não entram em conflito – modernizam a fala
Atividade 1

Pensando na teoria vista até aqui, podemos


afirmar que a aceitação, por parte da sociedade, é
igual para os diversos tipos de linguagem
adotados pelos indivíduos?
Como esse preconceito pode ser observado
dentro de cada região do Brasil?
Variação diacrônica

Mudanças linguísticas que ocorrem na língua no


decorrer do tempo.
Como constatar que a língua passa por mudanças?
Quando conversamos com pessoas mais idosas ou mais
novas que nós;
Quando temos acesso a textos antigos;
Comparação entre aquilo que é aprendido no seio da
comunidade linguística e aquilo que é passado pela escola
Como muitos O que a norma da
falam escola preconiza
Eu vi ela na festa. Eu a vi na festa.
Os livro velho. Os livros velhos.

Segundo Faraco (2005), essa


alternância de frequência costuma
ser sinal de mudança em progresso.
Referência

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental:


Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quatro
ciclos do ensino fundamental: Língua Portuguesa.
Brasília: MEC/SEF, 1998.

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