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A Prefeitura de São Paulo quer reduzir, nos
próximos 20 anos, de 98,2% para 20% o volume
de lixo gerado pela capital paulista que é
despejado nos aterros sanitários. A meta está
prevista no Plano de Resíduos Sólidos, que será
apresentado nesta quartafeira (2/04) pelo
prefeito Fernando Haddad (PT).
Para atingir a meta,a administração espera que
até 2033 ao menos 30% dos paulistanos tratem
FERNANDO HADDAD (FOTO: MARCELO
CAMARGO/ABR) dentro de casa os resíduos orgânicos
domiciliares,que correspondem a 51% das 20,1
mil toneladas de lixo coletado por dia na cidade.
A Prefeitura deve começar ainda este mês a distribuir gratuitamente 2 mil equipamentos
para que as pessoas façam a compostagem dos restos de alimentos, que viram adubo após o
tratamento. Segundo a gestão, 6,3 mil toneladas de lixo são compostáveis."O objetivo é reter
o máximo possível os orgânicos e diminuir o lixo destinado aos aterros", disse o presidente
da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), Silvano Silvério da Costa.
Centrais
O plano municipal prevê a construção de quatro centrais de reciclagem para os resíduos
secos, como latas, vidros, plásticos e papéis. Duas delas, nos bairros Ponte Pequena (região
central) e Interlagos (zona sul), devem ser inauguradas em junho. As demais só devem entrar
em operação em 2016. "Com isso, nós pretendemos quintuplicar o volume de lixo reciclado.
Hoje, são cerca de 250 toneladas por dia. A meta é chegar a 1.250 toneladas", disse Costa.
Segundo ele, a ideia é ampliar ainda a parceria da Prefeitura com os catadores de material
reciclável nas ruas.
O plano prevê que, até 2016, no fim da gestão Haddad, os 96 distritos da capital estejam
cobertos com a coleta seletiva. Hoje, apenas 75 distritos, que correspondem a 42% dos
domicílios paulistanos, recebem a coleta segregada de resíduos. Para o lixo reciclável úmido,
como caixas de pizza, papel higiênico e fraldas descartáveis, a gestão Haddad pretende criar
três ecoparques na cidade.
Inspirados em instalações existentes na Alemanha e na Espanha, os locais separam o que é
possível ser reciclado do que é rejeito e deve ir para os aterros.O plano também inclui meta
da gestão Haddad de compostar 100% do lixo das 880 feiras livres até 2016.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo