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EUA inauguram sua embaixada em

Jerusalém; confrontos em Gaza deixam


dezenas de mortos
"E ouvireis de guerras e de rumores de
guerras;..." Mateus 24:6
14 de maio de 2018.

Os Estados Unidos inauguraram sua embaixada em Jerusalém nesta segunda-feira (14),


dia em que o Estado de Israel completa 70 anos e em que confrontos na fronteira com
a Faixa de Gazadeixaram dezenas de mortos.

Os palestinos protestam na fronteira desde o dia 30 de março, na chamada Grande


Marcha do Retorno, que evoca o direito dos palestinos de voltarem para os locais de
onde foram removidos após a criação do Estado de Israel, em 1948. Nesta segunda,
ainda protestam contra a inauguração da representação diplomática dos EUA em
Jerusalém.

Também houve protestos do lado de fora do prédio em que passa a funcionar a


embaixadora americana. A polícia tentou conter e afastar os manifestantes. Uma pessoa
foi detida, de acordo com a France Presse.
A cerimônia de abertura foi conduzida pelo embaixador americano em Israel, David
Friedman.

Em uma mensagem gravada em vídeo, o presidente Donald Trump disse que era
necessário "admitir o óbvio", que a capital de Israel é Jesusalém. Também afirmou que
os EUA estão comprometidos com a paz na região.

"Os EUA continuam totalmente comprometidos em facilitar um acordo de paz


duradouro. Os EUA sempre serão um grande amigo de Israel e um parceiro na causa da
liberdade e da paz", disse Trump.

O premiê israelense, Benjmain Netanyahu, disse que estava "profundamente


emocionado e profundamente grato". "Que dia glorioso. Lembrem este dia. Que dia
histórico!", afirmou.

Entre as personalidades israelenses também estavam presentes o presidente de Israel,


Reuven Rivlin, e o prefeito de Jerusalém, Nir Barkat. Entre a delegação americana,
Ivanka Trump e Jared Kushner, filha e genro e conselheiros do presidente americano, e
Steven Mnuchin, secretário de Tesouro dos EUA.

A nova embaixada está no bairro de Arnona, em Jerusalém Ocidental, num prédio


construído em 2010. Parte do terreno era considerada, até a Guerra dos Seis Dias
(1967), terra de ninguém.

Em uma primeira fase, a embaixada ficará dentro da seção de vistos do consulado-geral


dos EUA em Jerusalém. O imóvel sofreu adaptações para receber o embaixador David
Friedman e sua equipe. Em até um ano, um novo anexo será construído para ampliar o
espaço da embaixada. O objetivo é construir uma sede própria para a representação
diplomática em até dez anos.

Confrontos em Gaza
Na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza, confrontos deixaram mais de 40 mortos.
Milhares de palestinos se reuniram nesta segunda em diversos pontos próximos à
fronteira e pequenos grupos se aproximaram da cerca de segurança vigiada por soldados
israelenses. Os grupos tentaram avançar contra a barreira e lançaram pedras na direção
dos soldados, que responderam com tiros.

Após os confrontos, o Exército de Israel anunciou que lançou bombardeios contra alvos
do Hamas, o movimento islâmico palestino que governa a Faixa de Gaza.

A Autoridade Palestina acusou Israel de cometer um "massacre horrível" na fronteira. A


Anistia Internacional pediu a Israel o fim da "abominável violação" dos direitos
humanos na Faixa de Gaza. A OLP (Organização para a Libertação da Palestina)
anunciou uma greve geral nos territórios palestinos para esta terça, em luto pelo
"martírio" na Faixa de Gaza.

A União Europeia pediu "máxima moderação" depois das mortes em Gaza.


Decisão polêmica
A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a
capital de Israel e de transferir a representação diplomática de Tel Aviv para essa cidade
foi muito polêmica, criticada pela União Europeia e por países árabes porque rompe
com o consenso internacional de não reconhecer a cidade como capital da Palestina ou
de Israel até que um acordo de paz seja firmado entre as duas partes.

A liderança da Autoridade Palestina se recusa a conversar com os representantes do


governo Trump desde o anúncio da transferência da embaixada, nem sequer com o
genro do presidente, Jared Kushner, que havia sido designado para estimular o processo
de paz.

Entenda a disputa
No conflito entre Israel e palestinos, o status diplomático de Jerusalém, cidade que
abriga locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos, é uma das questões mais
polêmicas e ponto crucial nas negociações de paz.

Israel considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível. Mas os palestinos


reivindicam parte da cidade (Jerusalém Oriental) como capital de seu futuro Estado.

Apesar de apelos por parte de líderes árabes e europeus, e de advertências que a decisão
poderia desencadear uma onda de protestos e violência, Trump resolveu adotar uma
nova abordagem sobre o tema, considerando que mesmo com a postura anterior dos
EUA, a paz na região até hoje não foi atingida.

Atualmente, a maioria dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv, justamente
pela falta de consenso na comunidade internacional sobre o status de Jerusalém. A
posição da maior parte da comunidade internacional é a de que o status de Jerusalém
deve ser decidido em negociações de paz.

Fonte: G1

EUA inauguram, oficialmente,


embaixada em Jerusalém
14 de maio de 2018.
Em uma polêmica cerimônia, os Estados Unidos inauguraram, oficialmente, sua
embaixada em Jerusalém, nesta segunda-feira (14), dia marcado por protestos violentos
na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel.

A cerimônia começou com o hino nacional americano e contou com a presença de


centenas de autoridades americanas e israelenses.

Essa inauguração cumpre uma das mais polêmicas promessas de política externa do
presidente Donald Trump, ignorando a reprovação internacional e a indignação
palestina.

O ato coincide com o dia mais letal do conflito palestino-israelense desde 2014. Pelo
menos 37 manifestantes palestinos morreram nesta segunda por disparos israelenses em
protestos na Faixa de Gaza.

"Hoje, cumprimos uma promessa feita ao povo americano e damos a Israel o mesmo
direito que a qualquer outro país: o direito de designar sua capital", declarou o
embaixador dos Estados Unidos, David Friedman, no início da cerimônia.

Fonte: AFP

Três questões-chave para entender a


polêmica transferência da embaixada dos
EUA em Israel
14 de maio de 2018.

Os Estados Unidos estão prestes a abrir sua nova Embaixada em Jerusalém, uma
iniciativa elogiada por Israel, mas duramente criticada por palestinos, que prometeram
realizar vários protestos contra a medida.

Entre as autoridades que acompanharão o evento estão Ivanka Trump, filha do


presidente americano, Donald Trump, e o seu marido, Jared Kushner.

Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como futura capital e veem a medida


como sinal de apoio dos EUA à visão de Israel, que considera a cidade como sua capital
"eterna e indivisível".

A decisão do presidente Trump no ano passado de reconhecê-la como a capital de Israel


não apenas rompeu com décadas de neutralidade dos EUA nesse tema como foi
criticada por vários países. Veja abaixo as respostas a três perguntas chave sobre a
polêmica.

Por que a mudança de Embaixada para Jerusalém


atrai tanta controvérsia?
O status de Jerusalém está no coração do conflito entre israelenses e palestinos - ambos
veem a cidade como sagrada e a querem como sua capital.

A cidade foi dividida ao final da guerra árabe-isralense de 1948, dando a Israel o


controle sobre Jersalém Ocidental e à Jordânia, o de Jerusalém Oriental - que inclui
partes da antiga cidade e importantes localidades sagradas para judeus, cristãos e
muçulmanos.
Israel capturou assumiu o controle sobre a cidade inteira em 1967, após a Guerra dos
Seis Dias. Em 1980, Israel aprovou uma lei anexando Jerusalém Oriental, uma medida
vista em amplas partes da comunidade internacional, inclusive pela ONU, como ilegal -
assim como os vários assentamentos construídos em Jerusalém Oriental, que realocaram
mais de 200 mil judeus. Na época, vários países transferiram suas Embaixadas para Tel
Aviv.

De acordo com o tratado firmado entre israelenses e palestinos em 1993, o status final
de Jerusalém deve ser discutido nos últimos estágios das negociações de paz. Por isso, o
anúncio de Trump no ano passado, praticamente reconhecendo Jerusalém como capital
única de Israel, deixou vários países preocupados, pois pode comprometer a
neutralidade dos EUA na mediação do conflito.

Desde o anúncio de Trump, que foi condenada em uma resolução da ONU (128 países
votaram a favor, 9 contra e 35 se abstiveram), 10 países disseram estar planejando fazer
o mesmo, entre eles Guatemala, Romênia e República Tcheca.

No dia seguinte ao que Israel celebra o aniversário da fundação de seu Estado, os


palestinos comemoram o que chamam de Nakba, ou Catástrofe, quando centenas de
milhares de pessoas fugiram de suas casas ou foram desalojadas após a fundação do
Estado de Israel em 1948.

