Professional Documents
Culture Documents
Sapucaia do Sul
2017
ii
AGRADECIMENTOS
A minha mãe, Débora da Costa, que nesta caminhada foi a pessoa que nunca me
permitiu desistir, certamente, sem o seu apoio não chegaria até aqui.
Aos meus colegas de curso, que foram de extrema importância, pela amizade que
construímos e ajuda mútua nos momentos difíceis dentro e fora da universidade.
Aos professores, Prof. M.Sc. Carlos Alexandre Wurzel e Prof. Dr. Carlos Alberto
Schuch Bork, pela dedicação e apoio na orientação deste trabalho.
A todos os professores do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense e, sobremaneira, à
Prof. Dra. Carmen Iara Walter Calcagno e ao Prof. Dr. Pedro Carlos Hernandez Junior, pela
inspiração, exemplo e dedicação com que tratam os seus alunos.
Ao Instituto Federal Sul-Rio-Grandense pela possibilidade de formação técnica e
humana na educação pública e com qualidade acima da média.
vi
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Tipos de fresamento: (a) tangencial, (b) frontal (editado de DINIZ, MARCONDES
e COPPINI, 2013). ..................................................................................................................... 4
Figura 2 – Arestas de corte e superfícies de uma ferramenta de torneamento (FERRARESI,
1970). .......................................................................................................................................... 7
Figura 3 - Arestas de corte e superfícies de uma ferramenta de fresamento (FERRARESI,
1970). .......................................................................................................................................... 7
Figura 4 – Diagrama de dureza-tenacidade de materiais para produção de ferramentas de corte
(SANDVIK, 2011). .................................................................................................................... 9
Figura 5 - Crescimento de características das classes de metal duro (SANDVIK, 2011). ....... 11
Figura 6 - Formas de cavaco (editado de DINIZ, MARCONDES e COPPINI, 2013). ........... 14
Figura 7 - Pastilha de fresamento com quebra-cavaco (DINIZ, MARCONDES e COPPINI,
2013). ........................................................................................................................................ 15
Figura 8 - Rugosidade resultante no fresamento tangencial (DINIZ, MARCONDES e
COPPINI, 2013). ...................................................................................................................... 15
Figura 9 – Desgaste de cratera (DINIZ, MARCONDES e COPPINI, 2013). .......................... 16
Figura 10 - Desgaste de flanco e de entalhe (DINIZ, MARCONDES e COPPINI, 2013). ..... 17
Figura 11 – Corpo de prova furado .......................................................................................... 18
Figura 12 – Corpo de prova regular ......................................................................................... 19
Figura 13 - Centro de Usinagem Romi..................................................................................... 19
Figura 14 - Microscópio Óptico Fortel ..................................................................................... 20
Figura 15 - Rugosímetro digital Mitutoyo. ............................................................................... 20
Figura 16 – Ferramenta de aço rápido ...................................................................................... 21
Figura 17 - Demonstração da avaliação de rugosidade ............................................................ 23
Figura 18 - Demonstração da medição do desgaste de flanco. ................................................. 23
Figura 19 - Valores obtidos para Ra na 1ª ferramenta de corte ensaiada.. ............................... 23
Figura 20 - Valores obtidos para Ra na 2ª ferramenta de corte ensaiada. ................................ 26
Figura 21 - Valores obtidos para Ra na 3ª ferramenta de corte ensaiada. ................................ 26
Figura 22 - Valores obtidos para Ra na 4ª ferramenta de corte ensaiada. ................................ 27
Figura 23 - Comparação entre os resultados obtidos entre as ferramentas .............................. 28
Figura 24 - Cavaco obtido no ensaio da 1ª ferramenta. ............................................................ 29
Figura 25 - Cavaco obtido no início do ensaio da 2ª ferramenta. ............................................. 29
viii
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 3
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................. 4
3.4.3 Cerâmico....................................................................................................................... 11
3.4.5 Diamante....................................................................................................................... 12
4 METODOLOGIA ......................................................................................................... 18
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................ 35
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 37
1 INTRODUÇÃO
a competitividade das empresas no âmbito econômico como também busquem a redução dos
danos ao meio ambiente, por meio de redução da produção de matéria não renovável, por
exemplo, além é claro da segurança e do desenvolvimento humano dos envolvidos no
processo de fabricação nas fábricas.
3
2 OBJETIVOS
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Atualmente a usinagem é o meio mais utilizado para manufatura de peças. Este grupo
de processos baseia-se na geração de formas a partir da retirada de material, dentre estes, o
fresamento é o de maior flexibilidade com relação a geometrias e produtividade, sendo assim,
muito difundido em todo mundo (AGOSTINHO, VILELLA e BUTTON, 2004).
A fresa é a ferramenta de corte utilizada no processo de fresamento, ela opera de
forma rotacional e possui diversas arestas cortantes. A principal diferença deste processo em
relação aos demais é o corte intermitente, o qual significa que apenas algumas arestas tocam
a superfície em usinagem simultaneamente. Outro fato importante é que a movimentação
durante a operação é da mesa onde a peça está presa, ao contrário da furação e torneamento,
por exemplo, em que o cabeçote da máquina operatriz realiza o movimento de avanço
(GROOVER, 2002).
Segundo KÖNIG (1990), deve-se dividir as operações de fresamento em dois tipos
principais (figura 1):
a) Tangencial: O fresamento tangencial é o mais utilizado, também chamado de fresamento
de topo. Tem tal denominação porque a ferramenta trabalha na superfície cilíndrica da peça,
sendo o eixo da fresa paralelo à superfície em usinagem.
b) Frontal: O fresamento frontal, também é chamado de faceamento. A ferramenta trabalha
na superfície frontal da peça, sendo o eixo da fresa perpendicular à superfície em usinagem.
Figura 1 - Tipos de fresamento: (a) tangencial, (b) frontal (editado de DINIZ, MARCONDES
e COPPINI, 2013).
As grandezas de corte são definições que necessitam ser escolhidas para a máquina-
ferramenta. Após o processo concluído, as grandezas de corte é que definem a porção de
material removido. Dentre as variadas grandezas, salienta-se o avanço radial, avanço
tangencial, profundidade de corte e a velocidade de corte. (DINIZ, MARCONDES e
COPPINI, 2013).
Em maio de 1966 foi aprovada a DIN 6581 que trata dos elementos construtivos,
ângulos, superfícies e demais designações de ferramentas de corte. Esta norma tem origem em
estudos de diversos pesquisadores ao redor do mundo. (FERRARESI, 1970).
Posteriormente, foram desenvolvidas outras normas para designar os conceitos
envolvidos em usinagem, especificamente, com relação às partes construtivas de ferramentas.
Em 2013, a norma ABNT NBR ISO 3002-1 aglutinou a NBR 6163:1990 e demais normas do
setor, designando as grandezas, parâmetros e geometria das ferramentas nos processos de
usinagem (ABNT, 2013).
DINIZ, MARCONDES e COPPINI (2013) dividem as ferramentas de usinagem em
oito partes principais, a saber: parte de corte, cunha de corte, superfície de saída, superfície
principal de folga, superfície secundária de folga, aresta principal de corte, aresta secundária
de corte e ponta de corte. Nas figuras 2 e 3, abaixo, são evidenciadas as partes componentes
de ferramentas mono cortantes, de torneamento e fresamento, respectivamente.
6
• Parte de Corte: Porção ativa da ferramenta, constituída por suas cunhas de corte. Para
que seja possível operar com a ferramenta faz-se necessário que esta esteja construída ou
fixada em um suporte ou cabo da ferramenta, assim, possibilitando controlar, reparar,
trabalhar e afiá-la.
• Cunha de Corte: É a própria cunha da ferramenta, formada a partir da intersecção das
superfícies de saída e de folga.
• Superfície de saída: Caracterizada como a superfície da cunha cortante, onde forma-se
o cavaco. Em geral possui um chanfro, também chamado de bisel. É a região pela qual escoa
o cavaco na sua saída da região de corte (FERRARESI, 1970).
• Superfície principal de folga: É a superfície da cunha de corte que possui a aresta
principal de corte. Defronta com a superfície principal em usinagem (DINIZ, MARCONDES
e COPPINI, 2013).
• Superfície secundária de folga: É a superfície da cunha de corte que possui a aresta
secundária de corte. Defronta com a superfície secundária em usinagem (DINIZ,
MARCONDES e COPPINI, 2013).
• Aresta principal de corte: Formada a partir da intersecção das superfícies de saída e de
folga principal, na cunha de corte. Responsável pela superfície em usinagem principal
(MACHADO, A.R. et al, 2009)
• Aresta secundária de corte: Formada a partir da intersecção das superfícies de saída e
de folga secundária, na cunha de corte. Responsável pela superfície em usinagem secundária
(MACHADO, A.R. et al, 2009).
• Ponta de Corte: É a seção da cunha de corte onde estão as arestas principal e
secundária (FERRARESI, 1970; DINIZ, MARCONDES e COPPINI, 2013). É o ponto onde
ocorre a intersecção das arestas, seja o encontro destas por um chanfro, seja por
arredondamento (DINIZ, MARCONDES e COPPINI, 2013).
7
(1)
Onde,
Hr - dureza relativa durante o processo;
Ht - dureza do material da ferramenta;
Hp - dureza do material da peça.
Existem diversas outras características importantes na decisão da ferramenta de corte a
ser utilizada, além da dureza, como (DINIZ, MARCONDES e COPPINI, 2013; MACHADO,
A.R. et al, 2009; FERRARESI, 1970):
• Tenacidade – Importante para resistir aos choques durante o trabalho, por ser a
quantidade de energia necessária para romper o material.
• Baixa influência da temperatura durante o trabalho sobre as propriedades mecânicas e
térmicas – As temperaturas durante o processo podem chegar aos 1000ºC, então é necessário
que a ferramenta possa manter suas propriedades para suportar as tensões.
• Inércia química – Deve-se manter a estabilidade na difusão mesmo com o aumento da
velocidade de corte.
• Resistência ao desgaste – Notadamente o desgaste por abrasão.
A complexidade para obtenção de um material que atenda todas estas características é
bastante alta, por conseguinte a relação entre dureza e tenacidade é o grande desafio dos
pesquisadores (COSTA, 1993). No tocante ao material, as ferramentas dividem-se conforme
elucida a figura 4, abaixo:
9
Mesmo não sendo os materiais mais tecnológicos, o aço rápido e o metal duro são os
mais importantes durante o desenvolvimento histórico das ferramentas de corte, tendo em
vista o ganho produtivo quando da utilização de tais materiais. Partiu-se de uma velocidade de
corte de 3m/min antes das ferramentas de aço rápido para 300m/min quando do
desenvolvimento das ferramentas de metal duro. Aliado a estes cabe ressaltar a crescente
utilização das ferramentas de cerâmicos, ultraduros, notadamente, o CBN e também o
diamante natural (MACHADO, A.R. et al, 2009).
Recebeu tal título, pois quando criado, por volta de 1905, era o tipo de ferramenta que
permitia a maior velocidade de corte. O aço rápido é um material de alta liga de tungstênio,
molibdênio, cromo, vanádio, cobalto e nióbio. São aços de elevada dureza a quente e boa
resistência ao desgaste (se comparado ao aço carbono) a dureza advém de sua estrutura
martensítica quando temperados, a elevada resistência à abrasão é consequência da existência
de carbonetos duros, já a tenacidade é dependente do elemento de liga. A tabela 1 demonstra a
10
influência de cada um dos elementos de liga nas características críticas do material (DINIZ,
MARCONDES e COPPINI, 2013).
Tabela 1: Características de ferramentas e materiais utilizados para obtenção (adaptado
de FERRARESI, 1970).
Característica Elemento de liga
3.4.3 Cerâmico
O nitreto de boro ao sofrer a reação, com pressões de até 9000 Mpa e temperaturas
chegando a 1900 ºC, altera sua cadeia atômica de hexagonal para cúbica, surge, assim, o
nitreto de boro cúbico. Material que produz ferramentas de alta dureza, podendo ser
empregados na usinagem de materiais com dureza próxima de 60 HrC (DINIZ,
MARCONDES e COPPINI, 2013).
Estas ferramentas vêm ganhando espaço no mercado, principalmente, após alguns
estudos que adicionaram uma fase cerâmica ao material, que faz com que, para certas
aplicações, seja muito útil aumentar a resistência química, mesmo baixando em determinada
12
3.4.5 Diamante
O diamante é o material mais duro da natureza, por esse motivo é um ótimo material
para produção de ferramentas de corte. O fator que inviabiliza sua utilização na forma natural
é o preço, na tentativa de diminuir o custo, na segunda metade do século XX desenvolveu-se
o diamante sintético (PCD). Para obtenção do PCD realiza-se a sinterização de partículas de
diamante com cobalto, em altíssimas pressões e temperaturas (FERRARESI, 1970).
A utilização destas ferramentas está muito atrelada às ligas de alumínio-silício, uma
vez que o silício causa um endurecimento pontual na liga, o que não é problema para o
diamante, além de não haver possibilidade da ocorrência de aresta postiça de corte, fazendo,
assim, a ferramenta de PCD chegar a uma vida útil mais de cem vezes maior que a de metal
duro quando da usinagem da liga citada (DINIZ, MARCONDES e COPPINI, 2005).
3.5 Usinabilidade
(2)
A vida útil da ferramenta trata-se do tempo que ela trabalha sem a necessidade de
reafiá-la. Portanto, com base, na ISO 3685 (1993) durante este estudo os critérios para
avaliação, serão os seguintes:
• Desgaste de flanco médio: VBb=0,3 mm.
• Desgaste de flanco máximo: VBmáx=0,6 mm.
• Profundidade da cratera: KT=0,06+0,3Vf, onde Vf é o avanço de corte em mm/rev.
• Avaria.
Por fim, F.W. Taylor criou a equação que define a vida útil de uma ferramenta, que
atualmente leva seu nome (DINIZ, MARCONDES e COPPINI, 2013):
(3)
Sendo x e K números específicos de cada sistema máquina-peça, valores f, ap, fluido
de corte, etc. (DINIZ, MARCONDES e COPPINI, 2013).
18
4 METODOLOGIA
4.2 Equipamentos
Para análise micrográfica dos corpos de prova e do desgaste de flanco das ferramentas
foi utilizado um microscópio óptico da marca Fortel, modelo KSTM, com resolução máxima
de 1000x, a figura 14 comprova a referida descrição.
As ferramentas de corte utilizadas nos ensaios, conforme a figura 16, são do fabricante
OSG Sulamericana. As fresas são de topo com haste com Ø = 8 mm e 4 arestas de corte.
Vc N Fz Vf Ap
(m/min) (rpm) (mm/dente) (mm/min) (mm)
Parâmetros Superfície
Desbaste Acabamento Com furação Sem furação
Ferramenta 1 X X
Ferramenta 2 X X
Ferramenta 3 X X
Ferramenta 4 X X
Nota-se na tabela 3 que foram utilizadas 4 ferramentas no ensaio, divididas em: F1-
parâmetros de desbaste na superfície com furação, F2- parâmetros de acabamento na
superfície com furação, F3- parâmetros de acabamento na superfície sem furação e F4-
parâmetros de desbaste na superfície sem furação.
