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Normas de avaliação

Normas de Avaliação.

1. A avaliação é constituída pelos seguintes elementos:

<!--[if !supportLists]-->a) <!--[endif]-->Realização de uma Frequência


(50%)

<!--[if !supportLists]-->b) <!--[endif]-->Realização de um ensaio, o qual


pode ser seguido de uma oral. A oral obrigatória no caso de obtenção de
negativa no ensaio. O ensaio deve ter aproximadamente quinze páginas a
espaço e meio, TNR e corpo 12. (40%).

<!--[if !supportLists]-->c) <!--[endif]-->Participação nas aulas


nomeadamente na discussão de textos ou na preparação de trabalhos
(esta ocorre nas Quintas Feiras. (10%)

A entrega do trabalho deve realizar -se até 25, seguindo-se na quinta-feira seguinte a
realização das eventuais orais.

A frequência realiza-se dia 8 de Junho.

O horário de atendimento processa-se entre as 9,00 – 11 de Quinta Feira

Conteúdos do Programa

1. As origens históricas da cultura de “massa”. Modelos de desenvolvimento


industrial.

2 As formas de sociabilidade específicas das indústrias culturais


contemporâneas: publico e massa.

3. Os percursores da ideia de público: Dewey e Tarde


4. O conceito de esfera pública (Habermas, Arendt,). Críticas e
desenvolvimentos.

5. O problema do consenso social na discussão sobre a esfera pública

6. A mediatização do espaço público.

7. Utopia e heterotopia: Cidadania, identidade e estilo de vida. Novos


movimentos sociais e media alternativos. Os novos públicos. Ressurgimento da
problemática identitária. Televisões comunitárias e de acesso público. Rádios
alternativas. Indymedia.

Bibliografia

Bibliografia

Adorno, Theodor e Horkheimer, Max, «The culture industry: enlightenment as


mass deception», in J. Curran et all (org.), Mass communication and society,
London, Edward Arnold, 1977 (or. 1947)
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Arendt, Hannah, The human condition, N. York, Doubleday Anchor Book, 1959

Benhabib, Seyla, «Models of public space», in C. Calhoun (org.), Habermas and


the public sphere, Cambridge, The MIT Press, 1992

Blumer, Herbert, «A massa, o público e a opinião pública», in G. Cohn (or.),


Comunicação e industrial cultural, S. Paulo, Companhia Ed. Nacional/Ed. Univ.
de S. Paulo, 1971 (or. 1946)

Coelho, Pedro, A TV de Proximidade e os novos desafios do espaço público,

Lisboa, Horizonte, 2005.

Correia, João Carlos, Comunicação e Política, Covilhã, UBI, 2005.


Correia, João Carlos, Sociedade e Comunicação: Estudos sobre Jornalismo e Identidades,
Covilhã, UBI, 2005.
Correia, João Carlos, Comunicação e Cidadania: os media e a fragmentação do
espaço público nas sociedades pluralistas, Lisboa, Horizonte, 2005.

Esteves, João Pissarra, Espaço Público e Democracia, Lisboa, Edições Colibri,


2003

Gitlin, Todd, «Sociologia dos meios de comunicação social» in Esteves, João


Pissarra, Comunicação e Sociedade, Lisboa, Horizonte, 2003.

Habermas, Jürgen, Mudança estrutural da esfera pública, São Paulo, Rio de Janeiro,
1984.

Blog: www.sociedade-e-comunicação-II. blogspot.com

Sugestões Bibliográficas
Vejam por exemplo

"A massa, o público e a opinião pública" de Herbert Blumer in Cohn, Gabriel, A


Indústria Cultural, São Paulo, T. A. Queiroz Editora.

Blumer, apesar de ser muito identificado com o Interacionismo Simbólico,


reflecte as análises que John Dewey e George Herbert Mead já haviam
formulado sobre o conceito de público, no âmbito do Pragmatismo.
Sobre Blumer vale a pena ver este texto

Habermas: A Mudança estrutural da esfera pública


Ainda no campo da Bibliografia Complementar, a obra mais importante para
compreender a noção de Espaço Público será a obra de Junger Habermas,
Mudança Estrutural da Esfera Pública, Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1984
do qual há várias edições na Biblioteca. A melhor chama-se L'Espace Public e
está editado na Payot mas existe também uma versão em castelhano disponível.
A edição inglesa chama-se Structural Transformation of Public Sphere.
Normalmente, cito a edição brasileira por ser a única disponível na nossa
língua. Todavia, vale a pena ter as devidas cautelas. Encontram resumos sobre
este clássico no meu livro "Jornalismo e Espaço Público" ( Covilhã, UBI, 1998).
Fortemente inspirado neste livro, deve citar-se a obra de João Pissarra Esteves,
nomeadamente a colectânea de ensaios publicados na editorial Colibri "Espaço
Público e Democracia", Lisboa, 2004. Em especial o I capítulo. O II capítulo da
mesma obra é extremamente válido para dar conta das crítica e
desenvolvimentos do modelo habermasiano, um tema que também aparece no
Programa. Também de João Pissarra Esteves, vale a pela ler "O Espaço Público
e os Media", Edições Colibri , 2005.

Hannah Arendt
Sobre o conceito de esfera pública em Hannah Arendt veja-se uma tese de
Mestrado da autoria de Carla Martins (ESCSL/Univ. Lusófona) sobre esta
questão, recentemente publicada: "Espaço Público em Hannah Arendt",
Coimbra, Minerva [série Teorias], 2005.

Vita Activa

Para Hannah Arendt, a vita activa significa uma vida dedicada aos assuntos
públicos e políticos, à prática política. A vita activa opõe-se à vita contemplativa
centrada na reflexão. Com o fim da Cidade Estado-Grega, a vita activa inclui
além da acção, o labor e o trabalho. O labor é a satisfação das necessidades
essenciais de produção e de reprodução, o trabalho é a criação do mundo
artificial dos objectos enquanto a acção se relaciona com a intervenção pública.
de natureza cívica sobre a polis.
A existência do espaço público implica o discurso como elemento de persuasão
em detrimento da força e da violência. A verdadeira política, aquela que
mantém a sua nobreza, implica a referência a um espaço comum de liberdade
onde cada um é capaz de se colocar no lugar de todos os outros, espaço este que
não tem nada a ver com o que se passa no privado, aonde apenas se tem em
conta a satisfação das necessidades humanas e a sobrevivência.
Sobre este tema bem como sobre a esfera pública no sentido em que Habermas
confere ao termo, veja-se de João Carlos Correia, "Comunicação e Cidadania: os
media e a fragmentação do espaço público nas sociedades pluralistas", Lisboa,
Horizonte, 2004.

Hannah Arendt: críticas e desenvolvimentos


As interpretações e as críticas sobre Hannah Arendt são muitas. De todas as
formas de vida activa, a acção em prol da preservação da liberdade no mundo
(um conceito importante) era a mais respeitada. Esta preocupação só existiu
verdadeiramente nas antigas comunidades políticas.
A emergência do social trouxe assuntos do universo da necessidade para o
universo da liberdade.
A política moderna começou a preocupar-se com a vulgar satisfação das
necessidades do indivíduo. A filósofa americana Sheyla Benhabib por exemplo
critica Hannah Arendt pelo facto de estas posições tornarem difíceis quaiquer
possibilidades de ter em conta os direitos sociais. Porém, não acredito que esta
objecção não fosse intuída, sentida ou objecto de uma preocupação mais
detalhada por parte de Hannah Arendt. A interpretação do pensamento de
Arendt pode passar por uma idealização da política independentemente dos
seus condicionalismos históricos. Seria muito redutor considerá-la como uma
conservadora relutante em relação ao universo da modernidade. Afinal, tal
como Marx, Arendt comprendeu as dificuldades de conciliação entre liberdade e
necessidade. A consciência desta dificuldade é também um contributo, uma
chave para entender a modernidade.

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