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FOTOVOLTAICAS
Rio de Janeiro
Julho de 2016
DESENVOLVIMENTOS E PESQUISAS NA TERCEIRA GERAÇÃO DE CÉLULAS
FOTOVOLTAICAS
Aprovado por:
_____________________________________
Prof. Jorge Luiz do Nascimento, Dr.Eng.
(Orientador)
_____________________________________
Prof. José Carlos de Oliveira, D.Sc.
_____________________________________
Prof. Júlio César de Carvalho Ferreira, M.Sc.
ii
Sobrinho, Louise Cristine de Oliveira
Desenvolvimentos e Pesquisas na Terceira Geração de
Células Fotovoltaicas – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola
Politécnica, 2016.
VIII, 67 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Jorge Luiz do Nascimento.
Projeto de Graduação – UFRJ/Escola Politécnica/ Curso
de Engenharia Elétrica, 2016.
Referências Bibliográficas: p. 58-63.
1. Células solares 2. Novos materiais 3. Terceira geração
I. Nascimento, Jorge Luiz do. II. Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia
Elétrica. III. Título.
iii
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.
Julho/2016
iv
Dedico este trabalho aos meus avós e à minha mãe que sempre me apoiaram e
incentivaram a seguir em frente nos momentos mais difíceis.
v
AGRADECIMENTOS
vi
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIAÇÕES.........................................................................................xii
1 Introdução ................................................................................................................. 1
vii
4.1.2 Desenvolvimento e pesquisa ..................................................................... 32
6 Conclusão ............................................................................................................... 59
viii
SUMÁRIO DE FIGURAS
ix
Figura 30 - Esquemático de uma QDSSC ...................................................................... 49
Figura 31 – Processo de transferência de elétrons nas QDSSCs ................................... 50
Figura 32 - Avanço no nível de eficiência das células solares sensibilizadas a corante 54
Figura 33 - Geração de energia por tecnologia............................................................... 55
Figura 34 - Redução do preço dos sistemas fotovoltaicos.............................................. 57
Figura 35 - Relação entre a espessura da lâmina da célula solar e a quantidade de silício
utilizada .......................................................................................................................... 58
x
SUMÁRIO DE TABELAS
xi
LISTA DE ABREVIAÇÕES
CE – Contra-eletrodo
Pt – Platina
PQ – Ponto quântico
xii
QDSSC – Células solares a pontos quânticos
xiii
1 Introdução
1
1.2 Situação da energia fotovoltaica no Brasil
2
Figura 2 - Irradiação anual média na Europa – Fonte: European Comunities, 2006
Figura 3 - Índice de geração de empregos para diversas tecnologias [4] – Fonte: Abinee
3
É importante ressaltar que regiões com maiores potencial de geração solar são
coincidentemente regiões com elevada carência de empregos, conforme mostrado na
Figura 4. Através da capacitação dessa mão de obra, além de todas as vantagens
proporcionadas pela energia fotovoltaica, a criação de empregos diretos e indiretos
provocaria uma aceleração da renda nas regiões [4].
4
1.3 Objetivos
Este estudo tem como objetivo uma revisão bibliográfica do estado da arte das
primeiras gerações de células solares fotovoltaicas, além de reunir as pesquisas mais
recentes voltadas para a terceira geração na área de materiais, catalogando os resultados
obtidos quanto aos parâmetros elétricos desses dispositivos e relatando detalhadamente
como se deram esses avanços.
No Capítulo 1 faz-se uma breve introdução sobre o tema abordado, incluindo uma
abordagem sobre o cenário do Brasil nas pesquisas fotovoltaicas.
No Capítulo 2 são apresentados os aspectos teóricos, com o objetivo de esclarecer
aspectos básicos dos termos que serão retratados no presente trabalho.
No Capítulo 3 é feita uma revisão bibliográfica das principais tecnologias de
células fotovoltaicas já em ampla aplicação no mercado.
No Capítulo 4 é apresentada a terceira geração das células fotovoltaicas, através
das três principais células representativas, mostrando suas características gerais e as
principais pesquisas direcionadas a elas, que se deram principalmente na área de
materiais.
No Capítulo 5 é feita uma análise dos resultados das novas tecnologias, abordando
as principais características de funcionamento vistas ao longo do trabalho, além de
tópicos sobre perspectiva de custo, perspectiva de obsoletismo e aplicações.
No Capítulo 6 é feita a conclusão e as recomendações de trabalhos futuros.
5
2 Parte Teórica
Ao ser aplicada uma diferença de potencial elétrico entre dois corpos metálicos,
e quando há entre eles um meio de comunicação através de um terceiro corpo, também
metálico, ocorre um deslocamento de cargas elétricas entre esses dois corpos através do
terceiro. Determina-se como material condutor aquele corpo que permitiu a circulação
da corrente. Todos os metais são condutores.
