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Presidente da República Federativa do Brasil
José Sarney
Ministro da Educação
Carlos Sant'Anna
Secretário-Geral
Ubirajara Pereira de Brito
Secretário de Ensino de 2º Grau
João Ferreira Azevedo
Secretário Adjunto
Célio da Cunha
Coordenador de Articulação com Estados e Municípios
Nabiha Gebrim de Souza
Subsídios para
FÍSICA
Autores:
Demétrio Delizoicov
José André Péres Angotti
Colaboração:
Ilustração:
Fernando Menezes
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
Primeiras considerações 5
Intenções 6
Abordagem 7
Algumas leituras 13
0 programa l5
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Texto Introdutório 20
Unidades e tópicos 21
O INÍCIO DO PROGRAMA
Bloco de orientações 51
Trabalho e energia 85
Potência 89
Fluidodinâmica 94
Rotações 96
Bibliografia 130
APRESENTAÇÃO
Este trabalho é parte do Projeto "Revisão Curricular da Habili -
Primeiras considerações
5
transição. Devemos considerar também que a imensa maioria de a-
lunos universitários freqüentam cursos não diretamente ligados
às Ciências Naturais- e consequentemente ã Física.
Frente a estas situações, recolocamos a questão
inicial: para que serve o ensino de Física no 2º grau?
Intenções
7
a sociedade. Qualquer cidadão que detenha um mínimo deste conhe-
cimento pode ter condições de utilizá-lo para suas próprias in -
terpretações de situações de relevância social, reais, concretas
e vividas, bem como para aplicá-lo nessas e em outras situações.
0 desenvolvimento do programa proposto apóia- se
em dois eixos. 0 primeiro eixo, definido pelo natural, será bali.
zado pela radiação solar. 0 segundo, definido pelo social e tec-
nológico, será balizado pelas transformações de energia pela na-
tureza e pelo homem.
Um tema central que possibilita o tratamento glo-
balizado desses eixos e de suas ramificações é a produção, dis--
tribuição e consumo de energia elétrica.
Consideramos que estes eixos e este tema deverão
determinar um currículo articulado de Física e sua conseqüente a
plicação didática. Acreditamos também que, dentre outras variá -
veis, tanto o currículo como sua aplicação devem levar em conta
conteúdos básicos sistematizados, de interesse nacional, regio -
nal e local. Por isso, nossa opção partirá principalmente da ob-
tenção de energia elétrica a partir de usinas hidrelétricas, sem
negligenciar as termoelétricas ao longo do curso.
Como o tema escolhido é suficientemente amplo e
como, para a sua compreensão no estágio do 2º grau, precisamos
arrolar todo o conteúdo da Física em unidades didáticas detalha-
das, definimos um conjunto que constituirá o programa curricular
Para organização desse programa baseamo-nos na
utilização sistemática de alguns conceitos supra-disciplinares
que denominamos "conceitos unificadores" . Sua função, além de re-
duzir a fragmentação dos conteúdos, é permitir uma melhor liga -
ção entre as partes e o todo, contemplada em dois aspectos: pri-
meiro, unidades de ensino(partes) e programa(todo); segundo, par;
a
tes de um conhecimento estruturado (todo).
ção no tempo.
9
deles é também pautado por aspectos de ordem didática e curricu-
lar.
Extensão x profundidade
científica?
Algumas leituras
Texto introdutório
•
20
Unidades e Tópicos
21
pedagógicos: problematização inicial, organização do conhecimen-
to e aplicação do conhecimento.
Rs especificidades de cada um desses momentos são
as seguintes:
Primeiro momento:Problematização inicial
São apresentadas questões e/ou situações para
discussão com os alunos. Mais do que simples motivação para se
introduzir um conteúdo específico, a problematização inicial vi-
sa a ligação deste conteúdo com situações reais que os alunos co
nhecem e presenciam, mas que não conseguem interpretar completa
ou corretamente porque provavelmente não dispõem de conhecimen -
tos científicos suficientes.
A problematização poderá ocorrer pelo menos em
dois sentidos. Por um lado,o aluno já poderá ter noções sobre as
questões colocadas, fruto de sua aprendizagem anterior na escola
ou fora dela. As noções poderão ou não estar de acordo com as
teorias e as explicações da Física, representando o que se tem
chamado de "concepções alternativas" ou "conceitos espontâneos"
dos alunos. A discussão problematizada pode permitir que essas
concepções emerjam. Por outro lado, a problematização poderá per;
mitir que o aluno sinta necessidade da aquisição de outros conhe
cimentos que ainda não detém; ou seja, a situação ou questão con
figura-se para ele como um problema para ser resolvido. Daí a im-
portância de se problematizarem questões e situações.
Neste primeiro momento, caracterizado pela com -
preensão e apreensão da posição dos alunos frente ao tópico,é de-
sejável que a postura do professor se volte mais para questionar
e lançar dúvidas sobre o assunto que para responder e fornecer
explicações.
Este trabalho proporá questões e/ou situações pa
22
ra discussão, sempre relacionadas direta ou indiretamente aos
assuntos do tópico, unidade ou tema central. Além de nossas su -
gestões o professor e os alunos poderão formular outras, talvez
mais adequadas à região ou ao interesse local. O critério para
escolha das questões é o seu vínculo com o conteúdo a ser desen-
volvido; ou seja, as questões devem estar necessariamente rela -
cionadas ao conteúdo de Física do tópico ou unidade em estudo.
Segundo momento: Organização do conhecimento
Os conhecimentos de Física necessários para a
compreensão do tema central e da problematização inicial serão
sistematicamente estudados neste momento, sob orientação do pro-
fessor .Definições , conceitos, relações, leis apresentadas no
texto introdutório serão agora aprofundadas.
0 núcleo do conteúdo específico de cada tópico
será preparado e desenvolvido, durante o número de aulas necessá-
rias, em função dos objetivos definidos e do livro didático ou ou
tro recurso pelo qual o professor tenha optado para o seu curso.
Serão ressaltados pontos importantes e sugeridas atividades, com
as quais se poderá trabalhar para organizar a aprendizagem.
Do ponto de vista metodológico , neste momento de
organização do conhecimento cabem as atividades mais diversas,co
mo:
exposição pelo professor de definições, proprie-
dades, unidades do Sistema Internacional(SI), ordens de grandeza
etc;
formulação de questões, não necessariamente ao fi-
nal do tópico, mas sempre em número adequado e em grau crescente
de dificuldade. É importante que,dentre os problemas escolhidos ,
alguns exijam habilidades diferentes da simples aplicação, envol-
vendo também conceituação, análise e, quando possível, síntese.As
23
relações quantitativas são imprescindíveis e recomenda-se a uti-
lização freqüente das unidades do SI, sem descartar as mistas ,
como km/h, kw.h, ano-luz. A notação científica é a mais adequada
para que os alunos comecem a desenvolver o reconhecimento dos va
lores muito grandes e muito pequenos, relativamente aos conside-
rados "normais";
-texto previamente preparado e impresso em copia-
dora acessível, como o mimeógrafo a álcool, para seu desenvolvi-
mento em discussões coordenadas pelo professor;
-trabalho extra-classe, necessário e compatível
com a disponibilidade dos alunos;
- revisão e destaque dos aspectos fundamentais de
cada tópico;.
-experiências, realizadas pelos alunos(em classe
ou fora dela) ou pelo professor(demonstração), que devem ser pre
viamente preparadas e atender tanto às habilidades fundamentais
do trabalho prático em ciências como ã adequação ao conteúdo do
tópico. Ressaltamos que a atividade experimental não pode ser "a
pêndice da teoria" mas também não deve ser a "base de todo o co-
nhecimento" , ou seja, a referência primeira para o desenvolvimen-
to das teorias científicas. Em resumo, não cair em excesso pare-
ce ser o melhor caminho, pois a própria história da ciência nos
traz inúmeros exemplos da relação complementar teoria-experiên -
cia. Serão fornecidas sugestões de experiências que podem ser de
senvolvidas em sala de aula ou fora dela, incluindo as ativida -
des didáticas de construção de gráficos, análise das tabelas e de
fenômenos registrados (por exemplo através de fotografias estro -
boscópicas).
Livros didáticos
É grande o número de livros de Física para o 2º
grau editados atualmente além de alguns já esgotados. Na "Biblio-
25
grafia" indicamos vários desses textos, bastante utilizados em
Projetos
pes dos projetos, para que possa usufruir dessa produção—é sem-
26
lo Grupo de Reelaboração do Ensino de Física (GREF) , coordenado
neste trabalho.
Periódicos
Nos últimos anos, vem aumentando o número de re-
leira de Física-SBF) ;
Livros paradidáticos
da Física c da Tecnologia.
mento quantitativo.
gida, através das tubulações, para a casa das máquinas, que sem-
ge a turbina.
não era compreendido há pouco mais de 150 anos. Isto porque está
ANTES DEPOIS
35
a obtenção de energia elétrica e a fabricação de tornos mecâni-
cos (E) .
gua. Como isto ocorre? Obviamente porque chove, e este fluxo nos
Terra e dos planetas, bem como o dos corpos em queda livre. Uma
36
gravitacional. Portanto, os corpos, na presença do campo gravita
cional da Terra, estão sujeitos a uma força(peso), que em última
análise explica a atração que a Terra exerce sobre esses corpos
(figura 4). Da mesma forma os planetas, na presença do campo gra-
vitacional do Sol, são por ele atraídos e por isso executam seus
movimentos orbitais.
Figura 4: Atração dos corpos pela Terra
A interpretação destes movimentos através do con
so de transformação: (H) .
ANTES DEPOIS
39
para o estado gasoso(na forma de vapor). Era termos microscópicos,
as moléculas de água no estado líquido estão espacialmente distri-
buídas, em posições que caracterizam uma energia potencial ( não
gravitacional, mas sim elétrica). A mudança para o estado gasoso
requer a realização de um trabalho; dele resulta o aumento da dis-
tância relativa entre as moléculas, uma característica dos cor
pos gasosos. Esse trabalho é realizado pelo calor, que leva à eva-
poração, resultado da interação da radiação solar(ou da atmosfe -
ra já aquecida) com a superfície da água(ver figura 6).
MS
mentos de onda). Do ponto de vista físico, a energia radiante
proveniente do Sol contém freqüências as mais diversas. Uma peque
na parte deste espectro é detectada pela visão humana em cores di-
ferentes: é a luz.
Entretanto, outras partes do espectro não detecta
das pela visão são igualmente importantes. Por exemplo, as ondas
infravermelhas, que têm freqüências menores que as da luz visí -
vel e são responsáveis pelo transporte de calor na transmissão
por irradiação; as ondas ultravioletas, com freqüências acima das
da luz visível; os ralos X e outras.(P)
ANTES DEPOIS
48
enrolamento uma corrente elétrica induzida.(R)
ce a corrente elétrica?
d a ) , por geradores.
49
começar a compreender melhor os fenômenos elétricos das instala-
ções residenciais. Ao acionarmos o botão de um interruptor, esta
mos fechando um circuito e permitindo passagem de corrente elé -
trica pelos fios e pelo filamento da lâmpada. Outros aparelhos
transformam energia elétrica em energia mecânica de rotação, co
mo o liqüidificador.
