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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC

LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CALIANDRA CARDOSO;
WEDSON PEREIRA;
VIVIAN RODRIGUES.

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA


OSMOSE E EFEITOS EXTERNOS SOBRE A PERMEABILIDADE
DA MEMBRANA PLASMÁTICA

ILHÉUS
2018

1
SUMÁRIO

1. OSMOSE
OSM 1.1. Introdução
1.2. Objetivo
1.3. Materiais e métodos
1.3.1. Materiais e métodos Hemácias
1.3.1.1. Metodologia
1.3.2. Materiais e métodos células de folha de zebrina
1.3.2.1. Metodologia.
1.4. Resultados e Discussões
1.4.1. Hemácias
1.4.2. Células da folha de zebrina
1.5. Conclusão.
2. EFEITOS EXTERNOS SOBRE A PERMEABILIDADE DAS
MEMBRANAS
2.1. Introdução
2.2. Objetivo
2.3. Materiais e método
2.3.1. Efeito da temperatura sobre a permeabilidade da membrana.
2.3.2. Efeito de solventes orgânicos sobre a permeabilidade das
membranas.
2.3.3. Efeito de substâncias anfipáticas sobre a permeabilidade das
membranas.
2.3.4. Efeito de substâncias polares sobre a permeabilidade das
membranas
2.4. Resultados e discussões
2.5. Conclusão

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1. OSMOSE

1.1. INTRODUÇÃO.
Uma célula, sendo ela animal ou vegetal, tende a equilibrar as concentrações
do meio onde está inserida, isso pode ser visto, por exemplo, quando tempera-
se salada com sal, e os legumes, após um período em contato direto com essa
concentração hipertônica fora das suas células, “transferem” água para o meio,
ficando com aspecto de murcha. O nome desse processo chama-se osmose.
Osmose é a passagem de água de um meio menos concentrado (hipotônico)
para outro mais concentrado (hipertônico), através de uma membrana
semipermeável. O processo de osmose tem como finalidade igualar as
concentrações entre uma solução hipotônica e outra hipertônica, até que se
atinja um equilíbrio. (MAGALHÃES; 2017)
No experimento em questão, foi possível observar a osmose em células
animais (hemácias) e em células animais (folhas de zebrina) de acordo com a
situação a qual as mesmas foram submetidas (meios hiper, hipo e isotônico).

1.2. OBJETIVO
Observar e entender o processo osmótico e fenômenos como a plasmólise e
a desplasmólise em células animais e vegetais.

1.3. MATERIAIS E MÉTODOS.


Para facilitar o entendimento do experimento, a prática foi divida em dois
momentos: o primeiro o manuseio da célula animal (hemácia) e o segundo com
a célula vegetal (células da folha de zebrina).

1.3.1. Materiais e Métodos para o caso 1 (hemácias) :

• Microscópio;
• Lâminas e lamínulas;
• Conta-gotas;
• Solução de NaCl à 0,2; 0,9 e 2,0 %,
• Lancetas descartáveis e esterilizadas.

1.3.1.1. Metodologia

A turma foi dividida em grupos de três pessoas. Um dos alunos etiquetou 3


lâminas com as inscrições: 0,2%, 0,9% e 2,0%. Outro aluno, usando luvas,
“furou” o dedo do terceiro colega (doador) com a lanceta. O aluno doador
colocou sobre cada lâmina uma gota de sangue.
Em cada lâmina colocou-se sobre a gota de sangue e de uma a duas gotas
da solução de NaCl com as devidas concentrações nas lâminas etiquetadas
correspondentes. Posteriormente, usando o microscópio as lâminas foram
focalizadas começando com a objetiva de menor alcance até a objetiva de
100X.

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Foi então observado através do microscópio a forma e tamanho das
hemácias. E foram tiradas fotos de estado das hemácias em cada situação.

1.3.2. Materiais e métodos para o Caso 2 (células da folha de


zebrina):

• Microscópio;
• Lâminas e lamínulas,
• Lâmina de barbear;
• Pinça de ponta fina;
• Tiras de papel filtro,
• Solução de cloreto de sódio a 2,0%;
• Água destilada;
• Folhas de zebrina.

1.3.2.1. Metodologia:
Com auxílio de uma lâmina de barbear e de uma pinça retirou-se um
fragmento da epiderme inferior de uma folha de zebrina (nervura central),
coloque um fragmento da folha com uma gota de água destilada sobre uma
lâmina, cobriu-se com uma lamínula e observou-se as células ao microscópio.
Outra lâmina foi preparada, mas dessa vez com a solução de NaCl2 a 2%,
ela foi focalizada e analisada ao microscópio assim como a primeira.
Em ambos os casos, foram fotografados os resultados da osmose nas
células.

1.4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

1.4.1. Caso 1: Hemácias.

As hemácias são as células que compõe o sangue dos seres vivos, elas
possuem formato de disco bicôncavo e não possuem núcleo, mas como todas
as células, possuem membrana nuclear, o que permite a realização de osmose.
Pelo seu formato, é fácil determinar quando absorvem ou quando perdem
água. Quando absorvem, ficam tão túrgidas, que perdem o formato do côncavo
presente na região concêntrica. Quando perdem água, ficam enrugadas, com
superfície irregular. Esses fenômenos dependem do meio ao qual a célula está
imersa.
A tabela a seguir mostra a relação entre a concentração da solução e o
formato da célula que sofreu osmose.

Concentração
da Estado da célula
Solução

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Solução 0,2%

Solução 0,9%

Solução 2,0%

A partir da análise dos resultados acima, é possível dizer que as células


imersas na solução de 0,2 % perderam o seu formato característico de disco
bicôncavo, e portanto, para as hemácias, essa solução é hipotônica, ou seja, a
concentração de soluto dentro da hemácia é maior dentro dela, do que fora, por
isso, a membrana permite a passagem de água do meio extracelular para o meio
intracelular, na tentativa de igualar as concentrações.
Na solução 0,9% a hemácia não demonstrou nenhum tipo de alteração do
seu formato, por tanto, deduz-se que não houve nem entrada, nem saída de
água através da membrana. Considera-se então, essa solução como isotônica,
onde a concentração intra e extra celular são semelhantes.
Por último, quando posta em uma solução à 2.0% de NaCl, a hemácia,
mostra um formato irregular, o que demonstra perda de água para o meio; isso

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ocorre porque esta solução é hipertônica, ou seja, possui uma quantidade maior
de soluto do lado externo à membrana em relação ao meio interno a ela, fazendo
a célula, através da bicamada lipídica, perder água para o meio.

1.4.2. Caso 2: Células da folha da Zebrina.

Diferente das células animais, as células vegetais possuem uma estrutura


complementar à membrana plasmática constituída de celulose que não permite
que a célula altere seu formato estrutural devida à sua rigidez. A osmose pode
ser observada, portanto pelo aumento ou diminuição do tamanho do vacúolo,
uma organela especializada em armazenar água e outras substancias, no caso
da Zebrina, o vacúolo armazena um pigmento de cor rosácea chamada
antocianina, o que torna fácil a visualização desse vacúolo.
A tabela a seguir mostra a relação entre a concentração da solução e
tamanho do vacúolo da célula que pode ser compreendido

FOTO DAS CÉLULAS DO RECORTE RETIRADO DA


SOLUÇÃO
FOLHA

Água destilada

Figura 1 - células da folha de zebrina vistas pela objetiva de 10x

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Figura 2 - células da folha de zebrina vistas com a objetiva de 40x

Solução de NaCl
à 2,0%

Figura 3 - célula de zebrina vista na objetiva de 10x

É possível entender que, as células das folhas de zebrina, como já era


esperado, não perderam seu formato por causa da já citada, parede celular,
contudo, como pode ser observar o volume do vacúolo muda consideravelmente,
assim como o seu tamanho.
Na primeira situação, onde essas células foram submersas em somente
água, que é uma solução hipotônica, elas absorveram esta água até os vacúolos
serem preenchidos, de modo que a célula parece ter sido quase completamente
tomada por ele.

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No segundo caso, quando as células foram submetidas à solução com
concentração de 2,0% (solução hipertônica), a saída de água pela membrana
deixou os vacúolos “murchos” fazendo a membrana se desgrudar da parede
celular, o que visivelmente dá o aspecto de pontos isolados onde se concentram
a antocianina.

1.5. CONCLUSÃO

Com a realização do experimento concluiu-se que o transporte de água


através da membrana plasmática pode ocorrer através da bicamada lipídica.
A água, por ser o solvente em todas as células, difunde-se do meio com
menor concentração de soluto (meio hipotônico) para o meio de maior
concentração em soluto (meio hipertónico).
Quando a célula está no meio hipotônico e absorve água, diz-se que ela está
túrgida. Quando ela está no meio hipertônico e perde água para o meio diz-se
que ela está plasmolisada, isto é, no caso das células animais, ela perde seu
formato, e em células vegetais, o conteúdo do vacúolo diminui
significativamente, fazendo o volume da célula também diminuir, o que leva a
membrana a se desgrudar da parede celular.

2. EFEITOS EXTERNOS SOBRE A MEMBRANA


PLASMÁTICA.

2.1. INTRODUÇÃO

Os vegetais, em sua maioria, possuem pigmentos armazenados no vacúolo.


O vacúolo possui uma membrana semipermeável muito semelhante à
membrana que recobre a célula, a qual se chama tonoplasto. O tonoplasto é
composto por uma bicamada fosfolipídica com propriedades características
deste tipo de molécula.
A permeabilidade seletiva do tonoplasto, dentre outras coisas, permite que
no processo osmótico, a água entre e saia do vacúolo, sem carregar com si o
pigmento que está armazenado ali. Contudo, alguns fatores podem alterar essa
característica tão fundamental para o funcionamento da célula. Desta forma,
esse relatório irá se propor a esclarece-los e tentar decifra-los.

2.2. OBJETIVO

Entender o efeito da temperatura, de solventes orgânicos, substâncias


polares e anfipáticas sobre a permeabilidade das membranas.

2.3. MATERIAIS E MÉTODOS

A prática foi dividida em quatro momentos, o para maior compreensão dos


eventos e facilitação do registro.

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2.3.1. Efeito da temperatura sobre a permeabilidade da
membrana.
Materiais:
• Raízes de beterraba cortados em cubos pequenos,
• 3 tubos de ensaio,
• Suporte para tubos de ensaio,
• Placa de Petri,
• Béqueres,
• Pipetas,
• Placa aquecedora,
• Água.

Metodologia:
Etiquetou-se os tubos de ensaio e adicionou-se os volumes de água
destilada com o auxílio de uma pipeta, de acordo com a tabela abaixo:

Tubo Volume Tratamento


1 Água destilada 25ºC
2 Água destilada 100ºC
3 Água destilada -15ºC

Cortou-se 3 cubos de aproximadamente 20 mm de comprimento de uma raiz


de beterraba vermelha e lavou-os por cerca de 10 minutos, em água corrente,
até que não saíssem mais pigmentos pelas superfícies de corte.
Colocou-se um dos cubos de beterraba no congelador (-15°C), por 50
minutos; o segundo cubo de beterraba foi posto em um tubo de ensaio e posto
em banho-maria a 100°C (fervura), mantendo-os nessas condições por 50
minutos. O último foi posto no tubo com água destilada e deixado em
temperatura ambiente (25ºC) Todos os três foram mantidos nas condições
supracitadas por 50 minutos;
Após esse tempo, observou -se e comparou-se a coloração nos tubos 1, 2e3.

2.3.2. Efeitos dos solventes orgânicos sobre a permeabilidade


das membranas.
Materiais:
• Raízes de beterraba.
• Tubos de ensaio
• Suporte para tubos de ensaio.
• Pipetas.
• Água destilada,
• Acetona comercial.

Metodologia:
Etiquetou-se os tubos de ensaio e adicionou-se os volumes de água
destilada com o auxílio de uma pipeta, de acordo com a tabela abaixo:

9
Tubo Tratamento Volume Final
1 Agua destilada 1mL Água destilada 9mL
2 Acetona comercial 1mL Água destilada 9mL
3 Álcool comercial 1mL Água destilada 9mL

Foram cortados 3 cubos de aproximadamente 20 mm de comprimento de


uma raiz de beterraba vermelha e lavados por cerca de 10 minutos, em água
corrente, até que não saiam mais pigmentos pelas superfícies de corte.
Coloque um cubo de beterraba em cada um dos tubos de ensaio e 1 mL de
cada substancia conforme o quadro acima, vedou-se com filme PVC, deixando
incubado à temperatura ambiente por 5 minutos.
Após esse período acrescentou-se 9 mL de água destilada; observou-se e
comparou-se a coloração nos tubos 1, 2 e 3.

2.3.3. Efeito de substâncias anfipáticas sobre a permeabilidade


das membranas.
Materiais:
• Raízes de beterraba.
• Tubos de ensaio
• Suporte para tubos de ensaio.
• Pipetas.
• Desinfetante comercial
• Detergente comercial

Metodologia:
Etiquetou-se os tubos de ensaio e adicionou-se os volumes de água
destilada com o auxílio de uma pipeta, de acordo com a tabela abaixo:

Tubo Tratamento Volume Final


1 Agua destilada 1 mL Água destilada 9mL
2 Acetona comercial 1 mL Água destilada 9mL
3 Álcool comercial 1mL Água destilada 9mL

Foram cortados 3 cubos de aproximadamente 20 mm de comprimento de


uma raiz de beterraba vermelha e lavados por cerca de 10 minutos, em água
corrente, até que não saiam mais pigmentos pelas superfícies de corte.
Coloque um cubo de beterraba em cada um dos tubos de ensaio e 1 mL de
cada substancia conforme o quadro acima, vedou-se com filme PVC, deixando
incubado à temperatura ambiente por 5 minutos.
Após esse período acrescentou-se 9 mL de água destilada; observou-se e
comparou-se a coloração nos tubos 1, 2 e 3.

2.3.4. Efeito de substâncias polares sobre a permeabilidade das


membranas.

Materiais:

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• Raízes de beterraba.
• Tubos de ensaio
• Suporte para tubos de ensaio.
• Pipetas.
• Água Oxigenada
• Água sanitária.

Metodologia:
Etiquetou-se os tubos de ensaio e adicionou-se os volumes de água
destilada com o auxílio de uma pipeta, de acordo com a tabela abaixo:

Tubo Tratamento Volume Final


1 Agua destilada 1 mL Água destilada 9mL
2 Água oxigenada 1 mL Água destilada 9mL
3 Água Sanitária 1mL Água destilada 9mL

Foram cortados 3 cubos de aproximadamente 20 mm de comprimento de


uma raiz de beterraba vermelha e lavados por cerca de 10 minutos, em água
corrente, até que não saiam mais pigmentos pelas superfícies de corte.
Coloque um cubo de beterraba em cada um dos tubos de ensaio e 1 mL de
cada substancia conforme o quadro acima, vedou-se com filme PVC, deixando
incubado à temperatura ambiente por 5 minutos.
Após esse período acrescentou-se 9 mL de água destilada; observou-se e
comparou-se a coloração nos tubos 1, 2 e 3.

2.4. RESULTADOS E DISCUSSÕES


A tabela abaixo mostra os resultados obtidos através de todos os procedimentos
realizados na prática.
CONTEÚDO DOS
RESULTADO DESCRIÇÃO
TUBOS
Tubo 1 : Não houve
• Tubo de ensaio alteração aparente nas
1:Água destilada membranas
à 25ºC (Controle)
Tubo 2: A betacianina
• Tubo 2: foi vazado do vacúolo
Água aquecida à demonstrando alteração
100ºC. nas membranas

• Tubo 3: Tubo 3: Houve vazão


Cubo de beterraba da betacianina,
resfriado à -15ºC. demonstrando alteraçã
nas membranas

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Tubo de ensaio
1:Água destilada à Nos tubos 2 e 3, houve
25ºC (Controle) vazamento de
Tubo de ensaio 2: betacianina, em
Acetona comercial. concentrações
Tubo de ensaio 3: diferentes
álcool comercial

