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Brasília - DF
2015
BALTAZAR BORGES DOS REIS JÚNIOR
Orientadoras:
Profª. (Esp): ANA ISABELA SOARESMARTINS
Profª. (Ma): ANA PAULA CAMPOS GURGEL
Brasília - DF
2015
BALTAZAR BORGES DOS REIS JÚNIOR
____________________________
Professor (a) – orientador (a)
____________________________
Professor (a) – orientador (a)
____________________________
Professor (a) – convidado (a)
____________________________
Arquiteto (a) convidado (a)
Brasília– DF
2015
RESUMO
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Número de fiéis em três paróquias da RA do Guará – DF 30
Tabela 2 – Quadro Comparativo dos Programas de Necessidades 77
Tabela 3 - Tabela de áreas mínimas do setor de culto 80
Tabela 4 - Tabela de áreas mínimas do setor de convivência 81
Tabela 5 - Tabela de áreas mínimas do setor de evangelização 82
Tabela 6 - Tabela de áreas mínimas do setor casa paroquial 83
LISTA DE MAPAS
Mapa 01 – Mapa de Uso de Solo 35
Mapa 02 – Mapa de Equipamentos Urbanos 43
Mapa 03 – Mapa Viário 37
Mapa 04 – Mapa de Gabarito 39
Mapa 05 – Mapa Bioclimático 41
Mapa 06 – Mapa Topográfico 45
8
1.1 JUSTIFICATIVA
9
1.2 OBJETIVOS
10
1.3 METODOLOGIA
O presente trabalho foi desenvolvido com base na pesquisa investigativa
buscando o conhecimento necessário para o correto planejamento de um complexo
religioso, tendo em vista a funcionalidade da obra segundo a finalidade de cada um
dos edifícios do complexo, obedecendo aos princípios arquitetônicos e aos ditames
litúrgicos, no caso dos espaços sagrados. A pesquisa foi sistematizada de forma
gradativa, gerando as condições necessárias para o entendimento do tema e
obedecendo a seguinte ordem:
11
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Tal conceito parece simplificar a noção de espaço sagrado que é, por si só,
carregada de simbologia e discussões doutrinárias, porém, parece o mais adequado
a levar o homem moderno a um entendimento técnico sobre o assunto,
desvinculando-o da ingerência religiosa. É fato que para o homem moderno a
assimilação desse conceito assume contornos diferentes que para o homo
religiosus. Isso se dá não em virtude de uma irracionalidade do conceito do sagrado,
mas porque, para o homem moderno, mergulhado na razão de bases técnicas, é
difícil compreender as bases metafísicas onde nasce o conhecimento do homo
religiosus (MOURÃO, 2013, p.13).
Com essa noção do espaço sagrado pode-se entender o processo de
construção desses lugares, lembrando que o que o torna sacro não é sua
localização, mas o que se constrói naquele local. Na busca pelo sagrado, o homem
despendeu grandes esforços ao longo da sua história, buscando fazer desses
espaços algo grandioso e suntuoso, digno de acolher a divindade. Como resultado
desses esforços, temos um importante legado arquitetônico, a nível de estética e
traços culturais e econômicos, refletindo a realidade de cada sociedade e o modo
como se relacionaram com o sagrado. Nesse ponto, tem-se condições de começar a
compreender o sentido da arquitetura religiosa e ir delimitando seus contornos, pois
ela é um dos exemplos mais significativos de como a estrutura pode influenciar a
experiência do indivíduo, por meio das relações desenvolvidas com o espaço e o
seu mundo interior.
A arquitetura religiosa é aquela que irá se voltar, de modo mais específico,
sobre as edificações de funções sagradas. Segundo Shramm (2005, p.19), a
arquitetura religiosa consiste na interpretação, através das formas construídas pelos
arquitetos, dos significados metafísicos, atemporais, eternos e espirituais, atribuídos
13
pelo homem a sua existência. Ela está inserida dentro das diferentes classificações
do produto arquitetônico e destina-se a mergulhar mais profundamente nos diversos
estilos e conceitos utilizados ao longo da evolução das edificações sagradas. Tais
edificações, como visto acima, surgiram para possibilitar ao homem um lugar onde
pudesse se comunicar e relacionar com o divino, por meio de orações, oferendas e
rituais, fazendo com que ele estivesse próximo do mistério sagrado. Num primeiro
momento, esses lugares se concentravam na natureza, identificados numa árvore,
numa montanha, surgindo aos poucos as edificações em torno desses elementos,
que ao longo do tempo foram ganhando mais complexidade e uma simbologia sacra
que evidenciava a presença do divino. Conforme nos ensina Illarze (2013), “os
espaços sagrados tem então a característica de serem lugares de encontro entre o
homem e o divino nas suas mais diferentes formas”. Para o estudioso em
arquitetura, torna-se impossível estudar arte sacra sem citar a arquitetura religiosa,
que tem sua forte expressão na igrejas, sendo que alguma delas são, até hoje,
monumentos históricos amplamente visitados e admirados.
1
O
assunto
não
será
aprofundado
devido
ao
fato
de
não
ser
este
o
foco
do
trabalho
em
questão.
14
Visto o conceito analítico, Sharamm (2005) irá apresentar um conceito mais
prático e inserido na organização administrativa da igreja católica, dizendo que a
igreja é um templo católico, normalmente, com qualidade de Paróquia, onde o
Vigário e/ou Pároco, exercendo sua autoridade religiosa, confirma e repassa as
instruções episcopais aos religiosos ou fiéis que estão sob sua jurisdição
eclesiástica. Esse conceito é importante, pois nos remete a distinção dos diversos
tipos de edificações católicas.
2.1.2.2 Catedral
2.1.2.3 Basílica
15
arquitetônico. Segundo Zevi (2009) ”a igreja não é um edifício misterioso que guarda
o simulacro de um deus; em certo sentido, tampouco é a casa de Deus, mas o lugar
de reunião, de comunhão e de oração dos Fiéis”. (ZEVI, 2009, p. 71). E mais
especificadamente sobre a basílica, ele continua dizendo que “É lógico que os
cristãos se inspiraram na basílica mais do que do templo romano, pois ela havia
construído o tema social do mundo arquitetônico anterior.”(ZEVI, 2009, p. 71) . As
belíssimas basílicas edificadas nos primórdios do cristianismo ainda hoje podem ser
admiradas por sua imponência e arte construtiva.
2.1.2.4 Santuário
2.1.2.5 Paróquia
Por fim, temos a paróquia, que pode ser entendida como a igreja setorial
contida em cada bairro e que será o objeto do projeto proposto. Segundo o site da
SBC - Sociedade Brasileira de Canonistas, “paróquia é uma extensão geográfica,
sob os cuidados de um pároco, com o auxílio dos vigários, diáconos, religiosos e
leigos”. Deste conceito, afere-se que a paróquia não é necessariamente um espaço
físico, mas uma espécie de jurisdição eclesiástica, onde o pároco vai exercer sua
autoridade de pastor e dirigir os trabalhos de uma determinada comunidade. No
direito canônico, a paróquia está determinada como uma pessoa jurídica. Do ponto
de vista prático, a Paróquia é a igreja que irá congregar a comunidade e seus
trabalhos. Compreendendo tais conceitos e acreditando que os projetos de edifícios
religiosos católicos devem satisfazer às normas litúrgicas, cabe uma breve análise
do tema liturgia e suas implicações na arquitetura sacra.
16
2.2 A LITURGIA
2
Nesse
contexto,
santuário
é
o
mesmo
que
presbitério.
Sédia
é
a
cadeira
de
quem
preside
a
celebração.
E
o
Ambão
é
o
lugar
de
onde
se
proclama
e
anuncia
a
Palavra
de
Deus;
provém
da
palavra
grega
onfalos,
que
significa
umbigo,
pois,
segundo
a
tradição,
é
daí
que
provém
a
Palavra
de
Deus
que
nutre
os
fieis.
(PASTRO,
Cláudio,
1999)
17
Segundo Pastro, “o altar é Cristo, centro de todo o edifício... o centro e coração do
corpo místico... é o lugar onde se celebra o mistério pascal”. A sédia ou cátedra é o
lugar da Ethymasis, isto é, “Cadeira daquele que vem e preside a celebração, o
Cristo”. É o lugar do presidente da celebração, ou seja, o padre ou bispo. O ambão é
o lugar do anúncio e a cruz processional é aquela que deve ficar junto do altar, na
frente ou atrás. Significa o “sinal de vitória, como um estandarte, vai à frente da
procissão e indica-nos que é o Cristo morto e ressuscitado quem dirige toda a ação
naquele lugar e naquela comunidade durante a semana.” (PASTRO, 1999, p. 68 e
69). Como uma extensão do santuário deve estar a sacristia, um espaço destinado a
servir como uma espécie de despensa contendo tudo o que é necessário para as
celebrações. Pastro ensina que,
A nave é outro espaço que deve estar bem determinado no edifício igreja.
Trata-se do espaço reservado a assembleia que representa o corpo místico do
Senhor. Segundo Pastro,
Por fim, na estrutura da edificação da igreja deve contar com uma secretaria
que servirá para o gerenciamento das atividades da igreja. Deve estar um local
prático e visível, de fácil acesso, mantendo uma separação física com a nave por ser
um local de atendimento ao público em geral.
20
socioeconômica de cada bairro/indivíduo, mas nos dá condições em
elevar a qualidade de vida destes, (FAUST, 2014, p. 32)
Após uma breve análise sobre o tema e fechando sua visão sobre o centro de
evangelização, Faust sugere tratar esse espaço como um complexo de cultura
cristã, tornando-se local adequado não só para o estudo, aprendizagem e
concretização dos preceitos da doutrina católica, mas também que seja um espaço
de encontro da comunidade, de modo que possam simplesmente se encontrar e
conversar, como via-se na prática antiga de ir a praça da igreja estendendo o
convívio dos fiéis além culto.
21
pela igreja católica, por isso, a linguagem e as definições apresentarão cunho
religioso próprio da metodologia utilizada na igreja católica.
2.3.2 As Pastorais
Desse conceito, podemos identificar a razão de ser das pastorais que foram
criadas para cumprir a finalidade da igreja católica que é evangelizar, ou seja,
difundir os ensinamentos deixados por Jesus nos evangelhos e nos livros
sagrados. Para dar cumprimento a esta finalidade, a igreja precisa ter uma
estratégia organizada, um projeto de evangelização que é distribuído a vários grupos
em diferentes setores. Esses grupos são denominados “pastorais” e as pessoas que
trabalham nessas pastorais são chamadas agentes pastorais. Os agentes pastorais
são pessoas que se dispõem de modo voluntário a auxiliar a igreja na sua missão.
Inicia-se, nesse ponto do trabalho, uma análise dos espaços que devem ser
contemplados no centro de evangelização, tendo em vista as atividades que aí serão
desenvolvidas, buscando uma maior eficiência e comodidade de todos os seus
usuários. Segundo Faust (2014), o espaço mais comum nos Centros de
evangelização é a sala de aula. Nestas salas serão desenvolvidas a maioria das
atividades da pastoral da catequese, visto que a metodologia utilizada para ministrar
a catequese se traduz em aulas expositivas, que necessitam de uma estrutura
23
padrão de sala de aula. A quantidade de salas precisa ser pensada segundo a
quantidade de catequizandos que a comunidade costuma receber a cada ano.
Desse modo, é imprescindível conhecer a média anual de catequizandos para que
seja previsto no projeto uma quantidade de salas que comporte tal demanda.
O auditório/teatro é uma espaço de ampla utilidade que pode ser utilizado não
só pelos usuários da paróquia, mas também pelos membros da comunidade em
geral, que podem se beneficiar do local para realizar conferências e eventos de
cunho educativo, cultural e social. É grande a procura por auditórios bem
estruturados por parte das comunidades católicas, que na maioria das vezes
precisam buscar esses espaços nos poucos centros de evangelização que os
contém. Faust ainda propõe outros detalhes que podem levar o auditório a funcionar
como teatro, assim ele sugere que:
O salão de eventos também foi sugerido por FAUST (2014) como uma
estrutura que precisa ser bem pensada no projeto, de modo a proporcionar harmonia
e integração com os demais ambientes. A vida de uma comunidade é bastante
dinâmica e cheia de momentos de interação dos seus membros, que encontram nas
quermeses4, festividades e demais encontros, uma forma de criar vínculos e
experimentar o sentido de comunidade. O salão de eventos deve estar apto a sediar
esses momentos, devendo conter espaços como: hall, palco; cozinha industrial;
banheiros, depósitos, etc. Cabe lembrar que neste ambiente, o isolamento e
tratamento acústico deve ser bem calculado e que as normas de vigilância sanitária
precisam ser rigorosamente observadas.
Por fim, Faust (2014) chama a atenção para a disposição dos espaços acima
tratados, sugerindo três tipologias para a construção do centro de evangelização,
segundo o terreno oferecido pelas igrejas. O edifício do centro de evangelização
pode ser construído isolado no terreno, possuindo um ou vários edifícios para
abrigar os usos acima descritos; podem estar anexos a igreja, onde numa mesma
construção é criada toda a estrutura, dando, desse modo, melhor aproveitamento ao
espaço do terreno; ou na forma de prédio, sendo a verticalização uma excelente
alternativa para a falta de espaço livre. A escolha da forma correta caberá ao
arquiteto que deverá analisar com cuidado fatores como custo beneficio da obra,
estética do complexo como um todo, acessibilidade e aproveitamento do terreno.
25
Imagem 01 – Exemplo de centro de evangelização verticalizado com capacidade para mil pessoas
Fonte: www.cancaonova.com.br
A casa paroquial é um dos edifícios que pode fazer ou não parte do complexo
religioso, isso porque não é considerada uma parte necessária do complexo, visto
que, dentre todas as edificações do complexo, é a única de uso privado, portanto,
não há necessidade da sua presença física dentro do terreno da igreja. (FAUST,
2014). O nome já traz em si a definição e destinação do edifício que é utilizado como
residência dos padres responsáveis pelas atividades da paróquia. Sua estrutura é
basicamente a de uma residência tradicional, com sala, cozinha, banheiro, escritório,
acrescida de espaços voltados para as atividades próprias dos sacerdotes, como
uma capela para as orações e celebrações de missas íntimas.
26
Outro aspecto relevante no projeto da casa paroquial é a escolha da sua
localização. É certo que o sacerdote exerce uma função pública, estando a maior
parte do tempo a disposição dos fiéis e da paróquia, porém, por maior que seja essa
doação, são necessários os momentos de intimidade e recolhimento que acontecem
no âmbito das residências, possibilitando aos sacerdotes o descanso e as atividades
próprias da vida privada. Tal recolhimento só será possível se a casa paroquial
estiver estrategicamente posicionada, sendo certo que a escolha do local precisa
revestir a edificação de discrição, fazendo romper a ideia de que é uma extensão da
igreja. São muitas as queixas de sacerdotes que residem em casas paroquiais
próximas ao salão de festa da igreja, ou até mesmo anexas ao templo, pois, nesses
casos, acabam sofrendo com o barulho e a movimentação próprias desses
ambientes que não se coadunam com a tranquilidade de uma residência.
