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O QUE NÓS
APRENDEMOS NO
VOLUME
OLUME
INTRODUÇÃO
Grupo de força
1. Vamos entender as funções da unidade
de transmissão do motor de popa, assim
como os nomes das peças e as funções
de seus componentes.
2. Vamos aprender as diferenças de acordo
com o tamanho ou o modelo do motor de
popa.
3. Vamos entender a estrutura de cada
Unidade de transmissão componente e os itens necessários para o
trabalho de serviços.
Texto de Treinamento YT A
Bronze
INTRODUÇÃO
O QUE SERÁ APRENDIDO AQUI
Vamos aprender o nome e a função básica
Unidade
intermediária
de cada componente da unidade de trans-
missão.
Unidade
do suporte
Rabeta
Unidade de transmissão
FUNÇÃO E ESTRUTURA
Vamos aprender o nome e a função básica
de cada componente da unidade de trans-
missão. As figuras mostram o desenho da
seção transversal de um motor de popa tipo
médio geral quando visto da borda esquerda
Unidade intermediária
do barco.
A unidade de transmissão é classificada prin-
cipalmente como unidade intermediária na
porção superior, rabeta na porção inferior e
unidade do suporte, utilizada para instalar o
motor de popa no barco.
Rabeta
Unidade do suporte
1-1
CAPÍTULO 1 - FUNÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TRANSMISSÃO
UNIDADE INTERMEDIÁRIA
Grupo de força
A unidade intermediária é composta de um
eixo de transmissão, um rotor e um silencioso
que formam uma passagem para a transmis-
são da potência do motor para o hélice e
também para a água de refrigeração e o gás
Unidade intermediária
de escape.
Unidade do suporte
Rabeta
1. Detalhes (2 tempos)
2. Detalhes (4 tempos)
1-2
CAPÍTULO 1 - FUNÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TRANSMISSÃO
RABETA
A rabeta é composta de um sistema de
Grupo de força
câmbio, eixo do hélice e hélice. Adicional-
mente, também são instalados um orifício de
entrada da água de refrigeração, uma placa
para estabilizar o barco durante o cruzeiro e
Unidade intermediária
uma aleta (skeg) para proteger o hélice con-
Unidade do suporte tra objetos estranhos na água. A rabeta é
uma peça importante que converte a potên-
cia do motor na força motriz para frente ou
Rabeta
para trás e proporcionar a força de aciona-
mento, admite a água de refrigeração para
refrigerar o motor, silencia o ruído do gás de
escape e difunde a refrigeração.
Esta placa é utilizada para impedir que a água respingue para cima
Placa anti-respingos durante o cruzeiro.
Esta placa é projetada dessa maneira para que o hélice não sugue
Placa anti-cavitação o ar durante o cruzeiro em alta velocidade.
Este sistema de câmbio funciona como uma embreagem e
Sistema de câmbio converte a potência do motor na força motriz para frente ou
para trás e a transmite para o eixo do hélice.
Este eixo do hélice transmite a força do sistema de câmbio
Eixo do hélice para o hélice.
1-3
CAPÍTULO 1 - FUNÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TRANSMISSÃO
2. Em marcha lenta ou velocidade de
pesca
Água-piloto
Gás de escape
Água de refrigeração
TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA E
UNIDADE DE TRANSMISSÃO
A potência produzida pelo motor é transmi-
tida para o sistema de câmbio no interior da
rabeta por meio do eixo de transmissão.
O sistema de câmbio converte esta potência
na força motriz para frente ou para trás e a
transmite para o hélice através do eixo do
hélice. O hélice converte esta força na força
de acionamento para mover o motor de popa
para frente. Como o motor de popa é fixado
ao barco pela unidade do suporte, o barco
pode ser movido para frente ou para trás.
1. Função e estrutura
Uma pequena engrenagem é instalada na
parte mais baixa do eixo de transmissão. Es-
ta engrenagem é chamada de ‘pinhão’. Como
este pinhão se localiza em ângulo reto com
as engrenagens de marcha à frente e à ré, a
direção de saída é alterada em 90 graus.
