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Universidade Federal de Uberlândia

Instituto de Química

ROTAÇÃO: MOVIMENTO CIRCULAR

Uberlândia – MG
Janeiro de 2014

1. Introdução
Vamos analisar o moimento de um corpo rígido ou seja um corpo que gira com todas
as partes ligadas a ele sem mudar de forma entorno de um eixo fixo que não muda
de posição. O movimento angular que é conhecido como rotação pura acontece
quando todos os pontos de um corpo gira em torno de uma circunferência e o centro
estar no eixo de rotação com todos os pontos descrevendo o mesmo ângulo num
intervalo de tempo. O movimento linear chamado de translação pura acontece
quando todos os pontos se movem em uma linha reta tendo o mesmo deslocamento
linear em um intervalo de tempo.
A posição angular é aquela que quando uma partícula se move a única coordenada
que se altera é o ângulo dado por θ. Quando essa partícula se move percorre o arco
de cumprimento s, que se associa com raio, r:
S= θ r Equação 1
O deslocamento angular observado na figura1 é o ângulo em que uma partícula ou
objeto rodou em um dado intervalo de tempo e expresso por:
∆𝜃 = 𝜃𝑓 − 𝜃𝑖 Equação 2

Cuja unidade é dada em rad.

Figura 1.Descrição de deslocamento angular


Em um intervalo de tempo.

A razão entre o deslocamento angular e o intervalo de tempo em que o


deslocamento foi percorrido é a velocidade angular média (ω) a qual podemos
expressar:
𝜃 −𝜃 ∆𝜃
𝜔= 𝑓 𝑖= Equação 3.
𝑡𝑓 −𝑡𝑖 ∆𝑡
Cuja unidade é dada em rad/s
Já a velocidade angular instantânea é dada por:
∆𝜃 𝑑𝜃
𝜔𝑖𝑛𝑠𝑡 = lim = Equação 4.
∆𝑡→𝑜 ∆𝑡 𝑑𝑡
A velocidade angular é positiva se o ângulo aumentar no sentido anti-horário e
negativa no sentido horário. A variação da velocidade angular e o tempo em
que ocorre essa variação é a aceleração angular, expressa:
𝜔 −𝜔 ∆𝜔
∝= 𝑓 𝑖 = Equação 5.
𝑡𝑓 −𝑡𝑖 ∆𝑡
Cuja unidade é rad/s2.
Quando ∆t→0 encontramos a aceleração angular instantânea cuja unidade é
rad/s2 ou rad*s-2
∆𝜔 𝑑𝜔
∝𝑖𝑛𝑠𝑡 = lim = Equação 6.
∆𝑡→𝑜 ∆𝑡 𝑑𝑡
A figura 2 faz comparação entre as formulas de rotação e translação

Figura 2. Retirada do livro de Halliday capitulo 10, pág. 283. Comparação das formulas lineares e
angulares com aceleração constante.

Podemos expressar as grandezas angulares como vetores mas para isso


devemos ter em mente que o corpo rígido gira em torno da direção do vetor. Já
os deslocamentos angulares a menos que seja um deslocamento muito
pequeno não pode ser tratado com um vetor.
A partir daqui podemos então comparar as variáveis lineares e angulares:
Posição: s= θ r Equação 1.
Velocidade: v=ωr Equação 7.
Aceleração: at = ∝ r Equação 8.
Ou seja o movimento linear depende do raio da trajetória.
Quando um corpo rígido está girando este possui uma energia cinética de
rotação que é expressa por:

1 1
K=∑ 𝑚𝑖 (𝜔𝑟𝑖 )2 = (∑ 𝑚𝑖 𝑟𝑖 2 )𝜔2 Equação 9.
2 2
Onde ω é igual para todas as partículas.
1
A equação (∑ 𝑚𝑖 𝑟𝑖 2 )𝜔2 depende de como a massa do corpo se comporta em
2
relação ao eixo de rotação esse é o momento de inercia representado por I:
1
𝐼 = (∑ 𝑚𝑖 𝑟𝑖 2 )𝜔2 Equação 10.
2
Figura3. Halliday D., Resuik R, WallerJ.Mecanica 6º edição

Mas a partir daí nos deparamos com uma questão, qual é a força que tem a
capacidade de fazer o corpo girar? Essa é o Torque representado por:
𝜏 = 𝑟 (𝐹 𝑠𝑒𝑛∅)
Portanto podemos dizer que o torque é um vetor definido pelas regras do
produto vetorial.

2. Objetivo

Esta experiência tem como objetivo a aprendizagem do que é o movimento


circular uniforme, Representar graficamente a posição angular, a velocidade
angular e a aceleração angular.
3. Procedimento experimental

3.1 Material

 Cronometro digital (cronometro do celular)


 Base com haste
 Porta peso
 Polia
 Cordão
 Tambor
 Aro

3.2 Procedimento

1. Montou-se o arranjo experimental conforme Figura 4.

Figura4. Esquema do aparato utilizado para o experimento de estudo do movimento circular.

2. Enrolou-se no tambor dando vários giros superior ao número de volta


desejado no aro. Travou-se o aro com a haste estabilizando-o;
3. Retirou-se a haste e no mesmo instante ligou-se o cronometro para
medir o tempo de uma volta completa do aro tendo como referência a
haste que o estabilizou;
4. Mediu-se o tempo de cada volta no total de 5 voltas do aro, repetindo 5
vezes esse procedimento;
5. Montou-se uma tabela com os dados obtidos no experimento Tabela 1.
6. Montou-se gráfico do número de voltas em função do tempo total.
7. Foi proposto a equação geral θ=Atn , aplicando-se o Ln nessa equação
identificando o caráter linear, associou-se os parâmetros da equação aos
coeficientes angulares e lineares
8. Construiu-se uma tabela (tabela 2) contendo o Ln θ; ln t, e os erros
associados. Construiu-se então um gráfico do ln, propondo e traçando a
melhor reta.

4. Resultados e discussão
Experimentalmente obteve-se os resultados expressos na tabela 1.

Tabela1. Resultados obtidos através de medições realizadas em laboratório.


T1 ± T2 ± 0,0001 T3± 0,0001 T4± 0,0001 T5± 0,0001
Nº de voltas
0,0001(s) (s) (s) (s) (s) T: MÉDIA± 0,0001 (s)
1 0,1250 0,1235 0,1222 0,1296 0,1291 12,5000
2 0,1784 0,1790 0,1791 0,1856 0,1836 17,9100
3 0,2197 0,2230 0,2237 0,2275 0,2261 22,37
4 0,2555 0,2603 0,2598 0,2633 0,2622 26,03
5 0,2878 0,2921 0,2913 0,2953 0,2943 29,2100

Construiu-se então o gráfico em do número de voltas em função do tempo


expresso pela Figura 5.

A partir do gráfico calculou-se a equação da reta e aplicou-se a fórmula


θ=ATn:

Y=1,4945x – 13,447 Equação 11


E aplicou-se então o Ln nesta equação da reta:
Ln(θ)=Ln(A)+n*Ln(t)
Calculou-se então o Ln de cada volta em θ sendo que 1 volta equivale a 2𝜋 e
o Ln de cada tempo médio expresso na Tabela 2.

Para encontrar a equação da reta e os coeficientes a e b, utilizou-se o método da


Regressão Linear. E determinou-se o erro para cada um:

Y=ax + b

Valor de a

𝑁(∑𝑁 𝑁 𝑁
𝑖=1 (𝑦𝑖𝑥𝑖)−(∑𝑖=1 𝑦𝑖 )(∑𝑖=1 𝑥𝑖)
a= 2 Equação 12
𝑁 (∑𝑁 2 𝑁
𝑖=1 𝑥𝑖 )− (∑𝑖=1 𝑥𝑖)
5 (2295,9680)−(94,2000)(108,0200) 11479,84−10175484 1304,356
a= [5 (2508,2200)]− (11668,3204)
= = = 1,494
12541,10−11668,3204 872,7796

Calculou-se então o erro de a:

𝑁 5
𝜎²𝑎 = = √872,7796 𝑥(0,01)² = 0,001

a=1,494 ± 0,001

Calculou-se o valor de b:

(∑𝑁 𝑁 2 𝑁 𝑁
𝑖=1 𝑦𝑖) (∑𝑖=1 𝑥𝑖 )−(∑𝑖=1 𝑥𝑖𝑦𝑖) (∑𝑖=1 𝑥𝑖)
b= 2 Equação 13
𝑁 (∑𝑁 2 𝑁
𝑖=1 𝑥𝑖 )− (∑𝑖=1 𝑥𝑖)

(94,200)(2508,2200)−(2295,9680)(108,0200) 11736,13936
b= = = 13,4468
872,7796 872,7796

Calculou-se o erro de b:

(∑𝑁 2
𝑖=1 𝑥𝑖 )
𝜎 2𝑏 = 𝑥 𝜎2 Equação 14.

(∑𝑁 2
𝑖=1 𝑥𝑖 )
𝜎²𝑏 = 𝑥 𝜎² =

2508,2200
𝜎𝑏 = √ (0,01)2 = √2,8738 (0,0001) = 0,02
872,7796

b= 13,44 ± 0,02

Tabela 2. Resultados obtidos para os valores de Ln de θ e do Ln do tempo médio com seus


respectivos erros.

Ln (n) Ln (t) ± Erro Ln(t)


1,8374 2,52573 0,00003
2,5305 2,88536 0,00002
2,9360 3,10772 0,00002
3,2237 3,25925 0,00002
3,4468 3,37451 0,00002

Plotou-se então um gráfico dos valores de Ln, representado pela figura 6.


Calculou-se a equação da reta e aplicou-se nela a seguinte formula:
∝ 𝑡2
Θ=
2
Obtendo:

Ln(θ)=Ln( 2 )+2 Ln(t)

Obteve-se a equação da reta obtendo os valores de a e b:

𝑁(∑𝑁 𝑁 𝑁
𝑖=1 (𝑦𝑖𝑥𝑖)−(∑𝑖=1 𝑦𝑖 )(∑𝑖=1 𝑥𝑖) 5 (21,1498)−(13,9744)(−7,8732)
a= 2 = a= [5 (12,8499)]− (−7,8732)2
=
𝑁 (∑𝑁 2 𝑁
𝑖=1 𝑥𝑖 )− (∑𝑖=1 𝑥𝑖)
−105,749+110,023 4,274
= = 1,889
64,2495−61,9872 2,2623
erro de a:
𝑁 5
𝜎 2𝑎 = = √ 𝑥(0,01)2 = 0,01
∆ 2,2623
A= 1,89 ±0,01

O valor de b utilizando a equação 13:

(13,9744)(46,3721)−(43,2043)(15,1525) 648,0222−654,6531 6,6309


b= = = − 2,2625 = −2,931
5(46,3721)−(15,1525)2 231,8605−229,5982

4.1Discussão

5. Conclusão

Concluiu-se a relação entre o deslocamento angular em função do tempo


obtido experimentalmente.
Observou-se que para cada medida de tempo (apesar das 5 medidas feitas)
houve percentuais de erro (devido à estimativa do ângulo θ para cada
medida de tempo e as trepidações da massa) essa trepidação foi que ao
soltar o aro este balançava alterando seu movimento e afetando o cálculo
da aceleração angular, que teoricamente deveria ser constante.
6.BIBLIOGRAFIA
TEIXEIRA JR, A. S. Problemas de Física. São Paulo: Editorado Brasil S/A, 1951. 583 p.
HALLIDAY D., RESUIK R, Waller J. Mecânica 6º edição.

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