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I Terra no Espaço
©2006
Conhecimento Raciocínio Comunicação Atitudes
1. Ciência, Tecno- • Interpretar modelos • Interpretar dados. • Interpretar informa- • Avaliar criticamente ati- • Visitas de estudo: por exemplo, ao Pla-
logia, Sociedade científicos. ção de diferentes fon- tudes desenvolvidas pela netário Calouste Gulbenkian (Lisboa), ao
e Ambiente. • Formular problemas tes. comunidade. Observatório Astronómico de Lisboa, ao
• Compreender mode- e hipóteses. Exploratório Infante D. Henrique (Coimbra),
PLANIFICAÇÃO
1.1 Ciência, produto los científicos. • Usar linguagem • Avaliar o impacto da ao Observatório Astronómico da Universi-
da actividade huma- • Estabelecer compa- científica. Ciência na Sociedade e no dade de Coimbra, ao Centro de Ciência
na. • Reconhecer as limi- rações. Ambiente. Viva do Algarve, ao Centro de Astrofísica
tações da Ciência e da • Desenvolver a capa-
da Universidade do Porto, ao Visionarium –
1.1.1 Razões para o Tecnologia na resolu- • Realizar inferências, cidade de expor ideias. • Valorizar o conhecimento
estudo do Universo. generalizações e de- Europarque (Santa Maria da Feira).
ção de problemas. da história da Ciência para
duções. • Desenvolver a capa- compreender as perspecti- A visita poderá ser organizada em articu-
1.1.2 Posição da Terra • Analisar e debater cidade de argumentar. vas actuais. lação com a disciplina de Ciências Físico-
no Universo: • Distinguir informa- -Químicas.
relatos de descober-
– teoria geocêntrica; ção essencial de infor- • Desenvolver a capa- • Reconhecer o carácter
– teoria heliocêntrica. tas científicas. • Realização de trabalhos em grupo:
mação acessória. cidade de produção de provisório dos conhecimen-
por exemplo, de pesquisa sobre a vida e
1.2 A Ciência e o • Realizar investiga- • Desenvolver a capa- • Utilizar novas tecno- • Desenvolver o respeito • Visionamento de filmes de ficção
conhecimento do ções. cidade de síntese. logias da informação e pelos outros. científica como Armagedon. No final do
Universo. comunicação. visionamento poderá ser feito um debate
• Realizar pesquisas • Relacionar evidên- • Manifestar ou desenvol- que permita aos alunos:
1.2.1 Contribuições da bibliográficas e de ou-
cias e explicações. • Apresentar os resul- ver a curiosidade e a criati- – distinguir ficção de realidade;
Ciência e da Tecnologia tras fontes de informa- tados da pesquisa, uti- vidade.
para o estudo do Uni-
– reconhecer que a Ciência é indissociável
ção. • Confrontar diferen- lizando meios diversos,
da Tecnologia;
verso. tes perspectivas de in- incluindo as novas tec- • Desenvolver a perseve-
– compreender que a exploração espacial,
1.2.2 Benefícios da
• Analisar e discutir terpretação científica. nologias da informa- rança e a seriedade no tra-
como outras áreas da Ciência, é influen-
pesquisa espacial para evidências e situa- ção e comunicação. balho.
• Utilizar estratégias ciada por interesses sociais, económi-
a Sociedade. ções-problema.
cognitivas diversifica- • Utilizar diferentes • Questionar os resultados cos e políticos;
1.2.3 Problemas cau- das. obtidos. – reconhecer que a Ciência e a Tecnologia
formas de comunica-
sados pela exploração influenciam a Sociedade.
ção oral e escrita.
espacial à Sociedade • Reflectir criticamente so-
e ao Ambiente.
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• Usar fontes biblio- bre o trabalho efectuado. • Exploração dos textos «Cientistas em
gráficas de forma autó- alerta» e «A frota dos vaivéns», com de-
• Desenvolver a capacida- bate alargado à turma.
noma.
de de reformulação do seu
trabalho.
• Desenvolver o sentido
estético.
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Terra no Espaço | Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente
TEXTOS DE AMPLIAÇÃO
Cientistas em alerta
Após alguns alarmes, que foram posteriormente desmentidos com novos e mais precisos cálculos, um grupo de
cientistas norte-americanos apelou para que o poder político encare com seriedade a hipótese de um asteróide ou de
um cometa colidir com a Terra. Preocupados, os especialistas propõem a criação de um plano de emergência para o
efeito. «De certa forma é uma questão que conhecemos e com a qual necessitamos de nos preocupar. Mas precisa-
mos decidir até que ponto nos vamos preocupar e esta é uma questão que interessa a todos», comentou o investiga-
dor de assuntos espaciais Daniel D. Durda, do Southwest Research Institute (Colorado – EUA). Os números são
claros. Uma estimativa da Agência Espacial dos EUA (NASA) calcula que 90% dos objectos próximos da órbita terres-
tre têm 900 metros ou mais de diâmetro. O impacto de um objecto um pouco mais pequeno (800 metros de diâmetro)
seria dez milhões de vezes superior ao provocado pela bomba atómica que arrasou Hiroshima. Um cenário que os
cientistas querem afastar de vez. «É do conhecimento público como, provavelmente, os dinossauros se extinguiram e
agora espera-se que alguma coisa seja feita para que o mesmo não ocorra outra vez», afirmou Bill Cooke, um espe-
cialista ao serviço da NASA.
Adaptado do jornal Expresso, 30 de Junho de 2001
Enterprise – Foi o primeiro modelo e foi utilizado nos ensaios tripulados para estudar a forma como planava no
ar depois de ser lançado de um avião. Todavia, nunca viajou até ao Espaço. Foi baptizado com o nome da nave espa-
cial da série Star Trek.
Columbia – O primeiro voo que efectuou foi em 1981. Foi baptizado em honra do navio que circum-navegou o
globo pela primeira vez com uma tripulação norte-americana. Em 1998, colocou em órbita a missão Neurolab, desti-
nada a estudar os efeitos da microgravidade sobre o sistema nervoso. O Neurolab resultou de um esforço colectivo
entre seis agências espaciais, incluindo a Agência Espacial Europeia. Desintegrou-se ao proceder à reentrada na
Terra, em Fevereiro de 2003, após ter efectuado 28 voos.
Challenger – Realizou a primeira missão em 1982. Recebeu o nome do navio inglês que explorou os mares no
século XIX. Em 1984, o astronauta Bruce McCandless tornou-se o primeiro ser humano a efectuar uma saída espacial
autónoma a bordo de uma unidade individual. Explodiu em 1986, pouco depois de ter sido lançado. Voou 10 vezes.
Discovery – Entrou em acção em 1984. Foi baptizado em honra de um dos navios do explorador britânico James
Cook nas viagens que o conduziram às ilhas do Pacífico Sul. Em 1998, numa missão histórica, transportou novamente
ao Espaço o norte-americano John Glenn, o primeiro astronauta dos EUA a orbitar a Terra. Já levou a cabo 30 missões.
Atlantis – O primeiro voo ocorreu em 1985. Tem o nome do veleiro do Instituto Oceanográfico de Woods Hole,
que foi a primeira embarcação a ser utilizada para investigação marinha nos EUA. Em 1995, transportou a primeira de
nove missões espaciais que atracaram na Estação Espacial Soviética Mir. Voou 26 vezes.
Endeavour – É a nave mais jovem da frota e tornou-se operacional em 1992. Foi baptizada em honra do primeiro
navio do explorador britânico James Cook nas ilhas do Pacífico Sul. Em 2001, teve por missão instalar o braço robótico
da Estação Espacial Internacional. Voou 19 vezes.
Adaptado da revista Super Interessante, Julho de 2005
Competências avaliadas:
• Enuncia aplicações do estudo do Universo.
• Conhece modelos de Universo.
• Identifica os principais constituintes do Sistema Solar.
• Interpreta esquemas.
• Reconhece que a investigação espacial comporta benefícios e perigos para a Sociedade.
Fig. 1.1
Os acidentes fatais da aventura espacial testemunham simultaneamente o risco dos astronautas e as dificuldades téc-
nicas encontradas.
Em Outubro de 1960, o rebentamento de um foguetão provocou a morte a 91 pessoas na União Soviética. Em Janeiro
de 1967, três astronautas norte-americanos morreram num incêndio a bordo da nave Apollo 1. No mesmo ano, o cosmo-
nauta soviético Vladimir Komarov morreu devido a uma falha do seu pára-quedas durante a descida na superfície terres-
tre. Na década seguinte, em 1971, mais três cosmonautas soviéticos morreram ao entrar na atmosfera.
Os últimos acidentes ocorreram em 1986, durante o lançamento do vaivém Challenger, e em 2003, com o vaivém
Columbia, que explodiu ao entrar na atmosfera com os seus sete tripulantes a bordo.
6. Ao longo do tempo, os fatos dos astronautas sofreram grandes alterações. Lê atentamente o texto seguinte
sobre a tecnologia aplicada a estes fatos.
Competências avaliadas:
• Identifica modelos da estrutura do Universo.
