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Aula 09
Administração Geral
Cultura, Clima e Competência
Professor: Vinicius Ribeiro
Aula 9
Tópicos da Aula
Cultura e Clima ................................................................................... 02
Questões.............................................................................................. 17
Gestão por Competência ...................................................................... 26
Questões.............................................................................................. 38
Vale a Pena Estudar de Novo ............................................................. 51
Exercícios Trabalhados ...................................................................... 56
Gabarito ............................................................................................ 71
Esses três níveis podem ser ilustrados em um Iceberg, em que os artefatos são
a ponta do iceberg, visível por todos. Logo abaixo temos os valores
compartilhados e as pressuposições básicas estão mais ao fundo.
Nas organizações, podemos encontrar culturas conservadoras, que são mais
rígidas com relação a mudanças. Nesse tipo de empresa, a cultura não sofre
grandes alterações ao longo do tempo, independentemente do momento
vivenciado, seja uma crise, seja uma revolução tecnológica.
Por outro lado, existem as culturas adaptativas, mais flexíveis e inovadoras. Em
empresas com esse tipo de cultura, à medida que a realidade vai se
transformando, a cultura organizacional vai tomando nova forma, adaptando-se
às alterações do mundo moderno.
É preciso destacar que não existe o certo nem o errado nos dois tipos de
cultura. Se por um lado parece ser interessante adaptar às novas realidades,
uma cultura forte e sem muitas mudanças também pode trazer segurança para
o futuro empresarial.
Assim, é preciso analisar se a postura empresarial, seja inovadora ou inflexível,
está sendo eficaz para enfrentar o mercado e obter êxito. Essa análise mostrará
que aqui vale o clichê “cada caso é um caso”, cada mercado é uma história.
Um tópico importante quando falamos em cultura é o poder. Tendo em vista a
globalização da economia mundial, que influencia diretamente o dia-a-dia de
uma empresa, podemos fazer a seguinte conclusão: poder não é só aquilo que
se manifesta no interior da organização. As influências externas também atuam
nos resultados de uma empresa.
O ser humano necessita da interação social e, quando ele se isola da sociedade,
ele perde o contato com o poder. No contexto organizacional, no início, o poder
é centralizado nas mãos dos fundadores/proprietários.
À medida que a empresa cresce, o poder vai migrando, vai se descentralizando.
Além da descentralização, a influência externa passa a acontecer.
À medida que as empresas ficam interdependentes (influenciadas
externamente), as influências na organização aumentam. Se compararmos com
Ritos Organizacionais
Existe uma abordagem que trata dos diferentes ritos organizacionais. Ela foi
elaborada por Trice e Beyer, que elencam seis tipos de ritos:
Ritos de passagem: utilizados em processos de admissão, ascensão e
remanejamentos. Esses ritos buscam facilitar a transição de funcionários
para novos papéis ou status.
Ritos de degradação: utilizados em casos de demissão, afastamentos e
substituições de um alto executivo. Além disso, são usados para denúncia
de falhas, incompetências, incoerências e violação de normas. Esses ritos
dissolvem identidades sociais e o poder.
Ritos de confirmação ou reforço (engrandecimento): utilizados no
reconhecimento público de conquistas históricas, feitos heroicos,
cerimônias de premiação por desempenho e superação de metas. Esses
ritos fortalecem identidades sociais e o poder.
Ritos de renovação ou reprodução: utilizados em programas de
treinamento e na adoção de novos métodos gerenciais. Esses ritos
renovam as estruturas sociais, melhorando o funcionamento. São um
processo de negociação coletiva.
Ritos de redução de conflitos: reestabelecem o equilíbrio das relações,
reduzindo o conflito e as agressões.
Ritos de integração: utilizados em festas de aniversário da empresa,
datas festivas (final de ano, páscoa, festa junina). Também favorecem a
Indicador Descrição
Maneira como as pessoas identificam-se com a
Identidade
organização
Como enfrentar situações novas, contrapondo-se
Tolerância ou
com o interesse na permanência do status quo
propensão ao risco
(situação atual)
Indivíduo cuida apenas de si próprio e de sua
Individualismo
família
Existência de preocupação com o bem-estar comum
Coletivismo (sociedade, organização), com a sinergia do grupo.
É uma contraposição ao individualismo.