O pinhão, a engrenagem de marcha à frente
e a engrenagem de marcha à ré estão sem-
pre acopladas uma com a outra e girarão
enquanto o motor estiver girando. Quando o
seletor é acoplado com a engrenagem de
movimento para frente ou para trás, uma for-
ça é aplicada ao eixo do hélice para girar o
hélice.
1-4
CAPÍTULO 2 - UNIDADE INTERMEDIÁRIA
INTRODUÇÃO
O QUE SERÁ APRENDIDO AQUI
Esta seção descreve a função de cada com-
ponente e o fluxo da água de refrigeração e
do gás de escape durante o cruzeiro em alta
velocidade.
Água- Água-
piloto piloto
Gás de escape
Água de
refrigeração
ROTA DA ÁGUA DE
REFRIGERAÇÃO
2 TEMPOS
Em marcha lenta ou velocidade de pesca Em funcionamento em altas velocidades Conforme mostrado na figura, a água de re-
frigeração aspirada no orifício de entrada
Água de
pela bomba é utilizada para refrigerar cada
refrigeração
parte do motor de popa e então é descarre-
Linha d’água gada. A quantidade de água de refrigeração
em circulação é pequena durante o cruzeiro
em baixa velocidade, assim como em marcha
Linha
lenta ou em velocidade de pesca. A água de
d’água
refrigeração é descarregada junto com o gás
de escape através do orifício de alívio da
marcha lenta. Por outro lado, o fluxo do gás
de escape se intensifica e ocorre em grande
quantidade durante o cruzeiro em alta veloci-
dade. A água de refrigeração é forçada a cir-
cular pelo cubo do hélice e então é descarre-
gada por ali.
4 TEMPOS
2-1
CAPÍTULO 2 - UNIDADE INTERMEDIÁRIA
2-2
CAPÍTULO 3 - RABETA
INTRODUÇÃO
O QUE SERÁ APRENDIDO AQUI
Este componente da unidade de transmissão
é uma peça importante para transmitir a
potência do motor e acionar corretamente o
motor de popa. Adicionalmente, vários tipos
de unidades de transmissão são fornecidos
de acordo com o tipo ou tamanho do motor
de popa. Esta seção descreve o nome e a
função de cada mecanismo em detalhe.
GRADES
A classificação dos motores de popa Yamaha
Grade de modelos 2
tempos Sistema de
de acordo com o tipo da unidade de trans-
Modelo Posição da marcha Tipo de câmbio Sistema de acionamento
(Pivô Total)
escape
Escape acima
do hélice
Pino de
missão é mostrada na figura ao lado. A fun-
(Pivô Total) Came do câmbio
deslizante / Êmbolo
do hélice cisalhamento
Estriado
ção e o trabalho de manutenção da rabeta
do câmbio
(Pivô Total)
Cubo do hélice
podem variar dependendo do modelo da uni-
(Pivô Total) Escape acima Pino de
do hélice
Cubo do hélice
cisalhamento
Estriado dade de transmissão. Portanto, você deverá
entender completamente as diferenças para
efetuar o trabalho de manutenção apropriado.
Escape acima Pino de
do hélice cisalhamento
Cubo do hélice Estriado
Tipo came rotativo /
Êmbolo o câmbio
3-1
CAPÍTULO 3 - RABETA
Eixo do hélice
Seletor
Engrenagem de marcha
à frente
Rolamento (tipo rolos cônicos)
Retentor de óleo
Rolamento (tipo agulhas)
Anel de vedação
Rolamento (tipo esferas)
Engrenagem de marcha à ré
TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA
MOTRIZ
NOMES DAS PEÇAS
A figura mostra a vista explodida do sistema
de câmbio da rabeta. Apesar de o formato
Eixo de transmissão
poder variar dependendo do tipo de motor de
Pinhão
Engrenagem de
popa, este sistema de câmbio é o compo-
marcha à frente nente mais importante da unidade de trans-
Seletor
missão, convertendo a potência do motor na
Engrenagem de
marcha à ré força de acionamento.
Eixo do hélice
TRANSMISSÃO DA FORÇA DE
ACIONAMENTO
Árvore de manivelas Conforme mostrado na figura, a potência do
Eixo de transmissão
motor é transmitida através de cada compo-
nente.
Pinhão
Engrenagem de Engrenagem de
marcha à frente marcha à ré
Seletor
Eixo do hélice
Hélice
3-2
CAPÍTULO 3 - RABETA
RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO
Número de dentes da engrenagem de
Geralmente, a mudança de velocidade por
Relação de transmissão
marcha à frente e à ré
Número de dentes do pinhão (ZP)
meio das engrenagens é utilizada para alte-
rar a R.P.M. e o torque da transmissão. O tor-
que do grupo de força do motor de popa é
Exemplo:
insuficiente para girar o hélice. Portanto, o
torque do grupo de força é amplificado pelo
sistema de câmbio e é transmitido para o ei-
xo do hélice. A relação de transmissão mos-
tra esta amplificação.
AMPLIFICAÇÃO DO TORQUE
Relação de transmissão = Amplificação da relação
Conforme descrito no exemplo, quando a
de torque do motor para o hélice
relação de transmissão do motor de popa é
Exemplo:
Quando a R.P.M. do motor (Ne)
igual a ‘2’, o torque para girar o eixo do hélice
é igual a 5000 (rpm)
o torque do motor (Te) é 3 (kg.m); é duas vezes maior do que o torque do motor.
a potência em hp se torna igual a
0,0014 x 3 x 5000 = 21(PS)
Assumindo que a relação de transmissão deste
Por sinal, a relação de transmissão dos mo-
motor seja igual a 2, a R.P.M. se torna uma metade
da R.P.M. acima (2500 (rpm)). tores de popa Yamaha está entre 1,77 a 2,92.
Nesse momento, o torque (Tp) é:
21(PS)
0,0014
SISTEMA DE CÂMBIO
TIPOS DE SISTEMAS DE CÂMBIO
1. F
Modelos Posição da marcha A classificação dos motores de popa de acor-
Confirmação do com o sistema de câmbio é mostrada na
Confirmação
figura ao lado. Basicamente, o câmbio apre-
Outros modelos além dos mostrados Confirmação
senta as posições de ‘marcha à frente’, ‘pon-
to morto’ e ‘ marcha à ré’. Entretanto, alguns
modelos pequenos omitem a ‘ré’ e/ou o ‘pon-
to morto’. Nesse momento, o pivô da direção
é utilizado para a marcha à ré.
Confirmação
3-3
CAPÍTULO 3 - RABETA
Modelos Posição da marcha 3. F-N-R
Confirmação
Confirmação
4. Pivô total
Quando se move de marcha à ré, o hélice é
virado em direção à proa operando-se a di-
reção. Como o braço de comando pode ser
disposto 180 graus na direção inversa, o
desempenho da operação da direção não é
prejudicado mesmo durante o movimento à
ré.
3-4
CAPÍTULO 3 - RABETA
Função Descrição
Descrição 4. Inserção e remoção confiável das
Mudança de marcha A marcha é mudada movendo-se o seletor. Confirmação
marchas
A posição da marcha é mantida ao mesmo tempo
A posição da marcha é mantida em que a operação de mudança de marcha é Confirmação
finalizada.
Otimização da velocidade da Independente da velocidade da operação de
operação de mudança de marcha mudança de marcha; a marcha é mudada dentro Confirmação
(modelos médios e grandes) do tempo ideal.
Inserção e remoção Um ressalto é fornecido no seletor e engrenagens
F/R. Este ressalto assegura a inserção e a Confirmação
confiável da marcha
remoção corretas das engrenagens das marchas.
TIPO DE CÂMBIO
Nome 1. Tipo came do câmbio deslizante
Tipo came do câmbio deslizante Confirmação
O sistema de câmbio F-N-R da Yamaha pro-
Confirmação
Tipo came do câmbio rotativo
porciona quatro tipos de métodos de mudan-
Tipo deslizante (2 esferas) Confirmação
3-5
CAPÍTULO 3 - RABETA
MECANISMO SELETOR
No sistema de câmbio F-N-R da Yamaha, o
mecanismo seletor dos modelos pequenos e
médios é ligeiramente diferente daquele exis-
tente nos modelos grandes.
OPERAÇÃO DO CÂMBIO
O método de mudança de marcha dos moto-
Tipo êmbolo
res de popa Yamaha é classificado principal-
Tipo came do Tipo came do mente em dois tipos, tipo êmbolo e tipo desli-
câmbio deslizante câmbio rotativo
zante. Esta seção descreve cada operação
de mudança de marcha em detalhe.
Tipo deslizante
3-6
CAPÍTULO 3 - RABETA
TIPO ÊMBOLO
Engrenagem de marcha à frente Engrenagem de marcha à ré 1. Tipo came do câmbio deslizante
Este tipo apresenta o êmbolo do câmbio e
Came
possui o came para movimento. São propor-
Eixo do hélice
cionados três estágios para determinar F, N
Êmbolo
ou R na extremidade traseira do came.
Conforme a haste do câmbio é movida para
Mola cima ou para baixo, o êmbolo do câmbio é
Seletor movido para frente ou para trás de acordo
com a posição deste estágio. Isso determina
uma combinação do seletor e engrenagens
Engrenagem de marcha à frente Engrenagem de marcha à ré de marcha à frente/marcha à ré.
Came
Eixo do hélice
Êmbolo
Mola
Seletor
Came
Eixo do hélice
Êmbolo
Mola
Seletor
3-7
CAPÍTULO 3 - RABETA
Êmbolo Seletor
Came
Êmbolo Seletor
Came
Êmbolo Seletor
3-8
CAPÍTULO 3 - RABETA
TIPO DESLIZANTE
Seletor 1. Tipo deslizante (2 esferas)
Came do câmbio
Duas esferas instaladas no interior do câm-
bio deslizante são colocadas na parte do en-
talhe para manter a posição do ponto morto.
Se a força aplicada exceder a força de reten-
ção da esfera, a marcha será mudada rapida-
Posicionador Esferas de aço
mente.
Seletor
Came do câmbio
Seletor
Came do câmbio
3-9
CAPÍTULO 3 - RABETA
Engrenagem de
Engrenagem de marcha à frente marcha à ré
Came do câmbio
Posicionador
Engrenagem de
Engrenagem de marcha marcha à ré
à frente
Came do câmbio
Posicionador
3-10
CAPÍTULO 3 - RABETA
CARGA DE EMPUXO
Geralmente, conforme um objeto gira, são
produzidas forças na direção perpendicular a
90 graus da linha de centro da rotação e na
mesma direção que a linha de centro. Estas
forças são a carga radial e a carga de empu-
xo. (A carga de empuxo pode não ser produ-
zida todas as vezes.) Há dois tipos de cargas
de empuxo produzidas pela rabeta do motor
de popa, uma é produzida pela engrenagem
e a outra é produzida conforme o hélice
empurra a água.
EMPUXO DA ENGRENAGEM
No engrenamento das engrenagens cônicas
espirais, as engrenagens podem se afastar
ou se aproximar uma da outra dependendo
da direção do passo da engrenagem.
O apoio na direção da carga de empuxo
pode variar dependendo da orientação do
passo do pinhão. Como as cargas podem
afetar o ajuste da folga entre engrenagens,
Direção do
empuxo
Direção do
empuxo vamos entender bem estas cargas.
1. Torção à esquerda
Nas engrenagens de torção à esquerda, a
carga de empuxo faz com que elas se afas-
tem uma da outra. A carga de empuxo do pi-
nhão é direcionada para longe do eixo do hé-
lice e o rolamento é posicionado na direção
que apóia a carga. As engrenagens de mar-
cha à frente e de marcha à ré também estão
Direção do empuxo
sujeitas à força na direção oposta ao eixo de
transmissão e o rolamento é posicionado na
direção que apóia essa força.
2. Torção à direita
Para as engrenagens acopladas com torção
à direita, a carga de empuxo as aproxima
uma da outra. A carga de empuxo do pinhão
é direcionada para a aproximação na direção
do eixo do hélice, assim o rolamento é posi-
cionado na direção que apóia a carga. Por
outro lado, as engrenagens de marcha à
frente e de marcha à ré estão sujeitas à força
Direção do empuxo na direção que faz com que se aproximem do
eixo de transmissão, mas elas não são cons-
truídas para suportar tal força.