• Compara os modelos geocêntrico e heliocêntrico.
• Reconhece que a perspectiva sobre a posição da Terra no Universo evoluiu ao longo do tempo.
• Relaciona Ciência e Tecnologia.
• Interpreta figuras e esquemas.
• Reconhece que a investigação espacial comporta benefícios e perigos para a Sociedade.
• Aplica conhecimentos a novas situações.
A B
Fig. 2.1
1.1 Identifica cada um dos modelos.
1.2 Indica o modelo mais antigo.
1.3 Explica as principais diferenças entre os dois modelos do Universo.
1.4 Ao orientar a sua luneta para o céu, Galileu descobriu que a teoria proposta por Copérnico fazia sentido.
1.4.1 Refere o recurso tecnológico que permitiu a Galileu obter dados que apoiaram a teoria de Copérnico
sobre o Universo.
1.4.2 Menciona dois instrumentos utilizados, actualmente, no estudo do Universo.
1.4.3 Indica qual dos modelos da figura (A ou B) foi o proposto por Copérnico.
1.4.4 Copérnico enfrentou muitas dificuldades para publicar a sua teoria. Apresenta uma explicação para
essas dificuldades sentidas por Copérnico.
1.5 «A Ciência tem um carácter dinâmico.»
Comenta a afirmação, apresentando um exemplo que mostre esse dinamismo.
2. No século XV, os conhecimentos que os portugueses possuíam sobre o céu e sobre a posição das estrelas,
possibilitaram aos navegadores iniciarem novas rotas marítimas e alcançarem terras desconhecidas, como a
América.
2.1 Explica por que razão o conhecimento do Universo foi importante para os «Descobrimentos».
2.2 Indica outras aplicações, na vida quotidiana, dos conhecimentos sobre o Universo.
4. A colocação de satélites artificiais em órbita à volta da Terra tem melhorado a vida de todos nós.
4.1 Dá exemplos da utilidade destes satélites artificiais para a nossa vida.
4.2 Apesar da grande utilidade que a investigação espacial tem para a Humanidade, ela também apresenta
alguns perigos. Dá exemplos desses perigos.
5. O conhecimento que temos hoje sobre o Universo é resultado de um longo percurso da investigação.
Ordena os seguintes acontecimentos relacionados com a investigação espacial, do mais antigo para o mais
recente.
A – Viagens em vaivéns.
B – Envio de animais para o Espaço.
C – Observação dos astros através de telescópios rudimentares.
D – Envio do primeiro ser humano à Lua.
E – Envio do primeiro ser humano ao Espaço durante algumas horas.
2. Terra – Um pla- • Interpretar modelos • Resolver problemas. • Interpretar informa- • Desenvolver a capacida- • Visitas de estudo a locais onde se evi-
neta com vida. científicos. ção de diferentes fon- de de trabalhar em grupo. denciem aspectos como a diversidade, a
• Interpretar dados. tes. adaptação dos seres ao seu habitat natural,
2.1 Condições da • Planear investiga-
• Desenvolver o respeito as relações que se estabelecem nos ecos-
PLANIFICAÇÃO
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da Terra que permitem cidade de produção de (Lisboa), o Oceanário (Lisboa), o Jardim
cias.
a existência de vida. textos bem estrutura- Botânico da Universidade de Coimbra,
• Reflectir criticamente o Jardim Botâncio da Madeira (Funchal) e
dos.
2.1.4 Características • Confrontar as expli- sobre o trabalho efectuado. Parques e Reservas Naturais.
da vida. cações científicas com Poderá ser efectuada uma exposição com
– A diversidade. as do senso comum. • Desenvolver a capacida- material e informações recolhidos durante a
– A unidade. de de reformulação do seu visita de estudo. Este material poderá enri-
trabalho. quecer a página da escola na Internet.
2.1.5 Níveis de organi-
zação dos seres vivos.
• Respeitar as normas de • Integrar o projecto SETI (Search for
segurança no laboratório. Extraterrestrial Intelligence).
• Desenvolver o respeito
pelo património natural.
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Conteúdos Competências
Sugestões metodológicas
Programáticos
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Conhecimento Raciocínio Comunicação Atitudes
2.2 A Terra como • Realizar observa- • Relacionar evidên- • Desenvolver o poder • Assumir atitudes de defe- • Realização de trabalhos laboratoriais,
um sistema. ções de campo sobre cias e explicações. de análise e síntese de sa do património natural. propostos no manual, de observação de
diversidade e relações textos escritos e/ou seres em infusões, células vegetais (células
2.2.1 A Terra também entre os seres e entre • Avaliar criticamente ati- de musgo, elódea, cebola, etc.) e células
• Utilizar estratégias orais.
é um sistema. estes e o meio. tudes desenvolvidas pela animais (epitélio lingual, etc.). Os alunos
cognitivas diversifica-
das • Desenvolver a capa- comunidade. poderão realizar pequenos relatórios
• Interpretar dados cidade de síntese. relativos às observações.
• Tomar consciência da
sobre os ecossistemas.
necessidade de respeitar as • Realização de trabalhos de campo,
• Apresentar os re- normas para diminuir situa- como a identificação dos seres vivos e/ou as
• Reconhecer as limi-
Terra no Espaço | Terra – Um planeta com vida
TEXTOS DE AMPLIAÇÃO
Nestas naves existem também gravações do choro de uma criança, música clássica e outros sons característicos do
nosso planeta.
Não é fácil detectar planetas extra-solares, até porque não são visíveis sequer com telescópios. A sua detecção
tem sido sempre indirecta, através da medição das oscilações de uma estrela, para a frente e para trás, causadas
pela gravidade de algo na sua órbita.
Na mente dos cientistas, há um grande objectivo, a longo prazo, nestes estudos: encontrar sistemas solares ver-
dadeiramente semelhantes ao nosso e saber se são raros ou comuns.
Adaptado do jornal Público, 18 de Setembro de 2002
No final da observação:
• Desloca a platina e retira a preparação, colocando-a no local que lhe é destinado. Coloca a objectiva de menor
ampliação em posição de observação.
• Apaga a fonte de iluminação, no caso de o microscópio apresentar luz incorporada. Tapa o microscópio com a
protecção de plástico e coloca-o dentro da caixa.
Um ecossistema subterrâneo
Investigadores israelitas anunciaram ter descoberto um ecossistema com milhões de anos, numa gruta perto da
cidade de Ramle, em Israel.
A descoberta foi feita durante uma perfuração numa pedreira. Os cientistas foram chamados ao local e, segundo
Hanan Dimantman, biólogo na Hebrew University de Jerusalém, foram encontradas oito espécies de crustáceos e
outros invertebrados até hoje desconhecidas.
Segundo este investigador, o ecossistema da gruta data, provavelmente, de há cerca de cinco milhões de anos,
quando o Mar Mediterrâneo cobria parte do território de Israel.
O facto de esta gruta estar protegida da infiltração de água e de nutrientes, leva os cientistas a acreditar que
esteja totalmente isolada do mundo. Por este motivo, os organismos agora encontrados evoluíram de forma indepen-
dente dos restantes seres vivos, possuindo por isso características especiais.
Adaptado de Reuters, 31 de Maio de 2006
Competências avaliadas:
• Conhece técnicas de detecção de vida fora da Terra.
• Identifica as condições existentes na Terra que permitem a existência de vida.
• Conhece os vários níveis de organização dos seres vivos.
• Enumera propriedades da vida.
• Identifica subsistemas terrestres.
1. Desde há muito tempo que se procura vida fora da Terra. Das opções seguintes, selecciona as que são meios
de detecção de vida extraterrestre.
A – Análise de meteoritos que caem na Terra.
B – Observações feitas através de telescópios.
C – Viagens tripuladas por cientistas a planetas fora do Sistema Solar.
D – Envio de sondas a vários planetas e cometas.
E – Informações recebidas de seres inteligentes que vivem fora do Sistema Solar.
2. Observa atentamente o quadro seguinte, que mostra algumas características dos planetas do Sistema Solar.
Distância ao Sol
58 108,2 149,6 227,9 778,3 1427 2870 4497 5900
(em milhões de km)
Diâmetro (em km) 4878 12 104 12 756 6794 142 800 120 000 51 800 49 500 2500
Temperatura média
350 480 15 –23 –123 –180 –210 –220 –230
à superfície (oC)
Água no estado líquido Ausente Ausente Presente Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente
Atmosfera Dióxido de
Dióxido de Azoto; Hidrogénio; Hidrogénio; Hidrogénio; Hidrogénio;
(principais Ausente carbono; ?
carbono Oxigénio Hélio Hélio Hélio Hélio
constituintes) Azoto
Quadro 3.1
2.1 A Terra é um planeta muito especial. Indica duas características da Terra que permitem a existência de vida.
2.2 Apresenta uma explicação para o facto de a atmosfera de Plutão não ser conhecida.
2.3 Existem várias razões para que a Terra tenha características especiais. Dos aspectos seguintes, selecciona
os dois que mais condicionam essas características.
A – Tamanho da Terra.
B – Possuir apenas um satélite natural, a Lua.