Assim, o ideal seria que a casa paroquial estivesse instalada em local diverso
do terreno da igreja e centro de evangelização, de modo a proporcionar uma maior
qualidade de vida para os sacerdotes e demais usuários dessa edificação. Contudo,
na maioria das vezes essa não é uma solução possível, visto que implicaria a
aquisição de outro terreno, gerando mais gastos para as comunidades que
geralmente vivem com recursos financeiros escassos. Havendo a necessidade de
construir a casa paroquial no mesmo terreno onde estão as instalações do complexo
religioso, deverá o arquiteto encontrar o local mais adequado, trabalhando todas as
possibilidades na tentativa de eliminar ruídos excessivos, grande circulação de
pessoas e outros fatores que não contribuem para a funcionalidade dessa
edificação. (FAUST, 2014)
27
3 DIAGNÓSTICO
5
Site:
www.guara.df.gov.br.
Acessado
em
2014
28
Em setembro de 1969, a NOVACAP e a Secretaria de Habitação e Interesse Social -
SHIS, hoje extinta, prosseguiram com a urbanização do segundo trecho, o Guará II,
inaugurado em 2 de março de 1972, para abrigar funcionários do Governo Federal.
O Decreto n.º 2.356, de 31 de agosto de 1973, criou a Administração Regional do
SRIA, composta pelo Guará I, Guará II e o Setor Residencial Indústria e
Abastecimento - SRIA. Com o advento do Decreto n.º 11.921, em 25 de outubro de
1989, o Guará, até então denominado SRIA e ocupando uma área de 8,6 km²,
passou a ter uma área de 45,66 km², sendo então criada a décima Região
Administrativa (RA) do Distrito Federal (RA X).
29
13%
Hab
Católicos
-‐
1.455.134
3,5%
26,9%
Hab
Outras
Religiões
-‐
334.208
56,6%
70
79040
Hab
60
50
40
30
29052
Hab
20
7800
Hab
10
7926
Hab
1737
Hab
253
Hab
0
Sem
religião
Católica
Evangélica
Espírita
Outras
Não
sabe
/
Não
%
quer
informar
Gráfico 02 – Características religiosas da população do Guará – DF – 2014
30
Apóstolo, professor de música Rodrigo Soalheiro da Silva, das Paróquias São Paulo
Apóstolo e Paróquia Divino Espírito Santo, e coordenador de equipe litúrgica,
Amarildo Osmar da Silva, da Paróquia Maria Imaculada.6 Segundo entrevistados das
paróquias Maria Imaculada e Divino Espírito Santo, o número de missas por finais
de semana passaram de 7 para 8, devido a quantidade de fiéis que aumentou
principalmente nas missas no período noturno dos domingos.
São Paulo
Guará I 7 720 5040
Apóstolo
Maria
Guara II 8 600 4800
Imaculada
Divino Espírito
Guara II 8 550 4400
Santo
Tabela 1. Número de fiéis em três paróquias da RA do Guará - DF
Poderá ser observado mais adiante, que nas mediações do terreno que será
estudado, só existe um templo católico, este que por sua vez, atende a demanda da
região do Lucio Costa. Dessa forma, a proposta do novo templo poderá atender
também os fiéis de parte da comunidade do Vicente Pires e SMPW.
32
fdaf Imagem 2 – Vista da frente do terreno
.
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
33
Imagem 4 – Mapa fotográfico do terreno
34
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
v
Imagem 5 – Vista de dentro do terreno Imagem 6 – Vista lateral esquerda do terreno
A imagem 5 demonstra a parte interna do terreno, esta fotografia foi tirada onde será
proposto o estacionamento do projeto e mostra a EPVL no canto esquerdo da imagem. Ja a
imagem 6, 7 e 10 foram tiradas de cima da passarela de pedestre mostrando a lateral
esquerda do terreno próximo da via EPTG, visto por cima.
Imagem 7 – Vista lateral esquerda do terreno Imagem 8 – Vista canto esquerdo do terreno
Imagem 9 – Vista lateral esquerda do terreno Imagem 10 – Vista lateral esquerda do terreno
35
A imagem 9 foi tirada do outro lado da via EPTG em cima da passarela de
pedestres. Nessa imagem é possível visualizar o terreno em estudo a distância. O
mesmo se encontra nos fundos da imagem. É possível verificar a parada de ônibus
na marginal da via EPTG e parada de BRT na via EPTG.
36
Mapa de uso do solo a3
37
3.9 MAPA VIÁRIO
38
Mapa viario a3
Fluxo viario a3
39
3.10 MAPA DE GABARITO
40
Mapa de gabarito a3
41
3.11 MAPA BIOCLIMATISMO
42
MAPA BIOCLIMATISMO a3
43
3.12 EQUIPAMENTOS URBANOS
44
EQUIPAMENTOS URBANOS a3
45
3.13 MAPA TOPOGRÁFICO
46
MAPA TOPOGRÁFICO a3
47
4 ESTUDOS DE CASOS
Estilo: pós-moderno
7
Reverberação é o crescimento de um ruído/ som proveniente de sua reflexão contínua pelas
superfícies de ambientes fechados, tais como salas de aula, restaurantes, escritórios, igrejas,
auditórios, (www.trataacustica.com.br/). Acesso em 05/05/15)
48
Imagem 11 – Vista externa da Paróquia São Paulo Apóstolo
49
0
10
20
m
50
4.1.1 Programa de Necessidades
- Nave - Livraria
- Coro - Plenário
51
Apesar do tamanho das janelas serem de 1m de largura por 4m de altura, estas não
são suficientes para a devida ventilação natural. Um dos outros fatores que
contribuem para o calor se dá pela lateral direita do templo, que está voltada para o
leste, estar próxima a um muro com uma distância muito próxima às janelas. Foram
instalados ventiladores de parede nas laterais da nave para resolver o problema
paliativamente. O problema da acústica também foi percebido na nave. Conforme
imagens 13 e 14 é possível perceber que apesar do pé direito ser relativamente
baixo para um templo, ainda ocorrem reverberações devido o tipo de forro utilizado e
a disposição das caixas de som que estão localizadas apenas na parede onde se
encontra o presbitério, conforme demonstrado nas imagens a seguir, levando a
causa principal da falta de inteligibilidade do som para os ouvintes que estão mais
atrás da nave e o desconforto do som alto para os usuários que sentam à frente. A
distância das caixas de som até os últimos bancos ultrapassam os 30m. Estas
deveriam ser distribuídas estrategicamente nos corredores laterais do templo com
estudos de sonorização.
52
Imagem 14 – Interior da Igreja Paróquia São Paulo Apóstolo
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
53
Imagem 15 – Interior do Plenário da Paróquia São Paulo Apóstolo
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
54
Imagem 17 – Sala de Catequese da Paróquia São Paulo Apóstolo
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
Além disso, tanto a iluminação natural como a iluminação artificial não são
suficientes para manter o ambiente com claridade adequada tanto no período diurno
como noturno.
55
Imagem 18 – Salão Paroquial da Paróquia São Paulo Apóstolo localizada no Guará I
Imagem 19 – Acesso a Cozinha do Salão Paroquial da Paroquial da Paróquia São Paulo Apóstolo
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
56
4.1.3 Materiais Utilizados
Os edifícios são predominantemente construídos com alvenaria comum,
pintura acrílica no interior e pintura fosca nas paredes do lado externo. Nas paredes
externas da igreja existe o uso parcial de pedras de Pirinópolis, conforme imagem
20. O piso do interior todo em granito e o forro de PVC. Janelas com vidros da cor
azul e escadas do presbitério todo em mármore. Os pisos do centro de
evangelização são de ganitina polida e cerâmica comum, o da igreja, granito e salão
paroquial, de granitina polida.
4.1.4 Acessos
Existe apenas um acesso para automóveis no complexo religioso. Para o
interior da igreja três acessos. Para a casa paroquial um acesso e para o centro de
evangelização também um acesso. Os três edifícios são interligados. Não há
presença de elevadores no complexo e rampas de acesso às salas do centro de
evangelização e casa paroquial. Existem rampas de acesso para a igreja mas não
há rampas para os banheiros.
57
O acesso aos pavimentos superiores do centro de evangelização e casa
paroquial somente é possível por meio de escadas, sem espaço para elevadores e
rampas de acesso, ocasionando grande dificuldade de locomoção principalmente
para os religiosos idosos. Não há acessibilidade para portadores de necessidades
especiais da capela do santíssimo para a igreja e os degraus são mais altos do que
a norma, gerando desconforto e possíveis acidentes aos usuários. Segundo relatos
do pároco Sérgio Murilo, idosos já se machucaram nessa escada.
58
Imagem 23 – Acesso Lateral da Igreja e do Salão Paroquial
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
59
4.1.6 Aspectos Positivos e Negativos
Imagem 25 – Corredor de acesso igreja a casa paroquial da Paróquia São Paulo Apóstolo
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
60
Imagem 26 – Acessos do centro de evangelização a casa paroquial da Paróquia São Paulo Apóstolo
61
4.2 BASÍLICA OF THE NATIONAL SHINE OF MARY, QUEEN OF THE UNIVERSE
Imagem 27 – Vista Externa Basílica of the National Shine of Mary, Queen of the Universe
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
LEGENDA
1 – Igreja
2 – Jardim Para Meditação
3 – Centro de Evangelização
4 – Capela ao Ar Livre
Imagem 28 – Plano de massa da Basílica of the National Shine of Mary, Queen of the Universe
Fonte: Arquivo da secretaria paroquial, 2014
63
LEGENDA
1 – Capela do Santíssimo
2 – Sala de Reconciliação
3 – Presbitério
4 – Coro
5 – Nave
6 – Acessos
7 – Atrium
8 – Batistério
9 – Sacristia
10 – Banheiros
11 – Escritório
12 – Capela de Nossa Senhora
13 – Secretaria
Imagem 29 – Planta Esquemática da Basílica of the National Shine of Mary, Queen of the Universe
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
64
4.2.1 Conforto Ambiental
Imagem 30 – Nave da Basílica of the National Shine of Mary, Queen of the Universe
65
Imagem 31 – Coro da Basílica of the National Shine of Mary, Queen of the Universe
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
III - Climatização - Por ser uma cidade que tem épocas extremamente frias e outras
extremamente quentes e ser uma edificação relativamente nova, o projeto
contemplou de utilização de sistema de refrigeração com ar condicionado central
distribuído por dutos em todo o templo e ambientes como banheiros, capela e sala
de reconciliação.
66
4.2.2 Materiais Utilizados
Imagem 33 – Nave Basílica of the National Shine of Mary, Queen of the Universe
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
Imagem 34 – Presbitério Basílica of the National Shine of Mary, Queen of the Universe
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
67
Imagem 35 – Vitrais trabalhados da Basílica of the National Shine of Mary, Queen of the Universe
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
4.2.3 Acessos
68
4.2.4 Aspectos Positivos e Negativos
Imagem 37 – Atrium e Batistério Basílica of the National Shine of Mary, Queen of the Universe
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
69
4.3 CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASÍLIA
Localidade: Brasília
Estilo: Moderno
70
Acesso
Acesso
Capela
Presbitério
Capela
Sacristia
Acesso
Livraria
Nave
Secretaria
WC
Batistério
Acesso
Principal
72
4.3.1 Materiais
73
Imagem 44 – Nave da Catedral de Brasília - DF
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
III - Climatização - Apesar da beleza dos vitrais, a escolha de vidros para fazer toda
a cobertura da nave fez com que o edifício virasse uma verdadeira estufa,
dependendo exclusivamente de sistema de refrigeração para gerar uma temperatura
ambiente agradável. Em outros locais como o batistério e capela do santíssimo não
existe sistema de refrigeração, tornando-se um problema em dias mais quentes, em
que muitas pessoas estão reunidas nesses ambientes.
74
Imagem 45 – Batistério da Catedral de Brasília - DF
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
4.3.3 Acessos
O acesso principal à nave da igreja se dá por uma rampa que segue pelo
subsolo, visto que a Catedral se encontra dois níveis abaixo do terreno no eixo
monumental. Depois de percorrer o túnel escuro, há o contraste com o interior claro
e colorido, proporcionado pelos vitrais da artista franco-brasileira Marianne Perettié.
O acesso de serviço se faz pela rampa para veículos. Mais três acessos que são
destinados a pedestre são: acesso para o batistério, acesso para a secretaria e
acesso pelo edifício da Cúria Metropolitana de Brasília.
75
Imagem 47 – Acesso de veículos da Catedral de Brasília - DF
Fonte: Baltazar Júnior, 2014
76
4.3.4 Aspectos Litúrgicos
77
4.4 CONCLUSÃO DOS ESTUDOS DE CASO
Após concluir a análise dos três estudos de casos foi possível identificar todos
os aspectos relevantes para um real conhecimento dos principais atributos da
arquitetura e um aperfeiçoamento no projeto proposto. Por meio dos programas de
necessidades, conforto ambiental, material utilizado, acessos e aspectos litúrgicos
de cada edificação, pôde-se chegar a conclusão dos aspectos positivos e negativos
de cada uma, o que foi de extrema importância para o trabalho.
78
4.4.1 Quadro Comparativo dos Programas de Necessidades
79
5 PROPOSTA
80
dentre os demais ambientes responsáveis para melhor atendimento aos usuários.
Este setor é o mais utilizado pelo usuário e o que se sobressai aos demais;
- Setor Casa Paroquial – este setor é responsável pela moradia dos padres e
párocos da igreja, podendo também receber outros padres de outras cidades
quando em missão ou em trânsito na comunidade. As suítes dos moradores
encontram-se no pavimento superior, enquanto as suítes para hóspedes no térreo
para uma maior privacidade e facilidade de acesso pelos visitantes. No edifício
também encontram-se a sala de estar, de tv, escritório, cozinha, capela e demais
ambientes necessários para uma residência. O setor encontra-se junto ao centro
de evangelização e templo para maior facilidade de acesso para os usuários.
81
5.2.1 Setor de Culto
SETOR DE CULTO
Nº DE ÁREAS. MIN
AMBIENTE QUANTIDADE EQUIPAMENTOS
USUARIOS (m²)
Mesas, telefone, armários,
ESCRITÓRIO 1 2 13 cadeiras, fax, impressora,
computadores, armários
1
SALA
DE
REUNIÕES 1 10 20 Mesa, cadeiras, lousa, tv.
Balcão, cadeiras,
SECRETARIA 1 2 20 computador, impressora,
armários, mesas.
Lavatório, vaso sanitário,
WC
PARA
ESCRITÓRIO 1 1 3
espelho.
MINI
COPA 1 1 3 Lavatório, frigobar.
82
5.2.2 Setor de Convivência
SETOR DE CONVIVÊNCIA
Nº DE ÁREAS. MIN
AMBIENTE QUANTIDADE EQUIPAMENTOS
USUARIOS (m²)
DESPENSA 1 - 12 Armários.
Lavatórios, vasos
WC MASCULINO 1 8 22
sanitários, espelhos.
Lavatórios, vasos
WC FEMININO 1 8 22
sanitários, espelhos.
Lavatório, vaso sanitário,
WC PNE MAS 1 1 4
espelho
Lavatório, vaso sanitário,
WC PNE FEM 1 1 4
espelho
DML 1 - 4 Armário
83
5.2.3 Setor de Evangelização
SETOR DE EVENGELIZAÇÃO
Nº DE ÁREAS. MIN
AMBIENTE QUANTIDADE EQUIPAMENTOS
USUARIOS (m²)
ECONOMATO
1 3
8 Mesa,
cadeiras,
armário.
DML 1 1 4 Armario
84
5.2.4 Setor Casa Paroquial
85
5.2 Organograma e fluxograma
Imagem 51 –Organograma
Fonte: O autor, 2015
86
87
Imagem 52 –Fluxograma
Fonte: O autor, 2015
5.3 Setorizaçao
88
2
1 3 LEGENDA
Imagem 53 – Setorização
Fonte: Baltazar Júnior, 2015
89
Imagem 54 – Chapelle de Notre-Dame em Ronchamp na França
Fonte: Baltazar Júnior, 2015
90
I
91
5.5 Evolução do Partido
Após a criação do croqui do Setor de Culto, pôde-se reforçar a busca por uma
arquitetura sacra, que foram as doze imagens no pilar da cruz representando os
doze apóstolos. A cruz que transpassa a cobertura significa o sacrifício de Cristo que
rompeu o céu, unindo a Terra ao Céu permitindo a todos que creem participe da sua
graça. O formato simples do campanário no esboço à mão foi redesenhado
buscando também um sentido, que quer dizer: a forma em movimento como se este
tivesse sido puxado ao desencontro do templo, representa os fiéis que se afastaram
da igreja, porém pode-se voltar a qualquer momento, conforme ilustra a seguinte
imagem. Nesse sentido, observa-se que a base do campanário deixou de ser reta
como antes, passando-se a dar a impressão de ser empurrada junto ao templo como
que se uma força empurrasem os fiéis para a casa de Deus. Além dessa sensação
de movimento, seu formato curvo vai de encontro com o tipo da cobertura do templo.
Dessa forma, foi possível definir o partido tanto do templo como dos demais
edifícios, levando em consideração as normas relativas ao terreno de estudo e
buscando a interação dos três setores de forma harmônica não deixando de lado os
elementos que constituem a arquitetura sacra e simbologias cristãs.
92
6 PROJETO
A entrada no complexo religioso se faz pela via Estrada Parque Vale – EPVL,
tanto para automóveis como pedestres. Ao adentrar no terreno o visitante avistará o
templo a sua direita, o centro de evangelização a sua frente e o estacionamento a
esquerda. As vagas próximas ao templo serão reservadas aos portadores de
necessidades especiais e idosos, seguindo as devidas regras previstas no artigo 12,
inciso I da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997 e Lei Federal nº 10.098, de 19 de
dezembro de 2000, que dispõe sobre normas gerais e critérios básicos para a
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência e com
dificuldade de locomoção, que, em seu art. 7°, estabelece a obrigatoriedade de
reservar 2 % (dois por cento) das vagas em estacionamento regulamentado de uso
público para serem utilizadas exclusivamente por veículos que transportem pessoas
portadoras de deficiência ou com dificuldade de locomoção, assim como o Art. 41 da
Lei nº 10.741 de 01 de Outubro de 2003 que diz que é assegurada a reserva, para
os idosos, nos termos da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos
estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a
garantir a melhor comodidade ao idoso. Conforme descrito na página 6, anexo III do
Código de Obras e Edificações do Distrito Federal - COE DF, o número total de
vagas para serviços de organização religiosa deve ser de uma vaga para cada
cinquenta metros quadrados de área construída, portanto como o complexo
disponibiliza de 139 vagas e toda a edificação tem menos de seis mil metros
quadrados, há vagas sobressalentes para idosos, portadores de necessidades
especiais e demais usuários.
93
Imagem 60 – Vista Estacionamento
Fonte: Baltazar Júnior, 2015
94
Imagem 62 – Vista Lateral Direita Templo e Centro de Evangelização
Fonte: Baltazar Júnior, 2015
95
presbitério, na parte de trás, estão os ambientes para os usuários tanto do templo
como do centro de evangelização, ou seja o fraudário e os banheiros, tendo também
o acesso ao centro de evangelização onde logo no início da área de circulação há
um Cyber café e recepção.
Concluindo este memorial cabe ressaltar que os ambientes ora citados foram
dimensionados conforme estudos de casos do presente trabalho, assim como
pesquisas de outros complexos, buscando sempre elementos essenciais a
realização de um projeto funcional e ao mesmo tempo com simbologias cristãs,
como no caso do templo.
96
6.2 Materiais e Soluções de Conforto Ambiental
97
CONCLUSÃO
98
O grande desafio da arquitetura sacra contemporânea se baseia na
introdução de formas em conformidade com a necessidade de preservação da
identidade de cada expressão religiosa. É fato que ao longo do tempo ela se tornou
referência temporal dos valores de cada sociedade, traduzindo o modo como o
homem se relacionava com Deus e, em alguns aspectos, com o mundo, porém,
sempre teve como objetivo a interpretação do sagrado segundo cada expressão
religiosa. No caso, a preservação da expressão católica passa pela obediência ao
aspecto litúrgico e pelas necessidades determinadas pela própria comunidade
católica. Pensando desse modo, o projeto do complexo religioso fará jus a um dos
princípios básicos da boa arquitetura, que tem por objetivo criar obras adequadas a
seu propósito.
99
REFERÊNCIAS
ARRUDA, Valdir. Tradição e contradições na arquitetura religiosa brasileira dos anos de 1950.
São Paulo, 2007. 170p. Dissertação - Arquitetura – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São
Paulo, São Paulo,2007. Orientadora: Prof. Dra. Mônica Junqueira.
BRASIL. Constituição Federal do Brasil de 1988. Capítulo I Dos Direitos e Deveres Individuais e
Coletivos. Art. 5º
BRASIL. Decreto n.º 26.048, de 20 de julho de 2005. Do Uso do Solo e do Planejamento Viário. Art
31º
BRASIL. Instituto
Brasileiro
de
Geografia
e
Estatística - IBGE. Censo 2010, página 29. Em:
www.ibge.gov.br/. Acesso em 20/09/2014
COSTA, Lucio (1902-1998). Considerações sobre arte contemporânea (1940). In: Lúcio Costa,
Registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995. 608p.il
FAUST, Eduardo. Centros de cultura religiosa. Revista paróquias e casas religiosas, ed.46,
janeiro de 2014.
FRADE, Gabriel dos Santos. A influência do movimento litúrgico na arquitetura das Igrejas
paulistas da época pré-vaticano II. São Paulo, 2005. 281p. Dissertação - Mestrado em Teologia –
Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, São Paulo, 2005 – Orientador: Prof.
Dr. PE. Gregório Lutz.
JOHNSON, Paul. A New History. Nova York: Harper Collins, 2003, p. 153
100
MOURÃO, Rodrigo Brasil da Fonseca. O Espaço Sagrado em Mircea Eliade. Belo Horizonte, 2013.
148p. Dissertação – Mestrado em Filosofia – Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, Belo
Horizonte, 2013 – Orientadora: Prof. Dr. João A. A. A. Mac Dowell
PASTRO, Cláudio. Guia do Espaço Sagrado. 4.ed. São Paulo: Loyola, 2007. p263.
Thomas E. Woods Jr. Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental, 2008, pag 112,)
ZEVI, Bruno. Saber Ver a Arquitetura. 6ª Edição São Paulo: Martins Fontes, 2009
101
APÊNDICE A – ENTREVISTAS COM MEMBROS DAS PARÓQUIAS ANALISADAS
ENTREVISTA I
CPF: 606.544.141-49
Rodrigo – As salas que ministro aula são salas de catequese comuns. Não foi
trabalhado nada levando em consideração a acústica, mobiliários, etc. Dependendo
do aluno, se sua voz for mais forte, pessoas que estão em outras atividades no
centro catequético batem na porta para pedir para diminuir a altura da voz, o que é
péssimo para o aprendizado adequado. Em relação a acústica da igreja temos
muitos problemas, os equipamentos de som não são bons pois não se obtém uma
regulagem adequada e no caso de coral pior ainda, pois na construção da igreja não
se pensaram em nada a respeito. Creio que toda igreja deveria ter essa
preocupação desde o projeto. As pessoas que sentam atrás na São Paulo Apóstolo,
por exemplo, reclamam de não entender o que o padre ou comentarista fala, os que
sentam a frente reclamam que o som está alto. Em relação a paróquia Divino
Espírito Santo o problema não é tanto, porém também acontece o mesmo.
102
Rodrigo – A catedral é o pior projeto que já conheci em relação a acústica.
Nunca se conseguiram resolver o problema. Tenho um amigo que é engenheiro de
som, ele disse em certa ocasião que para resolver o problema da acústica da
Catedral de Brasília deveria alterar o projeto arquitetônico. Disse algo sobre colocar
placas de madeira no teto, mudar os revestimentos das paredes laterais e até mexer
no piso, o que é impossível de acontecer por ser um edifício tombado. Já se
gastaram muito dinheiro com equipamentos de som lá, porém nunca resolveu a
questão. Quanto a temperatura, qualquer um que chegar lá dentro começa a abanar
o rosto com o calor. O pároco disse certa vez que os gastos para manter o ar
condicionado ligado girava em torno de trinta mil reais, um absurdo de valor para
uma igreja em que não se tem tanto dízimo.
ENTREVISTA II
CPF: 862.054.121-87
Há quatro anos o Padre Sérgio é pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo, foi
vigário durante cinco anos, somando-se nove anos na paróquia. Também é
formador no Seminário Menor dos Josefinos.
Pe Sérgio – Nós sempre temos que fazer esse tipo de levantamento pois
dependemos disso para mandar fabricar as hóstias, folhetos, jornal comunitário e
verificarmos o porcentual de fiéis que tem aumentado a cada ano. Contamos as
pessoas em cada missa em torno de duas vezes ao ano. Geralmente a missa que
fica muito cheia é a das 18:30h dos domingos passando de até mil pessoas. Elas
ficam em pé do lado de fora da igreja. Nas demais missas a quantidade varia entre
seiscentas a oitocentas pessoas. Dessa forma fazemos uma média e chegamos da
última vez a setecentos e vinte pessoas por missa. Porém, esse valor já tem
aumentado e estamos pensando na possibilidade de acrescentar mais uma missa
103
no domingo como a paróquia Maria Imaculada e paróquia Divino Espírito já fizeram.
Só não decidimos ainda se será as 11h da manhã ou meio dia.
ENTREVISTA II
CPF: 317.285.101-04
104