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PERIGO AVIÁRIO
CAPÍTULO 1
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
causados pelas colisões entre aves e aeronaves, e ainda algumas medidas para o
Perigo Aviário;
(Cn) Conhecer ações que podem levar a redução dos riscos do Perigo
Aviário.
1.3 ÂMBITO
Esta apostila será utilizada nos Cursos do CENIPA. Sua utilização fora deste
âmbito poderá ocorrer apenas com autorização do Centro e para fins de prevenção de
acidentes aeronáuticos.
1.4 ELABORAÇÃO
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CAPÍTULO 2
INTRODUÇÃO
14 Bis
O problema do Perigo Aviário não é tão novo como muitos pensam. O primeiro
registro oficial de uma colisão ocorreu em 03 de abril de 1912. Naquele dia o piloto
americano Calbraith Perry Rogers estava fazendo um vôo sobre Long Beach,
Califórnia, quando uma gaivota colidiu com a aeronave, que caiu no mar provocando a
morte do piloto.
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Calbraith Rogers
Este evento provocou grande repercussão pública porque Call Rogers era
considerado um herói da aviação americana, pelo fato de ter sido o primeiro homem a
efetuar um vôo de costa a costa (setembro de 1911 / Aviation Anillustrated History –
Christopher Chant).
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Em 1984, uma aeronave F-5E da Força Aérea Brasileira, voando em missão de
treinamento de navegação a baixa altura colidiu com um urubu (Coragyps Atratus),
sofrendo vários danos. O instrutor, que ocupava o assento traseiro, perdeu a visão
devido ao forte impacto da ave contra seu rosto.
Em 1986 a FAB perdeu uma aeronave Mirage III B, cujo piloto ejetou logo após
a decolagem visto que sua aeronave perdeu potência após haver ingerido uma ave
pelo motor.
Em 1987, um B1B da USAF colidiu com uma ave, o que causou sua queda.
Apenas três tripulantes sobreviveram.
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A Força Aérea Israelense já perdeu mais aviões por problemas de colisão com
aves (geralmente migratórias) do que em situação de combate.
O fogo destruiu totalmente o DC-10 em apenas alguns minutos logo após a parada
da aeronave e a evacuação de todos os tripulantes e passageiros.
Em 2003, uma aeronave MD-11 de uma grande empresa brasileira colidiu com
aves a aproximadamente 30 Km do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Houve
perda de um dos seus motores e sérios danos a outro.
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No Brasil houve apenas uma morte: ocorreu em 1962, com um tripulante
(fotógrafo) da Força Aérea que voava uma aeronave B-17 (FAB 5143) e que perdeu a
vida após ser atingido no rosto por uma ave.
CAPÍTULO 3
AVES NO BRASIL
Nosso país possui mais de 5.600 municípios, a segunda maior frota do mundo,
com mais de 10.000 aeronaves registradas, mas também é segundo colocado em
espécie de aves.
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Estas são algumas das aves comuns no país:
MARIA QUERO-QUERO
FACEIRA
SUINDARA
CARACARÁ
SOCOZINHO
CORUJA GAVIÃO DE
BURAQUEIRA MOCHO COLEIRA
ORELHUDO
QUIRIQUIRÍ
CURIANGO
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Um pato selvagem atingiu 9.000 metros em uma câmara de baixa pressão sem
quaisquer problemas.
CAPÍTULO 4
GRAVIDADE DA OCORRÊNCIA
4.1 DEFINIÇÃO
Estatísticas confirmam que quase 90% das colisões ocorrem até 3.000
metros de altura, nas proximidades dos aeródromos, e durante o período diurno.
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O tempo gasto entre a sensação da imagem do objeto e a sua viagem entre
os olhos e o cérebro é de 0,10 seg.
Uma vez tomada a decisão, outros 0,40 segundos serão necessários para
operar os controles de vôo.
Painéis elétricos poderão ser atingidos, acarretando até mesmo fogo a bordo.
A força do vento entrando pelo “buraco” no pára-brisas, além do barulho, poderão
tornar as comunicações, a pilotagem e a realização dos procedimentos de emergência
impraticáveis.
Uma aeronave monomotora a hélice não estará protegida pelo disco formado
pela rotação da hélice. A ave poderá passar através do seu disco e atingir o tripulante.
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Com o pára-brisas quebrado, a mudança do fluxo de ar poderá modificar a
controlabilidade da aeronave a baixas velocidades, portanto recomenda-se não voar
próximo da velocidade de estol.
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Aeronaves atingidas no motor
- Vibração do motor;
- Estol do compressor;
- Aumento da EGT;
As fases mais críticas do vôo, se houver ingestão de aves pelo motor, são a
decolagem e a aproximação. Nessas fases, em que ocorrem quase 50% das colisões
no Brasil, nem sempre é possível realizar grandes manobras para evitar a colisão
(devido à presença de outras aeronaves e/ou pela proximidade da velocidade de estol).
As estatísticas comprovam que estabelecer e manter o controle da aeronave antes de
adotar os procedimentos previstos para o motor aumenta a probabilidade de sucesso
na emergência.
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CAPÍTULO 5
POPULAÇÃO DE AVES
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CAPÍTULO 6
CCPAB
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Comitê CARSAMPAF
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CAPÍTULO 7
ASA
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CONAMA à categoria de lei, e acrescentando as penalidades pelo descumprimento dos
dispositivos legais.
CAPÍTULO 8
PREVENÇÃO
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Aeronaves militares atingidas
- Leitura de NOTAM;
- Formaturas abertas;
- Redução da velocidade;
- Evitar vôo sobre rios e suas margens, bem como sobre o litoral;
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- Se possível, uso de óculos, pois eles possivelmente evitarão que seus
olhos sejam atingidos por estilhaços do pára-brisas após um colisão;
É comum também haver reportes de restos de aves em pistas de táxi, seja por
viaturas operacionais, seja por aeronaves taxiando. Cabe à TWR preencher a ficha
CENIPA 15, mesmo que não seja possível ter todos os seus campos preenchidos.
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8.1.6 MANUTENÇÃO
Aeronaves em manutenção
CAPÍTULO 9
Várias fórmulas mágicas foram tentadas para reduzir o Perigo Aviário, mas
muitas delas tiveram insucesso por várias razões, mas em especial por ser o foco de
atração fora do sítio aeroportuário, e de responsabilidade de instituições privadas e / ou
do estado.
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O extinto SERAC II desenvolveu um método que tem trazido grandes
resultados para a Segurança de Vôo. Em parceria com as empresas aéreas,
administradores de aeródromos, CENIPA, organizações militares da área, dentre
outros, organiza-se um seminário sobre o tema “PERIGO AVIÁRIO” com duração de
dois dias.
¾ Líderes comunitários;
¾ Vigilância sanitária;
¾ IBAMA;
¾ CENIPA;
¾ COMAR da Área;
¾ CCPAB;
¾ Marinha do Brasil;
¾ Exército Brasileiro;
¾ Ministério Público;
¾ Universidades;
¾ Imprensa;
¾ Etc.
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Em 2003, por exemplo, quando houve um seminário promovido pelo extinto
SERAC I em Belém, convidaram-se líderes comunitários a participarem do evento.
Foi um grande aprendizado para todos que ali estavam, principalmente porque
ao final do evento eles reportaram que não imaginavam que uma ave poderia causar
um acidente de grandes proporções; pensavam que a colisão de uma ave com uma
aeronave transformaria esta em pó (sic), e desconheciam que por serem suas
comunidades vizinhas aos aeroportos, os seus amigos e parentes corriam grande risco
de, sem mesmo nunca terem visto um avião de perto, morrerem como conseqüência
de um acidente aeronáutico. Comentaram que nas próximas eleições cobrariam dos
candidatos muito mais que programas para a educação e saúde, mas ações de
fiscalização e de limpeza urbana, ou mesmo coleta do lixo.
No segundo dia reúnem-se apenas aqueles que podem tomar parte ativa no
processo, em especial representantes de órgãos municipais e estaduais e ainda do
ministério público. Busca-se, montando-se uma agenda de compromissos com as
ações a serem tomadas, as responsabilidades pela execução desses procedimentos, e
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os prazos para realizá-los. Nada mais do que uma recomendação de segurança de vôo
(quem faz o que até quando).
Os resultados podem ser até modestos, mas com o apoio de vários parceiros
muitos procedimentos foram adotados foram positivos para o Perigo Aviário. Em
Teresina, por exemplo, houve mudança no horário da coleta do lixo para o período
noturno, visto que a população de urubus estava “atacando” os sacos dispostos em
frente às casas. Com o apoio das autoridades governamentais, bem como com a
implementação de atividades educativas, a sociedade compreendeu a importância do
tratamento adequado do lixo para a aviação brasileira e mesmo para a saúde pública.
CAPÍTULO 10
DADOS ESTATÍSTICOS
10.1 ESTATÍSTICAS
CAPÍTULO 11
CONCLUSÃO
“Já ancorado na Antártida ouvi ruídos que pareciam de fritura. Pensei: será
que até aqui existem chineses fritando pastéis? Eram cristais de água doce que faziam
aquele som quando entravam em contato com a água salgada. O efeito visual era
belíssimo. Pensei em fotografar, mas falei para mim mesmo”:
Só existem dois dias em que nada pode ser feito, um se chama ontem e o
outro amanhã. Hoje é, portanto o dia certo para amar, acreditar, FAZER e
principalmente viver! (Dalai Lama)
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Para finalizar, deixamos a seguinte mensagem:
BIBLIOGRAFIA
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
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