C – Vénus ser o planeta mais próximo.
D – A distância ao Sol.
E – A cintura de asteróides se encontrar muito longe.
2.4 A atmosfera terrestre tem um papel importante no desenvolvimento da vida.
2.4.1 Compara a atmosfera da Terra com a dos outros planetas do Sistema Solar.
2.4.2 Indica as principais funções da atmosfera terrestre.
3. Conhecem-se mais de um milhão de espécies, apesar de grande parte serem invisíveis aos nossos olhos por
serem unicelulares.
3.1 Explica o que são seres unicelulares.
3.2 Dá um exemplo de um ser unicelular.
3.3 Apesar da grande diversidade, os seres vivos têm características comuns. Apresenta uma característica que
seja comum a todos os seres e outra em que haja grande diversidade.
4. Estabelece a correspondência entre os níveis de organização da coluna I com as estruturas animais da coluna II.
Coluna I Coluna II
4.1 Ordena, do mais simples para o mais complexo, os níveis de organização dos seres vivos da coluna II.
Competências avaliadas:
• Conhece as técnicas de pesquisa de vida extraterrestre.
• Identifica as condições propícias ao desenvolvimento da vida.
• Reconhece a célula como unidade fundamental da vida.
• Conhece a constituição básica da célula eucariótica.
• Reconhece que os seres vivos se relacionam com o meio.
• Avalia criticamente a intervenção humana nos subsistemas terrestres.
• Aplica os conhecimentos adquiridos em novas situações.
1. Há muito que se procura vida fora da Terra. Ao longo do tempo, as técnicas utilizadas nesta pesquisa foram
aumentando e aperfeiçoando-se.
Indica três técnicas de pesquisa de vida extraterrestre, descrevendo resumidamente cada uma delas.
Texto 1
As regiões do Árctico distinguem-se pela sua baixa temperatura. O terreno permanece gelado, excepto numa reduzida
camada com alguns centímetros de espessura, próxima da superfície, o que impede o crescimento das raízes de maiores
dimensões. A água, quando congelada, não está disponível para as plantas, uma vez que estas não a conseguem absorver.
Por esta razão, a vegetação está reduzida a um pequeno número de plantas que têm a capacidade de germinar, crescer e
dar flor e sementes em menos de 60 dias, de forma a aproveitarem os dias com temperaturas mais elevadas. Também os
animais não são muito abundantes, no entanto é possível encontrar renas, bois almiscarados, lebres e raposas do Árctico.
Texto 2
Nas florestas húmidas, a chuva é abundante e distribuída por todo o ano. A temperatura é favorável ao desenvolvi-
mento da vida e não tem grande variação ao longo do ano. Para além dos mamíferos arborícolas (que vivem nas árvores),
abundam os camaleões, as iguanas, as osgas, as cobras, as rãs, as aves e os insectos. Nestas florestas, as plantas são
muito variadas e em grande número.
Fig. 4.1
4. A Terra é considerada um sistema constituído por quatro subsistemas: litosfera, hidrosfera, atmosfera e biosfera.
Identifica, em cada um dos seguintes exemplos, os subsistemas em interacção.
a) A Terra só tem oceanos porque tem uma temperatura que permite a existência de água no estado líquido,
mas sem oceanos, o clima seria mais rigoroso.
b) O vapor de água libertado durante as erupções vulcânicas mantém-se na atmosfera durante alguns dias,
regressando ao solo, pouco tempo depois, sob a forma de chuva.
c) As plantas ajudam o solo a reter a água e a transferi-la deste para a atmosfera. A quantidade de água que
transita das plantas para a atmosfera, por transpiração, é fundamental para o equilíbrio terrestre.
d) A presença de oxigénio na nossa atmosfera explica-se graças à fotossíntese, processo que seres como as
plantas podem realizar.
5. Explica por que razão a intervenção humana num subsistema da Terra pode afectar todo planeta. Apresenta um
exemplo que mostre este facto.
II Terra em Transformação
©2006
Conhecimento Raciocínio Comunicação Atitudes
1. A Terra conta a • Interpretar mode- • Resolver problemas. • Interpretar infor- • Desenvolver a capa- • Exploração de filmes que abordem a
sua história. los científicos. mação de diferentes cidade de trabalhar em importância dos fósseis para o estudo da his-
fontes. grupo. tória da Terra.
1.1 Os fósseis e a • Interpretar dados.
PLANIFICAÇÃO
sua importância • Compreender leis • Desenvolver o respeito • Saída de campo para observação
para a reconstitui- científicas. • Usar linguagem pelos outros. de fósseis. Recomenda-se o registo fo-
ção da história da • Formular problemas científica. tográfico, que poderá ser exposto, em vez
Terra. e hipóteses. • Manifestar curiosida- da recolha de fósseis.
• Planear e realizar de e criatividade. Exemplos de locais com afloramentos
1.1.1 Definição de investigações. • Distinguir informa- fossilíferos:
fóssil. • Prever resultados. ção essencial de • Desenvolver a perse- – Valongo;
acessória. verança e a seriedade no – Serra do Buçaco;
Terra em Transformação | A Terra conta a sua história
1.2 Grandes etapas • Realizar observa- • Confrontar diferen- • Desenvolver a ca- • Desenvolver o respeito • Visita a museus e participação em per-
na história da Terra. ções de fósseis em tes perspectivas de pacidade de produ- pelos valores naturais. cursos organizados, como por exemplo:
saídas de campo. interpretação cientí- ção de textos escritos – Parque Paleozóico de Valongo;
1.2.1 Pré-Câmbrico. fica. bem estruturados. • Valorizar o meio natural – Museu Mineralógico e Geológico da Uni-
e os impactos de origem versidade de Coimbra;
1.2.2 Era Paleozóica. • Confrontar as ex- humana. – Museu da Lourinhã;
plicações científicas • Utilizar estratégias • Utilizar novas tec- – Pistas de dinossauros da Pedreira do Gali-
1.2.3 Era Mesozóica. com as do senso co- cognitivas diversifica- nologias de informa- • Assumir atitudes de de- nha (Fátima);
mum. das. ção e comunicação. fesa do património geoló- – Museu Nacional de História Natural (Lis-
1.2.4 Era Cenozóica. gico. boa);
– Museu Geológico do Instituto Geológico e
• Reconhecer as li- • Utilizar diferentes • Desenvolver o sentido Mineiro (Lisboa).
mitações da Ciência formas de comunica- estético.
e da Tecnologia na ção, oral e escrita. • Realização de um trabalho em grupo.
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resolução de proble- • Tomar consciência da Sugerem-se temas como: «Por que se extin-
mas. necessidade de respeitar guiram os dinossauros?»; «Como era a Terra
• Usar fontes biblio- as normas para diminuir no tempo dos dinossauros?»; «Que idade
gráficas de forma au- situações de risco. tem a Terra?»; «O que são os fósseis?»,
tónoma. entre outros.
• Valorizar o registo sis-
temático de dados duran- • Realização de trabalhos práticos pro-
te os trabalhos de campo. postos no manual, como, por exemplo, simu-
lação da formação de fósseis e de estratos.
• Evitar que as activida-
des de campo afectem o • Exploração dos textos de ampliação
ambiente em estudo. «Lendas e mitos relacionados com fósseis»,
«Como se sabe a idade da Terra, das rochas
ou dos fósseis?» e «Por que mudou o clima?».
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Terra em Transformação | A Terra conta a sua história
TEXTOS DE AMPLIAÇÃO
defendesse que teriam caído do céu numa noite de lua cheia, outros julgavam serem línguas de serpente petrificadas.
Santa Hilda (614–680) que viveu no Norte de Inglaterra, foi incumbida de fundar um mosteiro, mas o local esco-
lhido estava invadido por serpentes. Diz a lenda que, com a ajuda das suas orações e de um chicote, Santa Hilda fez
com que as serpentes se lançassem pelas escarpas, se transformassem em pedras e perdessem as cabeças.
De facto, estas serpentes de pedra sem cabeça, não são mais que amonites, muito abundantes nas escarpas pró-
ximas do local onde se pretendia instalar o mosteiro.
Na época vitoriana, para perpetuar a lenda e tornar mais vendáveis as supostas serpentes de pedra, houve quem
se dedicasse a esculpir cabeças de serpente nos fósseis.
Por outro lado, medindo o nível de desintegração de um tipo de urânio, foi possível saber a idade das rochas tra-
zidas da Lua pelos astronautas. Estas rochas mostraram ter cerca de 4600 milhões de anos de idade – tal como os
meteoritos que atingem a Terra, provenientes de outros pontos do Sistema Solar. Por esta razão, os cientistas acredi-
tam que todo o Sistema Solar, incluindo a Terra e a Lua, se terá formado há cerca de 4600 milhões de anos.