Nível de participação dos colaboradores na
Participação
administração da empresa
Quanto as pessoas se preocupam com os clientes,
os acionistas e os demais empregados. Demonstra
Adaptação
uma cultura voltada para o ambiente externo,
voltada para fora.
Estudos de Denison
Para Denison, a parte interna é a integração da cultura dentro da empresa. A
parte externa é a adaptação ao ambiente externo (mercado, sociedade,
governo). Envolvimento, consistência, adaptabilidade e missão são traços que
conduzem ao desempenho de uma organização.
Segundo o autor, temos os seguintes tipos de cultura:
Desempenho
Cultura Comportamento Organizacional
Cultura
Clima
Taylor em 1912 já tinha preocupação com a temática do clima organizacional.
Kurt Lewin também trata do tema na década de 30. Outro nome importante
acerca da origem do clima organizacional é Chester Barnard em 1938. No
entanto, o termo passou a ganhar a conotação atual por meio de estudos de
Lippitt e White.
Processos de trabalho
Comunicação interna
Diante de tantas influências, é fato que o clima (a atmosfera) não pode ser
desenvolvido ou criado pela empresa. O clima é algo que já existe, que está
vivo e atuante no ambiente interno organizacional.
Um ponto importante é que não existe um único clima organizacional dentro de
uma empresa. Por que ocorre isso? Devemos entender que cada ser humano é
de uma forma, cada um tem uma história de vida e uma personalidade própria.
Essa diversidade influencia sobremaneira nos acontecimentos da empresa.
Mas não só a diversidade de personalidades faz com que haja diferentes climas
ocorrendo concomitantemente em uma organização. Para quem já viveu o
ambiente empresarial ou até mesmo de um órgão público deve ter percebido
que também há grandes diferenças quando comparamos os departamentos
internos.
Podemos dizer que essas diferenças ocorrem pelo fato de que diferentes
pessoas compõem as áreas. Cada departamento vai adquirindo determinada
identidade se essas pessoas se mantiverem em seus cargos.
Além disso, o tipo de trabalho realizado por cada departamento influencia
nessas diversidades. Quando vivenciamos uma empresa, resta claro que cada
departamento possui suas peculiaridades. O departamento financeiro, por
exemplo, é, por natureza, mais pragmático, com pessoas mais sérias. Por outro
lado, no departamento de marketing, há pessoas mais extrovertidas.
Diante disso, uma situação corriqueira qualquer existente na empresa será
percebida de maneira diferente por cada pessoa e departamento. O mesmo
acontecimento pode resultar em percepções positivas e negativas ao mesmo
tempo. É por isso que vários climas organizacionais convivem ao mesmo tempo
em uma organização.
Mesmo havendo essas variedades de pessoas e departamentos, é fundamental
que os administradores avaliem o clima da organização. A alta administração
deve ter uma ideia, ainda que generalizada, de qual a atmosfera dominante na
empresa. Há mais pessoas motivadas ou pessoas insatisfeitas?
Por mais que a resposta não seja boa, ela norteará ações internas. Pior do que
contestações ruins é a gestão do tipo avestruz: com o intuito de fugir dos
problemas, “esconde-se a cabeça para fugir da realidade”.
O conhecimento das qualidades e problemas do ambiente interno é
fundamental para dar rumos à empresa. Isso é tão importante que a ignorância
dessas informações pode levar ao fechamento de uma organização.
Diante da importância, efetuar uma pesquisa de clima organizacional
envolvendo todos os funcionários é fundamental. Os dados coletados serão
fundamentais para que a empresa saiba o que fazer para implantar ações de
qualidade e aumentar a produtividade dos colaboradores.
Gabarito: B
Pesquisa de Clima
Vejamos os tipos de pesquisa para se entender o clima:
Questões
4) (CESPE TJDFT 2015) A respeito do comportamento humano nas
organizações, julgue o item que se segue.
Os rituais culturais são importantes para a história da trajetória
organizacional, por meio de ritos de renovação (melhoria da estrutura)
ou de ritos de integração (boas relações e emoções) no trabalho.
O item está certo ao definir corretamente dois dos 6 ritos organizacionais,
abordagem elaborada por Trice e Beyer.
Ritos de renovação ou reprodução: utilizados em programas de
treinamento e na adoção de novos métodos gerenciais. Esses ritos
renovam as estruturas sociais, melhorando o funcionamento. São um
processo de negociação coletiva.