Os materiais isolantes, por sua vez, atuam de forma contrária impedindo a
passagem de corrente elétrica. Como exemplo de isolantes, podem ser citados: o
quartzo, mica, resina, óleos, ar, entre outros.
A terceira classe de materiais é determinada semicondutores, e possuem como
característica a variação de sua condutibilidade elétrica de acordo com a influência de
causas diversas, como a temperatura e a luminosidade. Podem ser citados o germânio,
silício, carbono, selênio e o telúrio como exemplos de semicondutores.
6
Figura 5 - O espectro solar [6] – Fonte: ArtProtect
7
2.3 Estrutura de bandas
Assim como todo material sólido, materiais semicondutores possuem uma banda
de estrutura eletrônica determinada pelas propriedades cristalinas do material. Na Figura
7 pode ser vista essa estrutura para um material semicondutor.
8
2.4 O limite de Shockley-Queisser
Figura 8 - Eficiências das tecnologias fotovoltaicas e o limite teórico SQ [7] – Fonte: DOE, Lewis group
at Caltech
9
Os 67% da energia perdida são em sua grande parte perdidas em forma de calor,
porém há perdas devido ao não aproveitamento de todo o espectro solar e também pela
recombinação de pares elétron-buracos.
Existem estratégias com o objetivo de aumentar o limite SQ, que são:
Usar mais de um material semicondutor por célula.
Usar mais de uma junção por célula, chamadas de células tandem.
Aumentar a concentração das células solares através de lentes.
Associar a célula fotovoltaica com uma tecnologia de aquecimento para
captar as duas formas de energia. Utilizar pontos quânticos para absorver
os excessos das energias dos fótons em eletricidade.
Define-se como corrente elétrica de uma célula fotovoltaica a soma das correntes
de uma junção pn no escuro com a corrente gerada pelos fótons absorvidos da radiação
solar. A equação relacionando a corrente com a tensão é definida pela seguinte equação:
( )
Onde:
IL – corrente fotogerada (A);
I0 – corrente de saturação reversa do diodo (A);
n – fator de idealidade do diodo;
q – carga do elétron;
k – constante de Boltzmann;
T – temperatura absoluta
10
Figura 9 - Característica da curva I-V de uma célula fotovoltaica [13] – (Imagem cedida pelo autor).
11
2.5.5 Eficiência (ᶯ)
Onde:
A – área da célula
G – irradiância solar incidente
12
3 Células solares de primeira e segunda
geração
13
Figura 10 - Declínio do preço das células solares fotovoltaicas nas últimas 4 décadas [10] – Fonte:
Portal Solar
As células solares podem ser entendidas como dispositivos com uma junção p-n,
que ao receberem emissão de luz produzem uma corrente elétrica. Um esquema simples
pode ser visto na Figura 11.
14
Uma propriedade fundamental para as células fotovoltaicas é a possibilidade de
fótons na faixa do visível e com energia suficiente, excitar os elétrons à banda de
condução. Esse efeito, observado em semicondutores, necessita também de uma
estrutura apropriada, nas quais possa ser gerada corrente útil.
As células solares são um diodo feito de um material semicondutor que tem a
característica de conseguir absorver luz e convertê-la em pares elétron-buraco que são
separados pelo campo elétrico presente na junção. Se o comprimento de difusão dos
elétrons no material tipo-p, ou seja, dos portadores minoritários, for suficiente para fazê-
los chegar aos contatos elétricos presentes nas superfícies da célula antes de haver
recombinação, será gerada uma corrente de saída [11].
A primeira geração tem como principal material o silício, podendo ser divida em
duas cadeias produtivas: silício monocristalino (m-Si) e silício policristalino (p-Si). São
os tipos de tecnologias mais utilizados, representando cerca de 85% do mercado devido
as maiores eficiências que podem ser atingidas (atingem uma performance típica de 15-
20%), além disso, os seus benefícios residem no seu bom desempenho e estabilidade.
Entretanto, esses tipos de células são rígidos e necessitam de uma grande quantidade de
energia durante a sua fabricação.
No silício monocristalino, a estrutura molecular é uniforme uma vez que a
estrutura é toda composta do mesmo material. Esse tipo de uniformidade é ideal para o
transporte eficiente dos elétrons pelo material. Porém, para que a célula seja eficiente, é
necessário que o silício passe por um processo de dopagem a fim de criar camadas dos
tipos p e n [9].
O silício de grau eletrônico dopado com boro atinge níveis de pureza de 99,999%
após passar por um processo de purificação, que apesar de ser caro, é crucial para o
desempenho da célula, visto que as impurezas do silício possuem papel relevante na
eficiência da célula solar.
15
O silício policristalino, por sua vez, utiliza processos de fabricação mais simples
e baratos do que as técnicas de fabricação do silício monocristalino. Entretanto, a
qualidade do material é mais baixa uma vez que o nível de impureza é maior. A
diferença visual entre os dois tipos de tecnologia pode ser vista na Figura 12.
A estrutura dessas células pode ser vista na Figura 13, na qual podem ser
identificados os seguintes elementos [12]:
A camada de silício, que pode ser do tipo monocristalino ou policristalino,
com junções do tipo p-n na superfície.
Contato frontal e traseiro, sendo que o primeiro deve possuir um formato
que aperfeiçoe a incidência de luz solar na célula.
Camada antirreflexo, que reveste a superfície frontal aumentando a
absorção de luz que atinge a junção p-n. Dióxido de titânio (TiO2) e nitreto
de silício são os mais utilizados com esse intuito.
16
Figura 13 - Estrutura das células solares de primeira geração [12] – Imagem cedida pelo autor
17
que sendo o substrato flexível, a aplicabilidade desse tipo de célula em projetos
arquitetônicos passa a ser visado.
O processo de produção, entretanto, contribui para a poluição do meio ambiente.
Esse fato aliado à baixa disponibilidade da matéria prima, ao baixo rendimento e à curta
vida útil, fazem com que esse tipo de célula não seja atrativa comercialmente [14].
18
Figura 14 - Célula solar de a-Si [10] – Fonte: Portal Solar
Ainda que seu processo de produção seja mais barato em comparação com o
silício cristalino, necessitam de maiores áreas como observado na Figura 15, além de
custos mais elevados em mão de obra e material na instalação. Por outro lado,
apresentam menor coeficiente de temperatura e menores perdas de eficiência em
condições de baixa irradiância.
Figura 15 Figura
- Área de
16 instalação de painéisde
- Área de instalação depainéis
a-Si [62]
de- Fonte: www.energia360.org
3.3.1.2 Estrutura
19
Nesse tipo de célula, ao invés de uma estrutura p-n, como ocorre no silício
cristalino, é utilizada uma tripla junção. A camada do meio pode ser do tipo i ou sem
dopagem, e fica entre as camadas p e n, que são criadas através da dopagem do boro e
do fósforo, respectivamente. Essa geometria estabelece um campo elétrico entre as
regiões p e n que se estende ao longo da camada do meio, de caráter resistivo,
auxiliando assim na mobilidade das cargas elétricas.
Na Figura 16 estão sendo representadas as camadas de um célula fotovoltaica de
a-Si:H de tripla junção. A placa de vidro, que possui a função de substrato, recebe um
filme transparente condutor (TCO). As próximas camadas são compostas,
respectivamente, de a-Si:H e a-SiGe:H sem dopagem e com diferentes dopagens,
formando assim a junção tripla pin. Por último, mais uma camada de TCO e o contato
metálico traseiro.
20
3.3.2 Disseleneto de cobre e índio (CIS)
Figura 17 - Aplicação da tecnologia CIS no telhado de uma igreja - Fonte: Würth Solar
21
Por outro lado, a pouca abundância e a toxicidade dos elementos que compõem
essas células são fatores que devem ser aprimorados. Desenvolvimentos nos métodos de
produção, que ainda são complexos e de alto custo também necessitam ser considerados
para que a tecnologia de CIS seja competitiva no mercado.
3.3.2.2 Estrutura
22
Sulfeto de Cádmio (CdS): possui intuito de antirreflexo.
Figura 19 - Estrutura mais elaborada das células de CIS [16] – Fonte: National Renewable Energy
Laboratory
23
3.3.3 Telureto de cádmio (CdTe)
Figura 20 - Emissões de metais pesados devido ao uso de eletricidade [19] – Imagem cedida pelo autor
24
Figura 21 - Emissões atmosféricas de Cd para sistemas fotovoltaicos [19] – Imagem cedida pelo autor
Figura 22 - Topaz Solar Farm, com capacidade instalada de 550 MW – Imagem extraída do Google
Maps
Além das vantagens ecológicas e econômicas, essas células também possuem uma
qualidade estética mais atrativa que os módulos de silício cristalino.
25
Em 2014, a empresa First Solar, anunciou um recorde de eficiência das células
21,1%. Um segundo recorde dos módulos de 17% também foi alcançado pela mesma
empresa, que pretende chegar em 2017 com níveis de eficiência de 18,9% [20].
3.3.3.2 Estrutura
26
Sulfeto de cádmio: é o material semicondutor que compõe a camada n. É
quimicamente estável e possui um alto índice de absorção ótica.
27
4 Nova geração de células fotovoltaicas
As células solares de terceira geração têm como objetivo alcançar altos níveis de
eficiência, utilizando as vantagens da primeira e segunda geração. Pode-se incluir nessa
definição tecnologias orgânicas, pontos quânticos, células tandem/multijunção, células
de portadores quentes, células solares sensibilizadas por corantes e tecnologias de
upconversion [1].
Além das elevadas eficiências, células de terceira geração propõem a utilização
de materiais não tóxicos e abundantes, podendo ser utilizadas em grandes escalas de
produção. O processamento de baixo custo sobre grandes áreas, possível
semitransparência, flexibilidade e baixo peso também contribuem para o avanço dessas
novas tecnologias.
Essas células são baseadas em um único band-gap eletrônico, e possuem
potencial de ultrapassar o limite de Shockley-Queisser de 31-41% de eficiência [21].
Para esse feito, utiliza-se de métodos como: células multijunção, células de banda
intermediária, células de portadores quentes e conversão do espectro. Apesar de alguns
métodos estarem disponíveis comercialmente, outros se apresentam em fase
experimental.
No Brasil, a produção das células fotovoltaicas orgânicas será feita pelo CSEM
Brasil, com o objetivo de obter eficiências de fotoconversão de 10% e visando o
aumento da escala de fabricação.
As eficiências das gerações podem ser vistas na Figura 24. Através dela é
possível notar que a terceira geração possui potencial de chegar a eficiências maiores
que as duas gerações anteriores a menores custos.
28
Figura 24 - Eficiências das gerações [22] – Fonte: IEEE
29
Pesquisas voltadas para o ramo da orgânica aplicada em sistemas fotovoltaicos
começaram em 1950, onde através de trabalhos que utilizaram camadas finas de
moléculas orgânicas foi possível observar a presença do efeito fotovoltaico com
eficiências muito baixas da ordem de 0,1%.
Um segundo avanço no setor se deu na década de 80, onde o trabalho de Tang et
al [24], atingiu recordes de eficiência para a época utilizando estruturas de multijunções.
Além dos avanços nas estruturas das células, estudos voltados para os materiais
utilizados foram essenciais para o progresso nos níveis de eficiência, por exemplo, a
aplicação de substâncias como o fulereno a partir da década de 90.
As questões de eficiência, tempo de vida útil e preço de construção são de extrema
importância para que possam competir no mercado. Esses desenvolvimentos estão
atrelados à síntese de novos materiais em sua grande parte, de forma que possuam
menores band gaps possibilitando a melhor absorção do espectro de luz solar, uma
melhor estabilidade frente a condições adversas e melhor solubilidade [25].
4.1.1 Estrutura
30
Figura 26 - Estrutura típica de uma célula fotovoltaica orgânica impressa
31
4.1.2 Desenvolvimento e pesquisa
32
Atualmente, o material mais utilizado no cátodo ou no anodo é o óxido de índio e
estanho (ITO), porém fatores como: recurso escasso; métodos de preparação de alto
custo; baixa transparência na região infravermelha e fragilidade; tornam necessária a
sua substituição.
Os fulerenos, descobertos em 1985, são alvos de diversas pesquisas na aplicação
nos aceptores das células solares orgânicas, cujo alcance nas eficiências é relativamente
bom. Como resultado de extensos estudos, uma grande quantidade desse material foi
sintetizada, e suas estruturas e propriedades relatadas. Além disso, problemas
envolvendo o alto custo e a disponibilidade limitada foram reduzidos com o aumento da
produção industrial do C60 [25].
Os nanotubos de carbono surgem também como um material a ser empregado
nas células orgânicas fotovoltaicas. Estudos indicam que esses são responsáveis pela
melhora nas transferências de elétrons, nas dissociações do éxciton (uma quase partícula
dos sólidos formada por um elétron e um buraco ligados através da interação
coulombiana), na condutividade do buraco e na formação de pontes condutores. Além
disso, os nanotubos de carbono possuem uma excelente propriedade mecânica. Apesar
de seu aspecto espectroscópico ser promissor, ao serem utilizados no aceptor, baixas
eficiências são alcançadas. O melhor resultado reportado por Ren et al [41] foi de
0.72%, quando semicondutores puros de nanotubo carbono foram incorporados à
camada ativa. Por outro lado, as suas aplicações nos eletrodos e como componentes da
camada de transporte do buraco podem ser desenvolvidas [30].
O grafeno por sua vez, surge como uma das novas alternativas de materiais em
substituição ao ITO, para a terceira geração de células fotovoltaicas, suas propriedades
mecânicas, térmicas, ópticas e eletrônicas têm obtido resultados de excelência. As
aplicações do grafeno incluem três componentes de grande importância nas células
orgânicas que são: o material transparente do eletrodo, a camada ativa e a camada de
interface.
4.1.2.1 Eletrodo
33
eficiência comparáveis ao ITO, porém a alta rugosidade da superfície dos CNT e a
grande quantidade de energia consumida durante sua preparação limitam a sua
aplicação nesse sentido. Como alternativa, a utilização do grafeno que é um material
bidimensional com ótimas propriedades de transporte de elétrons, vem se mostrando
uma alternativa como material do eletrodo.
Mesmo que folhas grafêmicas sejam transparentes em camadas finas, essas
possuem uma ótima propriedade de absorção de luz, formando filmes escuros que
conseguem absorver fótons desde o ultravioleta até o infravermelho. Logo, a utilização
do grafeno como material dos coletores de luz é possível, podendo atingir eficiências
em torno de 12% segundo Yong et al [41].
Apesar desse bom nível de transparência, a utilização do grafeno como material
do eletrodo implica em resistências maiores, o que limita o desempenho desse tipo de
células orgânicas. Uma solução para a melhora da condutividade seria a adição de um
material condutor ao grafeno. Tung et al [43]. relataram um nanocomposto híbrido
composto de grafeno e nanotubos de carbono, que apresentaram melhoras na
condutividade e na estabilidade mecânica, porém perdas na transparência foram
verificadas. As performances desses eletrodos de acordo com o tipo de material
utilizado podem ser encontradas na Tabela 3.
Apesar do grande potencial exibido pelas células OPV, alguns fatores devem ser
desenvolvidos a fim de que possam ser empregados em larga escala. Esses fatores são:
A relação entre a condutividade e a transparência, uma vez que a alta
resistência é um dos principais fatores limitantes para o emprego desses
dispositivos.
O custo de preparação.
A possibilidade de produção em larga escala.
34
4.1.2.2 Aceptor
Uma vez que o grafeno possui uma alta mobilidade de elétrons e seu nível de
energia pode ser controlado facilmente pelo seu tamanho, camadas e funcionalidade. É
esperado que o grafeno venha a se tornar uma boa opção como material do aceptor
nesses tipos de células. Na Tabela 5, encontram-se os resultados dos parâmetros obtidos
para os aceptores utilizando determinadas quantidades de grafeno.
35
Tabela 5 - Parâmetros fotovoltaicos de dispositivos utilizando grafeno como aceptor – Extraído de [27]
4.1.2.3 Interface
36
4.2 Células sensibilizadas a corantes
37
Na Figura 27 pode ser vista uma célula solar sensibilizada a corante.
4.2.1 Estrutura
38
Figura 28- Estrutura de uma célula solar sensibilizada a corante [31] – Imagem cedida pelo autor
( )
( ) ( )
( ) ( )
39
Figura 29 - Princípio de funcionamento das DSSC [30] – Imagem cedida pelo autor
40
intuito de melhorar cada componente desses dispositivos de forma a atingir níveis de
eficiências comparáveis às células de silício [36].
Os foto anodos das DSSC são geralmente compostos de nano cristais de TiO2,
que podem utilizar apenas 6% de toda irradiação solar, o que prejudica a eficiência das
DSSC. Para melhorar esses índices de desempenho, técnicas de dopagem do TiO 2 são
feitas com íons não metálicos, metais alcalinos, íons de metais de transição e
lantanídeos.
O contra eletrodo é um importante componente da DSSC e é composto
geralmente de um substrato condutor e uma camada de platina. Contudo, o alto custo
pela utilização da platina impede sua viabilidade comercial. Outro aspecto significativo
dessa configuração é a baixa resistência mecânica e a alta resistência interna devido às
fracas interações entre o catalisador e o substrato condutor, o que resulta em uma baixa
eficiência na conversão de energia. Dessa forma, materiais de baixo custo como o
carbono monolítico e carvão estão sendo utilizados no lugar da platina no contra-
eletrodo, o que diminui os inconvenientes da platina além de reduzir o custo
significativamente [36].
Outro componente que determina a durabilidade e eficiência das DSSC é a
solução eletrolítica, o que dificulta a produção em larga escala e torna a inserção das
DSSC no mercado mais complicada. Para contornar esses problemas, muitas pesquisas
relacionadas à substituição dessa solução eletrolítica por condutores inorgânicos e
orgânicos, líquidos iônicos, polímeros e gel eletrolítico [36].
Os foto-sensibilizadores desempenham papel chave na obtenção de níveis de
eficiência cada vez maiores das DSSC. Dessa forma, o design e a síntese de novos
corantes é o que impulsiona as pesquisas nessa área [32], sendo a maioria delas focadas
nas características de absorção, injeção de elétrons, regeneração do corante e
recombinação [37]. Complexos metálicos como o rutênio, ósmio, e o rênio, têm atraído
interesse devido aos elevados níveis alcançados e a maior estabilidade química em
longo prazo. Entretanto, por serem metais nobres as suas disponibilidades são limitadas
o que impede que sua aplicação em grandes escalas.
Os corantes orgânicos surgem como uma das possibilidades de substituição aos
sensibilizadores metálicos, e apresentam vantagens econômicas e de não toxicidade,
porém a baixa vida útil dos éxcitons e a baixa absorção da luz visível são questões a
serem aprimoradas para a sua aplicabilidade comercial. As eficiências das DSSC
utilizando corantes orgânicos já alcançaram níveis de 9% [37].
41
Pesquisas na área dos sensibilizadores naturais como o betacianina, antocianina
e a clorofila também estão sendo realizadas. Esses materiais possuem processo de
fabricação simples, além de serem materiais de baixo custo, não-tóxicos e
biodegradáveis.
Tabela 7 - Complexo de rutênio mais comuns e suas respectivas eficiências – Extraído de [36]
42
Um segundo estudo com esse objetivo foi realizado por Hinorobu Ozawa et al.
[46] que sintetizaram novos corantes a partir de modificações na estrutura do TUS-20
(cuja eficiência é de 7,5%). Esses novos corantes são: TUS-28, o TUS-21, TUS-37,
TUS-35 e o TUS-36.
Na Tabela 8 podem ser encontradas as eficiências desses novos corantes
sintetizados pelos estudos citados.
Outra opção para melhorar as eficiências das DSSC está relacionada à melhora
da resposta espectral dos corantes de rutênio na região da luz visível até a região
infravermelha, e pesquisas nesse sentido também estão sendo desenvolvidas. Com esse
intuito, corantes com absorções do espectro complementares aos do rutênio são
adicionados. Essas misturas resultaram em uma melhor eficiência de conversão fóton-
elétron o que indica que o método de sensibilização simultânea pode melhorar o
desempenho das DSSC.
Pesquisas direcionadas por Lee et al.[47] utilizaram corantes orgânicos para
melhorar a resposta espectral do N719. Eles reportaram que ao adicionar esse corante
orgânico a absorção da parte azul do espectro solar era melhorada, aumentando assim a
eficiência na incidência fóton-corrente de 52% a 67% na região de 350-500nm. A célula
solar apresentou uma Voc de 0.78V, fator de forma de 66% correspondendo a uma
eficiência de 7.84%.
Apesar das relativas altas eficiências alcançadas pelas DSSC a corantes
metálicos, a busca de novas alternativas para sua substituição é necessária devido às
desvantagens trazidas pelo uso de metais nobres, tais como recursos limitados e custos
elevados.
43
4.2.2.2 Corantes livres de metal
Uma das pesquisas nesse sentido, liderada por Gratzel, modificou o corante
YD2, alcançando uma eficiência de conversão de 10.9%, que foi a máxima conversão
obtida para DSSC baseadas em porfirina até 2011 [36].
Outro resultado expressivo obtido através da modificação estrutural de corantes
baseados em porfirina, foi obtido por Gratzel et al [48] com a aquisição do corante
SM315. A DSSC fabricada com SM315 e solução eletrolítica de cobalto atingiu níveis
de eficiência de 13%, com tensão de circuito aberto Voc de 0.91V, densidade de corrente
de curto circuito de 18.1mA/cm2, e fator de forma de 87%.
Na Tabela 10 podem ser encontrados avanços dessas pesquisas e os melhores
valores de eficiência obtidos.
44
Tabela 10 - Melhores índices de eficiência obtidos através de alterações na molécula de porfirina
Outro ramo de pesquisa que visa à substituição dos corantes metálicos está
relacionado aos corantes naturais, ou seja, que podem ser encontrados na natureza.
Esses corantes oferecem diversas vantagens: podem ser extraídos através de processos
simples, são não-tóxicos, e são biodegradáveis. Os mais utilizados são a antocianina,
betacianina, caroteno, tanino e a clorofila [36].
Entretanto, as eficiências obtidas ainda são baixas, conforme visto na Tabela 11.
O foto anodo possui uma função fundamental no desempenho das DSSC uma
vez que auxilia na transferência de elétrons. Atualmente, nano-partículas de TiO2
apresentam os melhores resultados nas eficiências das conversões fóton-elétron, porém
algumas limitações devido a presença de contornos de grão, e a baixa eficiência perto da
região infravermelha, conduzem à substituição desse material ou no seu
aperfeiçoamento.
45
Logo, estudos relacionados às melhoras nas nanoestruturas do foto anodo, nos
métodos de preparação e materiais semicondutores foram realizados a fim de melhorar a
eficiências das DSSC.
Nos experimentos relacionados às nanoestruturas do foto anodos, as melhores
eficiências de 5.09-6.62% foram obtidas através da incorporação de folhas grafênicas de
vários tamanhos. Uma vez que a melhora na absorção aumenta quanto mais espessa for
a DSSC, apesar de que a maior espessura pode criar um obstáculo para o elétron
ocasionando uma queda na eficiência, folhas grafêmicas de espessuras maiores que
184nm até 1.2µm resultaram em menores eficiências.
Outros resultados importantes foram obtidos na fabricação da DSSC com filme
grafênico-titânia que resultaram em eficiências de 3-5%.
4.2.2.4 Contra-eletrodo
46
Tabela 12 - Ideias propostas para melhora no desempenho do CE e resultados obtidos – Extraído de
[37]
47
4.3 Células solares de pontos quânticos
48
4.3.1 Estrutura e princípio de funcionamento
Uma vez que as QDSSCs são uma adaptação das DSSCs, suas estruturas são
similares consistindo em um foto anodo, um contra-eletrodo e um eletrólito. A única
diferença entre essas duas células solares é que o material sensibilizador é substituído
por nanopartículas de PQ nas QDSSCs. Na Figura 30 pode-se observar essa estrutura.
49
4- Regeneração do par redox no contra-eletrodo: nessa etapa é importante que
ocorra uma rápida descarga de elétrons no contra-eletrodo.
Figura 31 – Processo de transferência de elétrons nas QDSSCs [40] – Imagem cedida pelo autor
50
Tabela 14 - QDSSCs com diferentes tamanhos de PQs – Extraído de [39]
Diâmetro Comprimento
PQ JSC VOC PCE (%)
(nm) de onda
CdS 4.4 3.519 0.41 350-470 0.66
CdS 4.9 4.519 0.44 350-500 0.85
CdS 5.9 6.694 0.48 350-525 1.29
CdS 6.2 5.494 0.51 350-550 1.05
CuInS2 8.27 4.22 0.355 400-800 0.46
CdSe/N719 2.2 2.37 0.75 400-700 0.71
CdSe/N719 2.5 6.42 0.78 400-650 3.31
CdSe/N719 3.3 6.95 0.81 400-600 3.65
CdSe(I) 2.5 2.25 0.59 400-550 0.53
CdSe(II) 3.5 3.23 0.64 400-600 0.86
CdSe(I)/CdSeII 2.5/3.5 3.41 0.66 400-650 1.26
51
na qual CdSe/CdS utilizando estruturas core/shell que exibiram melhores valores de
corrente de curto circuito, tensão de circuito aberto e também da eficiência.
Uma abordagem proposta por Jung et al [56] envolve uma camada passiva entre
o TiO2 e o eletrólito. Essa camada passiva reduz a taxa de recombinação do TiO2 ao
eletrólito, resultando em melhores eficiências.
Células de múltiplas camadas de PQs fabricadas utilizando métodos de
deposição química também podem melhorar o desempenho das QDSSCs. Hu et al [57]
através dessa técnica obteve uma eficiência de 1.47% para CdS/CuInS2, enquanto que
para um único PQ, as eficiências alcançadas foram de 0.34% e 0.38% para o CdS e
CuInS2, respectivamente.
Estudos nos materiais que compõem tanto o contra-eletrodo como o eletrólito
também devem ser considerados na busca por melhores eficiências. CuS e CoS são dois
contra-eletrodos utilizados nas células QDSSCs de múltiplas camadas cuja composição
é ZnS/CdSe/CdS. A utilização desses dois tipos de contra-eletrodo alcançou eficiências
de 2.7% e 1.9% respectivamente, e que se comparados contra-eletrodos de platina cuja
eficiência alcançada é de 1.6% demonstram uma melhor significativa.
A utilização de nanotubos de carbono está sendo incorporada às QDSSCs, e
resultaram em rápidas transferências de elétrons quando utilizadas em conjunto com o
CdSe. Lee e colaboladores reportaram, em 2008, que as integrações existentes entre os
NTCs e o semicondutor de TiO2 atuavam no sentido de direcionar as cargas até o
eletrodo. Seguindo esse estudo, uma pesquisa liderada por Chen obteve um dispositivo
de eficiência 1,46% em 2010.
52
5 Principais resultados observados
Através das pesquisas nas três células representativas da terceira geração, foi
possível notar a utilização de materiais relativamente novos como os grafenos e os
nanotubos de carbono com o objetivo de substituir os materiais mais comuns nessas
células solares. O uso desses novos materiais trouxe como avanços: melhores níveis de
eficiência, redução do custo, melhora da resistência mecânica das células solares, além
de características estéticas como transparência e baixo peso.
As células solares orgânicas ainda possuem uma baixa eficiência, em torno de
5%, o que não as tornam viáveis para aplicações em edificações no momento. Por outro
lado, elas se apresentam como uma boa alternativa em aplicações de sistemas menores,
como na recarga de aparelhos eletrônicos, como notebooks e celulares. O potencial de
baixo custo dessas células é o maior motivador para as mais diversas pesquisas
realizadas, que possuem como objetivo as tornarem viáveis comercialmente na próxima
década.
Nas células sensibilizadas a corante, as características interessantes são aquelas
relacionadas aos sensibilizadores, tanto do tipo metálico como do tipo orgânico, onde
novos métodos de síntese e design levaram à obtenção de novas moléculas com
melhores características de absorção, resultando assim em uma elevação das eficiências,
conforme visto na Figura 32.
53
Figura 32 - Avanço no nível de eficiência das células solares sensibilizadas a corante
54
5.2 Representatividade na geração
Nota-se que a terceira geração ainda não possui uma parcela representativa na
produção de energia, isso se deve ao fato de que ainda não são disponibilizadas
comercialmente.
55
5.3 Aplicações
56
comparável aos painéis de silício cujo custo está entre US$1,00/W e US$3,50/W.
Quando esse custo é analisado em termos de área, as diferenças de preço se tornam
ainda mais impactantes. Nas novas tecnologias, o custo por metro quadrado está em
torno de 50 dólares a 200 dólares, enquanto na primeira geração esses custos podem
chegar até 500 dólares por metro quadrado [1].
Por outro lado, a questão de custo para as tecnologias já consolidadas também
está em processo de queda, como pode ser visto na Figura 34.
57
450 18
Espessura da lâmina
300 12
250 10
200 8
150 6
100 4
50 2
0 0
1990 2004 2006 2008 2010 2012 2013 2014
Ano
Figura 35 - Relação entre a espessura da lâmina da célula solar e a quantidade de silício utilizada
58
6 Conclusão
O presente trabalho teve como primeira abordagem uma revisão bibliográfica dos
aspectos de estado da arte das células solares com tecnologia consolidada, expondo as
suas aplicações e representatividade no cenário do mercado fotovoltaico.
A segunda abordagem foi uma divulgação das novas pesquisas em
desenvolvimento para a terceira geração de células fotovoltaicas, focando
principalmente nos estudos acerca de novos materiais e aprimoramento dos existentes.
Notou-se que as pesquisas em busca de melhores níveis de eficiência e estabilidade
concentraram-se na procura de novos materiais que, além de possuir características
ópticas e de estabilidade promissoras, pudessem também ter custos cada vez menores,
maior disponibilidade e baixa toxidade. Destacam-se nesse sentido materiais
nanométricos, como os pontos quânticos e os nanotubos de carbono que aliados a outros
materiais conseguiram melhorar as perdas elétricas nas células fotovoltaicas atingindo
maiores níveis de eficiência.
As primeiras células representativas da terceira geração abordadas, as células
orgânicas, podem vir a substituir as células de silício em um futuro próximo, pois
possuem um potencial de fabricação muito mais simples que as células de primeira
geração, tornando-as consequentemente mais baratas. As pesquisas com grande
potencial envolvem a utilização do grafeno em diversos componentes dessas células. Se
utilizados com nanotubos de carbono, foram reportados melhores resultados na
condutividade acompanhados de uma perda na transparência das células orgânicas.
As células solares sensibilizadas a corante aparecem como pioneiras em eficiência e
estabilidade da terceira geração, possuindo atualmente a melhor capacidade de substituir
as células de silício. As pesquisas mais recentes que visaram principalmente à melhora
de desempenho e redução de custo obtiveram resultados favoráveis, levando às
melhores taxas de eficiência dessa geração.
A terceira célula representativa da terceira geração, de pontos quânticos, apresenta
um potencial de eficiência mais elevado que as de corante, porém atualmente os níveis
de eficiência alcançados ainda estão baixos. Por outro lado, estudos intensos já
59
verificam a possibilidade de redução de perdas dessas aliadas com uma redução no
custo.
A complexidade do trabalho residiu no grande número de materiais novos que estão
em processo de desenvolvimento e na seleção dos resultados alcançados em termos
práticos para a Engenharia Elétrica. Tendo em vista essas dificuldades, foi necessário o
desenvolvimento da capacidade de pesquisa do aluno através da análise de inúmeras
fontes e na escolha dos resultados mais relevantes, o que configura o aperfeiçoamento
dessa competência tão importante para a vida acadêmica e profissional.
O intuito do presente trabalho, que teve como objetivo fornecer uma revisão
bibliográfica das células solares, juntamente com o fornecimento de informações sobre
o que há de mais novo em termos de pesquisas na área de materiais da terceira geração,
foi cumprido.
Através do presente trabalho concluiu-se que extensas pesquisas na área de
fotovoltaica estão sendo realizadas em sua grande parte com resultados positivos.
Entretanto apesar de alguns deles ainda não serem satisfatórios em termos de eficiência,
o intuito é de que em um futuro não tão distante seja possível a utilização da energia
solar de forma mais eficiente e acessível. Possibilitando assim, a sua expansão em
termos econômicos e sociais e de forma a não agredir o meio ambiente.
A continuidade desse trabalho é constante devido ao grande número de
pesquisas no setor de fotovoltaicas. Novos materiais e novas composições podem ser
obtidos em pequenos intervalos de tempo. Dessa forma, é importante uma atualização
periódica sobre a divulgação de resultados desses novos estudos. Além disso,
tecnologias voltadas para o aperfeiçoamento das células, como células concentradas,
rastreamento solar, hot carriers, entre outros, são um acréscimo ao que foi exposto no
trabalho.
Como complemento às células solares, uma pesquisa direcionada às novas
tecnologias para o sistema fotovoltaico como um todo (bancos de baterias, inversores)
também pode ser feita.
60
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