Causas astronómicas
As hipóteses que apontam para causas deste tipo fazem referência à variação da trajectória da Terra em volta do
Sol: o planeta aproxima-se ou afasta-se dele segundo um ciclo que é alterado de 100 000 em 100 000 anos. Por outro
lado, a inclinação do eixo da Terra pode ter-se modificado, o que terá provocado variações na quantidade de energia
solar recebida. Também se verificam alterações na actividade do Sol: o número de manchas solares, que correspondem
a zonas da superfície solar menos quentes, vai variando, atingindo uma quantidade máxima de 11 em 11 anos, período
em que a radiação solar emitida é menor. A energia solar recebida ou retida também depende da composição atmosfé-
rica: o aumento de dióxido de carbono aumenta o efeito de estufa, provocando altas temperaturas. As poeiras das
erupções vulcânicas provocam o efeito contrário, pois não deixam que as radiações solares cheguem à superfície.
Causas geológicas
Do ponto de vista geológico, o nosso planeta é dinâmico. A deslocação dos continentes, devida à deriva das pla-
cas litosféricas, modifica a sua latitude e consequentemente o seu clima, consoante se aproximam ou se afastam do
equador. Por outro lado, a nova distribuição dos continentes influencia as correntes marítimas, o que provoca também
algumas modificações na circulação atmosférica e, por consequência, importantes variações climáticas.
Outras causas
Existem outros fenómenos que pretendem explicar as acentuadas alterações no clima da Terra, como, por exem-
plo, a barreira constituída pelo aparecimento de uma nova cadeia de montanhas ou a mudança de polaridade do
campo magnético terrestre, que nos últimos 3 600 000 anos registou nove inversões.
Competências avaliadas:
• Conhece os vários tipos de fósseis.
• Reconhece a importância dos fósseis.
• Relaciona características dos organismos e do meio com as probabilidades de fossilizar.
• Aplica princípios científicos.
• Enuncia princípios geológicos.
• Identifica as principais etapas da evolução da vida na Terra.
• Interpreta esquemas.
3. As duas formações rochosas da figura 5.1 contêm muitos fósseis e estão muito distanciadas uma da outra.
Formação A Formação B
Fig. 5.1
5. Observa atentamente a figura 5.2 que mostra como evoluiram vários grupos de seres.
Fig. 5.2
Competências avaliadas:
• Conhece as etapas da fossilização.
• Identifica, em casos concretos, as informações fornecidas pelos fósseis.
• Aplica princípios científicos.
• Interpreta esquemas.
• Reconhece a importância do registo fóssil para a compreensão da história da Terra.
Fig. 6.1
2. Os fósseis podem dar-nos diferentes informações sobre o passado. Relaciona o tipo de informações da coluna I
com as situações da coluna II.
Coluna I Coluna II
A. Evolução dos seres vivos. I. Através dos excrementos fósseis podemos conhe-
cer o tipo de alimentação dos animais que os pro-
B. Características do ser. duziram.
II. O Archaeopteryx é um fóssil que apresenta carac-
C. Climas do passado. terísticas dos répteis e das aves.
III. Numa rocha foram encontrados fósseis com 200 M.a.
D. Ambientes do passado. IV. Numa rocha foram encontrados fósseis de um ser
com barbatanas.
E. Idade das rochas. V. Numa rocha foram encontrados fósseis de seres
que hoje vivem em clima muito frios.
3. Observa atentamente os esquemas da figura 6.2, que dizem respeito a duas formações rochosas muito fossilíferas.
Formação A Formação B
Fig. 6.2
3.1 Faz a datação relativa dos estratos da formação A.
3.2 Descobriu-se que os fósseis do estrato 2 da formação A têm 100 M.a.
3.2.1 Refere a idade absoluta do estrato 2 da formação A.
3.2.2 Indica um estrato da formação B que tenha 100 M.a. Justifica a tua resposta.
4. Observa atentamente o esquema da figura 6.3, que representa a evolução de alguns grupos de seres.
Fig. 6.3
4.1 Numa determinada rocha foram encontrados fósseis de trilobites. Conclui sobre a idade dessa rocha.
4.2 O final de cada Era Geológica é marcado por acontecimentos catastróficos, como as extinções em massa.
4.2.1 Dá um exemplo de um grupo de animais que tenha sofrido uma redução drástica no final de uma Era
Geológica.
4.3 Indica dois fósseis que não possam coexistir no mesmo estrato. Justifica a tua resposta.
©2006
Programáticos
Conhecimento Raciocínio Comunicação Atitudes
2. Dinâmica in- • Executar tarefas • Resolver problemas. • Interpretar infor- • Desenvolver a capaci- • Visita a locais de interesse: seria
terna da Terra. em grupo. mação de diferentes dade de trabalhar em gru- oportuna uma saída de campo a locais nas
fontes. po. proximidades da escola, onde se possam
PLANIFICAÇÃO
2.1.5 Movimento das • Interpretar imagens. • Confrontar diferen- • Desenvolver o respeito • Exploração das transparências 4 –
placas tectónicas. tes perspectivas de pelo património natural. Argumentos morfológicos e geológicos;
interpretação científica. Argumentos paleontológicos e paleocli-
2.1.6 Tipos de placas. • Reconhecer as li- máticos; 5 – Posição dos continentes no
mitações da Ciência • Desenvolver a capaci- passado; Morfologia dos fundos oceâni-
2.1.7 Tipos de limites
e da Tecnologia na • Utilizar estratégias dade de evitar que as cos; 6 – Principais placas tectónicas;
de placas:
resolução de proble- cognitivas diversifica- actividades de campo Limites convergentes entre placas tectóni-
– limites divergentes;
mas. das. afectem o ambiente em cas; 7 – Tipos de dobras; Tipos de falhas.
– limites convergen-
estudo.
tes;
– limites transforman-
Algumas destas transparências poderão
tes.
• Reconhecer o carácter ser utilizadas em momentos diferentes.
provisório dos conheci-
2.1.8 Contributos da
mentos científicos.
Ciência e Tecnologia
©2006
para o estudo da tec-
tónica de placas.
2.2 Ocorrência de
dobras e de falhas
2.2.1 Formação de
dobras.
2.2.2 Formação de
falhas.
31
Terra no Espaço | Dinâmica interna da Terra
TEXTOS DE AMPLIAÇÃO
No início do século XX foram descobertas escoadas de lava que pareciam estar magnetizadas no sentido oposto
das restantes: os seus minerais magnéticos apontavam para Sul, em vez de apontarem para Norte. A confirmação
desta descoberta noutros locais, levou à hipótese do campo magnético terrestre ter rodado ou invertido a sua polari-
dade, ou seja, os pólos Norte e Sul (magnéticos) terem invertido as suas posições ao longo do tempo.
As rochas que cristalizaram em épocas em que o campo terrestre tinha a mesma orientação de hoje, dizem-se
normalmente magnetizadas; as que cristalizaram quando o campo magnético estava orientado no sentido oposto,
dizem-se inversamente magnetizadas. Ao longo da história da Terra, o campo magnético sofreu muitas inversões,
com intervalos de tempo variáveis. Por vezes, a polaridade permanece constante durante quase um milhão de anos,
enquanto que outras inversões ocorrem no intervalo de apenas umas escassas dezenas de milhares de anos.
As inversões magnéticas devem estar relacionadas com o facto de o núcleo externo da Terra ser fluido e constituído
essencialmente por ferro. Alterações dos movimentos deste fluido podem justificar as inversões do campo magnético.
Os fundos oceânicos são essencialmente constituídos por basalto, uma rocha vulcânica rica em minerais de ferro
e magnésio. Os primeiros trabalhos para a determinação das propriedades magnéticas das rochas dos fundos oceâni-
cos mostraram que os fundos oceânicos possuíam bandas alternadas de rochas normal e inversamente magnetiza-
das, organizadas simetricamente relativamente ao rifte. Inicialmente, isto pareceu tão surpreendente que se assumiu
que os instrumentos ou as medições estavam errados.
As bandas magnéticas podem ser explicadas pela expansão dos fundos oceânicos, como resultado da separação
das placas litosféricas a partir dos riftes.
Nos riftes, o magma ascende e solidifica, formando novas rochas basálticas, que se magnetizam na direcção
do campo magnético prevalecente na altura. Se as placas continuarem a afastar-se, formam-se novas rochas que
também magnetizam.
Se a polaridade do campo magnético da Terra inverter, as rochas formadas após a inversão polarizam-se com
sentido oposto àquelas que se formaram antes da inversão.
Os fundos oceânicos constituem uma sequência contínua de basaltos formados ao longo de dezenas ou centenas
de milhões de anos, período de tempo em que ocorreram diversas inversões de polaridade.
A Pangea de Wegener, fragmentou-se há pouco mais de 200 M.a., efectivamente muito tempo à escala humana,
mas apenas uma pequena fracção de tempo comparativamente com os 4600 M.a. de história da Terra. O que terá
acontecido antes da Pangea se fragmentar?
Parece evidente que os continentes têm mudado de posição desde há pelo menos 2000 M.a., embora não neces-
sariamente à mesma velocidade nem exactamente com os resultados actuais.
• Há aproximadamente 2000 M.a. existiriam apenas microcontinentes e pequenos cordões insulares dispersos
por toda a superfície da Terra. A movimentação das placas tectónicas reuniu estas ilhas e microcontinentes num
grande continente – Pangea I.