Ritos de integração: utilizados em festas de aniversário da empresa,
datas festivas (final de ano, páscoa, festa junina). Favorecem a redução
C
Vejamos o conceito de competência: é o conjunto de Conhecimentos,
Habilidades e Atitudes (CHA) que são capazes de agregar valor à
H pessoa e à organização.
Conhecimento: é o saber teórico, é a junção do know-what (saber o
quê) com o know-why (saber por que fazer). Esse conhecimento pode
ser tácito (subentendido, não formalizado, presente apenas na mente
A
dos profissionais) ou explícito (formalizado, enunciado, facilmente
transmitido). O grande desafio das empresas é transformar conhecimento tácito
em explícito, ou seja, que esse conhecimento torne patrimônio da empresa,
disponível para todos.
Habilidade: é o saber fazer (know-how: saber como fazer). Geralmente,
depende da prática, do treino, de erros e acertos, ou seja, da experiência.
Quanto mais um profissional sobe na hierarquia de uma empresa, menos ele
utiliza habilidades (execução) e mais ele usa conhecimentos (planejamento). O
ideal é fazer com que o planejamento e a execução se aproximem ao máximo
para que as habilidades e os conhecimentos sejam aproveitados de forma
otimizada.
Atitudes: relacionada à ação, ao querer fazer, à proatividade. Atitudes são
fundamentais para o implemento de mudanças/melhorias. Nos termos do
Dicionário Michaelis, atitude é a “tendência a responder, de forma positiva ou
negativa, a pessoas, objetos ou situações.”
A gestão da competência preocupa-se com as três características de forma
conjunta. Assim, de nada adianta ler centenas de livros, formar-se na melhor
faculdade, se esse conhecimento não pode ser transformado em execução. Por
outro lado, aquela pessoa com muita atitude, mas sem o conhecimento,
também não consegue ser competente: “de boa intenção o mundo está cheio”.
Podemos dizer que a atitude é a característica mais complexa, em que as
empresas têm maiores problemas. Capacitar servidores com treinamentos para
a busca tanto da habilidade quanto do conhecimento é mais factível. Ensinar
alguém a querer é bem mais difícil. É preciso motivar as pessoas para que elas
possam desempenhar seus papéis nas empresas.
Esse conceito apresentado é mais tradicional (antigo), embora ainda vem sendo
cobrado em provas. O que está mais em voga nos últimos anos é uma evolução
do C.H.A: trata-se do C.H.A.V.E. Temos agora a chave do sucesso da empresa.
Bonito não é? Ou seria brega? Enfim.
O que foi acrescentado ao CHA, professor?
•conhecimentos
•habilidades
•atitudes
•conhecimentos
•valores
CHA •habilidades CHAVE
•emoção,
•atitudes
entorno,
entusiasmo e
energia
de operacionalizar as atividades;
Estáveis ou essenciais: permanecem relevantes ao longo do tempo;
Transitórias: apesar de essenciais em determinados momentos, são
necessárias só por um período específico.
Mapeamento de Competência
Considerando tudo isso que estamos discutindo no que diz respeito a
competências, existe algo fundamental: o mapeamento de competências. As
empresas precisam mapear aquilo que elas têm disponível. Em outras palavras:
quais competências meus funcionários possuem?
É para isso que serve o mapeamento de competências. É uma forma de
visualizar (após as investigações) as competências existentes para que a
empresa saiba aquilo que ela deveria ter e não tem para tomar uma ou outra
medida: desenvolver essas competências nos funcionários ou contratar no
mercado pessoas que tenham as competências ausentes necessárias. Essas
competências ausentes e necessárias também são chamadas de gap (lacuna). A
ideia é sempre minimizar esse gap.
O que a empresa não pode fazer é não fazer nada. A inação (falta de ação) faz
com que aumente o gap entre as competências atuais e as competências
necessárias.
É importante ponderar que a definição das competências necessárias é algo
dinâmico, ou seja, nunca deve parar. A cada momento e contexto, um conjunto
de competências pode ser exigido. Assim, a constante atualização é
fundamental, principalmente nesse complexo ambiente globalizado onde
“vivem” as empresas.
Uma competência necessária hoje pode ser obsoleta no futuro. Você como
empresário ainda precisa de um datilógrafo? Com certeza não. E há 30 anos
atrás? Com certeza sim.
É possível também que existam competências desnecessárias para a empresa.
