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Resumo

Abstract
Introdução

Aspectos relevantes sobre a pesquisa Etnográfica

A etnografia é um ramo da Antropologia, que se utiliza de técnicas de


observação para descrever as culturas, sobre tudo, as mais antigas e simples. Toda
via a prática etnográfica, se da pela pesquisa de campo, observando diretamente,
com conversas e diálogos os membros do grupo estudado.

A pratica de pesquisa de campo etnografia responde, pois a uma demanda


cientifica de produção de dados de conhecimento antropológico a partir de
uma inter-relação entre o(a) pesquisador(a) e o(s) sujeitos pesquisados que
interagem no contexto recorrendo primordialmente às técnicas de pesquisas
da observação direta de conversas formais, as entrevistas não-diretivas,
etc. (ROCHA e ECKERT, 2008, p. 1)

Os primeiro relatos sobre a pesquisa etnográfica surgiu a partir de


observações feitas por missionários, graças ao surpreendente conhecimento dos
habitantes com quem o conviviam, afirma François Laplantine (2007). Contudo,
quando o pesquisador sai para o campo e colhe suas pesquisas, faz suas
anotações, fala-se em etnografia. Toda via, o trabalho resultante das observações
deve integrar a pesquisa.
O trabalho que até então era dedicado aos missionários e viajantes, passa a
ser também do catedrático. Este entende a necessidade de deixar o conforto do ar
condicionado, para adentrar na vida e costumes daqueles que irão fornecer matéria-
prima para o aperfeiçoamento da técnica antropológica, a etnografia. Nesse interim,
o cientista passa a ser um membro do grupo observado. Nesse sentido escreve
François Laplantine (2007, p. 75-76):

O pesquisador compreende a partir desse momento que ele deve deixar


seu gabinete de trabalho para compartilhar a intimidade dos que devem ser
considerado não mais como informadores a serem questionados, e sim
como anfitriões que o recebem e mestres que o ensinam. Ele aprende
então, como aluno atento, não apenas a viver entre eles, mas a viver como
eles, a falar sua língua e a pensar nessa língua, a sentir suas próprias
emoções dentro dele mesmo.
Ainda convém mencionar que fazer um apontamento de campo,
desencadeia, além de refinada percepção, ansiedade e emoção de está nos locais,
conversando, investigando, procurando saber um pouquinho mais, algo que ainda
não foi despertado na curiosidade popular. Dessa forma, na eloquência de
desenvolver um razoável trabalho acadêmico, depara-se mergulhado na etnografia.
De acordo com Pereira (2010), expoentes como Frans Boas [1858-1942], e
Malinowski [1884 – 1942], influenciaram avanços relevantes, alterando
consideravelmente os paradigmas de pesquisas etnográficas até então conhecidos,
tais avanços contribuíram para entender e compreender os grupos sociais, sob a
ótica da convivência cotidiana. Assim a investigação é realizada no convívio,
construída pouco a pouco, no desenrolar dessa experiência costumeira de
observação dos hábitos e maneiras de viver dos outros. Ainda segundo Pereira
(2010), a “etnografia é uma decorrência dessa construção epistemológica”.
Assim sendo, o pesquisador se torna mais que um mero observador, ele
mantem uma comunicação interativa como os membros, em todas as suas
atividades desenvolvidas, interagindo com os mesmos e atento, registrando
pacientemente, tudo com sucintamente o que é pertinente à investigação. Nesse
contexto, Angrosino (2009) diz que:

A observação participante não é propriamente um método, mas sim um


estilo pessoal adotado por pesquisadores em campo de pesquisa que,
depois de aceitos pela comunidade estudada, são capazes de usar uma
variedade de técnicas de coleta de dados para saber sobre as pessoas e
seu modo de vida. (ANGROSINO, 2009, p. 34).

O mencionado escritor conceitua observação como um procedimento, no


qual se faz necessário a percepção e a interatividade nas práticas do dia-a-dia dos
membros participantes do projeto. O erudito vai além, se aprofunda, registra os
gestos, ações, gosto, hábitos, costumes, crenças, afim de no final, ter em mãos um
apurado trabalho cientifico e confiável, seguido o rigor que exige a etnografia.
A etnografia consiste em descrever culturalmente, grupos humanos e o
objeto de estudo são as primeiras culturas, bem como aquelas iletradas, simples,
sem muita evolução nas artes do conhecimento técnico, o cientista pesquisador
dessa área chama-se etnógrafo. Esse profissional é o especialista nesse tipo de
cultura, ele observa como supra, e anota tudo que é possível de ser observado e
anotado. Marcone e Neves (2010, p. 5), define com maior clareza o objeto de
estudo dessa parte da ciência a cultura:

O objeto de estudo da Etnografia centra-se nas culturas simples,


conhecidas como “primitivas” ou agrafas. São chamadas sociedade de
linhagem e segmentárias. São grupos humanos que se opõem às
sociedades complexas ou civilizadas.

. Lévi-Straus (1967, p. 14) afirma que a Etnografia consiste em observar e


analisar sociedades humanas de modo prático:

(...) etnografia consiste na observação e análise de grupos humanos


tomados em sua especificidade (muitas vezes escolhidos entre os mais
diferentes do nosso, mas por razões teóricas e práticas que nada têm a ver
com a natureza da pesquisa), visando a restituição, tão fiel quanto possível,
do modo de vida de cada um deles.

Etnografia do mercado Municipal de Araguaína

Aqui iremos falar sobre o mercado municipal, procurando ser o mais fiel
possível aos relatos e observações feitas em campo. Usado o método etnográfico,
procuraremos abordar aspectos relevantes e fundamentais que possam passar uma
noção básica sobre a fundação, estruturação, reforma e funcionamento do Mercado
Municipal de Araguaína.
A cidade de Araguaína, com cerca de 150 mil habitantes, região norte do
Tocantins, entre os rios Lontra e Andorinhas fica ás margens da BR 153, que liga
Brasília a capital do país a Belém, Estado do Pará, do no Norte do Estado do
Tocantins, Brasil. Esse território foi ocupado, primeiramente, por tribos da etnia
Carajás. Posteriormente, em 1876, os primeiros habitantes brancos chegaram para
povoar estas terras

Referências bibliográficas

ANGROSINO, M.; FLICK U. (Coord.). Etnografia e observação participante. Porto


Alegre: Artmed, 2009.
LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2007.

LEVI-STRUS, Claude. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro,


1967.

PEREIRA, Vanderléa Andrade. A pesquisa etnográfica: construções


metodológicas de uma investigação. Disponível em:
>http://leg.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/VI.encontro.2010/GT.1/GT_
01_17.pdf< Acesso em: 29/11/206.

ROCHA, Ana Luiza Carvalho de. ECKERT, Cornélia. Etnografia: Saberes e


práticas. Disponível em> http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/30176/
000673630.pdf > Acessado em: 24/11/2016.

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