A base deste texto foram as transformações entre
várias formas de energia; sempre esteve implícito o princípio de
conservação da energia total das transformações. A questão em a-
berto é: como o Sol é abastecido de energia, uma vez que na Ter-
ra aproveitamos energia solar armazenada?
A resposta a esta questão não pode ser fornecida
pelo conjunto de leis e teorias até aqui mencionadas.
0 início do nosso século constitui um marco revo-
lucionãrio, entre outros ao longo da história da Física e das
Ciências. Nesse período, modificou-se fundamentalmente a percep-
ção humana sobre o comportamento da natureza.
Os modelos construídos neste século contêm algu-
mas inovações qualitativas em relação aos anteriores e, ao mesmo
tempo, restringem a aplicação destes, isto é, estabelecem domí -
nios de validade para as teorias construídas até o século XIX,es-
sencialmente a Mecânica e o Eletromagnetismo clássicos.
Neste sentido, a compreensão do que acontece no
Sol é possível graças ao conhecimento construído pela Relativi -
dade e pela Macânica Quântica. (T) Por meio delas chegou-se ã com-
preensão do fenômeno de fusão nuclear: a energia irradiada pelo
Sol é. resultado de uma transformação nuclear,, na qual átomos de
hidrogênio, pelo processo de fusão, dão origem a átomos de hélio,
liberando grande quantidade de energia que é irradiada. Trata-se
de um auto-consumo de matéria e de energia pelo Sol.
50
Finalmente, cabe lembrar que as atuais teorias
em Física fornecem um outro modelo 'alternativo ao das ondas ele-
tromagnéticas para a propagação da energia radiante do Sol. O
modelo inclui, além do comportamento ondulatório, o comportamen-
to corpuscular da luz e das demais faixas do espectro. Isto é,
essa energia é concebida como agrupamentos de partículas, denomi-
nadas "fótons",daí ser chamada quantizada ou não-contínua; essa
energia é uma função direta de freqüência da radiação .
Tecnologicamente, ainda não conseguimos dominar
os processos de fusão nuclear para a obtenção segura e "limpa"
de grande quantidades de energia—há uma expectativa que isto ve-
nhá a ocorrer a partir do início do próximo século. A tecnologia
em uso hoje em dia é decorrente de investigações que se inicia -
ram nos anos 1930/40 e baseia-se num processo de transformação
inverso ao da fusão nuclear, que é chamado fissão nuclear. (U) Nes-
se processo de transformação, núcleos de átomos pesados são que-
brados (fissionados) , transformando-se em- átomos menos pesados e
liberando uma grande quantidade de energia. Essa energia libera-
da, quando confinada e controlada, é aproveitada, por exemplo,pa-
ra geração de energia elétrica, nas chamadas usinas nucleares (que
a rigor, são termoelétricas).
O não-controle dessa energia, por acidente ou de
liberadamente, provoca danos irreversíveis à natureza e para o
homem, como já ocorreu em alguns países algumas vezes, ,ao longo
dos últimos anos (V) .
Bloco de Orientações
Leituras recomendadas
GOLDEMBERG, J. Energia no Brasil
INSTITUTO DE FÍSICA/USP. Trabalho Humano e Uso de Energia(em cola-
boração com a Companhia Energética de São Paulo -
CESP).
DI CROPANI, O.F. 0 Mundo da Eletricidade(publicação da Eletropau-
lo).
52
bliografia, ao final deste trabalho. Em contrapartida, localiza-
(C) Informações
Itaipu
12.600 33.000 8.280 740.000 94.5
Sugestão de Atividades
53
propor que façam uma estimativa: para quantas residências, em me
dia, uma usina(escolha uma delas)pode fornecer energia simulta -
neamente. Trabalhe com potências de dez. Lembre aos alunos a idea
lização deste cálculo, pois a usina fornece energia comercial, in-
dustrial, de iluminação pública, e estes outros tipos de consumo
não estão sendo considerados na estimativa.
Proponha ainda a verificação do consumo médio
mensal de energia elétrica na sua cidade e região; um grupo de
alunos pode realizar essa tarefa.
Leituras recomendadas
TERRY, L.A. e outros. "Nas Malhas da Energia". In Ciência Hoje,Rio
de Janeiro, n9 23, nvar-abr/86.
BRAZ PIRES, F. e VACCARI, F. "Alta Tensão por um Fio". In Ciência
Hoje. Rio de Janeiro. nº 23, mar-abr/86
GOLDEMBERG, J. Energia no Brasil
(D) Informações
Sugestão de atividades
Explore o conceito de processo de transformação,ca-
racterizando a qualidade dos elementos transformados "antes" e
"depois". No texto introdutório, são privilegiadas as transformai
ções entre formas de energia(manifestações de uma mesma grandeza).
No entanto, pode-se desenvolver junto aos alunos uma conceituação
mais ampla de processos de transformação, abrangendo qualquer mo-
dificação num fenômeno ou situação analisados. Pode-se assim in -
cluir mudanças radicais dos materiais nas reações químicas, como
na combustão, por exemplo. Outros exemplos: mudança de cor nos rea
gentes, mudança de consistência de alimentos ao serem cozidos,rup-
tura de uma pedra ao chocar-se com o solo; transferência de quan-
tidade de movimento nas colisões(mesmo de linear para angular, de
rotação para oscilação e vice-versa).
Fazer uma demonstração, com queda de corpos sóli -
dos, discutindo a transformação de energia potencial em cinética.
55
Discuta a influência do atrito com o ar, quando e se for o
Leituras recomendadas
(E) Informações
Wallis e Wren.
Sugestão de atividades
Leituras recomendadas
(G) Informações
Leituras recomendadas
esse trabalho?
(0) Informações
58
tromagnéticos oscilantes. Em 1895, confirmou-se que a velocida-
de das ondas de Hertz é igual ã da luz.
Maxwell sintetizou o trabalho de diversos pesquisa
dores, na maioria essencialmente experimentais, como Ampère e Fa-
raday, cujas experiências desenvolveram-se a partir das descober-
tas de Volta, Ohm, Cavendish, Davy, Oersted.
Em resumo: Volta(1745-1827), construiu a primeira
pilha elétrica em 1800, abrindo a possibilidade para os estudos
de eletrodinâmica, realizados principalmente por Ohm(1739-1854),
Cavendish(1731-1810) e Davy(1778-1829).
A interação eletricidade-magnetismo foi inicial -
mente observada por Oersted(1777-1851). Em 1820 ele constatou o
desvio da direção de uma agulha magnética quando próxima a um fio
percorrido por corrente elétrica. Esta notícia foi difundida ra-
pidamente e Ampère(1775-1836), poucas semanas depois, obtém o
mesmo efeito e inicia seus estudos. Publica a sua síntese em 1827
Uma Teoria Obtida Somente da Experiência.
Por sua vez, em 1821, Faraday inicia seus estudos
na busca do efeito da produção de energia elétrica, a partir do
campo de indução eletromagnética. Seu diário detalhado indica um
trabalho perseverante e anotações repetidas do tipo "sem resulta-
dos positivos". Consegue finalmente observar a indução eletromag-
nética em 1831, pela variação da corrente elétrica(ao ligar e
desligar o circuito), induzindo corrente no outro circuito.
Além do trabalho ligado aos campos elétrico e de
indução magnética variáveis, Maxwell unificou também a eletros-
tãtica: leis de Coulomb e Gauss, para o campo eletrostático, e
lei de Gauss,para o campo magnético estacionário.
Se por um lado apóia-se em inúmeros experimentos
anteriores, por outro, a teoria de Maxwell transcende e prevê
59
todo um campo fértil de interpretações de fenômenos naturais e
aplicações, que permitiu o desenvolvimento da chamada "era da e
letricidade".
Sugestão de atividades
Realizar com os alunos demonstração do desvio da
agulha de uma bússola, provocado por um fio em curto-circuito ,
ligado a pilhas, ou por um fio embobinado, ligado a uma pilha ,
com a bússola em seu centro.
Observar também o desvio de medidor de baixa cor-
rente (de preferência galvanômetro ou microamperímetro de zero
central) por movimento relativo a ímã permanente.(Grupos de alu-
nos podem providenciar o material para as demonstrações).
Leituras recomendadas
BERNAL, J.D. Ciência na História(Vol. 3, cap. 9, seção 9.3)
PROJETO DE ENSINO DE FÍSICA. Eletromagnetismo (fascículos 4 e 5,
leitura suplementar).
DAMPIER, W. Pequena História da Ciência (Cap. 7)
EINSTEIN, A. e INFELD, L. A Evolução da Física(Cap. 2 ) .
RONAN, C. História Ilustrada da Ciência (Vol. 4,pp.48-52).
(P) Informações
Leituras recomendadas
são e absorção)
tura suplementar)
Sugestão de atividades
dor.
(R) Sugestão de atividades.
Discutir e explorar o dínamo de bicicleta.
(S) Informações
trica.
Leituras recomendadas
(T) Informações
G
luz, da bem formulada teoria de Maxwell, já não é suficiente pa-
ra interpretar resultados de experiências novas.
Importante ressaltar que nessa época(por volta de
1910), já se dispunha de técnicas para a obtenção de difração
de raio X, com as experiências de Bragg.
Em 1924, De Broglie(1892-1987) formulou uma hipó-
tese para o comportamento ondulatório dos elétrons. A difração
de elétrons, obtida, em 1927 por Davisson e Germer, confirmou a
hipótese, usando redes cristalinas com distância média reticu-
lar de poucos angstrons; as mesmas usadas na difração de raios
X. Experiências posteriores confirmaram com prótons(descobertos
em 1919, por Aston e Rutherford) e nêutrons(descobertos em 1932,
por Chadwick) o fenômeno de difração de "partículas".
65
se para os infinitésimos de tempo(por exemplo, nas interações
nucleares com emissão de radiação X ou ) e os tempos geológi-
cos (fósseis) e cosmológicos (idade do sistema solar e do uni -
verso), Sugere-se apresentar espaço e tempo como o palco onde
ocorrem as interações da matéria e da radiação. Outras grande -
zas primitivas deverão ser necessariamente introduzidas ao longo
do curso:temperatura e intensidade de corrente elétrica.
Permanece ainda uma questão: como não começar pe-
la definição e estudo do conceito de velocidade, quando se quer
escudar Física priorizando-se as interações? Primeiro, os alu -
nos têm noções de velocidade, pelas relações de espaço e tempo
e mesmo como resultado da aprendizagem no 1º grau;segundo, acre
ditamos ser possível e até mesmo desejável a introdução do estu-
do pela causa do movimento, seja pelo conceito de força(ou quan
tidade de movimento linear), seja pelo de campo. Não é casual a
sequência proposta neste trabalho nem tampouco a posição bastan-
te deslocada dos conceitos cinemáticos relativamente aos tex-
tos e programas normalmente adotados para os cursos de Física.
Isto não significa em absoluto que sejam conceitos menores ou
secundários; entretanto podem ser contemplados de maneira dis -
tinta, sem considerá-los obrigatoriamente como pontos de parti-
da únicos para qualquer curso de Física no 2º grau.
A análise de forças no espaço conduz às definições
de trabalho e energia; a análise de forças no tempo indica a de
finição de quantidade de movimento linear e angular, grandezas
associadas a princípios de conservação que a nosso ver devem ser
destacadas.
QUEDA D'ÁGUA
Nesta primeira Unidade, a proposta é a de discutir e caracteri-
zar, em cinco tópicos, as grandezas associadas ã dinâmica das par
tículas. Com isso os processos de transformação da energia mecâ-
nica que ocorrem em uma hidrelétrica serão compreendidos em nível
de profundidade.
Núcleo;
Quantidade de matéria—massa, força peso, campo gravitacional da
Terra(aceleração da gravidade), tratamento vetorial das grande -
zas peso e campo gravitacional.
Objetivos;
Caracterizar massa e definir peso e campo gravitacional. Estabe-
lecer a relação entre as três grandezas. Relatar os modelos geo-
cêntrico e heliocêntrico. Enunciar a lei da gravitação univer -
sal. Aplicar as relações em situações que envolvem os conceitos.
Orientações
Problematização inicial: questões e situações sugeridas para dis
cussão:
Balança mede massa ou peso? (Escolher uma balança
de uso comum)
Corpos em queda caem "para baixo"? E a água da re-
presa também?(Aguarde as respostas e explore a questão da seguin-
te forma: esquematize a Terra no quadro e desenhe uma pessoa no
hemisfério norte e outra no hemisfério sul. 0 que significa "pa-
ra baixo"?)
Que argumentos você usaria para convencer seus colegas
de que a Terra gira ao redor do Sol e não o Sol ao redor da Ter-
ra?
Um astronauta é capaz de saltar a uma altura maior
C9
na Lua do que na Terra. Como você explica isto?
Organização do conhecimento: apresente os modelos geocêntrico e
heliocêntrico, localizando suas origens e época em que foram for-
mulados. Explore também que o Sol é uma estrela e que não está
em repouso, apesar de os planetas orbitarem em torno dela.
Desenvolva o conteúdo especifico, baseando-se nos
objetivos enunciados. Destaques: invariância da massa e dependên-
cia do peso com o campo; variação de intensidade do campo(ou ace
leração da gravidade)com a altitude; peso e campo como grandezas
vetoriais, direção radial e sentido voltado para o centro da Ter
ra.
Priorizar unidades do Sistema Internacional(SI), citando a unida
de kgf para a força peso, se julgar conveniente.
Notas
1. Lembramos que a grandeza g caracteriza a aceleração da gravi-
dade como o campo gravitacional local. Sua intensidade pode ser
obtida tanto pela razão entre módulo do peso e massa de um mesmo
corpo, no ponto do espaço onde se deseja determinar g, como pela
lei da gravitação universal.
P= mg ou g=m/p (1)
F= GM m/d2 (2)
mas (1) = (2)
mg= GMm/d2
g= GM/d2
onde
m= massa do corpo; P = peso do corpo;
M= massa da Terra; F= força entre corpo e Terra;
d= distância do centro do corpo ao centro da Terra;
G= constante da gravitação universal.
Vê-se claramente que g varia em função da distân -
70
cia(d) e depende da massa(M) que origina o campo.
Sugestão de atividades
Referência quando à
0° 9,780
20° 9,786
4 0° 9,802
60° 9,819
80º 9,831
90º 9,832
Aplicação do conhecimento;rediscuta as questões da problematiza
ção inicial com os alunos.
As grandezas peso e massa estão, em muitos fenôme-
nos, implicitamente envolvidas, através dos conceitos de pressão
e densidade. Desenvolva esses conceitos e aplique-os discutindo
a pressão da água no fundo da represa e nas paredes da barragem,
e na determinação de massas de líquidos através das medidas de
volume.
a) na superfície da Terra;
b) na superfície da Lua(g= 2,6 N/kg ou 2,6 m/s 2 );
c) na superfície de Júpiter(g= 30 N/Kg);
d) no interior de um satélite artificial, em posição onde g=
0.3 N/kg.
Massa(kg) Objeto
1040 Galáxia
30
10 Sol
24
10 Terra
22
10 Lua
1012 Grande montanha
8
10 Petroleiro
3
10 Elefante
2
10 Homem adulto
10° Litro de água
-1
10 Caneta
-2
10 Selo postal
-6
10 Traço a lápis
-13
10 Glóbulo vermelho
10-22 Molécula de proteína
74
so, conforme solicitação dos tópicos.
Comprimento(m)
10-5 sangue
Intervalo do tempo(s)
(Texto 2 ) .
Outras leituras:
ALVARENGA, B, e MÁXIMO, A. Física(Vol. 1, cap. 7)
PROJETO DE ENSINO DE FÍSICA- PEF. Mecânica(Fascículo 12-Gravita-
ção)
CANIATO, R. Um Projeto Brasileiro para o Ensino de Física. 0 Céu
(Vol. 1)
PSSC. Física (Vol. 3, cap. 22, seção 22.8)
Núcleo:
Medidas de forças, relação entre vetor força, massa e vetor ace
leração, conceituação de referencial e inércia, soma gráfica de
vetores e forças, relação entre força e tipos de movimento.
Objetivos:
Enunciar a lei de força elástica (lei de Hooke). Enunciar e apli-
car a segunda lei de Newton. Conceituar referencial inercial e
inércia de um corpo. Operar graficamente com vetores. Relacionar
força resultante, aceleração e movimento.
Orientações
Problematização inicial: puxar, empurrar, levantar, lançar, amas
sar, são todos verbos relacionados com a aplicação de uma força.
O que diferencia cada um destes termos?
Levando em conta que você( e qualquer objeto) tem
peso, como explicar o seu repouso, quando sentado em uma cadei -
ra?
. 77
Um livro que está deslizando sobre uma mesa pode
parar ou não? Por que?
Quando andamos de bicicleta, precisamos pedalar o
tempo todo? Explique por quê.
O que ocorre com a velocidade de um carro em es -
trada plana, quando o motorista pisa no acelerador? Se ele reti-
rar o pé do acelerador, o carro pára imediatamente? Se ele frear,
o carro pára imediatamente?
0 que acontece com os passageiros de um ônibus quan
do ele é freado bruscamente?
Como você distingue repouso e movimento de objetos?
Organização do conhecimento:retome a definição de peso e identi-
fique-o com uma força.
Discuta ou, preferencialmente, demonstre a diferen-
ça de pesos através de uma mola(dinamômetro), verificando a rela
ção direta entre a força peso e o alongamento da mola.
Generalize a relação entre força e aceleração, par
tindo da definição de peso e aceleração da gravidade, obtendo a
29 lei de Newton. Insista no conceito de força resultante, ex -
piorando graficamente a soma de forças com representações das
intensidades em escala apropriada.
Defina e discuta o vetor aceleração, o que impli-
cará também na definição do vetor velocidade. Ê importante enfa-
tizar a relação entre força resultante e variação de velocidade,
ou aceleração; nesta perspectiva, não se pode esgotar detalhes
dos aspectos cinemáticos dos movimentos neste ponto.
Conceitue e explore a noção de referencial e de
referencial inercial, priorizando este último.
A partir de considerações sobre referencial iner-
cial, repouso e movimento, discuta e enuncie a 1ª lei(da inér-
cia) . Reforce a consistência da 2ª lei para o caso da força re-
78
sultante nula, aceleração nula e vice-versa. Enfatize que, mes-
mo com aceleração nula poderá ocorrer movimento, mas de um só
tipo, com vetor velocidade constante.
Sugestão de atividades
Fazer com os alunos o levantamento de dados e a
de um gráfico de força versus alongamento de molas.Ex-
piorar parâmetros da função linear, identificar o coeficiente
angular da reta com a constante elástica da mola.
No deslizamento de corpos sobre superfícies, mes-
mo "lisas", explorar a influência do atrito e relacioná-la com
a dificuldade experimental na observação da lei da inércia.
Fazer demonstração de movimentos com aceleração
constante, através de um plano inclinado. Isto pode ser feito em
sala de aula: basta uma tábua e um pequeno objeto (como uma esfera) , usando-
se várias inclinações da tábua. 0 interesse é observar a veloci-
dade final, cada vez maior com a inclinação crescente do plano.
Analisar movimentos documentados por fotografias
estroboscópicas.
Aplicação do conhecimento:rediscuta as questões da problematiza-
ção inicial.
Resultante nula: 1) repouso(equilíbrio estático);
explorar vetores graficamente; 2) equilíbrio dinâmico(movimento
retilíneo uniforme-MRU).
Explore gráficos do movimento para obter as equa-
ções a partir deles. Uma demonstração de MRU pode ser obtida fa-
cilmente, pelo movimento de uma gota de água em um tubo plásti -
co transparente ou vidro vertical, preenchido com óleo(ver Refe-
rências) . o movimento lento possibilita o registro de posições e
os respectivos instantes, podendo-se tabelar os dados e construir
79
os gráficos de posição e velocidade.
Resultante constante: movimento retilíneo com ace-
leração constante. Explore gráficos e equações do movimento, a
partir de tabelas ou fotografias estroboscópicas.
Resultante de módulo constante e direção variá -
vel: movimento circular uniforme. Defina força central(centrípe-
ta) e aceleração centrípeta, caracterizando o vetor velocidade
como tangente à trajetória, com continua mudança de direção.
Lei empírica do atrito de deslizamento: trabalhe
coeficientes de atrito e dependência entre a força de atrito e a
força normal aplicada no corpo pela superfície de apoio.
Força da água sobre a,turbina: proponha, por exem-
pio, a questão: qual o efeito do mesmo jato de água sobre turbi-
nas de diâmetros diferentes?
0 caráter universal da 2? lei de Newton—o produ-
to da massa pela aceleração— pode ser interpretado como um efei-
to dinâmico sobre o corpo, que permite a previsão de quaisquer
movimentos—já que a aceleração está relacionada com a velocida-
de que, por sua vez, relaciona-se com a posição do corpo; temos
assim as previsões sobre o movimento ao longo do tempo. A força
resultante pode, entretanto, ser de qualquer tipo<regida por qual-
quer lei que indique a variação da força no espaço e no tempo),
tanto na área da mecânica(força elástica, força gravitacional, for
ça de atrito etc) como em outras(força elétrica, força magnética
etc). Portanto, identificada a força resultante(de qualquer ori -
gem) , teremos sua igualdade com aquele produto(massa x acelera
ção); nisto consiste o caráter universal da 2ª lei , decorrendo
dai a previsão dos movimentos.
Exemplos de leis de força e respectivos movimen -
tos:
L e i deE força Movimento
Leituras recomendadas
FERREIRA, N.C. "Estudo do Movimento Retilíneo Uniforme". In Re -
vista de Ensino de Física, São Paulo. Vol. 2, n9
3, ago/80 .
BRITO, A.A. S. "O Plano Inclinado: um Problema desde Galileu".
In Caderno Catarinense de Ensino de Física, Flo-
rianópolis. Vol. 2, nº 2. ago/85.
SOUZA, F.F. "O Conceito de Força na Idade Média". In Caderno Ca-
tarinense de Ensino de Física, Florianópolis.
Vol. 2, nº 2, ago/85.
CUNHA, E.B. M. "Uma Nova Visão da História da Mecânica". In Re-
vista de Ensino de Física, São Paulo. Vol. 5, n9
1, jun/83
PICAZZIO, E. "Meteoritos". In Ciência Hoje, Rio de Janeiro. nº
22, jan-fev/86.
Núcleo:
Vetor quantidade de movimento linear de uma partícula e de um
81
sistema de partículas; princípio de conservação da quantidade de
Objetivos
Orientações
situação inversa?
82
generalização.
ja, procure não trabalhar apenas com enunciados do tipo: "um cor
análise de colisões.
84
!
tegra, emitindo um elétron e um nêutron em direções perpendicu -
-22
lares. A quantidade de movimento do elétron e 1,2 x 10 kg.m/s
-23
e a do nêutron 6,4 x 10 kg.m/s. Determinar a direção, o senti-
Trabalho e energia(Tópico 4)
Núcleo:
Orientações
Sugestão de atividades
87
tante, mas consumindo combustível(motor realizando trabalho).
força centrípeta.
tório.
nal mas sim de posição relativa entre partículas com cargas elé-
de 4.
Energia(J)
Potência(Tópico 5)
Núcleo:
Trabalho (e energia) analisados no tempo. Conceito de potência;
potência útil e consumida por sistemas mecânicos, termodinâmi -
cos e elétricos.
89
Objetivos:
Reconhecer a importância do tempo na realização de trabalho. De-
finir potência; potências útil e consumida. Trabalhar com a uni-
dade watt e as unidades de energia a ela relacionadas(watt.hora
e kilowatt.hora). Aplicar e interpretar o conceito de potência
em aparelhos e máquinas.
Orientações
Problematização inicial:qual a diferença básica entre um motor de
carro de 1 800 cilindradas (ou 1.8) e um outro", de 1 300 cilindra-
das(1.3)?
Um motor de autorama(elétrico) pode fornecer o
mesmo trabalho(ou energia) que um motor de caminhão pesado(die -
sel). Discutir se a afirmação está correta ou não; justificar.
Qual a diferença entre a resistência de um chuvei-
ro nas posições "verão" e "inverno"?
Qual o significado das frases:
1. "O aparelho de som A é mais potente que o aparelho B".
2. "A capacidade instalada da usina de Itaipu é maior que a de
Sobradinho".
Organização do conhecimento: antes de definir potência, retome
o conceito de trabalho, como "energia em trânsito". A força ( ou
sua projeção na direção do movimento) desloca o corpo, mudando
sua posição. Este deslocamento é o "trânsito" afirmado anterior-
mente. A energia de movimento ou cinética pode variar durante a
realização de trabalho; a conversão entre trabalho e energia ci-
nética pode ser total, desde que não haja variações de energia
potencial e que o sistema seja conservativo.
gia.
dos motores.
1 kcal= 4 200 J.
UNIDADE 2
RODA D'ÁGUA
Nesta segunda Unidade, a proposta é a de discutir e caracterizar
em dois tópicos o conteúdo essencial que complementa a primeira
Unidade, e possibilita a compreensão do movimento de corpos con-
tínuos, quer sólidos, quer fluidos.
Fluidodinâmica(Tópico 1)
Núcleo:
Fluidos incompressíveis(líquidos) e compressíveis (gases), pres -
são hidrostática e atmosférica, trabalho e energia aplicados aos
fluidos.
Objetivos:
Aplicar o conceito de pressão em fenômenos fluidodinâmicos. Ana-
lisar fenômenos que envolvem fluidos a partir do conceito de e -
nergia. Relacionar a dependência entre pressão atmosférica e al-
titude e entre pressão hidrostática e profundidade.
Orientações
C'
máquinas hidráulicas. Mostre, no caso do macaco e da prensa hi -
dráulicos,que a diferença das áreas de cada ramo implica em des-
locamentos diferentes. Como as forças mantêm relação inversa com
os deslocamentos, uma pequena força no ramo de menor diâmetro
provoca uma grande força no ramo de maior diâmetro. Entretanto ,
ressalte que o trabalho realizado pelas forças é o mesmo.
Discuta a variação da pressão hidrostática com a
profundidade. Discuta e relacione a variação de pressão atmosfé-
rica e sua redução com o aumento de altitude. Explore o menor pe
so de ar exercendo pressão em maiores altitudes porque, entre ou
tros fatores, o peso da camada de ar abaixo não exerce pressão
naquela altitude. Trabalhe com escoamento de líquidos em dutos :
discuta a relação inversa entre velocidade de escoamento e área
da seção reta do tubo: a velocidade aumenta com a redução da á -
rea do tubo. Explore a conservação do fluxo de liqüido.
Quanto à conservação da energia para escoamento de
líquidos, discuta o movimento da queda de água em um duto que a-
ciona um mecanismo, como uma roda d'água por exemplo, Basicamen-
te, trata-se da conversão de energia potencial gravitacional em
cinética. Se for o caso, discuta e até mesmo formalize a equação
de Bernoulli,
Sobre o comportamento de gases a temperatura cons-
tante, apresente e discuta a lei de Boyle.
Indique que o produto P.V tem dimensão de energia,
mostrando, por exemplo, o deslocamento de gás num tubo de seção
constante e utilizando a definição de pressão. Este aspecto é
importante e será retomado na Unidade 3, quando se tratar a Físi-
ca Térmica.
Sugestão de atividades
95
rica. E experiências de vazão de líquidos em recipientes,para os
alunos observarem a dependência entre a altura do liqüido no reci-
piente e o diâmetro do furo na base do recipiente, A relação de
dependência será obtida a partir de dados tabelados(Ver PSSC,
Vol. I, 1-4, "Análise de uma Experiência".)
Aplicação do conhecimento: rediscuta com os alunos as questões
da problematização inicial. Esclareça porque a espessura das pa-
redes das barragens de uma hidrelétrica precisa aumentar de acor-
do com a profundidade do reservatório. A partir da informação de
que a água que aciona as turbinas escoa por dutos afunilados em
sua extremidade de saída peça aos alunos que expliquem o por -
quê.
0 estudo do comportamento dos fluidos permite uma
melhor compreensão dos ciclos naturais da água e do ar, que se -
rão tratados na Unidade 3.
Rotações(Tópico 2)
Núcleo:
Velocidade angular, rotação de partícula e de massa distribuída
(disco), aceleração angular e torque. Quantidade de movimento
angular e seu princípio de conservação.
Objetivos:
Definir velocidade e aceleração angulares. Identificar variação
do módulo da velocidade com força tangencial. Conceituar massa
distribuída e inércia de rotação. Definir torque sobre uma par-
tícula e momento angular de uma partícula, caracterizando sua
variação com a aplicação de um torque Aplicar o conceito de
torque para um disco em rotação. Enunciar o princípio da conser-
vação da quantidade de movimento angular,
9G
Orientações
CICLO DA ÁGUA
Nesta terceira Unidade a proposta é a de discutir e caracterizar
em quatro tópicos o calor como forma de energia, sua propagação
por irradiação, com a introdução do modelo ondulatório. Com isso
os processos de transformação entre energia térmica e mecânica
serão compreendidos em nível de profundidade.
Radiação solar(Tópico 1)
Núcleo;
0 Sol como nossa principal fonte de energia. Energia radiante
proveniente do Sol, sua interação com a superfície da Terra,at -
mosfera(ciclo do vento) e oceanos(ciclo da água). Noção de es
pectro(eletromagnético e sonoro). Calor e luz como onda eletro-
magnética.
Objetivos:
Caracterizar uma onda. Definir comprimento de onda e frequência;
relacionar essas grandezas com velocidade de propagação. Caracte
rizar as faixas do espectro eletromagnético, utilizando ordens
de grandeza. Identificar calor e luz provenientes dó Sol como on
da eletromagnética e localizar suas respectivas faixas no espec-
tro.
Orientações
Frequência (Hertz)
102
104 Ondas de rádio
6
10
108 TV
1010 Microondas
12
10 Infravermelho
14
10 Visível(luz)
16
10 Ultravioleta
18
10 Raio X
1020
Raios gama
1022
Espectro Sonoro Escala Musical
32 hertz DÓ
48 hertz SOL
64 hertz DO
128 hertz DÓ
160 hertz MI
256 hertz DÓ
960 hertz SI
1024 hertz DÓ
2048 hertz DÓ
4096 hertz DÓ
104
trando sua relação com a velocidade da onda eletromagnética, no
105
timbres, altura, tons de voz(quando houver interesse pelos alu -
nos). Sensibilidade de animais, visual ou auditiva maior que a
do homem e suas reações distintas da nossa. Exemplo: visão notur-
na(gato, coruja), audição de cachorro. Técnicas de fotografia no
escuro, com o uso de infravermelho. Retomar as questões iniciais.
Rediscuti-las. Se for o caso, comentar a alternância histórica
dos modelos onda e partícula para a luz, desde Newton(primeiro
modelo corpuscular) e Huygens(primeiro modelo ondulatório) até
os dias de hoje, introduzindo a idéia do modelo quântico, o fó -
ton. Entretanto, precisamos deixar claro que a teoria eletromag-
nética clássica(devida a Maxwell) permitiu a revolução tecnoló -
gica deste século, portanto sua contribuição ê semelhante à de
Newton para a Mecânica.
Leituras recomendadas
Núcleo:
Transformação de outras formas de energia em calor; calor de com
bustão; combustíveis fósseis e renováveis e alimento. Transferên-
cias de calor; equilíbrio térmico. Análise microscópica das for-
mas de propagação de calor.
106
Objetivos:
Caracterizar calor como forma de energia em trânsito. Conceitu -
cotidiano.
Orientações
ra o calor é obtido?
outros?
107
diversas formas de energia em calor, deixar clara para os alu -
nos a conceituação física de calor como forma de energia era
trânsito.
Ê importante contrapor o conceito físico de ca -
lor ao sentido que damos ã palavra no dia-a-dia. Embora utilize
mos neste tópico o conceito de temperatura, será mais pertinen-
te discuti-lo mais claramente — inclusive fazendo a distinção en
tre calor e temperatura—numa etapa posterior, quando estiver -
mos tratando do universo microscópico da Física Térmica. Neste
momento, nossa preocupação maior está na identificação do uni -
verso macroscópico. Nossa opção de não iniciar esta discussão
pelo modelo clássico de calor justifica-se: acreditamos que,tra-
balhando desta forma, damos maior espaço de participação aos a-
lunos na discussão, já que normalmente sua compreensão dos pro-
cessos térmicos se baseia mais no que vêem e sentem.
A seguir, apresente as seguintes situações: tempe-
ratura constante do corpo humano sadio aproximadamente 37°C(o
calor necessário para manter esta temperatura vem da queima dos
alimentos pela digestão e do oxigênio retirado da atmosfera pe-
la respiração); movimento do motor de automóveis e da turbina
de jatos(proveniente da queima de combustíveis); cozimento de
alimentos(calor proveniente da lenha ou do gás de cozinha). Às
três situações são semelhantes, porque há queima de algum com -
bustível com a conseqüente liberação do calor. Caracterize a
combustão ou queima como um processo que nem sempre resulta em
fogo, como no caso da digestão; o resultado essencial é a libe-
ração do calor, com a mudança brusca que se processa no mate -
rial(esses processos são devidamente explorados em Química).
Fornecemos duas tabelas como instrumento didáti -
co para exploração em sala, substituindo(pelo menos em parte )
os exercícios e problemas. Explore as tabelas o melhor possí -
vel.