3-11
CAPÍTULO 3 - RABETA
EMPUXO DO HÉLICE
A potência produzida pelo grupo de força é
finalmente convertida na força de acionamento
pelo hélice. A força de acionamento é trans-
mitida do hélice para o eixo do hélice, o corpo
principal do motor de popa e o barco nessa
seqüência para mover o barco. A carga de
empuxo aplicada ao eixo do hélice é recebida
por cada um dos rolamentos que apóiam o
eixo do hélice e então pela rabeta. Portanto, as
peças que recebem a carga de empuxo do
hélice devem possuir resistência mecânica e
durabilidade suficientes.
2. Movimento à ré
A carga de empuxo do hélice é transmitida
para a rabeta através do eixo do hélice.
A carga de empuxo no movimento à ré em-
purra o eixo do hélice contra a engrenagem
de marcha à ré, transmitindo a força adicio-
nalmente para o rolamento da engrenagem
de marcha à ré, o alojamento do retentor de
óleo e a rabeta.
Direção do empuxo
EMPUXO TOTAL
Enquanto em operação, ambas as cargas da
engrenagem e do hélice são aplicadas ao
sistema de câmbio simultaneamente.
3-12
CAPÍTULO 3 - RABETA
1. Torção à esquerda
Nas engrenagens de marcha à frente e à ré
com torção à esquerda, é produzida a carga
de empuxo agregada de ambas as cargas da
engrenagem e do hélice.
Direção do empuxo
2. Torção à direita
Nas engrenagens de marcha à frente e à ré
com torção à direita, a carga na direção do
empuxo da engrenagem é oposta à direção
do empuxo do hélice. Ambas estas cargas de
empuxo são compensadas, o que permite a
produção de uma maior carga de empuxo no
lado do hélice.
Direção do empuxo
TERMOS DE ENGRENAGENS
À esquerda À direita 1. Termos de engrenagens (1)
Consulte o desenho para o nome de cada
Topo do dente parte.
Lado de avanço
(Lado inferior) Lado da ré
(Lado superior)
Lado de avanço
Lado da ré (Lado inferior)
Topo do (Lado superior)
dente
Face ou topo
Pé Talão
Flanco
Lado convexo do dente
3-13
CAPÍTULO 3 - RABETA
DESCARGA DE GÁS DE
ESCAPE E ÁGUA DE
REFRIGERAÇÃO
Na rabeta, o gás de escape misturado com a
água de refrigeração é recebido da unidade
intermediária e então ambos são descarrega-
dos na água. Até recentemente, era utilizado o
orifício de escape fornecido na porção inferior
da placa anti-cavitação (escape acima hélice).
Atualmente, a maioria dos motores de popa
Escape acima
do hélice
Cubo do hélice
usa o orifício de escape de ar no cubo do
hélice (escape pelo cubo do hélice).
Linha d’água
3-14
CAPÍTULO 3 - RABETA
MECANISMO DE
REFRIGERAÇÃO DO GÁS DE
ESCAPE
Água
Alguns modelos médios e grandes admitem
água pela aleta de inclinação para refrigerar o
gás de escape de modo a impedir que a
borracha amortecedora do hélice seja aque-
cida pelo gás de escape que passa através
Aleta de inclinação
do cubo do hélice.
Entrada de água
LUBRIFICAÇÃO DA RABETA
Várias peças rotativas são instaladas na
rabeta. Estas peças são fixadas por rolamen-
tos e buchas. As peças são lubrificadas com
óleo especial para engrenagens (óleo para
engrenagens hipóides 90). As peças são
Óleo da transmissão lubrificadas com o óleo conforme mostrado na
figura ao lado.
TIPOS DE INSTALAÇÃO DO
HÉLICE
Como o hélice gira em alta velocidade na
água, um grande impacto é aplicado ao héli-
ce em caso de contato com objetos estra-
nhos. A borracha amortecedora absorve uma
determinada quantidade do choque mecâni-co
aplicado ao hélice. Entretanto, caso seja
aplicado um choque mecânico que exceda
este nível determinado, há recursos no méto-
do de montagem do hélice para impedir que
este choque mecânico seja transmitido para o
eixo do hélice. Há dois tipos de métodos de
montagem do hélice.
3-15
CAPÍTULO 3 - RABETA
TIPO ESTRIADO
Eixo Um conjunto de ranhuras chamado de estria-
do é entalhado no hélice e no eixo. Estas ra-
nhuras são acopladas para transmitir a força
Estriado de acionamento. Em caso de um choque me-
cânico que não possa ser absorvido pela
Borracha amortecedora
borracha amortecedora, aplicada por um
objeto estranho, o hélice poderá patinar so-bre
a borracha amortecedora para impedir a
Hélice transmissão deste choque mecânico. A bor-
racha amortecedora danificada deverá ser
substituída para impedir que ela cause pati-
nagem durante o cruzeiro normal.
3-16
CAPÍTULO 4 - MONTAGEM E AJUSTE DO CÂMBIO
INTRODUÇÃO
O QUE SERÁ APRENDIDO AQUI
O fundamental do trabalho de manutenção
do sistema de câmbio é que a posição de
montagem das engrenagens seja apropriada
Calço do pinhão e que a folga livre entre engrenagens (folga
entre engrenagens) seja mantida no nível
apropriado. Se a posição de montagem das
engrenagens e a folga entre engrenagens
forem insatisfatórias, o ruído de engrenamen-
to das engrenagens aumentará e a durabili-
dade do câmbio diminuirá. Vamos aprender o
método de ajuste apropriado neste capítulo.
Calço da engrenagem
de marcha à frente Calço da engrenagem de marcha à ré
Movimento suave
MONTAGEM DE ENGRENAGENS
CÔNICAS
Como os dois eixos das engrenagens cilín-
Engrenagens cilíndricas de
dentes retos dricas de dentes retos são paralelos um ao
A folga entre engrenagens é
ajustada por meio do ajuste da
outro, a folga entre engrenagens pode ser
distância dos eixos.
ajustada por meio do ajuste desta distância.
Por outro lado, como os dois eixos das en-
Engrenagens cônicas
grenagens cônicas se cruzam em ângulo reto
Como os eixos se cruzam, a
potência não poderá ser e elas podem se mover ao longo do eixo, é
transmitida suavemente se a
distância de montagem não for
ajustada
muito importante ajustar a distância de mon-
Tipo dentes retos tagem. Os seguintes ajustes são importantes
Tipo espiral
para transmitir suavemente a potência e
montar corretamente as engrenagens.
• Ajuste da distância de montagem
• Ajuste da folga entre engrenagens
4-1
CAPÍTULO 4 - MONTAGEM E AJUSTE DO CÂMBIO
1. Engrenagem cônica de dentes retos
Esta engrenagem cônica é utilizada para o
pinhão e/ou engrenagens de marcha à frente
e à ré. A direção do corte dos dentes desta
engrenagem é radial a partir do centro do
eixo em direção ao exterior. A engrenagem
cônica com formato de dentes retos é cha-
mada de “engrenagem cônica de dentes re-
tos”, enquanto a engrenagem cônica com for-
Tipo dentes retos
mato de dentes curvos é chamada de “engre-
nagem cônica espiral”.
2. Engrenagem cônica espiral
Características da engrenagem cônica espi-
ral em comparação com a engrenagem côni-
ca de dentes retos:
1. O engrenamento das engrenagens é
suave.
2. O choque mecânico aplicado aos dentes
da engrenagem é pequeno.
3. O ruído mecânico é baixo.
Tipo espiral
DISTÂNCIA DE MONTAGEM
Eixo do pinhão Faça o ajuste de modo que os centros do
eixo do pinhão e das engrenagens de mar-
Distância de
montagem
cha à frente e à ré fiquem centralizados em
do pinhão um ponto. Em particular, é importante determi-
Eixo da engrenagem nar a posição do pinhão.
Ponto de intersecção
Distância de
montagem das
engrenagens
4-2
CAPÍTULO 4 - MONTAGEM E AJUSTE DO CÂMBIO
CONTATO DO DENTE
Depois que as diversas distâncias tiverem
sido ajustadas e os valores da folga entre
engrenagens tiverem sido ajustados, o pa-
drão de contato dos dentes deverá ser verifi-
cado.
MÉTODO DE MEDIÇÃO
Como a folga entre engrenagens e a posição
de engrenamento das engrenagens imedia-
tamente depois de as engrenagens terem
sido instaladas pode diferir daquela que
ocorre durante o funcionamento real, é ne-
cessário antecipar os resultados do funciona-
mento durante a montagem das engrenagens.
Em particular, para a engrenagem cônica es-
piral, é necessário efetuar o trabalho consi-
derando a influência da carga de empuxo.
4-3
CAPÍTULO 4 - MONTAGEM E AJUSTE DO CÂMBIO
Localização do calço
4-4
CAPÍTULO 4 - MONTAGEM E AJUSTE DO CÂMBIO
PONTOS DE INSTALAÇÃO DE
CALÇOS
Para encontrar corretamente cada MD, é im-
portante medir corretamente cada tamanho
B. O rolamento pode produzir distorções, de-
pendendo da carga aplicada. Portanto, a fol-
ga entre engrenagens é medida considerando-
se o empuxo durante o cruzeiro.
2. Carga de empuxo
A folga entre engrenagens é medida por meio
da predição do empuxo que será aplicado
Torção à direita Engrenagem de marcha à
frente
realmente às engrenagens. O empuxo a ser
aplicado a cada engrenagem durante os mo-
vimentos à frente e à ré é preso firmemente,
e então as engrenagens são fixadas durante
Torção à esquerda
Engrenagem de marcha à ré a medição.
Fixação das
Fixação do pinhão engrenagens F e R
POSIÇÃO DO CALÇO
A posição de instalação do calço e a direção
de movimento da engrenagem podem variar
dependendo do motor de popa. Vamos apren-
der a posição de inserção do calço e a dire-
ção do movimento corretas.
4-5
CAPÍTULO 4 - MONTAGEM E AJUSTE DO CÂMBIO
ROTAÇÃO PADRÃO
Em um tipo de rotação padrão, instale o cal-
ço e ajuste-o conforme mostrado. A instalação
do calço faz com que o pinhão se mova na
direção do eixo do hélice (para baixo), a en-
grenagem de marcha à frente na direção do
eixo de transmissão e a engrenagem de mar-
cha à ré na direção do hélice.
Direção do movimento
Calço
Direção do movimento
Calço
2. Pinhão
Direção do movimento
3. Engrenagem de marcha à ré
Calço
Direção do movimento
4-6
CAPÍTULO 4 - MONTAGEM E AJUSTE DO CÂMBIO
CONTRA-ROTAÇÃO
Em um tipo contra-rotação, observe que as
engrenagens de marcha à frente e à ré apli-
cam esforços à carcaça opostos aos do tipo
de rotação padrão.
Direção do movimento
Calço
Direção do movimento
Calço
2. Pinhão
Direção do movimento
3. Engrenagem de marcha à ré
Calço
Direção do movimento
4-7
CAPÍTULO 4 - MONTAGEM E AJUSTE DO CÂMBIO
Direção do movimento
1. Engrenagem dianteira
Calço
Direção do movimento
2. Pinhão
Calço
Direção do movimento
3. Engrenagem traseira
Calço
Direção do movimento
4-8
CAPÍTULO 5 - RABETA ESPECIAL
INTRODUÇÃO
O QUE SERÁ APRENDIDO AQUI
Este capítulo descreve a rabeta que possui
uma estrutura alterada, como a unidade de
transmissão de contra-rotação e a unidade
de transmissão de hélices duplos contra-
rotativos.
Unidade de Unidade de
transmissão de transmissão de hélices
contra-rotação duplos contra-rotativos
CONTRA-ROTAÇÃO
A unidade de transmissão de rotação normal
Modelo de rotação
padrão
(unidade de transmissão de rotação padrão)
utiliza a engrenagem na frente do sistema de
Engrenagem de Engrenagem de
câmbio para o movimento à frente e a engre-
marcha à frente marcha à ré
nagem na parte posterior para o movimento
Engrenagem de
marcha à frente
Engrenagem de
marcha à ré
à ré. Portanto, quando visto por trás, o hélice
gira no sentido horário durante o movimento
à frente. Na unidade de transmissão de
Modelo de contra-
rotação
rotação inversa (unidade de transmissão de
contra-rotação), as funções das engrenagens
se tornam opostas àquelas da unidade de
trans-missão de rotação normal. Portanto,
quando visto por trás, o hélice gira no sentido
anti-horário durante o movimento à frente.
Este tipo de motor de popa pode ser utilizado
para um barco no qual dois motores de popa
podem ser instalados.
5-1
CAPÍTULO 5 - RABETA ESPECIAL
SISTEMA DE CÂMBIO
Na unidade de transmissão de contra-rotação,
Rotação padrão
a direção de rotação é alterada pelo sistema
de câmbio. O sistema de câmbio da unidade
de acionamento de contra-rotação gira o ca-
me do câmbio 180° na direção axial, quando
Contra-rotação
comparado à unidade de transmissão de ro-
tação normal, para tornar a direção do posi-
cionador oposta àquela da unidade de trans-
missão de rotação normal.
Rotação padrão
Contra-rotação
Rotação padrão
Contra-rotação
5-2
CAPÍTULO 5 - RABETA ESPECIAL
SISTEMA DE ENCOSTO
Direção do empuxo
Rotação padrão
O rolamento de rolos cônicos suporta a car-
ga de empuxo durante o movimento à frente.
Adicionalmente, o rolamento de encosto su-
porta a carga de empuxo durante o movi-
mento à ré.
Contra-rotação
Direção do empuxo
Rotação padrão
Contra-rotação
HÉLICES DUPLOS
CONTRA-ROTATIVOS
ESTRUTURA DA UNIDADE DE HÉLICES
DUPLOS CONTRA-ROTATIVOS
Esta unidade de transmissão de hélices du-
plos contra-rotativos foi desenvolvida na 2ª
Guerra Mundial para mover os torpedos em
linha reta. Como o torpedo não utiliza um le-
me, a carga radial causada pela força de rea-
ção do hélice é um dos fatores que prejudi-
cam o movimento em linha reta. A unidade
de transmissão de hélices duplos contra-
rotativos possui uma estrutura na qual os hé-
lices que giram no sentido horário e no senti-
do anti-horário se localizam em um mesmo
eixo para compensar a força de reação do
hélice e melhorar a capacidade de movimento
em linha reta.
1. Movimento à frente
Durante o movimento à frente, o hélice dian-
teiro e o hélice traseiro giram nos sentidos
anti-horário e horário, respectivamente.
5-3
CAPÍTULO 5 - RABETA ESPECIAL
Pinhão
Engrenagem traseira
Seletor traseiro
Eixo do hélice
dianteiro
Pinhão
Engrenagem dianteira
Seletor dianteiro
Acionamento do eixo
do hélice traseiro
Acionamento do eixo do hélice traseiro
2. Marcha à ré
Somente o hélice dianteiro gira no sentido
horário durante o movimento à ré.
Pinhão
Engrenagem dianteira
Seletor traseiro
Eixo do hélice
dianteiro
Pinhão
Engrenagem dianteira
(Não transmite)
5-4
CAPÍTULO 5 - RABETA ESPECIAL
CARGA DE EMPUXO
Uma carga de empuxo complexa é produzida
por duas engrenagens e dois hélices. Vamos
entender que parte suporta qual empuxo.
1. Movimento à frente
Quatro cargas de empuxo são produzidas
durante o movimento à frente. Cada carga de
empuxo é transmitida à rabeta por meio dos
rolamentos.
Direção do empuxo
Direção do empuxo
5-6
5-5
CAPÍTULO 5 - RABETA ESPECIAL
Direção do empuxo
Direção do empuxo
Direção do empuxo
5-6
CAPÍTULO 5 - RABETA ESPECIAL
2. Marcha à ré
Duas cargas de empuxo são produzidas du-
rante o movimento à ré. Cada carga de em-
puxo é transmitida à rabeta por meios dos
rolamentos.
Direção do empuxo
Direção do empuxo
Direção do empuxo
5-7