Como estão reagindo israelenses e palestinos?


O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, conclamou "todos os países a se
unirem aos EUA para transferir suas embaixadas para Jerusalém". Por sua vez, o
presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, descreveu a decisão de Trump
como o "tapa do século".

Milhares de palestinos se preparam para protestar na fronteira que separa Israel e a


Faixa de Gaza nesta segunda.

O timing da mudança de Embaixada também causou preocupação por causa da tensão,


nas últimas semanas, na fronteira entre Gaza e Israel.

Desde o fim de março, mais de 40 palestinos foram mortos por soldados israelenses.

O alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein,
acusa Israel de usar "força em excessiva".

Israel diz que agiu legitimamente para proteger seus civis de militantes que tentam
atravessar a fronteira.

Como israelenses e palestinos reagiram?


O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, conclamou "todos os países a se
unirem aos EUA para transferir suas embaixadas para Jerusalém". Por sua vez, o
presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, descreveu a decisão de Trump
como o "tapa do século".
Milhares de palestinos se preparam para protestar na fronteira que separa Israel e a
Faixa de Gaza nesta segunda.

O timing da mudança de Embaixada também causou preocupação por causa da tensão,


nas últimas semanas, na fronteira entre Gaza e Israel.

Desde o fim de março, mais de 40 palestinos foram mortos por soldados israelenses.

O alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein,
acusa Israel de usar "força em excessiva".

Israel diz que agiu legitimamente para proteger seus civis de militantes que tentam
atravessar a fronteira.

O que está sendo inaugurado e quem participa da


cerimônia?
Uma pequena embaixada provisória começa a funcionar nesta segunda dentro do prédio
do consulado dos EUA em Jerusalém. Uma instalação maior será escolhida
posteriormente.

O presidente Trump deve participar da cerimônia dos EUA, por meio de


videoconferência.

Mas ele mandou, como seus representantes, a filha e o genro, que são assessores
especiais da Casa Branca, além do secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o sub-
secretário de Estado, John Sullivan.

A União Europeia manifestou várias vezes ser contra a mudança.

Fonte: BBC

Em meio a conflitos, EUA inaugura


embaixada em Jerusalém
14 de maio de 2018.
O governo dos Estados Unidos inaugura nesta segunda-feira (14) sua embaixada em
Jerusalém em meio aos diversos conflitos realizados por palestinos contra o Exército de
Israel para protestarem contra a decisão do presidente Donald Trump.

As principais autoridades norte-americanas participarão do evento, marcado para 14h


(horário local), incluindo a filha de Trump, Ivanka, e seu marido, Jared Kushner. O
presidente dos EUA, por sua vez, não estará presente, mas fará um discurso por meio de
um vídeo para cerca de 800 funcionários. O dia da cerimônia de inauguração acontece
na mesma data em que o Estado de Israel completa 70 anos. A nova embaixada será
instalada no bairro de Arnona, em Jerusalém Ocidental, em um prédio construído em
2010, dentro da seção de vistos do consulado-geral dos EUA.

A decisão de Trump gerou caos na região. Desde 30 de março, milhares protestam na


fronteira, na chamada Grande Marcha do Retorno, que evoca o direito dos palestinos de
retornarem para locais de onde foram retirados após 1948.

Nesta manhã, pelo menos oito manifestantes palestinos foram mortos durante os
confrontos com o Exército israelense ao longo da barreira defensiva com Gaza,
informou a agência "Maan", citando o Ministério da Saúde local. Segundo a agência,
entre as vítimas está Hamdan Qudeih, 21 anos, que foi morto a tiros, e outros 100
palestinos feridos.

Os conflitos entre os manifestantes e o Exército de Israel tiveram início na Cisjordânia,


principalmente em Belém e Hebron, mas foram registrados em outros locais também,
como Kalandia, ao norte de Jerusalém. O exército fortaleceu sua presença ao longo da
fronteira com mais dois batalhões.

A decisão do presidente Trump no ano passado de reconhecer Jerusalém como a capital


de Israel rompeu com décadas de neutralidade dos EUA sobre a questão e a colocou em
desacordo com a maioria da comunidade internacional.
Ontem à noite, Netanyahu recebeu toda a delegação dos Estados Unidos enviada pelo
chefe da Casa Branca e definiu o momento como "histórico e corajoso".

Fonte: ANSA

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