• Posteriormente, o manto sob este remoto continente terá começado a aquecer, talvez porque a massa de cros-
ta continental impedisse que o calor interno da Terra se dissipasse. Este aquecimento terá originado «plumas» térmi-
cas ascendentes que possibilitaram a sua fragmentação (outra hipótese aponta como possíveis responsáveis por esta
fragmentação as perturbações provocadas por mega-impactos meteoríticos).
Seja como for, a Pangea I ter-se-á fragmentado há cerca de 1300 M.a. e os blocos continentais daí resultantes
terão migrado através da superfície terrestre até se reunirem de novo, formando outro supercontinente – Pangea II
– há aproximadamente 1000 M.a.
• Também este supercontinente se terá fragmentado. Os fragmentos, após nova migração pela superfície da
Terra, ter-se-ão novamente aglomerado há cerca de 300 M.a. para formar Pangea III, o supercontinente idealiza-
do por Wegener. Este continente, por sua vez, iniciou a sua fragmentação, ao longo de riftes, há mais ou menos
200 M.a.
Como podemos constatar, a tectónica de placas desempenha, desde há muito tempo, um importante papel na
modelação da superfície terrestre, que continuará, decerto, a manter.
Competências avaliadas:
• Identifica argumentos a favor da teoria da deriva continental.
• Enuncia fragilidades da teoria da deriva continental.
• Identifica elementos da morfologia dos fundos oceânicos.
• Relaciona elementos da morfologia dos fundos oceânicos com a tectónica de placas.
• Relaciona a tectónica de placas com a ocorrência de fenómenos geológicos.
• Interpreta esquemas relativos às teorias da deriva continental e da tectónica de placas.
• Conhece tipos de dobras.
• Relaciona tipos de deformações com as forças que as provocam.
1. Observa com atenção a figura 7.1 que evidencia factos utilizados por Wegener para defender a existência da
Pangea.
1.1 Os dados da figura referem-se a argumentos:
a) paleontológicos.
b) paleoclimáticos.
c) morfológicos.
d) geológicos.
(Selecciona a opção correcta.)
1.2 Refere por que motivo as ideias de Wegener foram rejeitadas
pelos cientistas do seu tempo. Fig. 7.1
Fig. 7.2
2.5 Os conhecimentos relativos à morfologia aos fundos oceânicos foram obtidos essencialmente:
A – com a ajuda de mergulhadores.
B – com a ajuda de telescópios.
C – com a ajuda do radar.
D – com a ajuda do sonar.
(Selecciona a opção correcta.)
3. Observa com atenção a figura 7.3 que representa uma deformação das rochas.
Competências avaliadas:
• Identifica argumentos que apoiam a teoria da deriva continental.
• Explica os argumentos que apoiam a teoria da deriva continental.
• Explica a teoria da deriva continental.
• Conhece a morfologia dos fundos oceânicos.
• Relaciona a morfologia dos fundos oceânicos com a teoria da tectónica de placas.
• Interpreta esquemas relativos às teorias da deriva continental e da tectónica de placas.
• Conhece tipos de dobras.
• Conhece tipos de falhas.
• Relaciona tipos de deformações com as forças que as provocam.
CHAVE:
A – Teoria da deriva continental.
B – Teoria da tectónica de placas.
C – Nenhuma das teorias anteriores.
AFIRMAÇÕES:
I. Os continentes deslizaram sobre a superfície da Terra até às posições actuais.
II. O movimento de rotação da Terra está na origem do movimento dos continentes.
III. Os continentes fazem parte de placas litosféricas.
IV. Nos riftes, as placas litosféricas formam-se e afastam-se.
V. Os continentes sempre estiveram nas posições que ocupam hoje.
VI. As correntes de convecção da astenosfera provocam os movimentos das placas litosféricas.
VII. Os vestígios de glaciares em regiões que actualmente têm clima quente, mostram que no passado a água
congelava a temperaturas mais elevadas.
Fig. 8.2
Fig. 8.4
©2006
Conhecimento Raciocínio Comunicação Atitudes
3. Consequências • Interpretar leis • Resolver problemas. • Usar linguagem • Desenvolver a capa- • Exploração de filmes sobre a temática
da dinâmica in- científicas. científica. cidade de trabalhar em do vulcanismo.
terna da Terra. • Interpretar dados. grupo.
• Planear investiga- • Distinguir informa- • Análise de relatos históricos de
PLANIFICAÇÃO
3.1 Actividade vul- ções. • Interpretar infor- ção essencial de • Desenvolver o respeito grandes erupções e de notícias de jor-
cânica: riscos e mação de diferentes acessória. pelos outros. nal sobre erupções recentes.
benefícios para as • Realizar investiga- fontes.
populações. ções. • Desenvolver a • Manifestar ou desen- • Construção e interpretação de mo-
• Formular problemas capacidade de expor volver a curiosidade e a delos de formação de caldeiras e de vul-
3.1.1 Definição de
• Realizar pesquisas e hipóteses. ideias. criatividade. cões, como sugerido no manual.
vulcão.
bibliográficas e nou-
3.1.2 Tipos de mate- tras fontes de infor- • Prever resultados. • Desenvolver a capa- • Desenvolver a perse- • Realização de um trabalho em
riais expelidos pelos mação. cidade de argumentar. verança e a seriedade no grupo. Sugere-se que os alunos produ-
vulcões. • Avaliar resultados. trabalho. zam um cartaz com a caracterização de
3.1.4 Formas de vul- • Avaliar resultados comparações. estruturados. ção poderá incluir, por exemplo:
canismo secundário. obtidos em experiên- • Desenvolver a capaci- – a localização geográfica do vulcão;
cias. • Realizar inferências, • Desenvolver a capa- dade de reformulação do – a referência às erupções mais impor-
3.1.5 Benefícios para
generalizações e cidade de síntese. seu trabalho. tantes;
as populações da
actividade vulcânica. • Confrontar as deduções. – a imagem do vulcão.
explicações científi- • Utilizar novas tecno- • Assumir atitudes de
3.1.6 Riscos da acti- cas com as do senso • Relacionar evidên- logias de informação e flexibilidade face a novas • Visita a locais de interesse vulcânico,
vidade vulcânica. comum. cias e explicações. comunicação. ideias. como, por exemplo:
– o Complexo Vulcânico de Lisboa –
3.1.7 Distribuição
geográfica do vulca-
• Analisar imagens e • Confrontar diferen- • Aceitar que muitos pro- Mafra, nomeadamente o Penedo do Lexim
nismo activo. notícias relativas a tes perspectivas de blemas podem ser abor- (onde podem ser observadas rochas
erupções vulcânicas interpretação científi- dados e explicados a basálticas com disjunção prismática);
e sismos. ca. partir de diferentes pon- – Algar do Carvão (ilha Terceira – Açores).
tos de vista.
Conteúdos Competências
Sugestões Metodológicas
Programáticos Conhecimento Raciocínio Comunicação Atitudes
3.2 Actividade sísmi- • Interpretar dados • Utilizar estratégias • Apresentar os resul- • Desenvolver o sentido – Furnas do Enxofre, entre outras, e Gru-
ca: riscos e protec- sobre fenómenos vul- cognitivas diversifica- tados da pesquisa uti- estético. tas dos Balcões (ilha Terceira – Açores).
ção das populações. cânicos e sísmicos. das. lizando meios diver- – Gruta do Carvão; Caldeira das Sete
• Desenvolver novos có-
sos, incluindo as Cidades; Lagoa do Fogo (ilha de S. Miguel
3.2.1 Definição de • Reconhecer as limi-
digos de conduta.
novas tecnologias de – Açores)
sismo. tações da Ciência e da informação e comuni- • Valorizar normas pro- – Vale das Furnas; Central Geotérmica
3.2.2 Origem dos sis-
Tecnologia na resolu- cação. venientes de serviços ofi- (ilha de S. Miguel – Açores).
mos tectónicos. ção de problemas. ciais (relativas a atitudes – Vulcão dos Capelinhos; Caldeira do
• Usar fontes biblio- a tomar em caso da ocor- Faial; Museu dos Capelinhos (ilha do
3.2.3 Registo sísmico. gráficas de forma rência de um sismo de Faial – Açores); Furna do Enxofre (ilha da
autónoma. grande magnitude). Graciosa – Açores)
3.2.4 Avaliação dos
– Pico Ana Ferreira (ilha de Porto Santo),
sismos. • Tomar consciência da
– escala de Mercalli onde se podem observar rochas basálti-
necessidade de respeitar
modificada; cas com disjunção prismática.
as normas legais para
©2006
– escala de Richter.
diminuir situações de risco. • Exploração dos textos «Vinhas do
3.2.5 Consequências Pico – Património da Humanidade», «Como
• Desenvolver atitudes
dos sismos. funcionam os géiseres?» e «Energia geo-
responsáveis.
térmica – o exemplo açoriano».
3.2.6 Onde ocorrem • Avaliar criticamente
os sismos: • Exploração da transparência 8
atitudes desenvolvidas
– no mundo; – Aparelho vulcânico; Distribuição geo-
pela comunidade.
– em Portugal. gráfica dos vulcões activos.
• Avaliar o impacto da
3.2.7 Previsão dos • Exploração de filmes sobre a temática
Ciência na Sociedade.
sismos. dos sismos.
• Valorizar o conheci-
3.2.8 Prevenção e • Os conteúdos do subcapítulo «Activida-
mento da história da
mitigação dos efeitos de sísmica» poderão ser leccionados
Ciência para compreender
dos sismos. dando resposta às questões colocadas
as perspectivas actuais.
pelos alunos depois da leitura de relatos
• Reconhecer o carácter históricos ou notícias recentes de gran-
provisório dos conheci- des terramotos (documentos 1 a 5).
39
40
Conteúdos Competências
Sugestões Metodológicas
Programáticos
©2006
Conhecimento Raciocínio Comunicação Atitudes
• Exploração da transparência 9
– Localização do epicentro e do hipocentro
de um sismo; Distribuição geográfica dos
sismos.
Terra em Transformação | Consequências da dinâmica interna da Terra
TEXTOS DE AMPLIAÇÃO
Documento 1
Amanhecia e a maioria dos habitantes de Kobe ainda dormia. Alguns preparavam-se para apanhar os transportes
públicos. Foi então que ocorreu o maior sismo dos últimos 50 anos no centro do Japão: 7,2 na escala de Richter. Até
ao anoitecer, os balanços não paravam de ser actualizados: 2700 mortos ou desaparecidos, prédios desfeitos, auto-
-estradas revolvidas pelas entranhas da Terra...
O epicentro do sismo localizou-se a 30 quilómetros da costa e a pouca profundidade, o que explica os estragos.
As réplicas multiplicaram-se a seguir ao choque inicial. Na cidade de Kobe, 1,4 milhões de habitantes ficaram sem
água, electricidade, telefone, comunicações informáticas, etc.
O Japão é uma das áreas de alto risco sísmico do planeta. Situa-se no ponto de união de duas placas litosféricas
principais: a placa do mar das Filipinas que está lentamente a forçar a sua entrada por debaixo da placa Euro-Asiática.
Adaptado de jornal Público, 18 de Janeiro de 1995
Documento 2
No dia 1 de Novembro de 1755, o fundo do oceano Atlântico estremeceu com invulgar violência a 200 km do
Cabo de S. Vicente, no Algarve. As ondas sísmicas geradas pelo terramoto alcançaram pouco depois Lisboa, reduzin-
do a cidade a escombros. Os lisboetas que procuraram refúgio perto do rio foram engolidos por um grande tsunami
com ondas de quase 15 m de altura, que se abateu também sobre o Norte de África e costas europeias.
Adaptado de revista Superinteressante, Junho de 2005
Documento 3
Pelas 11h46 da manhã do dia 16 de Agosto de 2005, um forte tremor de terra foi sentido na região norte do
Japão. O sismo teve o epicentro no oceano Pacífico, a cerca de 50 km da costa e teve uma magnitude de 7,2 na esca-
la de Richter. O abalo deixou um rasto de destruição, registaram-se cerca de 60 feridos, muitas pessoas desalojadas
e cerca de 17 000 casas sem electricidade. Em Tóquio, a cerca de 300 km da região mais afectada, os edifícios mais
altos abanaram, e foram cancelados os comboios de alta velocidade, o metro e os voos.
As autoridades lançaram um alerta de tsunami, que não chegou a verificar-se. No dia seguinte, foram sentidas
pela população quatro réplicas, embora tenham sido registadas muitas mais.
No Japão, os sismos são vulgares uma vez que se situa no limite de várias placas tectónicas.
Documento 4
Um ano e meio depois do último abalo (29 de Julho de 2003), Lisboa voltou ontem a tremer. Eram exactamente
14h16 quando um sismo de magnitude 5,4 na escala aberta de Richter, com epicentro a 117 km a sudoeste do Cabo
de São Vicente, no Algarve, atingiu Lisboa e vários outros pontos do país, de Norte a Sul.
Apesar de não se terem verificado danos humanos ou materiais, o abalo registou, na capital, uma intensidade de
IV/V na escala de Mercalli modificada – que tem doze graus. O abalo foi sentido em vários outros pontos do país, no
entanto, a intensidade, não foi igual em todos os locais.
Adaptado de jornal Diário de Notícias, 14 de Dezembro de 2004
Documento 5
Ainda se comemorava a entrada no Ano Novo quando, às 16h42 do dia 1 de Janeiro de 1980, a terra tremeu nos
Açores. Um violento sismo de sete graus na escala de Richter abalou o arquipélago, provocando a morte a 71 pes-
soas e deixando mais de 400 feridos.
Com epicentro a 35 km de Angra do Heroísmo, o sismo provocou a destruição generalizada dos edifícios na capi-
tal da ilha Terceira. Mais de 60% do parque habitacional da ilha ficou destruído. O mesmo aconteceu nas ilhas de S.
Jorge, onde morreram 20 pessoas e na Graciosa, embora nesta não se tenham registado vítimas mortais. Ao todo
ficaram 15 mil pessoas desalojadas. Estima-se que o custo total da recuperação só da cidade de Angra tenha chega-
do aos 280 milhões de euros. Devido à sua localização, os Açores têm uma longa história de sismos, alguns dos quais
muito devastadores.
Adaptado de jornal Correio da Manhã, 14 de Dezembro de 2004
Tsunamis
Os sismos cujos epicentros se encontram no fundo do mar podem dar origem a tsunamis ou maremotos. Para que
isso aconteça, o sismo tem de ser bastante forte, o movimento das placas tem de ser vertical e o hipocentro tem de
se localizar perto da superfície, já que a fractura que é provocada tem de entrar em contacto com a água. Estes fenó-
menos estão normalmente associados a sismos que ocorrem em limites de placas convergentes. A onda é tanto
maior quanto mais perto da superfície se encontrar o hipocentro. Os sismos de fraca intensidade podem provocar
pequenas ondas, não detectadas pelas pessoas.
A velocidade das ondas pode atingir os 900 km/h, embora essa velocidade diminua à medida que a onda se apro-
xima da costa. Em alto mar, um tsunami não se distingue de uma onda normal, mas perto das costas pode atingir
algumas dezenas de metros de altura.
Além dos sismos, as explosões vulcânicas também podem provocar tsunamis. Em 1883, após a erupção do vul-
cão Krakatoa, na Indonésia, formaram-se ondas de 40 metros de altura que mataram mais de 36 mil pessoas. A ocor-
rência de tsunamis pode ainda ser provocada pelo impacto de meteoritos.
Embora não seja ainda possível prever quando ocorrerão os tsunamis, é possível detectá-los antes de chegarem
à costa. Vinte e três países que rodeiam o Pacífico, sobretudo o Japão e os EUA, cooperam num sistema de detecção
e aviso de tsunamis que inclui sensores que registam alterações da pressão da água e satélites que recebem essa
informação e a comunicam às estações terrestres, que são, por sua vez, responsáveis por avisar as populações.
O primeiro indício de um tsunami é o recuo anormal do mar, é frequente as águas ficarem agitadas e borbulha-
rem. Quando a onda gigante se aproxima ouve-se normalmente um barulho estranho vindo do mar, que as pessoas
descrevem como um silvo que faz lembrar um animal selvagem.
Competências avaliadas:
• Identifica constituintes de um aparelho vulcânico.
• Conhece tipos de actividade vulcânica.
• Conhece materiais expelidos pelos vulcões.
• Conhece elementos característicos dos sismos.
• Compreende as cartas de isossistas.
• Conhece as escalas de Mercalli modificada e de Richter.
• Conhece os procedimentos correctos a ter antes, durante e após um sismo.
1. Observa os esquemas da figura 9.1 que representam diversos tipos de erupções vulcânicas.
A B
Fig. 9.1
O sismo teve origem nas falhas existentes na crosta terrestre. A Terra está dividida em placas tectónicas, que se vão
movendo e de tempos a tempos libertam a energia que acumularam nas falhas existentes entre si, originando um sismo.
5. Existem duas escalas de avaliação dos sismos: a escala de Mercalli modificada e a de Richter. As afirmações
seguintes dizem respeito a estas duas escalas. Classifica-as como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A – A escala de Mercalli modificada é uma escala de intensidade sísmica e tem doze graus.
B – A escala de Richter tem nove graus.
C – A escala de Mercalli modificada avalia os estragos provocados pelo sismo.
D – A escala de Richter avalia a quantidade de energia libertada no hipocentro do sismo.
E – Cada sismo tem várias intensidades na escala de Mercalli modificada, dependendo da distância ao epicentro.
Competências avaliadas:
• Relaciona constituintes de um aparelho vulcânico com a respectiva função.
• Distingue tipos de actividade vulcânica.
• Relaciona produtos emitidos durante uma erupção com o tipo de actividade vulcânica.
• Identifica benefícios para as populações decorrentes da actividade vulcânica.
• Conhece a distribuição do vulcanismo activo no mundo.
• Conhece as origens dos sismos.
• Explica a formação dos sismos tectónicos.
• Compreende o significado das isossistas.
• Distingue magnitude de intensidade.
• Conhece os procedimentos correctos a ter durante e após um sismo.
A intensidade das explosões foi aumentando, havendo emissões de jactos de blocos e de cinzas que excediam os 1000
metros. […] A 16 de Dezembro, a actividade parecia ter cessado. Nesta altura, começou uma curta fase efusiva: surgiram
sete repuxos de lava incandescente que subiam até 10 ou 15 metros de altura. Esta fase efusiva durou até 19 de Dezembro,
quando recomeçaram as explosões com jactos de cinza e muitos blocos.
2.2 «O tipo de actividade vulcânica mantém-se constante durante a mesma erupção». Comenta esta afirmação,
atendendo aos factos descritos no texto.
3. Na ilha de S. Miguel, nos Açores, foi construída uma central geotérmica. Explica os motivos que terão levado à
decisão de construir esta central.
5. O esquema da figura 10.2 representa um conjunto de fenómenos que levam à origem de um sismo.
Fig. 10.2
4. Estrutura inter- • Interpretar mode- • Interpretar dados. • Interpretar infor- • Desenvolver a capa- • Produção de modelos – Sugere-se
na da Terra. los científicos. mação de diferentes cidade de trabalhar em que os alunos, reutilizando diferentes
• Formular problemas fontes. grupo. materiais, reproduzam os modelos quími-
4.1 Contributos da • Compreender mo- e hipóteses. co e físico da estrutura interna da Terra.
PLANIFICAÇÃO
©2006
• Analisar e debater generalizações e de- mentar. sobre o trabalho efectuado.
relatos de descober- duções.
4.2 Modelos da tas científicas. • Desenvolver a • Assumir atitudes de
estrutura interna • Relacionar evidên- capacidade de produ- flexibilidade face a novas
da Terra: • Confrontar as expli- cias e explicações. ção de textos escritos ideias.
• modelo químico; cações científicas com bem estruturados.
• modelo físico. as do senso comum. • Confrontar diferen- • Aceitar que muitos pro-
tes perspectivas de • Utilizar diferentes blemas podem ser abor-
• Analisar e interpre- interpretação cien- formas de comunica- dados e explicados a
tar imagens relativas tífica. ção, oral e escrita. partir de diferentes pon-
aos modelos propos- tos de vista.
tos para a estrutura • Utilizar estratégias
• Desenvolver o sentido
interna da Terra. cognitivas diversifica-
estético.
das.
• Interpretar dados • Adoptar atitudes a
sobre o interior da favor da reciclagem de
49
Terra em Transformação | Estrutura interna da Terra
TEXTO DE AMPLIAÇÃO
Ninguém desceu a mais do que 4000 metros no interior da Terra. Somente a imaginação do escritor Júlio Verne
foi capaz de enviar um excêntrico professor e o seu sobrinho até ao centro da Terra. Esta obra foi escrita em 1864 e é
um clássico dos primórdios da ficção científica.
Nesta história, o Dr. Otto Lidenbrock, professor alemão de Geologia, encontrou um misterioso pergaminho num
velho livro. Depois de decifrar uma enigmática mensagem escrita por um sábio islandês do século XVI, em estranhos
caracteres, convocou Axel, seu sobrinho, para a mais extraordinária e fantástica viagem – a viagem ao centro da
Terra.
Apesar de, na época, se pensar que a temperatura no centro da Terra pudesse atingir os 200 mil graus Celsius e
das dúvidas sobre o estado físico dos materiais aí existentes, o professor Lidenbrock não hesitou em avançar. Segundo
a mensagem, o caminho para o centro da Terra iniciava-se no Sneffels, um vulcão extinto da Islândia. Assim, nos últi-
mos dias do mês de Julho, o professor Lidenbrock, o seu sobrinho Axel e Hans, um guia islandês, iniciaram a viagem.
A descida pelo vulcão foi feita cautelosamente com ajuda de cordas. Durante a caminhada, observaram diferen-
tes tipos de rochas e de fósseis de várias épocas. Nos túneis estava gravada a história da Terra, que percorriam
passo a passo. Ao contrário do que esperavam, a temperatura não aumentava significativamente, o que era uma boa
notícia. A má notícia era que não encontravam nascentes subterrâneas onde se abastecessem de água, que começa-
va a escassear. A falta de água quase pôs em perigo a continuação da aventura. Mas, as dificuldades aumentaram
quando se enganaram no caminho e, sem água, quase morreram de sede. Foi então que Hans fez uma descoberta
milagrosa – um rio subterrâneo, cuja água lhes salvou a vida e permitiu continuar a caminhada.
Depois de muitos dias de caminho chegaram a uma gigantesca abóbada. A Terra era uma enorme esfera oca, ilu-
minada por uma estranha luz, cuja origem era desconhecida. À sua frente vislumbraram uma floresta de cogumelos
altos como árvores. Havia ainda fetos e outras plantas, todas com enormes dimensões. Percorriam esta estranha flo-
resta quando se aperceberam que, espalhados pelo chão, havia enormes ossos de animais pré-históricos. Foi então
que fizeram a descoberta mais espantosa – um mar povoado de algas, estranhos peixes e monstros marinhos. A pai-
sagem era fantástica, avistavam ilhas, florestas, géiseres, nascentes termais e regatos.
Decidiram atravessar o mar numa jangada, mas uma violenta tempestade fê-los naufragar. Exaustos e sem comi-
da, seguiram as indicações codificadas deixadas pelo sábio islandês e, depois de um mês de viagem, chegaram à
superfície, saindo pelo Stromboli, vulcão activo na Itália, onde preferiram passar por náufragos, a arriscarem-se a
serem vistos como demónios cuspidos das profundezas.
Esta é a fantástica viagem ao centro da Terra imaginada por Júlio Verne, na sua obra de ficção «Viagem ao Cen-
tro da Terra».
Júlio Verne nasceu a 8 de fevereiro de 1828, em Nantes, França. A proximidade do porto e das docas foi, prova-
velmente, o grande estímulo para o desenvolvimento da imaginação do autor sobre a vida marítima e sobre as via-
gens a terras distantes. Considerado, na actualidade, o precursor do género de ficção científica, é incontestável que
Júlio Verne se antecipou ao seu tempo nas predições sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os
submarinos, as máquinas voadoras, os aviões e helicópteros, as alunagens e as naves espaciais, que descreveu nos
seus livros.
Competências avaliadas:
• Conhece métodos de estudo da Terra.
• Identifica informações fornecidas por diferentes métodos de estudo do interior da Terra.
• Distingue métodos directos de indirectos.
• Conhece modelos de estrutura interna da Terra.
• Distingue o modelo físico do modelo químico.
1. Nas figuras A, B, e C (Fig. 11.1) encontram-se representados alguns métodos utilizados no estudo do interior da
Terra.
A B C
Fig. 11.1
1.1 Identifica cada um dos métodos representados nas figuras A, B e C (Fig. 11.1), respectivamente.
1.2 Classifica como directo ou indirecto cada um dos métodos representados nas figuras A, B e C (Fig. 11.1).
1.3 Distingue os métodos directos dos métodos indirectos.
1.4 Refere que tipo de informações podem ser recolhidas através de cada um dos métodos representados.
1.5 Refere outras formas de estudar, directa ou indirectamente, a estrutura interna da Terra.
2. Na Terra é frequente a queda de meteoritos. O estudo desses meteoritos dá-nos algumas informações sobre o
nosso planeta.
Selecciona as informações sobre a Terra que se podem obter a partir do estudo dos meteoritos.
A – a idade da Terra.
B – a temperatura do núcleo terrestre.
C – a constituição química do interior da Terra.
D – a temperatura dos oceanos.
E – a idade das montanhas terrestres.
F – o diâmetro da Terra.
A S T E N O S F E R A
A T C F V B R J L O R
M B D H G F M Z Q X E
C S Z T U I A L P H F
R Q A R Q E N R I N S
O H F V G S T E T V O
S N Ú C L E O S B S D
T A B J H Z P L X Z N
A T Q C N X L N A E E
Z M E S O S F E R A T
X S F J M L P Ú L P M
C A R E F S O T I L A
3.2 Entre os termos que encontraste na «sopa de letras», indica aqueles que são exclusivos do modelo físico da
estrutura interna da Terra.
4. Estabelece a correspondência entre os termos da coluna I e as afirmações que constam na coluna II.
Coluna I Coluna II
Competências avaliadas:
• Reconhece as limitações da Ciência na resolução de problemas.
• Identifica informações fornecidas por diferentes métodos de estudo do interior da Terra.
• Conhece métodos de estudo da estrutura interna da Terra.
• Conhece modelos da estrutura interna da Terra.
• Caracteriza as regiões do interior da Terra.
• Compara os modelos da estrutura interna da Terra.
O conhecimento das camadas que compõem o interior da Terra é menor do que aquele que temos do Espaço e são
raras as amostras de materiais que os cientistas conseguiram obter desses estratos. Até agora, o máximo que se conse-
guiu «escavar» no mar foi pouco mais do que dois quilómetros. Em terra firme, a missão russa Kola Well conseguiu perfu-
rar até aproximadamente aos 12 km, mas contribuiu pouco para o avanço da Ciência porque este furo de sondagem
ficou-se pela crosta, sem conseguir chegar ao manto.