Assim, com o mapeamento, você coloca todos os funcionários andando na
mesma direção, alinhados com as competências organizacionais.
Podemos imaginar cada seta sendo um funcionário. Vejam que na empresa não
alinhada, cada um caminha em uma direção diferente. Não há rumo, é uma
“barata tonta”. Já a empresa alinhada, que beleza, todo mundo caminhando
junto, para o mesmo caminho, ou seja, os esforços são concentrados para o
mesmo foco.
também transferir quase todo seu departamento financeiro para outra empresa,
remunerando-a por esse serviço. Fazendo isso, ela passa a ter uma estrutura
mais enxuta focada no próprio negócio.
Cadeia de valor
Ainda nesse assunto de atividades que são meio e atividades que são
finalísticas, vale tratarmos de um assunto: cadeia de valor.
A cadeia de valor, criada por Michael Porter, é um conjunto de atividades que
são desenvolvidas pela empresa, que se inicia na pesquisa e desenvolvimento
(do produto) e finaliza-se no pós-venda desse produto.
Trata-se de um modelo que permite uma visão do todo na empresa, com a
demonstração de que cada área possui a sua importância no lucro da empresa,
todos devendo trabalhar em conjunto, alinhados com os objetivos
organizacionais.
Dentro dessas duas etapas, devemos considerar as seguintes atividades
(chamadas de primárias ou subprocessos) como componentes de uma cadeia
de valor: logística interna, operações, logística externa, marketing e vendas, e
serviços ao cliente. Todas essas atividades criam valor para a empresa, pois, à
medida que elas são executadas, o produto fabricado vai ganhando valor
(financeiro), o que será agregado ao preço de venda.
Infraestrutura da empresa
Atividades Gerência de Recursos Humanos
Ma
de apoio Desenvolvimento de Tecnologia
rg
em
Aquisição
em
Operações Serviço
Interna Externa Vendas
rg
Ma
Atividades Primárias
Competência Interpessoal
O conceito de competência interpessoal diz respeito ao saber trabalhar de forma
eficaz e eficiente em grupos ou equipes, de modo participativo, sinérgico e
responsável. Em outras palavras: é a capacidade de lidar e relacionar-se de
forma produtiva com e por meio de outras pessoas.
É importante diferenciarmos a competência interpessoal de outros conceitos.
Vejamos:
Questões
20) (FCC TRE-PE 2011) Gestão por competências é um modelo de
gestão utilizado pelas organizações, visando a orientar os esforços dos
gestores de pessoas no planejamento, captação, desenvolvimento e
avaliação das competências organizacionais e humanas necessárias à
consecução dos seus objetivos. Analise o gráfico e os
itens I a IV abaixo:
segmento de mercado.
b) que cada departamento da empresa deve construir e possuir em sua
área de especialização.
c) que cada líder deve construir e possuir para gerenciar pessoas.
d) que cada colaborador deve construir e possuir para desempenhar a
contento sua função.
e) distintivas que toda organização precisa construir e possuir para
manter sua vantagem competitiva sobre as demais.
O foco são sempre as essenciais, aquelas que são distintivas, aquelas que
geram vantagem competitiva no mercado. A competência caracterizada como
core competence deve ser de difícil imitação, além de gerar qualidade na
prestação dos serviços da empresa.
Gabarito: E
22) (FCC TRE-RS 2010) A gestão de pessoas por competências é a
adoção de uma estratégia
a) para o desenvolvimento de competências dos funcionários no
processo seletivo para se alcançar propósitos organizacionais de médio
e longo prazo.
b) para a identificação e o desenvolvimento de competências dos
funcionários para se alcançar propósitos ou objetivos organizacionais
operacionais.
c) para a implementação de um programa de seleção de talentos para
se alcançar propósitos ou objetivos organizacionais operacionais e de
longo prazo.
d) avançada de captação e treinamento de funcionários para se
alcançar propósitos ou objetivos organizacionais de longo prazo.
e) para a identificação e o desenvolvimento de competências dos
funcionários para se alcançar propósitos ou objetivos organizacionais
de longo prazo.
Vejamos item por item.
a) Processo seletivo é o processo que visa a seleção dos novos funcionários de
habilidades e atitudes para que a empresa alcance seus resultados. Ela deve
detectar as competências de que precisa, identificar as competências existentes
(competências de seus funcionários) e fazer o casamento entre essas
necessidades e a realidade.
Ao fazer esse casamento, ela acaba por identificar competências necessárias
não existentes. Com essa identificação, a empresa estrutura
treinamento/desenvolvimento para que os seus colaboradores possam obter
essas competências e aplicar nos seus trabalhos dentro da organização,
melhorando o desempenho da empresa no mercado.
O erro da questão está nos mecanismos de controle. Esse tipo de gestão não
foca em controle, foca em resultado.
Gabarito: E
33) (CESPE STM 2011) O mapeamento de competências consiste na
definição dos objetivos estratégicos e na identificação de competências
individuais e organizacionais.
Definir objetivos estratégicos é momento anterior ao mapeamento. Essa
definição se dá no planejamento estratégico. Com esse plano implantado e com
as necessidades de competência conhecidas, a empresa tem condições de
mapear as competências existentes já com um olhar de comparação com aquilo
que precisa para atuar bem no mercado.
Gabarito: E
34) (CESPE ABIN 2010) O mapeamento, que constitui fase da avaliação
por competências, consiste em identificar as competências que os
colaboradores da organização possuem e em que grau eles as possuem.
Não é isso. No mapeamento você olha as competências que possui e compara
com aquelas necessárias. Não existe essa ponderação do grau de existência da
competência no processo de mapeamento.
Gabarito: E
35) (CESPE MPU 2010) Quanto à relevância no contexto organizacional,
as competências classificam-se em emergentes, estáveis, declinantes
ou transitórias.
tempo:
Emergentes: surgem com mudanças significativas que ocorrem no
mercado de trabalho;
Declinantes: relacionam-se com as mudanças tecnológicas ou na maneira
de operacionalizar as atividades;
Estáveis ou essenciais: permanecem relevantes ao longo do tempo;
Transitórias: apesar de essenciais em determinados momentos, são
necessárias só por um determinado momento.
Gabarito: C
36) (CESPE MPE-PI 2012) Os conhecimentos sobre comportamento
organizacional proporcionam uma melhor compreensão dos indivíduos
e grupos que integram organizações. A respeito das situações
relacionadas ao trabalho, julgue o item que se segue.
Quando bem planejadas e executadas para suprir os gaps de
competências identificados, as ações de treinamento garantem que os
indivíduos apliquem no trabalho os novos CHAs aprendidos.
Gaps de competência são as lacunas de competência existentes na empresa. Os
treinamentos servem para que esses espaços sejam preenchidos. No entanto,
não há garantia que isso ocorra.
O modelo de gestão de pessoas baseada nas competências tem como diretriz a
busca pelo auto-desenvolvimento, possibilitando um diagnóstico capaz de
demonstrar as reais necessidades apresentadas no âmbito do trabalho, além
das necessidades vitais para o alcance dos desafios estratégicos da
organização.
A gestão por competências é mais uma evidência do foco atual das empresas,
do diferencial organizacional atual: as pessoas, o capital humano. Ela consiste
em planejar, captar, desenvolver e avaliar, seja no nível individual, seja no nível
grupal (departamentos, equipes) ou no nível organizacional, todas as
competências fundamentais para a consecução dos objetivos da instituição. Daí
se observa o caráter estratégico (voltado para o longo prazo) da gestão de
competências.
Gabarito: E
37) (CESPE TJ-ES 2011) É pressuposto da gestão por competências que
as organizações, para se tornarem competitivas, tenham como foco as
competências essenciais ao seu negócio, tanto em seus processos
produtivos quanto nas relações com seus recursos humanos.
De fato, são as competências essenciais que fazem com que a empresa se
diferencie perante o mercado, tornando-se competitiva.
Podemos destacar outras classificações de competências. Vejamos:
Básicas: referentes à sobrevivência das organizações. Sem elas a
empresa não consegue prosseguir;
Essenciais: diferenciam a empresa perante o mercado, ou seja, são
aquelas que tornam a organização diferenciada, peculiar;
Transversais (organizacionais): expressam a cultura organizacional;
Específicas (funcionais)
o Distintivas: mostram diferentes desempenhos de excelência;
o De entrada: são os requisitos mínimos para o desempenho de
determinada função;
o Transformacionais: necessitam ser desenvolvidas para o alcance do
desempenho esperado.
Gabarito: C
38) (CESPE STM 2011) As competências individuais e organizacionais
agregam valor econômico e social a indivíduos e organizações, pois
contribuem para a consecução de objetivos organizacionais e
expressam o reconhecimento social sobre a capacidade de pessoas,
equipes e organizações.
É isso mesmo.
Competência deve estar voltada para alcance de objetivos/resultados.
Vejamos uma classificação das competências.
Gabarito: C
e) define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como
e em que sequência.
Direção: a terceira função tem o papel de fazer as coisas acontecerem, após a
realização do planejamento e da organização. Para que as coisas de fato se
realizem, precisamos dos membros da empresa, certo? Sem eles, não adianta,
as atividades que contribuirão para alcançar os objetivos não serão realizadas.
É por isso que a direção está intimamente ligada com a atuação sobre os
recursos humanos, por meio de motivação, treinamentos, comunicação,
liderança, etc.
Gabarito: C
44) (CETRO ANVISA 2013) O modelo da Liderança Situacional, com
seus 4 níveis de maturidade, pode ser uma ferramenta de mudança na
atuação dos líderes da organização, oferecendo a esses maior
compreensão da relação entre um estilo de liderança eficaz e o nível de
maturidade de seus liderados. Com base nesse modelo e em seus 4
níveis, analise as assertivas abaixo.
I. O estilo 4 (de elevada maturidade) significa que o funcionário tem
motivação para a tarefa e capacitação para realizá-la, mas ainda lhe
falta maior autoconfiança.
II. No estilo 2 (persuasivo) é alta a ênfase no relacionamento e na
tarefa.
III. No estilo 1 (maduro), é elevada a ênfase na tarefa.
IV. No estilo 3 (compartilhador), a ênfase no relacionamento é alta, e
na tarefa, é baixa.
É correto o que se afirma em:
a) II, III e IV, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Exercícios Trabalhados
1) (FCC TRT-12 2013) Uma interessante abordagem a respeito da Cultura
Organizacional é aquela que procura compreendê-la através dos ritos que
ocorrem nas organizações.
A tabela abaixo relaciona, em sua primeira coluna, cinco tipos de “ritos
organizacionais”; na segunda coluna, estão listados cinco exemplos de “ritos
organizacionais”.
c) o controle de processo.
d) a cultura organizacional.
e) o clima organizacional.
8) (FGV COMPESA 2014) A cultura organizacional representa as normas
informais e não escritas que orientam o comportamento dos membros de uma
organização no dia a dia e suas ações para o alcance dos objetivos
organizacionais.
A esse respeito, analise o fragmento a seguir.
“Toda cultura tem três diferentes níveis de apresentação: _____, _____
compartilhados e _____ básicas.”
Assinale a opção que completa corretamente o fragmento acima.
estrutura – objetivos – pressuposições.
artefatos – critérios – tecnologias.
estrutura – valores – pressuposições.
artefatos – valores – pressuposições.
artefatos – objetivos – tecnologias.
9) (FGV TJ-AM 2013) O conjunto de hábitos, crenças, valores e tradições,
interações e relacionamentos sociais típicos de cada organização, é denominado
a) Cultura Organizacional.
b) Clima Organizacional.
c) Diagnóstico organizacional.
d) Mudança Organizacional.
e) Aprendizagem organizacional.
10) (FGV DPE-MT 2015) A cultura organizacional é dita tradicional, ou seja,
caracterizada pelo modelo organizacional burocrático; em outros, a cultura
organizacional é chamada de participativa, isto é, calcada na flexibilidade e
adaptabilidade.
Nesse sentido, considerando as características de ambos os modelos de cultura
organizacional, assinale T para uma característica tradicional e P para uma
característica participativa.
( ) Autocracia
( ) Informalidade
( ) Remuneração baseada no desempenho
( ) Trabalho individualizado
Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.
a) P – T – T – P
b) P – P – T – T
c) P – P – T – P
d) T – P – P – T
e) T – P – T – P
11) (FGV INEA-RJ 2013) A cultura organizacional compreende um conjunto de
propriedades do ambiente de trabalho, percebidas pelos empregados e que
constitui uma das forças que influenciam no comportamento.
A cultura organizacional que estabelece padrões ou regras de conduta que
devem ser seguidas pelos membros da organização, está baseada em
a) valores.
b) recompensas.
c) poder.
d) normas.
e) ética.
12) (FGV SUSAM 2014) A cultura organizacional possui aspectos formais que
são visíveis e concretos, sendo facilmente identificados e observados. Por outro
lado, há aspectos da cultura organizacional mais profundos (ou informais) e que
não são claramente perceptíveis. Por isso, alguns autores consideram a cultura
organizacional como um iceberg metafórico, ou seja, as partes visíveis são a
ponta do iceberg, enquanto que a parte invisível corresponde aos elementos
abaixo do nível da água.
Levando em consideração essa analogia da cultura organizacional com um
iceberg, assinale a opção que diz respeito a um aspecto formal de uma cultura
organizacional.
a) Atitudes das pessoas
b) Normas grupais
c) Objetivos organizacionais
d) Relações afetivas
e) Valores
13) (FCC SERGIPEGÁS 2013) [...] conjunto de premissas que um grupo
aprendeu a aceitar, como resultado da solução de problemas de adaptação ao
ambiente e de integração interna. [...] funcionam suficientemente bem para
serem consideradas válidas e podem ser ensinadas a novos integrantes como
sendo a forma correta de perceber, pensar e sentir-se em relação a esses
problemas de adaptação externa e integração interna.
Trata-se de
a) Estrutura organizacional.
b) Cultura organizacional.
c) Clima organizacional.
d) Planejamento organizacional.
e) Mudança organizacional.
14) (FCC SERGIPEGÁS 2013) Avaliar o "Clima Organizacional" das empresas é
importante porque
a) identifica os funcionários menos eficientes em seu quadro.
b) constitui uma oportunidade da empresa realizar melhorias contínuas no
ambiente de trabalho e nos resultados dos negócios.
c) a CLT obriga as empresas a avaliarem seu clima organizacional pelo menos
uma vez ao ano.
d) é uma forma de saber como anda o desempenho dos seus principais
concorrentes.
e) é uma forma de atuar com responsabilidade socioambiental.
15) (FCC TRT-16 2014) Após feito um diagnóstico, fruto de pesquisa de clima
organizacional, uma determinada consultoria recomendou, entre outras ações,
que os gestores da empresa contratante adotassem práticas de reuniões
periódicas com seus subordinados com o objetivo de informá-los sobre as
mudanças externas que vêm ocorrendo e que são variáveis que afetam a
organização, como por exemplo: políticas econômicas, mudanças ecológicas e
complexidade.
b) individual de gerenciar sua própria carreira de forma ascendente.
c) de executar com excelência as atribuições do cargo.
d) de aprendizagem, que possibilita uma formação acadêmica sólida e
abrangente.
e) de atingir objetivos estratégicos para a organização, elevando sempre e
continuamente o nível de produção.
29) (FCC TRE-AP 2011) Tradicionalmente, competência é definida como um
conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para que as
pessoas desenvolvam seu trabalho. Atualmente, esse enfoque tem se mostrado
pouco instrumental e discussões mais recentes consideram um quarto
elemento, que se refere ao conceito de
a) expectativa.
b) entrega.
c) motivação.
d) personalidade.
e) adequação.
30) (FCC TRT 8ª 2010) Um profissional deve desenvolver dois tipos de
competências, a técnica e a interpessoal. O desenvolvimento da competência
interpessoal exige a aquisição de habilidades que facilitem a compreensão do
conteúdo da comunicação entre duas pessoas. Uma dessas habilidades é a
verificação da percepção, que consiste em
a) identificar ou especificar sua percepção sobre os seus próprios sentimentos,
esclarecendo ao outro como ele deve se relacionar em situações de conflito.
b) dizer sua percepção sobre o que o outro está sentindo, a fim de verificar a
compreensão de seus sentimentos, além do conteúdo das palavras.
c) dizer aquilo que você intui sobre as consequências que seus comportamentos
podem ocasionar aos outros.
d) identificar ou especificar os sentimentos que a equipe possue em relação ao
outro.
e) relatar ao outro seus próprios sentimentos em relação ao comportamento
Gabarito:
1) C 2) C 3) B 4) C 5) C 6) E 7) D
8) E 9) A 10) D 11) D 12) C 13) B 14) B
15) A 16) D 17) C 18) C 19) C 20) E 21) E
22) E 23) D 24) B 25) D 26) C 27) B 28) A
29) B 30) B 31) E 32) E 33) E 34) E 35) C
36) E 37) C 38) C 39) E 40) E 41) C 42) D
43) C 44) A
Abração e bons estudos!!!