108
Tabela 1: Calor de combustão
Observação:
Estes são os valores efetivamente liberados na queima desses ali-
mentos. O corpo humano, na realidade, absorve apenas 1% do ca-
lor liberado.
110
Antes de entrar na discussão das formas de propaga-
ção do calor,para finalizar esta etapa é importante uma discus -
são sobre o principio do equilíbrio térmico, mostrando que, em
todas as situações estudadas,consideramos aquele elemento do sis-
tema que se encontrava a temperatura mais alta como fonte de ca-
lor.
Posteriormente, caracterize os três tipos de trans
ferência de calor:
1. irradiação: através de interação de ondas do in-
fravermelho com a matéria, conforme tópico 1 desta Unidade. Exem-
pio; efeito estufa(ver Ramalho, Conceitos de Física, vol.2, cap.
6);
2. convecção: transferência 'que envolve movimento
de matéria, como no caso do ciclo da água e do ar;
3. condução: propagação do calor(forma de energia)
num meio material, seja bom ou mau condutor.
Aplicação do conhecimento: rediscuta as questões iniciais, ago -
ra com o conhecimento mais organizado.
Além das grandes questões sugeridas, existe uma in-
finidade de afirmações que utilizamos no nosso cotidiano que têm
por trás algum conhecimento de Física Térmica, embora este não
seja explicitado. São questões bastante interessantes para dis -
cussão em sala de aula, como por exemplo:
111
" — Como esta cozinha está quente!
— É que o forno está ligado".
"— Embrulha o arroz no jornal para ele não esfri-
ar" .
"— A comida feita em fogão a lenha tinha outro sa
bor. É que a comida cozinhava mais devagar, da
va tempo para apurar o gosto".
"— Tire a feijoada da panela e coloque numa cumbu-
ca de barro, senão ela vai esfriar".
"— Acabou o gás!
— Pegue o álcool que nós vamos ter que acabar o al-
moço na espiriteira".
"-O bife ainda está meio congelado.
— Não faz mal. Vai batendo a carne, que ela aca -
ba de descongelar".
"— Este chopp está quente.
— Coloque a barra de gelo em cima do barril que e
le esfria".
" No supermercado:—Pare de comparar preço e pe -
gue logo a manteiga que meu pé já está gelado".
Aqui já ê possível estabelecer uma relação entre o
universo macroscópico e o microscópico. Embora estejamos introdu-
zindo nesta etapa do estudo da Física Térmica o modelo de parti
cuias clássico do calor, não consideramos indispensável que essa
introdução seja feita aqui. Se preferir, o professor poderá tra-
balhar por enquanto o modelo macroscópico e só introduzir o mi -
croscópico no final desta Unidade. Será uma maneira diferente de
observar este universo, com o objetivo de sistematizar todo o
conteúdo estudado, conforme propomos também no Tópico 3 da Unida
de 4.
112
Caso o professor opte por introduzir a escala mi -
croscópica neste momento, sugerimos que o faça usando o modelo
sem apresentar equações, caracterizando os diferentes estados fí-
sicos da matéria e discutindo o modelo para gases, líquidos e
sólidos.
Discuta ainda, temperatura como um indicador numé-
rico relacionado com a energia interna(agitação molecular-cinética)
de um material, em qualquer estado.
Calor é energia em trânsito,que se propaga esponta-
neamente de um corpo mais quente para outro mais frio. Microsco-
picamente, o calor é o resultado do trabalho caótico das parti -
cuias, e sua propagação depende de um desnível térmico. Macros -
copicamente o trabalho de força ocorre com diferença de posições;
daí ser também interpretado como forma de energia em trânsito.
Por fim, trabalhe as unidades de calor e sua con -
versão para a unidade SI (Joule), e as escalas de temperatura.Dis-
cuta o zero absoluto e seu significado (escala Kelvin) . E também
a conversão da escala Celsius para a escala Kelvin e vice-versa.
Leituras recomendadas
ALVARENGA, B. "A Evolução do Modelo Molecular da Matéria". In
Fisica(Vol. 2, 1980, pp. 396-399).
TOFFOLI, L. et alii. "A Energia do Gás". In Ciência Hoje, Rio de
Janeiro. nº 15, nov-dez/84.
CISCATO, C.A. M. "Organização e Liberdade Molecular". In Revista
de Ensino de Ciências, São Paulo. nº 17, mar/87.
VALADARES, E.C. "Super-redes: Harmonia das Bandas Cristalinas".
In Ciência Hoje, Rio de Janeiro, nº 35, set/87.
Efeitos da troca de calor (Tópico 3)
Núcleo:
Trocas de calor e variação de temperatura. Radiação solar e seus
efeitos no aquecimento da Terra. Gases: relações entre pressão ,
volume e temperatura. Trocas de calor: mudanças de estado; dila-
tação.
Objetivos;
Relacionar trocas de calor com variação de temperatura e mudança
de estado. Definir calor especifico sensível e calor latente.I -
dentificar a dilatação e compressão dos corpos com a troca de ca
lor. Descrever as principais transformações termodinâmicas, in -
terpretando-as a partir de diagramas p x V.
Orientações
Problematização inicial:por que quando é verão no hemisfério nor-
te é inverno no hemisfério sul?
Quando não estamos conseguindo do chuveiro elétri-
co o aquecimento que desejamos, costumamos fechá-lo um pouco.Por
quê?
Por que os trilhos das estradas de ferro, as estru
turas das pontes e viadutos não são inteiriços?
0 leite tipo "longa vida" costuma trazer em sua em
balagem a seguinte observação:"Aquecido a 150°C durante 2,4s".Mes-
mo ao nível do mar, conseguiríamos aquecê-lo domesticamente até
este valor? Como seria possível?
Figura 1
"spray".
dança de estado.
Núcleo:
Conservação da energia total de um sistema isolado(1ª lei da Ter-
modinâmica); máquinas térmicas; degradação da energia(2ª Lei da
Termodinâmica); motor a explosão, turbina a vapor d'água.
Objetivos
Relacionar calor trocado, trabalho e variação de energia inter-
na para os gases. Enunciar e discutir o primeiro princípio da
Termodinâmica. Identificar diferentes formas de energia em dife
rentes tipos de máquinas térmicas. Enunciar e discutir o segun-
do princípio da Termodinâmica a partir da eficiência das máqui-
nas térmicas.
Orientações
Problematização inicial: o que é uma máquina eficiente?
O que significa calcularmos o rendimento de um au
tomóvel? Como costumamos medi-lo?
O rendimento de motores elétricos é, em geral, de
90% e o de motores a gasolina(regulados) não chega a 30%. A di-
ferença é puramente técnica? Pode-se chegar a grandes rendimen-
tos em máquinas térmicas em geral?
121
tido e da energia em transformação, enunciar o primeiro princi-
pio da Termodinâmica:
- Calor produzido na combustão
— Trabalho realizado (Unidade 1, Tópico 4)
-Variação de energia interna do sistema. No caso
dos motores a explosão, os gases absorvem, na forma de energia
interna, uma parcela do calor produzido pela combustão.
Caracterize o primeiro principio da Termodinâmica
para sistemas isolados.
Máquina de Carnot e o segundo principio da Termodi-
nâmica. Caracterize eficiência ou rendimento e apresente a tabe-
la a seguir, para discussão com os alunos (GREF-Física Térmica,
texto 5).
Leitura recomendada
ALVARENGA, B. Física(Vol. 2, pp. 435-440: calor e energia mecâni-
ca; experiência de Joule; máquinas térmicas; segun-
da lei da Termodinâmica).
Aplicação do conhecimento; discuta turbina a vapor d'água ( ver
texto a seguir).
Trabalhe o aproveitamento de combustíveis fósseis
para a obtenção de energia elétrica(usinas termoelétricas).
Discuta a relação entre temperatura e energia de
sistemas(consulte a tabela 2 do Tópico,4, Unidade 4).
A turbina á vapor d'água
0 movimento de rotação do eixo que movimenta o dí-
namo de um gerador, em uma usina termoelétrica, por exemplo, é
produzido por turbinas movidas a vapor d'água a alta pressão.
Uma turbina é um conjunto de hélices acopladas a
um mesmo eixo. Essas hélices são movidas pela passagem de vapor
a alta pressão. Esse vapor é produzido na caldeira, que é uma
espécie de panela de pressão onde a água ferve a alta temperat-
ra, produzindo vapor saturado a alta pressão.
Um diagrama esquemático de uma usina pode ser ob-
servado abaixo;
Leitura recomendada
ENERGIA ELÉTRICA
Nesta quarta Unidade, a proposta é discutir e caracterizar,em
quatro tópicos, as transformações da energia elétrica em outras
formas de energia nos aparelhos elétricos, em especial nos re -
sistivos. Com isso, esses processos de transformação, associados
aos anteriores, serão compreendidos em nível de profundidade.
Aparelhos elétricos(Tópico 1)
Núcleo:
Identificação das grandezas ddp, corrente elétrica, freqüência ,
potência, a partir de suas unidades registradas nos aparelhos e-
letrodomêsticos.
Objetivos:
Listar e classificar aparelhos eletrodomésticos quanto aos efei-
tos observados durante o seu funcionamento. Caracterizar grupos
de aparelhos quanto à forma preponderante de energia transforma -
da, a partir da elétrica. Decodificar as unidades de medidas im-
pressas nos aparelhos e relacioná-las com as respectivas grande-
zas. Reconhecer a extensão dos conceitos de freqüência e potên -
cia usados em áreas distintas da Física.
Orientações
Problematização inicial: proponha, por exemplo, uma atividade de
procura e interpretação dos dados das "chapinhas" de aparelhos
elétricos.
Lâmpada X X
Calculadora X
Batedeira X
Liqüidificador X
Geladeira
Forno Elétrico X
Televisor X
Rádio X
Aparelho de som X
Chuveiro X
Campainha X
Faca elétrica X
Espremedor de frutas X
Ônibus X
Aquecedor X
Furadeira X
Secador de cabelo X X
t
Ventilador X
Telefone X
Depilador/ barbeador X
Telégrafo X
Máquina de lavar X
Máquina de escrever X
X
Metrô
Ferro elétrico X
Torradeira X
Rádio-relógio X
Gravador X
Vitrola X X
Máquina de Costura X
Chame a a t e n ç ã o p a r a os a p a r e l h o s q u e , a p e s a r de
Fusível 25; 30
Liqüidificador 110-127 350 50/60
Torneira elé-
trica 220 4000
Aquecedor 110 500
Refrigerador 90-109/ 6 50/60
110-125/
200-219/
220-250
Máquina de
lavar 110 60
Aspirador de pó 110 850
Lâmpada 120/ 40
115-120 60
Máquina de
costura 110 90 50/60 1.00
Chuveiro 220 2800/
4400
Ferro elétrico 115 750
Secador de
cabelos 460
Depilador 120/220 60
Enceradeira 110 250
Espremedor de
frutas 110 70 60
TV 110/220 70 60
Ventilador 110 30
Batedeira 110/127 220. 50/60
Calculadora 3(DC) 0,0002
Aparelho de
som 110-135/ 2
220-240/ 1
135-110/
220
Outras informações:
Faixas de freqüências do rádio
FM - 87,!5 a 103 MHz
AM - 525 a 1605 Khz
Aparelho de s o m : FM - 300/'75 Ohms
Antena VHF(TV) 300 Ohms
Problematize os dados, com as seguintes questões
sugeridas:
Informe que:
voltagem), o Volt.
da Física.
das ã tomada através de dois fios revestidos por uma capa de plás-
131
sistor. A quantidade de energia que ele está consumindo por se-
gundo é dada pela potência do aparelho. 0 relógio de luz, exis-
tente em todas as residências, mede o consumo de energia em ki-
lowatt-hora(kw.h).