No tubo 2, não houve


alteração na membrana
Tubo de ensaio 1: já que não apresentou
Água destilada à nenhuma coloração na
25ºC (Controle) solução (resultado
Tubo de ensaio 2: inesperado)
Desinfetante. No 3, pode se ver uma
Tubo de ensaio 3: leve coloração
Detergente vermelha,
caracterizando alguma
alteração nas
membranas
Tubo de ensaio 1: No tubo 2, foi visível
Água destilada à uma leve coloração na
25ºC (controle) solução
Tubo de ensaio 2: No tubo 3, o cubo de
Água oxigenada beterraba perdeu de
Tubo de ensaio 3: quase completamente a
Água oxigenada. sua cor, mas sem tingir
a solução.

DISCUSSÃO

ÁGUA (CONTROLE)
A água flui livremente pela membrana. Embora seja uma substância
bastante polar a água entra e sai facilmente da célula porque é uma molécula
bastante pequena (0,3 nm de diâmetro). Mas, embora possa fluir livremente pela
membrana, a água não influencia na permeabilidade da membrana porque é
uma molécula muito polar.

ALTAS TEMPERATURAS
A temperatura influi diretamente na saída do pigmento betanina do interior
da célula, pois o aumento da temperatura agita as moléculas e desorganiza a
permeabilidade diferencial das membranas. Elevadas temperaturas são
responsáveis pela desnaturação de certas substâncias, fato ocorrido na amostra
cuja temperatura se aproximou a 80ºC.

BAIXAS TEMPERATURAS
No caso da beterraba congelada a -15ºC, a água contida na célula expande,
formando cristais de gelo que rompem a membrana, destruindo sua estrutura. É

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por isso que, os fruticultores mantêm a temperatura dos seus produtos resfriados
sempre acima de 0ºC.

ÁLCOOL E ACETONA
Já o álcool e a acetona, assim como a água, são substâncias polares,
contudo, com moléculas maiores que a de água e por isso, quando entram em
contato com a membrana, influenciam na permeabilidade dela. Isso explica
porque os tubos com álcool e acetona ficaram vermelhos que o tubo de ensaio
com água.

DETERGENTE e DESINFETANTE

As moléculas de detergente, assim como os fosfolipídios que compõem a


membrana, são anfipáticas, apresentando uma porção polar e outra apolar. Isso
faz com que molécula de detergente interaja bem com a parte polar e apolar da
membrana, aumentando bem a permeabilidade da membrana plasmática e
facilitando a saída da betacianina. Além disso, o detergente também interage
com a betacianina.
O desinfetante, parte do mesmo princípio do detergente, e a reação
esperada para a alíquota contendo-o era o vazamento de betacianina, contudo,
no experimento isso não ocorreu porque o desinfetante usado estava diluído e
em concentrações baixas de mais para que suas moléculas agissem como
esperado

ÁGUA OXIGENADA e HIPOCLORITO DE SÓDIO

Quando se adiciona peróxido de hidrogênio em células desprovidas de


enzimas que metabolizam essa substância, acontece um processo chamado de
peroxidação lipídica.
A peroxidação lipídica pode ser definida como uma cascata de eventos
bioquímicos resultante da ação dos radicais livres sobre os lipídios insaturados
das membranas celulares, levando à destruição de sua estrutura, numa condição
extrema, à morte celular. A peroxidação lipídica é o evento citotóxico primário
que desencadeia uma sequência de lesões na célula. As alterações nas
membranas levam a transtornos de permeabilidade, alterando o fluxo de
substâncias, o que resulta na perda da seletividade para entrada e/ou saída de
nutrientes e substâncias tóxicas à célula.
O Cloro pertence, na tabela periódica, ao grupo dos halogénios. Todos os
constituintes deste grupo têm uma elevada capacidade oxidativa que se traduz
por destruição da atividade das proteínas por oxidação e elevada capacidade de
penetração na parede e membrana celular. Essa é a justificativa pela qual
compostos que liberam cloro têm sido muito utilizados como desinfetantes
microbicidas nas últimas décadas.

2.5. CONCLUSÃO
A permeabilidade da membrana é importante para manter suas
características, contudo, alguns agentes externos podem alteradas de diversas
formas.

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