No anexo II, o programa gerado para a realização da usinagem, o qual foi gerado
apenas para realizar o fresamento retilíneo dos canais na peça, a distância entre os centros dos
canais foram adicionadas manualmente a cada final de rotina para que o programa fosse o
mais simples possível.
Definiu-se como volume de cavaco retirado padrão 120cm³ então cada ferramenta foi
ensaiada até que houvesse realizado o fresamento do volume referido.
4.4.5 Medições
Percebe-se, na figura 17, cada uma das entradas da ferramenta de corte. A ponta do
rugosímetro foi colocada em três pontos diferentes em cada um dos canais usinados.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Rugosidade
A rugosidade média (Ra) mais elevada obtida para a primeira ferramenta (figura 19)
foi de 1,99μm no ponto imediatamente anterior a falha catastrófica ocorrida quando executado
menos de 30% do experimento. Sendo possível inferir que caso não houvesse ocorrido a falha
este número seria bastante alto quando comparado às medidas encontradas para as outras
ferramentas.
Ferramenta 1
2,5
1,99
2
Rugosidade média (μm)
1,5 1,39
1,11
1
0,5
0
1 2 3
Ponto de medição (un)
A segunda ferramenta foi ensaiada também na placa com furação prévia, porém com
os parâmetros de corte para acabamento, ou seja, com maior velocidade de corte e menor
profundidade. A referida ferramenta cumpriu todo o volume proposto e obteve dois pontos de
praticamente igualdade na rugosidade máxima com 1,57μm quando havia sido usinado
aproximadamente 48cm³ no quarto ponto de medição e no último ponto, no volume total do
26
experimento quando mediu-se 1,58μm como demonstra o gráfico abaixo (figura 20):
Ferramenta 2
1,80
1,57 1,58
1,60 1,44 1,41
1,29 1,32 1,29
Rugosidade média (μm)
1,40
1,16
1,20 1,07
1,00
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ponto de medição (un)
As medições efetuadas na terceira ferramenta, figura 21, que foi ensaiada com
parâmetros de acabamento e na placa sem furação prévia, obtiveram o menor valor ao final do
volume de cavaco retirado com apenas 1,35μm para o volume de 120 cm³. Dentre as 4
ferramentas ensaiadas, esta também foi a ferramenta que obteve o menor número de pontos de
aferição em que resultou a rugosidade maior que 1,00μm, alcançando este patamar em 4
ocasiões.
Ferramenta 3
1,60
1,40 1,35
1,17
Rugosidade média (μm)
1,20 1,07
1,01
1,00 0,93
0,86 0,86 0,88
0,81 0,79
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ponto de medição (un)
Ferramenta 4
2,50
1,96
2,00
Rugosidade média (μm)
1,60
1,50
1,50 1,35 1,31
1,26
1,16
1,04 1,06
0,98
1,00
0,50
0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ponto de medição (un)
2,5
2
Rugosidade média (μm)
1,5
Ferramenta 1
Ferramenta 2
1
Ferramenta 3
Ferramenta 4
0,5
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ponto de medição (un)
Inicialmente, fica evidente que ambas ferramentas ensaiadas na placa com furação
obtiveram valores maiores de rugosidade que aquelas ensaiadas na placa regular, tendo em
vista que a região fresada com a ferramenta 4 obteve valor próximo de 2 μm somente ao final
do ensaio, enquanto a ferramenta 1 alcançou este patamar com cerca de 27cm³ do ensaio
apenas. A relação entre as ferramentas 2 e 3 foi menos evidente, todavia os valores da
ferramenta 3 obtiveram os menores resultados do ensaio, com apenas quatro pontos de
medição obtendo resultados acima de 1,00 μm.
A avaliação do tipo de cavaco foi apenas visual, as imagens a seguir foram produzidas
a partir de pequenas porções de material retirado durante a operação de fresamento.
A figura 24 aponta a porção de material recolhida na usinagem da primeira ferramenta.
Esta foi a ferramenta em que houve a falha catastrófica no início do ensaio, ainda assim
houve uma retirada de material.
29
Todas as amostras seguem a literatura (FERRARESI, 1970) para o tipo de cavaco que
deveria ser encontrado no fresamento do material escolhido, o aço SAE 1045.
São todos cavacos do tipo arrancado e em forma de lasca, como demonstram as
figuras de 25 a 30 exibidas acima.
A partir da comparação entre os estágios extremos das porções de material removidos
percebe-se uma pequena variação na forma do cavaco oriundo da ferramenta 4, pois deixou de
haver o prolongamento de menor espessura como mostra a seta indicativa na figura 30. No
entanto a alteração é insignificante na relação do tipo de cavaco, tendo em vista que a
alteração é apenas geométrica e não vai alterar a relação de custo ou segurança do operador.
Nas demais ferramentas não houve significativa alteração geométrica durante o
processo de corte, o que indica que o ângulo de saída da ferramenta, que está diretamente
relacionado ao desgaste, não foi alterado severamente.
O gráfico abaixo, figura 31, refere-se aos desgastes de flanco obtidos em cada uma das
arestas. Para a ferramenta 1, duas medições, tendo em vista a falha ocorrida nas duas outras
arestas. Novamente fica evidente que os valores foram muito altos para a referida ferramenta,
que possui os parâmetros de corte de desbaste na placa furada, quando comparados aos
valores das demais, notadamente porque essa usinou menos de 30% do valor padrão de
volume usinado.
0,6 0,57
0,49
0,5
0,4
Aresta 1
0,29 Aresta 2
0,3 0,26 0,25
Aresta 3
0,1 0,07
0,05
0
Ferramenta 1 Ferramenta 2 Ferramenta 3 Ferramenta 4
2; 13% 2; 12%
1; 6%
1; 6%
3; 19% 7; 44%
Os maiores resultados das apurações foram obtidos em uma das arestas da ferramenta
um, a qual, claramente, foi a fresa que obteve as maiores solicitações, visto que, houve a falha
ainda na fase inicial do experimento, e uma aresta da ferramenta 3 com valores de 0,49 mm e
0,57 mm, respectivamente. A faixa de desgaste de 0,2 a 0,3 mm obteve três ocorrências, uma
aresta com 0,26 mm de desgaste na ferramenta 3 e duas ocorrências na ferramenta 4, com
0,29 mm e 0,25 mm.
As falhas também estão representadas no gráfico com as duas ocorrências já citadas,
consistindo em 13% do total sendo que ambas ocorreram na ferramenta 1.
A figura 33 representa a média de área desgastada nas arestas de cada ferramenta de
corte. Este parâmetro não é normatizado, no entanto é possível que ele demonstre informações
importantes, neste caso evidencia-se a não proporcionalidade entre o desgaste linear
padronizado pela ISO 3685 e o desgaste bidimensional.
33
0,16
0,16 0,16
0,14
0,12
0,1
0,08 0,09
0,06
0,04
0,02 0,03
0
Ferramenta 1 Ferramenta 2 Ferramenta 3 Ferramenta 4
5.3 ????
Quadro Comparativo
Parâmetros de corte Desbaste Acabamento
Superfície Furada Não Furada Furada Não Furada
Ferramenta 1 4 2 3
Volume usinado (cm³) 27 120 120 120
Falha catastrófica sim não não não
Tempo teórico usinado(s) 722 2568 3360 3360
Vbmáx (mm) 0,49 0,25 0,16 0,57
Ra (μm) 1,99 1,96 1,58 1,35
Alteração cavaco não não não não
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
N10 G17G71G90G40
N20 G0G53Z-110
N30 T1
N40 M6
N50 G54SXXXM3D1
N60 G0X-5YOZ5
N70 G1Z-XXF100
N80 X310FXXX
N90 Z-XXF100
N100 X-5FXXX
N110 Z-XXF100
N120 X310FXXX
N130 Z-XXF100
N140 X-5FXXX
N150 GO Z200
N150 M30