29) Nos aparelhos elétricos denominados motores,
a energia é transformada em energia mecânica. Tal transformação
deve-se à interação da corrente elétrica(nos fios condutores)com.
o campo magnético(produzido por um ímã ou eletroímã), resultando
numa força que fará girar o eixo do motor. Eles são constituídos
de duas partes principais:, uma parte fixa, chamada estator, e u-
ma parte girante, chamada rotor.
Os motores são classificados, de acordo com o ti-
po de corrente que os alimentam, em:
motores de corrente contínua(CC): são aqueles ali-
mentados por pilha ou bateria. Neles, a corrente é constante em
valor e em sentido;
motores de corrente alternada(CA ou AC): aqueles
que são ligados à tomada. Neles, a corrente alterna o seu valor
e o sentido. Os motores que encontramos em nossa residência al -
ternam o valor e o sentido da corrente 60 vezes por segundo (60
Hz) . Em geral, eles são construídos para funcionarem na faixa de
50 a 60 Hz.
sinais elétricos;
lhido;
te para recepção.
133
Informe que nos circuitos alimentados por pilhas
ou baterias isso não ocorre, uma vez que a corrente é contínua
(CC).
Informe que 110V ou 220V também é uma caracterís-
tica da rede de distribuição e que a grandeza ddp ou tensão está
relacionada com a energia(potencial elétrica) que a rede distri-
bui para os circuitos, através das tomadas(ddp é a energia poten-
ciai elétrica por unidade de carga elétrica). Dependendo da vol-
tagem da cidade, explore o fato de que que a rede de distribui -
ção(nas ruas e nas residências) tem dois fios(fase e neutro) pa-
ra o caso de 110V, e três fios(fase-neutro-fase) para o caso de
220V. Lembre a distribuição da energia desde a usina geradora a-
té os centros de consumo. A tensão de saída não é de 110V, nem
220V; é da ordem de centenas de kilovolts. Os transformadores das
estações de redistribuição são os responsáveis pelo fornecimento
e manutenção das tensões de 110V e 220V; daí a ocorrência de va-
riações destes valores em algumas ocasiões. Por isso, muitos apa-
relhos, ao invés de serem fabricados para tensões de 110 ou 220V,
o são para tensões um pouco maiores, prevendo essas oscilações.
Lâmpadas, sobretudo, "queimam" também devido a essas oscilações.
Calcule a energia consumida em kw.h em uma resi -
dência, quando alguns aparelhos funcionam simultaneamente duran-
te o mesmo intervalo de tempo. Use a potência nominal constante
nas "chapinhas". Compare então esse valor com a potência instala-
da de alguma usina.
Aparelhos resistivos(Tópico 2)
Núcleo:
134
/
Objetivos;
Identificar as características de condutores e isolantes elétri-
Orientações
létricos esquentam?
tensão da rede?
corrente(lei de O h m ) .
135
peraturas muito baixas, próximas do zero absoluto, nas quais a
resistividade de alguns materiais cai praticamente a zero (fenôme-
no da supercondutividade), as resistências específicas variam
quase que linearmente com a temperatura. A expressão que determi-
na, aproximadamente, essa dependência, é:
onde
(*) Ligas m e t á l i c a s
**) 0 s i n a l n e g a t i v o no c o e f i c i e n t e de t e m p e r a t u r a i n d i c a que a
peratura?
Sugestão de atividades
cionamento .
= 5,6 x 10 .mm/m(Tabela 1)
= 0,5 m
= 3,14.(1,8 x 1 0 ~ 2 ) 2 mm 2
302,5 (calcule!).
A temperatura em que funciona o filamento da lâm-
pada pode ser obtida através da relação:
Como
temos
onde
Obtemos, portanto,
29) Uma ducha tem a inscrição: 220V / 2800W
3800W . Seu resistor é constituído de um fio da liga níquel-cro-
mo de 0,6 mm de diâmetro e 4 m de comprimento, enrolado em espi-
ral(4,0 m para verão, 2,8 m para inverno).
Calcular o valor da resistência da ducha quando
a chave está na posição verão e quando está na posição inverno
(ã temperatura de 20°C, desligada).
Determinar o valor da resistência quando estiver
funcionando na posição verão. Qual é a temperatura da resistên-
cia agora?
Repetir os cálculos com a chave na posição inver-
no.
Quantos kw.h são consumidos num banho de 15 minu-
tos?
Por que o cobre não é usado para se fabricar re-
sistência de chuveiros?
3º) Este é o esquema de instalação de 220V:
RELÓGIO DE LUZ
talizando 40 m de fio.
Calcular a corrente que passa pela fiação quando
o chuveiro está na posição verão. Repetir os cálculos para a po-
sição inverno. Este fio é adequado para a instalação?(Dado: a
corrente máxima permitida pelo fio 12 é 25A).
Leitura recomendada
Núcleo:
Modelo clássico da corrente elétrica. Interpretação da resistên-
cia e da potência segundo este modelo.
Objetivos:
Descrever o movimento dos elétrons livres, na rede cristalina de
um fio condutor não submetido a tensão. Descrever em que condi -
ções o movimento dos elétrons livres de um condutor é considera-
do corrente elétrica. Identificar a transformação da energia po-
tencial elétrica pela fonte em energia cinética dos elétrons li-
vres. Associar energia cinética média dos elétrons livres com a
temperatura do condutor. Interpretar a resistência e a potência,
segundo este modelo.
Orientações
Problematização lnicial:qualquer corrente elétrica sempre dá cho-
que?
Podemos comparar a água que escorre em um cano
com a corrente que flui em um fio? Por que?
Como surge a corrente elétrica?
Como você explicaria o aquecimento de um resis -
tor?
Ao se ligar os terminais de um aparelho na toma-
da, a energia elétrica é transmitida(transportada) ao longo dos
fios de ligação e alimenta o aparelho. Como pode ser explicada
essa transmissão de energia?
Organização do conhecimento: este Tópico está centrado num mode-
Io que explica microscopicamente a corrente elétrica. Lembra -
mos que, como outros, ele tem o seu domínio da validade e que a
tualmente o modelo quântico é o que melhor explica a corrente.
Apresente e discuta o modelo clássico da corren-
elétrica, baseado no texto a seguir(adaptado do projeto GREF-E-
letricidade).
Para a compreensão do modelo, é importante desta-
car:
rede cristalina;
elétrons livres e seu movimento desordenado;
o deslocamento de elétrons livres ocorre sob a a-
cão de força externa.
Retome a 29 lei de Newton. A força externa é pro-
veniente do campo elétrico estabelecido no fio ao submetê-lo a
uma ddp. Faça uma analogia entre a força (peso) que atua num cor-
po, na presença do campo gravitacional da Terra e os elétrons li-
vres, que na presença do campo elétrico ficam sujeitos à força e-
létrica. Neste caso, caracterize, a propriedade de qualquer cam-
po: alterar o espaço ao redor; e campo elétrico associado ã car-
ga elétrica e campo gravitacional associado à massa.
Modelo Clássico da Corrente Elétrica:
Por que existe corrente em um aparelho ligado?
Os bons condutores conduzem o quê?
O interruptor interrompe algum movimento?
O que significa ligar um aparelho elétrico?
Afinal, o que é corrente elétrica?Como ela surge?
Para tais questionamentos, não encontramos respos -
tas apenas através das observações dos circuitos elétricos, pois
não conseguimos ver o que está acontecendo dentro de um fio. Não
conseguimos ver, mas somos capazes de imaginar... Por isso, pode-
mos elaborar modelos que tentam explicar os efeitos que observa -
mos.
A seguir apresentamos o modelo clássico da corren-
te elétrica para os metais, considerando inicialmente um fio a-
141
berto, isto é, sem corrente elétrica. Este modelo foi proposto
por Drude, em 1900, e desenvolvido por Lorentz, em 1909.
No modelo clássico, o metal é imaginado com uma
disposição tridimensional regular dos seus átomos ou seus íons ,
constituindo a rede cristalina. Cada um desses íons é formado por
um núcleo, constituído de prótons e nêutrons, e de elétrons "pre-
sos" a ele devido ã interação elétrica atrativa. Da Tabela 1, ao
final deste texto, constam alguns tipos de rede cristalina de al-
guns metais.
Além disso, o modelo considera que nos metais há
grande número de elétrons que, por estarem mais afastados do nú-
cleo, interagem mais fracamente com ele. Esta interação elétrica
atrativa não é suficiente para deixá-los "presos" exclusivamente
a um íon. Ficam, dessa forma, sob a ação de diferentes íons ao
mesmo tempo e, por isso, deslocam-se pelo interior da rede. Tais
elétrons são denominados de elétrons livres.
Deste conjunto de interações elétricas atrativas e
repulsivas resulta um movimento totalmente ao acaso(aleatório ou
desordenado) dos elétrons livres dentro da rede cristalina,
A figura 1, a seguir, mostra o movimento desordena-
do de um elétron livre.
elétrica.
22
Cobre cúbica de face centrada 8,5 x 10
23
Alumínio 6 x 10
.22
Prata 5.8 x 10"
22
Curo 5.9 x 10
.22
Níquel 9 x 10
(Texto d o G R E F - E l e t r i c i d a d e , t e x t o 3 ) .
Aplicação do c o n h e c i m e n t o : a p l i q u e o modelo c l á s s i c o p a r a i n t e r -
pretar a resistência elétrica e a potência.(Se considerar conve-
n i e n t e , b a s e i e - s e no t e x t o a s e g u i r , a d a p t a d o do GREF). É impor -
t a n t e destacar que:
o campo e l é t r i c o e s t a b e l e c i d o ao longo do f i o po -
de s e r i n t e r p r e t a d o como um d e p ó s i t o de e n e r g i a e l é t r i c a ;
o avanço do movimento—"desordenado" mas com d i r e -
ção p r e f e r e n c i a l — dos e l é t r o n s l i v r e s c o r r e s p o n d e ã t r a n s f o r m a
146
ção da energia potencial elétrica em energia cinética;
trons livres.
147
Além do tipo de rede, o seu tamanho influi também
no espaço em que se moverão os elétrons livres.
O número de elétrons livres por unidade de volume
também caracteriza o material quanto ã sua resistência elétrica.
A ausência de elétrons livres caracteriza o material isolante.
Mesmo entre os metais há diferenças significativas. O número de
elétrons livres está relacionado com a concentração de átomos
por unidade de volume, uma vez que para o modelo clássico os me-
tais apresentam um elétron livre para cada átomo.
148
Interpretação da potência segundo este modelo:
Por que o fio esquenta quando por ele passa uma
corrente?
Já comentamos que no movimento de avanço dos elé-
trons livres o que predomina é o choque desses elétrons entre si
e deles com a rede cristalina.
O aumento de velocidade desses elétrons, acelera-
dos pela força elétrica, significa um aumento de sua energia ci-
nética. Esta energia acumulada é transmitida ã rede durante o cho-
que com ela.
O resultado é, em primeiro lugar, um aumento de
energia cinética dos elétrons livres e,depois, da própria rede
cristalina, constituindo o que entendemos por um aumento de ener-
gia térmica de todo o fio condutor. Este aumento de temperatura
possibilita a transferência de parte dessa energia térmica para
o ambiente, na forma de calor.
Entretanto, esta forma de explicar deixa em aber-
to pelo menos duas questões:
De onde provém esta energia?
Que tipo de energia está se transformando em ener-
gia cinética?
Desse ângulo de análise podemos interpretar o cam-
po elétrico como um depósito de energia elétrica. Ao fecharmos o
circuito, surge um campo elétrico que transfere energia potencial
elétrica a cada partícula eletricamente carregada.
Como os elétrons livres podem mover-se, este avan-
ço em movimento desordenado corresponde ã transformação de energia
potencial elétrica em energia cinética.
A transformação de energia potencial elétrica em
energia cinética será tanto maior quanto maior for o campo ele -
149
trico criado pela fonte de energia elétrica.
(Texto do GREF- Eletricidade), texto.3)
Circuitos elétricos(Tópico 4)
Núcleo:
Aplicação das relações entre ddp, resistência, corrente e potên-
cia a circuitos resistivos. Associação de resistores em série e
em paralelo.
Objetivos:
Descrever os elementos básicos de um circuito simples. Caracteri-
zar associação de resistores em série e em paralelo. Determinar
a resistência equivalente de associações e calcular tensões e
correntes nos resistores de um circuito.
Orientações
Problematização inicial: realize algumas experiências de demons-
tração, usando lâmpadas de lanternas(faroletes) de mesma potên -
cia e pilhas.
Sugestão de atividades
Associação em série e em paralelo de pilhas. Ca -
racterísticas de cada associação.
Estudo gráfico da curva tensão versus corrente de
geradores(CC) .
Aplicação do conhecimento:retome as situações da problematização
inicial. Discuta a partir delas a instalação elétrica residen -
cial. 0 texto a seguir pode servir de base para essa discussão.
Esquema de uma rede elétrica instalada:
Nessa rede de 110V estão fixadas três lâmpadas e
duas tomadas que podem ser usadas, por exemplo, por um ferro e-
létrico e um aquecedor. Do relógio de luz até a última lâmpada
são 30 m de fio de cobre 14, incluindo fase e neutro. Para cada
tomada ou lâmpada, utiliza-se 4 m de fio de cobre 16, para com -
pletar a ligação.
A corrente máxima admissível pelo fio de cobre 14
é de 20A. Estando todos cs aparelhos ligados simultâneamente, a
potência total consumida por eles é:
= 500W + 100W + 60W + 750W+ 60W = 1470 W.
As perdas por dissipação nos fios foi desprezada,
pois, conforme vimos no Tópico 2 desta Unidade, elas estão em
torno de 2%.
Usando a equação P = UI temos:
I
total= 1 470W/110W = 13,4A,
Leituras recomendadas
TERRY, L.A. et alii. "Nas Malhas da Energia". In Ciência Hoje,
Rio de Janeiro. n9 23, mar-abr/86.
PIRES, F.B. e VACCARI, F. "Alta Tensão por um Fio". In Ciência
Hoje, Rio de Janeiro. nº 23, mar-abr/86.
UNIDADE 5
GERADORES E DÍNAMOS
Nesta quinta Unidade, a proposta é a de discutir e caracterizar,
em dois tópicos, as grandezas associadas ao eletromagnetismo.Com
isto, os processos de transformação de energia mecânica em ener-
gia elétrica que ocorrem em uma hidrelétrica(ou termoelétrica)se-
rio compreendidos em nível de profundidade.
Núcleo:
Vetor campo magnético de ímãs permanentes e criados por corrente
elétrica. Interação entre campos magnéticos de ímãs e correntes.
Linhas do campo magnético. Lei de Ampère. Força magnética.
Objetivos:
Determinar as características de um ímã e representar as linhas
de campo magnético. Descrever as interações entre dois ímãs e
entre ímã e bússola. Identificar campo magnético produzido por
corrente elétrica e descrever suas características a partir de
fio retilíneo, espira e solenóide. Enunciar e aplicar a lei de
Ampère, para condutores retilíneos longos. Calcular a força mag-
nética sobre partículas carregadas em movimento em interação
com o campo magnético. Determinar direção e sentido da força
magnética.
Orientações
Problematização inicial:coloque as questões uma a uma.
Por que a agulha magnética de uma bússola se a-
llnha na direção norte-sul. Ela sempre fica alinhada nesta dire
ção?
Imãs sempre se atraem? Uma agulha de bússola a -
linhada com um fio percorrido por corrente deflete?
Norte geográfico coincide com norte magnético?
Fenômenos magnéticos só podem ser observados com
157
auxilio de imãs?
Organização do conhecimento: inicialmente explore os fenômenos
qualitativamente, através da análise e discussão de várias situa-
ções (ver bloco(O) das orientações e atividades sugeridas para o
texto introdutório ), envolvendo a interação de campos magnéti-
cos: entre ímã-ímã e ímã-corrente.
Faça a representação das linhas do campo magnéti-
co de ímãs retos, em ferradura, de fio reto percorrido por cor -
rente, de espira e solenóide. Para a compreensão do tópico se
guinte(Indução Eletromagnética) é de fundamental importância o
conceito de linhas de campo e a representação destas.
Explore a orientação das linhas para cada uma das
situações e o fato de o vetor campo magnético ser tangente, em
cada ponto, à linha de campo. Explore a "regra da mão direita"
para a determinação da direção e sentido do campo magnético por
correntes(em fios retos, espiras e bobinas).
Retome os aspectos históricos da descoberta da re
lação entre eletricidade e magnetismo(ver bloco (O)de orienta -
ções para o texto introdutório).
Estabeleça a lei de Ampère e aplique-a particular
mente para o cálculo da intensidade do vetor campo magnético pro
vocado por fios retos e solenóides. Enfatize o uso da "regra da
mão direita" para a determinação da direção e sentido do campo ,
cuja intensidade foi calculada através da relação campo-corren -
te. Calcule também o campo produzido por uma espira.
Estabeleça a relação entre direções e sentidos
dos vetores campo magnético,força magnética e velocidade de par-
tículas carregadas submetidas ao campo. Explore qualitativamente
a "regra da mão esquerda" para várias situações, de forma a se
representar os vetores. Retome o modelo microscópico da corrente
elétrica(Tópico 3 desta Unidade) para explorar a interação entre
fios condutores percorridos por corrente; chame a atenção para o
campo magnético criado por um deles, interagindo com os elétrons
livres em movimento do outro. Use a "regra da mão esquerda" para
estabelecer a direção e o sentido da força magnética. Retome a
lei da ação e reação para determinar a direção e o sentido da
força magnética no outro condutor: mostre que o resultado é o
mesmo, do ponto de vista de qual "cria" o campo e de qual "sen -
te" o campo.
Estabeleça a equação entre força magnética, cam-
po e velocidade(ou corrente elétríca)para o cálculo da intensi-
dade da força em alguns problemas simples.
Sugestão de atividades
159
terpretar o magnetismo dos materiais magnéticos. O movimento dos
metro num circuito para leitura da tensão. Terra como ímã. Discu-
Leitura recomendada
Indução Eletromagnética(Tópico 2)
Núcleo:
Corrente induzida em um condutor, devido ao seu movimento relati-
vo a um campo magnético. Fluxo de indução magnética. Variação do
fluxo de indução eletromagnética induzida. Lei de Faraday.
Objetivos:
Verificar as condições em que é induzida corrente elétrica num
condutor. Definir e calcular fluxo magnético. Calcular a variação
do fluxo magnético através de espiras , e relacioná-lo com a for-
ça eletromotriz e corrente induzidas(lei de Faraday). Identificar
e aplicar a indução eletromagnética em máquinas elétricas.
'Orientações
Problematização inicial: proponha as seguintes situações:
Considere um fio condutor em forma de espira, mas
que não tem seus terminais conectados a uma fonte de energia. Ao
movimentarmos uma espira com uma velocidade V, os elétrons li -
vres do condutor da espira também adquirem a mesma velocidade.Se
o movimento da espira for em um campo perpendicular ao campo B,
os elétrons ficam submetidos a alguma força? Por quê? Qual a di-
reção e o sentido? Você diria que se estabeleceu uma corrente na
espira?
O que é preciso fazer para que o dínamo de uma bi-
cicleta forneça energia para a lâmpada do farol? A intensidade
da luz do farol é sempre a mesma? 0 que determina a sua variação?
Por que o eletroímã de uma usina hidrelétrica pre-
161
cisa girar?
Organização do conhecimento:explore situações(relatando-as ou de-
monstrando-as experimentalmente) em que surjam correntes induzi-
das devido ao movimento relativo de um condutor num campo magné-
tico. Retome a história da relação magnetismo-eletricidade, en -
fatizando agora que o campo magnético também pode produzir cor -
rente elétrica, so determinadas condições que serão melhor com-
preendidas ao longo deste Tópico (ver bloco (O) de Orientações para
o texto introdutório).
Leituras recomendadas
LOPES, E„ GOLDMAN, C. e ROBILOTTA, M.R. "Um Pouco de Luz na Lei
de Gauss". In Revista de Ensino de Física, São Pau-
lo. Vol. 3, nº 3, set/81.
LOPES, E., MENEZES, A.M.M.M. e ROBILOTTA, M.R. "Gente como Carga
e Aula como Campo". In Revista de Ensino de Físi -
ca, São Paulo. Vol. 5, n9 1, jun/83.
PACCA, I. "O Interior da Terra". In Ciência Hoje, Rio de Janeiro.
nº 5, mar-abr/83.
CONTINENTINO, M. "Vidros de Spin: Novos Desafios do Magnetismo".
In Ciência Hoje, Rio de Janeiro. n9 17, mar-abr/85.
PANEPUCCI, M. et alii. "Novas Imagens do Corpo: Tomografia por Res-
sonância Magnética Nuclear". In Ciência Hoje, Rio
de Janeiro. nº 20, set-out/85.
16M
UNIDADE 6
TRANSPORTE DE ENERGIA
Nesta sexta Unidade, a proposta é a de retomar algumas intera -
ções entre matéria e radiação, de modo a apresentar situações
que transcendem o domínio da Física Clássica, necessárias ã com
preensão global dos fenômenos discutidos ao longo do curso, com
a introdução da relatividade e da Física Quântica.
Fenômenos ondulatórios(Tópico 1)
Núcleo:
Propriedades fundamentais das ondas quando de sua interação com
a matéria, a saber: reflexão, refração, noções de difração, in-
terferência e polarização; tendo como base as ondas eletromagné-
ticas e em particular a luz.
Objetivos:
Enunciar as leis da reflexão e da refração .
Caracterizar os fenômenos de difração, interferência e polariza-
ção de ondas.
Identificar os fenômenos ópticos nos instrumentos mais simples e
descrever seu princípio de funcionamento.