O Japão está a preparar uma expedição que irá sondar as rochas situadas sob o oceano. Um navio japonês, equipado
com tecnologias normalmente utilizadas nas plataformas petrolíferas em alto mar, tem um ensaio agendado ao largo da
cidade de Nagoya, a Sul de Tóquio. O local não foi escolhido por acaso, já que se trata de um dos pontos de maior risco
para um terramoto num futuro próximo.
Durante a sondagem, o mecanismo de perfuração vai ter de suportar temperaturas de 200 oC e uma forte pressão. Os
custos acompanham estas dificuldades: 418 milhões de euros para a construção do navio e do equipamento e 73 milhões
de euros por ano para o manter em funcionamento.
A dificuldade da missão equivale a outras aventuras humanas: Kiyotaka Yamamoto, o coordenador do projecto, com-
parou esta missão científica com as viagens que levaram o ser humano à Lua.
Adaptado de jornal Expresso, 11 de Fevereiro de 2006
A B
Fig. 12.1
5. Dinâmica exter- • Interpretar mode- • Interpretar dados. • Interpretar infor- • Desenvolver a capaci- • O tema pode ser iniciado com a solici-
na da Terra. los científicos. mação de diferentes dade de trabalhar em tação aos alunos de uma lista de utiliza-
• Formular problemas fontes. grupo. ções de material rochoso, por exemplo,
5.1 Rochas, teste- • Realizar investiga- e hipóteses. numa rua, na escola, em casa.
PLANIFICAÇÃO
©2006
• Executar experiên- generalizações e dedu- do Barroso, do Larouco e do Gerês; serra
cias em equipa. ções. • Desenvolver a capa- • Desenvolver a perseve- da Estrela (onde se podem observar vales
cidade de argumentar. rança e a seriedade no glaciares com blocos erráticos e moreias);
• Avaliar resultados trabalho. Monsanto, Castelo Branco, Idanha-a-
obtidos em experiên- • Desenvolver a ca- -Nova, Nisa, Portalegre, Marvão; serra de
cias. pacidade de produção • Questionar os resulta- Sintra.
de textos escritos dos obtidos. – Basaltos: Açores, Madeira e regiões de
e/ou orais bem estru- Lisboa, Amadora, Queluz, Almargem, Via-
turados. • Respeitar os resultados longa.
obtidos. – Rochas sedimentares: costa Algarvia e
• Desenvolver o po- a maior parte da costa ocidental; praias;
der de análise e sínte- • Reflectir criticamente serras de Aire e Candeeiros, Sicó e Mon-
se de textos escritos. sobre o trabalho efectuado. tejunto.
– Rochas metamórficas: Sousel, Estre-
• Desenvolver a capa- • Desenvolver a capaci- moz, Borba, Vila Viçosa, regiões do Douro
cidade de síntese. dade de aceitação do erro e do Baixo Alentejo.
55
56
Conteúdos Competências
Sugestões Metodológicas
Programáticos
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Conhecimento Raciocínio Comunicação Atitudes
5.2 Rochas magmá- • Analisar e discutir • Relacionar evidên- • Utilizar novas tecno- • Desenvolver a capa- • Visita a locais de interesse como
ticas, sedimentares evidências e situa- cias e explicações. logias de informação cidade de trabalhar em salinas, pedreiras, indústrias de cerâmi-
e metamórficas; ções-problema. e comunicação. grupo. ca, vidro, cimentos, entre outras.
ciclo das rochas. • Utilizar estratégias
• Confrontar as expli- cognitivas diversifica- • Apresentar os resul- • Desenvolver o respeito • Realização de um percurso no
5.2.1 Definição de ro- cações científicas com das. tados da pesquisa uti- pelos outros. campo, onde se possam integrar várias
cha. as do senso comum. lizando meios diversos, temáticas do programa (exemplo de um per-
5.2.2 Estudo das ro-
incluindo as novas tec- • Manifestar curiosida- curso neste Caderno de apoio ao professor).
chas. • Realizar observa- nologias de informa- de e criatividade.
ções de campo de ção e comunicação. • Aulas práticas de identificação de
5.2.3 Tipos de rochas: diferentes tipos de • Desenvolver a perse- minerais e rochas.
• rochas magmáticas rochas e paisagens • Utilizar diferentes verança e a seriedade no
Terra em Transformação | Dinâmica externa da Terra
ou ígneas;
geológicas. formas de comunica- trabalho. • Realização de trabalhos de grupo de
• minerais das rochas
magmáticas; ção oral e escrita. pesquisa bibliográfica sobre, por exemplo,
©2006
SISTEMA TERRA – CIÊNCIAS NATURAIS – 7. o ANO
Terra em Transformação | Dinâmica externa da Terra
57
Terra em Transformação | Dinâmica externa da Terra
TEXTO DE AMPLIAÇÃO
Constitui um recurso geológico toda a substância de natureza geológica (sólida, líquida ou gasosa) ou ainda o
calor geotérmico que, em função da sua forma e quantidade na crosta terrestre, seja de extracção economicamente
viável de modo a permitir a obtenção de bens úteis e comercializáveis.
Ao contrário de outros recursos terrestres, como os recursos biológicos ou hídricos que se podem considerar
renováveis, os recursos geológicos formaram-se ao longo da complexa história geológica da Terra, graças a condi-
ções e processos específicos que, apesar de ainda decorrerem, dificilmente poderão vir a ser capazes de substituir os
actuais depósitos minerais, atendendo à extrema lentidão com que a sua renovação se processa – na maior parte dos
casos, na ordem de vários milhões de anos.
Assim, devemos encarar os recursos minerais como recursos não renováveis e, portanto, limitados.
A questão que se coloca é a seguinte: poderemos continuar a encontrar, na Terra, depósitos minerais para substi-
tuir aqueles que vamos esgotando, de modo a que se mantenham, pelo menos, os níveis de prosperidade entretanto
alcançados?
Competências avaliadas:
• Distingue diferentes tipos de rochas.
• Identifica aspectos típicos de diferentes tipos de paisagem geológica.
• Relaciona as características das rochas com as condições da sua formação.
• Conhece as principais etapas da formação das rochas sedimentares.
• Conhece exemplos de utilizações das rochas.
1. Os esquemas da figura 13.1 representam etapas desordenadas da alteração e erosão numa região.
1.1 Ordena, cronologicamente, os esquemas da figura 13.1. A
1.2 As formas de relevo evidenciadas no esquema C são:
a) marmitas de gigante.
b) caos de blocos.
c) chaminés de fada.
d) estalactites.
(Selecciona a opção correcta.)
1.3 O processo evidenciado na figura 13.1 deve-se, principal-
mente:
a) ao gelo dos glaciares. B
b) às temperaturas elevadas.
c) aos seres vivos.
d) à escorrência das águas das chuvas.
(Selecciona a opção correcta.)
1.4 Refere qual das rochas (1 ou 2) é mais resistente à acção
dos agentes de alteração e erosão.
1.5 A paisagem representada no esquema em C é típica de
uma região:
a) vulcânica. C
b) granítica.
c) metamórfica.
d) sedimentar.
(Selecciona a opção correcta.)
Fig. 13.1
2. Observa atentamente a figura 13.2, onde se representam alguns processos geológicos que estão na origem de
rochas.
Fig. 13.2
2.1 Os números 1, 2 e 3 da figura 13.2 podem corresponder, respectivamente, aos processos de:
a) erosão, diagénese e sedimentação.
b) sedimentação, diagénese, erosão.
c) erosão, transporte e sedimentação.
d) sedimentação, transporte, erosão.
(Selecciona a opção correcta.)
2.3 Refere o conjunto de processos através do qual os sedimentos acumulados no fundo do mar se podem
transformar numa rocha sedimentar.
Competências avaliadas:
• Conhece a distribuição das principais formações geológicas em Portugal.
• Distingue diferentes tipos de rochas.
• Identifica aspectos típicos de paisagens geológicas.
• Relaciona características das rochas com as condições da sua formação.
• Refere exemplos de utilizações das rochas.
2. Observa a figura 14.2, onde estão representados processos geológicos que levam à formação de rochas.
2.1 Faz a legenda da figura 14.2.
2.2 Classifica, quanto ao tipo, a rocha A e a rocha
B. Justifica a tua resposta.
2.3 A rocha A não apresenta minerais visíveis
enquanto que a rocha B possui minerais bem
desenvolvidos.
Apresenta uma explicação para este facto.
2.4 As rochas A e B poderão ser, respectivamente:
a) granito e basalto.
b) basalto e granito.
c) mármore e calcário.
d) xisto e gabro.
(Selecciona a opção correcta.)
2.5 Considera a rocha C. Fig. 14.2
3. As rochas têm inúmeras aplicações na indústria. Faz corresponder as rochas da coluna I às utilizações da coluna II.
Coluna I Coluna II
A. Argila
B. Areia I. Indústria do vidro.
F. