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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental


PHA3412 - Saneamento

Renato Carlos Zambon


Ronan Cleber Contrera
Theo Syrto Octavio de Souza
softwares
disponíveis...

2
COMPONENTES DE UMA ESTAÇÃO
ELEVATÓRIA
• Equipamentos eletromecânicos
– Motores
– Bombas
• Tubulações
– Sucção
– Barrilete
– Recalque
• Construção civil
– Poço de sucção
– Casa de bomba

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BOMBAS CENTRÍFUGAS
• Carcaça Atualmente, há um
• Rotor predomínio total das bombas
centrífugas em sistemas de
• Vedação
abastecimento de água...
• Mancal

Corte de uma bomba centrífuga de simples


Corte de uma bomba centrífuga estágio com rotor de dupla sucção
horizontal de simples estágio

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BOMBAS CENTRÍFUGAS - CARCAÇA

Bomba centrífuga
bipartida axialmente
com rotor radial de
dupla sucção

Bomba centrífuga com


carcaça tipo voluta com
rotor radial fechado de
sucção simples

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BOMBAS CENTRÍFUGAS - ROTOR
TIPOS DE ROTOR
• Quanto à admissão de líquido
– Rotor de simples sucção
Aberto
– Rotor de dupla sucção
• Quanto às paredes
– Rotor aberto
– Rotor semi-aberto Semiaberto
– Rotor fechado
• Quanto à direção de saída do líquido
– Rotor de fluxo axial
– Rotor de fluxo radial
Fechado
– Rotor de fluxo misto

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BOMBAS CENTRÍFUGAS - ROTOR
Classificação segundo a trajetória do líquido no rotor

Bombas de fluxo radial Bombas de fluxo misto

Bomba de fluxo axial

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Classificação segundo a rotação específica

N Q N: rotação da bomba (rpm)


Nq  3
Q: vazão (m3/s)
H 4 H: altura manométrica (m)

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BOMBAS CENTRÍFUGAS: INSTALAÇÃO

Eixo horizontal de sucção simples

Eixo vertical prolongado

Bipartida sucção dupla (base única para bomba e motor)


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ESQUEMA HIDRÁULICO
Bomba horizontal não afogada

Hm = Hg+DH DHr
DH = DHs+DHr NA2

Hg = Hg,s+Hg,r = NA2-NA1
(Hg,s > 0) Hg,r

motor e
bomba
eixo da
bomba
Hg,s
NA1
DHs - NA pode ser variável...
poço de
- Verificar as diversas
sucção condições de operação

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ESQUEMA HIDRÁULICO
Bomba horizontal afogada

Hm = Hg+DH DHr
DH = DHs+DHr NA2

Hg = Hg,s+Hg,r = NA2-NA1
(Hg,s < 0) Hg

NA1
DHs eixo da
bomba
motor e
poço de
bomba
sucção

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ESQUEMA HIDRÁULICO
Bomba vertical afogada (e submersa)

DHr
NA2
Hm = Hg+DHr
Hg = NA2-NA1
Hg
motor
NA1

bomba
poço de
sucção

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CAVITAÇÃO x NPSH (Net Positive Suction Head)

Cavitação não é corrosão!

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CAVITAÇÃO x NPSH

 Carga de sucção positiva disponível (m):


p a tm p va p o r
NPSHd    H g ,s  D H s
 

bomba não afogada (Hg,s>0) bomba afogada (Hg,s<0)


p va p o r / 
p va p o r /  H g ,s DH s

H g ,s

p atm /  DH s

p atm /  NPSHd
NPSHd

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CAVITAÇÃO x NPSH

 Condição para funcionamento da bomba sem cavitação


NPSHd  NPSH r

 folga mínima: 0,5 m ou 20% (melhor acima de 1,5 m ou 35%)


Calculado
NPSH (m)

folga

Catálogo da
bomba

cavitação!

Q Q (m³/s)
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CAVITAÇÃO x NPSH

Pressão de vapor da água em


função da temperatura
T (°C) Pv/ (m H2O) Observações Pressão atmosférica em
função da altitude
0 0,062
Patm/
2 0,072 h (m) Observações
(m H2O)
4 0,083
6 0,095 0 10,33
8 0,109 300 9,96
10 0,125 600 9,59
T = temperatura 900 9,22 h = altitude
15 0,174 Patm/ = altura de
Pv/ = altura 1200 8,88
20 0,238 coluna de água
equivalentede 1500 8,54
25 0,323 coluna de água equivalente a
30 0,433 1800 8,20 pressão
40 0,752 2100 7,89 atmosférica
50 1,258 2400 7,58
60 2,031 2700 7,31
80 4,827 3000 7,03
100 10,332

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CURVAS CARACTERÍSTICAS - EXEMPLO

Rendimento
da bomba
 Curvas
da Bomba

Diâmetro
do rotor

 NPSHr
Diâmetro
do rotor
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CURVAS CARACTERÍSTICAS

Do catálogo do
fabricante ponto de
operação
altura manométrica (m)

Fórmula Universal
ou Hazen-Williams

DH

Hg

vazão (m³/s) QBombeada

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BOMBAS EM PARALELO
as vazões das curvas das bombas são somadas
ponto de operação
com a bomba 1 ponto de operação
com a bomba 2
altura manométrica (m)

ponto de operação
com as bombas 1 e 2
em paralelo

DH

Hg

vazão (m³/s) Qr2b

o novo ponto de operação não corresponde à soma das vazões


que ocorreriam com cada bomba operando individualmente
 aumentam a perda de carga e a altura manométrica!
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BOMBAS EM SÉRIE
associação
bombas 1+2

curva do ponto de operação


sistema com as bombas 1 e 2
em série

DH
altura manométrica (m)

as alturas
manométricas
das curvas das
Hg bombas são
somadas

vazão (m³/s)
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PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
Número de bombas: implantação
 pequena elevatória: 2 bombas (1 + 1 reserva) em etapas...
 média elevatória: 3 bombas (2 + 1 reserva)
 grande elevatória: várias bombas
Localização:
 próxima ou no meio do manancial (captação, água bruta)
 junto ou próximas às ETA’s (água tratada)
 junto ou próximas aos reservatórios de distribuição
 para reforço na adução ou na rede de distribuição (booster)
Escolha: disponibilidade e custo do terreno, energia,
topografia, características do solo, acesso, desníveis, traçado
da adutora, interferências, etc.
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PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
Instalação dos conjuntos motor-bomba
 Poço seco:
 conjunto motor-bomba de eixo horizontal

 conjunto vertical de eixo prolongado, bomba não submersa

 conjunto motor-bomba de eixo vertical, bomba não submersa

 Poço úmido:
 conjunto vertical de eixo prolongado, bomba submersa

 conjunto motor-bomba submerso.

 Estação pressurizadora ou “booster”:


 podem ser utilizados vários tipos de conjuntos motor-bomba.

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PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
Estação elevatória de poço seco com conjunto motor-bomba de
eixo horizontal (EE-1 da cidade de Jales)

23
PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
Estação elevatória de poço seco com conjunto motor-bomba de
eixo horizontal (EEAB-1 da cidade de Franca)

Corte

Planta
24
PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS

Estação elevatória de água tratada da Estação elevatória de recalque dos poções I e


cidade de Lins III da cidade de Fernandópolis

Estação elevatória da cidade de Estação elevatória do poção I da


Fernandópolis cidade de Jales 25
PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS

Estação elevatória da cidade de Estação elevatória da cidade de Ubatuba


Monte Alto

Casa de bomba da elevatória EE-1 Estação elevatória de água tratada da


Canoas da cidade de Franca cidade de Riolândia 26
PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ÁGUA

Casa de bomba da elevatória de água Casa de bomba de uma elevatória da cidade de


tratada de Taiaçupeba, RMSP Franca

Estação elevatória de água tratada Estação elevatória de água bruta da


do Sistema Alto Tietê, RMSP cidade de Taubaté 27
ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS – BOOSTER
Booster para recalque de água entre dois reservatórios

se a bomba tiver NAmax


rotação constante, NAmin

altura manométrica máxima


a vazão máxima L.P. (Qmin,Hgmin)

altura geométrica mínima


ocorre com Hg
mínima...

NAmax L.P. (Qmin,Hgmin)


NAmin
o esquema varia
dependendo de
como é a entrada
booster
no reservatório
superior
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ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS – BOOSTER
Booster para reforço no bombeamento (em série)

manométrica
altura
booster

E.E.

29
ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS – BOOSTER
Booster para aumentar a vazão de adução

manométrica
R1

altura
R2

booster

30
ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS – BOOSTER

Estação pressurizadora Aeroporto


da cidade de Franca

Estação pressurizadora Leporace


da cidade de Franca
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ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS – BOOSTER (EM REDES)

Booster com variador hidrocinético Booster com inversor de frequência instalado


instalado na Conceição, RMSP. no Portal D‘Oeste, RMSP

Instalações do booster Vitápolis com Instalações do booster Munhoz


inversor de frequência, RMSP Junior no passeio, RMSP 32
POÇO DE SUCÇÃO
Deve ser projetado com forma e dimensões para:

 considerar sua disposição física em relação às outras unidades


da estação (espaçamento entre motores, bombas e tubulações
suficientes para se trabalhar e dar manutenções com folgas).

 permitir a operação adequada das bombas

 impedir a formação de vórtices superficiais e subsuperficiais e


o arraste de ar (submergência adequada, cones, placas,
grades, geometria do poço, etc.)

33
POÇO DE SUCÇÃO

outros exemplos e
detalhes na bibliografia

34
TUBULAÇÕES DA ELEVATÓRIA

35
TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO

fonte: NBR 12214/1992

36
TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO

ascendente

uso de
redução
excêntrica

curva de
raio longo
e trecho de
tubulação

37
BARRILETE (0,6<V<3 m/s)

38
BARRILETE

Bombas centrífugas
de eixo horizontal

Bombas de eixo vertical

39
ACESSÓRIOS: REGISTROS DE GAVETA

40
ACESSÓRIOS: VÁLVULAS BORBOLETA

41
ACESSÓRIOS: VÁLVULAS DE RETENÇÃO
portinhola única portinhola dupla

fechamento rápido

42
ACESSÓRIOS: MANÔMETROS

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ACESSÓRIOS: VENTOSAS

ventosa de tríplice função: ventosa simples


• expelir o ar deslocado pela água durante o enchimento da linha;
• admitir quantidade suficiente de ar, durante o esvaziamento da linha;
• expelir o ar proveniente das bombas em operação e difuso na água
(funcionando como uma ventosa simples).
44
ACESSÓRIOS: VÁLVULA DE PÉ
Localização da válvula de pé na
tubulação de sucção

Válvula de pé com crivo

Mantém a escorva da
bomba

45
SISTEMAS DE ESCORVA DE BOMBAS
Eliminação do ar no
interior da bomba e da
tubulação de sucção,
antes do acionamento
Bomba afogada
da mesma.

Tipos de Sistemas
Bomba não afogada
- Válvula de pé
- Ejetor
- Bomba a vácuo

46
SISTEMAS DE ESCORVA DE BOMBAS

ejetor para escorva de bomba

escorva com bomba de vácuo

47
TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS

 Toda alteração de vazões (velocidades) provoca alterações


transitórias de cargas (pressões) até que se estabeleça uma nova
condição de regime permanente;
 Exemplos: fechamento e abertura de válvulas, paradas bruscas dos
sistemas de bombeamento, etc.;
 As pressões máximas (sobrepressão de curta duração) podem
superar muito as pressões estáticas ou dinâmicas da operação
normal do sistema;
 As pressões mínimas (subpressão) podem levar ao descolamento da
coluna líquida (vácuo) e/ou ao colapso da tubulação;
 Deve ser verificada SEMPRE a necessidade e o dimensionamento de
dispositivos de proteção.
48
TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS

Exemplo: fechamento gradual de válvula no final da adutora:

49
TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS
Exemplo: parada brusca do bombeamento

50
TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS

 Quantidade de movimento:
H Q Q 1 Q f Q  Q
g    0
x x A t 2 g D  A
2 2
A
 Conservação da massa:
H Q Q Q
2
a
  0
t A x g  A x
 condições de contorno: bombas, reservatórios, etc.

 determinação de Q(x,t) e H(x,t) 


(método das características)

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TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS

 a celeridade “a” (velocidade de propagação das ondas de variação


de pressões) depende de características do fluido e da tubulação,
principalmente espessura e módulo de elasticidade;
 a celeridade pode variar de poucas centenas de m/s (materiais
plásticos) a mais de 1000 m/s (metálicos);
 as variações de pressão resultantes são diretamente proporcionais à
variação das velocidades e à celeridade;
 o diagnóstico, a necessidade e as soluções para proteção variam
muito conforme os materiais utilizados nas adutoras, vazões,
comprimento, perfil, etc.;
 decisões de projeto e dispositivos de proteção podem ser utilizados
para manter as oscilações de pressão dentro de limites aceitáveis.
52
TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS

Exemplos de dispositivos
para proteção

53
TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS

Exemplo de um conjunto motor-


bomba com volante de inércia

54
TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS
Exemplo de chaminé de equilíbrio

55
TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS
Exemplo:
tanque de alimentação unidirecional (TAU)

56
TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS
Exemplo: reservatório de ar comprimido
ou reservatório hidropneumático (RHO)

57
TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS
Acumulador hidráulico
(ou reservatório antigolpe com bexiga)
semelhante ao RHO, mas uma bexiga
separa as fases líquida e gasosa

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REDUÇÃO DO CUSTO DE ENERGIA
ELÉTRICA
Como exemplo, alguns dados da SABESP:
 atende 66% da população no estado de SP
 “avalia a possibilidade de produzir energia por meio de PCHs ou de
usinas térmicas a partir dos gases gerados no tratamento de esgoto”
 R$ 935 milhões com energia elétrica em 2016
 0,67 kWh/m³ água produzida e 0,43 kWh/m³ esgoto tratado
 demanda: 370 MW
 1,8% da energia elétrica em SP, é o maior consumidor individual

A redução de custos pode ocorrer com ou sem redução do consumo,


através de ações administrativas e operacionais

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REDUÇÃO DO CUSTO PELA DIMINUIÇÃO
DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA
 redução da altura geométrica
 Q  H  redução das perdas de carga:
P 
 escolha adequada de diâmetros
 limpeza/revestimento de tubulações
 disposição da tubulação na elevatória
 Redução da altura manométrica
e entrada dos reservatórios
 variadores de rotação

 Redução no volume de água a  controle de perdas


ser bombeada  uso racional da água

 Aumento no rendimento de  seleção de bomba adequada e com


motores e bombas rendimento elevado
 trabalhar próximo ao rend. máximo
60
Lição de casa:
 ler páginas 225 a
336

61
Exercício

logo depois do intervalo!

62

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