Orientações
1G7
versai. Sugerimos o uso de polarizadores para demonstração, se
possível.
Aplicação do conhecimento: Discuta o arco-íris.
Discuta principalmente os instrumentos ópticos:lu-
pa, projetor de slides, microscópio, telescópios de reflexão e de
refração.
Os alunos podem construir uma câmera fotográfica.
Prepare a discussão com o auxílio das seguintes re
ferências:
PSSC. Física(Parte 2, cap. 11 a 18, principalmente)
CENP. Subsídios para a Implementação do Guia Curricular de Ciên-
cias (Caderno III, Secretaria de Educação de São
Paulo. 1979).
GREF. Óptica Geométrica("Instrumentos Ópticos", texto 2).
Leituras recomendadas
ARAÚJO, C. e LEITE, J. "Luz e Matéria-as Surpresas da Interação".
In Ciência Hoje, Rio de Janeiro. nº 27, nov-dez/86
LUNAZZI, J. "Holografia—a Luz Congelada". In Ciência Hoje, Rio
de Janeiro. nº 16, jan-fev/85
BASSALO, J.M.F. "A Crônica da Óptica Clássica". In Caderno Cata-
rinense de Ensino de Física, Florianópolis. Vol.3,
nº 3, dez/86.
TRAGTEMBERG, M. "As Belezas do Arco-íris e seus Segredos". In Ca-
derno Cararinense de Ensino de Física, Florianópo-
lis. Vol. 3, nº 1, abr/86.
Transporte de energia com e sem transporte de matéria(Tópico 2)
Núcleo:
Orientações
Desenvolva o tópico através de exemplos, obtidos e extraídos do
programa anteriormente estudado. Sugestões para discussão e pro-
blematização :
Transporte de energia com transporte de matéria
170
algum "combustível". Por exemplo: combustão de álcool ou diesel
nos veículos automotores; energia obtida dos geradores nas hidre-
létricas; energia para acelerar as partículas nas fontes de ondas
eletromagnéticas.
2) via de transporte, que conecta os pontos de
partida e de chegada da matéria e/ou energia. Pode ser uma estra-
da, uma rota aérea ou marítima, a atmosfera, fios de condutores,
o espaço(vácuo), por onde caminham materiais e/ou sinais e/ou in-
formações.
Leitura recomendada
FIGUEIREDO, A. e TERRAZAN, "0 Laboratório em Casa—Rádio Galena".
In Revista Ensino de Ciências, São Paulo. n9 17,
mar/87.
Núcleo:
Introdução às noções da Física Quântica: dualidade onda-partícu-
la.
Objetivos:
Citar fenômenos não explicados pela Mecânica e Eletromagnetismo
clássicos. Caracterizar radiação corpuscular e eletromagnética.
Escrever a relação entre energia e freqüência de "ondas". Escre-
ver a relação entre quantidade de movimento e comprimento de on-
da de "partículas". Resolver problemas de fixação e aplicação.
Orientações
171
ses temas. Do contrário, o professor deve introduzir pontos im-
portantes, antes de comentar propriamente os assuntos do tópico.
A discussão deverá basear-se em:
limitações das teorias clássicas da Física, que o
riginaram no começo do século as teorias da Relatividade(restri-
ta) e Mecânica Quântica(Ver bloco (T) de orientações para o texto
introdutório.
.modelos atômicos, desde os gregos até o"átomo de
3ohr".
Esses modelos não foram incluídos neste trabalho
porque normalmente fazem parte do conteúdo de Química no secunda
rio. Neste projeto, a proposta de Química inclui os modelos atô-
micos e os alunos de alguma forma já tiveram contato com eles. A
melhor questão a propor é:
No modelo de Bohr, os elétrons estão em órbita,
obedecendo às regras de ocupação das camadas eletrônicas. Assim,
estão acelerados e, de acordo com a teoria eletromagnética clás-
sica , não são estáveis, pois carga elétrica acelerada deve ne -
cessariamente emitir radiação eletromagnética(ver Tópico 2, Uni-
dade 5 e bloco (O) de Orientações) . Como explicar então que este-
jam em órbitas estáveis?(Volte às limitações lembre os postula-
dos de Bohr e a quantização);
limite de velocidades para as partículas; de acor-
do com a teoria clássica da Mecânica, não existe limite para a
velocidade de uma partícula. Isto pode ser verificado pela expres-
são da energia cinética
Ec= 1/2 m.v2 .
172
profundas nos conceitos da Física Clássica a partir do início
deste século—um exemplo de construção e evolução científicas,
no qual novas teorias mais abrangentes sucedem outras, mais li-
mitadas. No caso da Física Clássica temos: limites de validade
no domínio das partículas(átomos, elétrons, prótons) e no domí -
nio das velocidades próximas à da luz(Física de Alta Energia).
Organização do conhecimento:retome os elementos essenciais do Tó-
pico 1, Unidade 3, onde se discutiu a radiação eletromagnética a
partir do fenômeno do aquecimento da água na Terra pelo Sol.
Caracterize radiação corpuscular para partículas
muito pequenas, baseando-se no texto que se segue.
Radiação corpuscular
Constituída de um feixe de partículas elementares
ou núcleos atômicos, tais como elétrons, prótons, nêutrons, mé -
sons , dêuterons. A energia cinética destas partículas de mas-
sa m e velocidade v, é dada por • 1/2 m. .(como os alunos já
sabem). Em geral, esta expressão é válida, ã exceção de particu -
las com velocidades a partir de 10% da velocidade da luz, o que
só ocorre nos grandes aceleradores de partículas. Por exemplo, um
feixe de elétrons que atingem a tela de um televisor tem velocida-
de de 1,0 x 10 m/s, e podemos calcular sua energia cinética por
aquela expressão. Pedir aos alunos que a calculem, converter a u-
nidade para elétron-volt. Lembrar que em Química esta unidade é
usada normalmente. Insistir que, pela expressão clássica, um elé-
tron pode ter qualquer velocidade(maior que a da luz), mas que is
to não é verificado na prática.
Radiação eletromagnética
Rediscuta os aspectos básicos das ondas eletromag-
néticas e a relação v= . f, onde v é a velocidade de propaga
ção(no vácuo c ) , é o comprimento da onda e f ê a freqüência.Re
tome alguns exemplos(Tópico 1, Unidade 3).
A teoria dos quanta
Sua formulação foi iniciada por Max Planck(1901) e
Albert Einstein(1905). Segundo esta teoria, a radiação eletromag-
nética é emitida de uma fonte e se propaga descontinuamente em pe-
quenos pulsos de energia, chamados "pacotes de energia", quanta
ou fótons. Deste modo, as ondas eletromagnéticas assumem também
um caráter corpuscular. Este modelo foi introduzido porque o mode-
Io ondulatório não conseguia explicar satisfatoriamente fenôme -
nos que passaram a ser analisados a partir de 1901,com Planck e
posteriormente Einstein.
Fótons são partículas sem carga e massa de repouso
nula; portanto partículas bastante especiais quando comparadas com
o próton ou o elétron, por exemplo. A expressão "massa de repou -
so" é necessária aqui, embora ainda não seja possível decodificá-
la totalmente para os alunos (ela será tratada no próximo tópico).
Planck postulou que os fótons, associados a uma freqüência parti-
cular (de luz,raios x, raios gama), possuem energia E,diretamente
proporcional a f, isto ê:
E= h.f, onde h é uma constante universal, chamada
constante de Planck, cujo valor é
h= 6,63 x 10 -34 J.s
ou, também, 4,15 x 10 e v.s.
174
sugerimos calcular classicamente: c) a energia de uma bola de fu-
tebol de 0,5 kg e velocidade l0m/s; d) a energia necessária para
uma pessoa de 60 kg dar um salto vertical de 40cm.
Dualidade onda-partícula
Em 1924, Louis de Broglie apresentou a teoria de
que a matéria possui tanto características corpusculares como on-
dulatórias. Portanto, por um lado, as ondas têm propriedades cor
pusculares(fóton) e também as partículas(elétrons, prótons etc)
revelam comportamento ondulatório. Experiências de difração de e-
létrons em cristais comprovaram, pouco tempo depois, a hipótese
de de Broglie(Davisson e Germer, 1927). A relação matemática da
proposição é escrita na forma
m.v = h /
onde h é a constante de Planck e é chamado de
comprimento de onda de de Broglie.
O produto m.v ê a quantidade de movimento linear
da partícula(Tópico 3, Unidade 1) e caracteriza a natureza cor-
puscular da matéria, enquanto a relação h/ caracteriza a natu-
reza ondulatória, pois ê o comprimento de onda associado ao
corpúsculo(Tópico 1, Unidade 3). Problema:
Determinar o comprimento de onda de de Broglie pa
ra um elétron com uma velocidade de 2 x m/s. Comparar o resul-
tado com o comprimento de onda de um raio X de =1,0
Aplicação do conhecimento: retome as questões iniciais, indican-
do algumas leituras para que os alunos possam fazer discussões e
seminários. Do ponto de vista tecnológico, lembre que um micros-
cópio eletrônico é uma aplicação baseada nas propriedades ondula
tórias do elétron.
Leituras recomendadas
Texto base
OKUNO, E. CALDAS, I.L. e CHOW, C. "Conceitos Básicos sobre Radia-
ção". In. Física para Ciências Biológicas e Biomé-
(cap. 1, seções 1.1 a 1.5).
Outras leituras
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Hoje, Rio de Janeiro. n9 7, jul-ago/83.
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Rio de Janeiro. nº 11, mar-abr/84.
CLARO, F. "Efeito Hall Quântico". In Ciência Hoje, Rio de Janei-
ro. nº 31, mai/87
Núcleo:
Quadro de distribuição da energia solar na Terra; comparação com
fontes de energia não-solar; exploração das ordens de grandeza.
Reação nuclear de síntese de hélio no Sol.
Objetivos:
-• 177
químicas, também pela ordem de grandeza da temperatura e da ener-
gia. Portanto, quando dizemos que o Sol está queimando, fazemos
apenas uma analogia pois, a rigor, não se trata de combustão ,no
sentido químico da energia térmica(Unidade 3 deste trabalho). A
origem da energia solar é portanto nuclear. As reações nucleares
mais importantes que ocorrem no Sol podem ser descritas pelo se-
guinte modelo de cadeias de reações:
de repouso.
Exemplo de reação nuclear:
Fonte:
OKUNO, CALDAS e CHOWN. Física para Ciências Biológicas e Biomédi-
cas. Cap. 13, seção 13.3.2; cap. 12, seção 12.3
Sugerimos que se consultem também:
ALVARENGA, B. e MÁXIMO, A. "A Relação Massa-Energia". In Física
(Volume 2)
WEISSKOPF, V.F. "A Escala Quântica". In Indagação e Conhecimento.
(Capítulo 7)
2) Escalas, relação entre temperatura e energia
3) Escalas, estados eletrônicos e estados nucleares
i) Quadro: fluxos de e n e r g i a na T e r r a
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Endereço:
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Museu de Tecnologia da Bahia
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201
SCHIEL, Dietrich. "Integração Universidade Comunidade". Univer-
sidade de São Paulo- Instituto de Física e Química
de São Carlos- USP/IFQSCar.
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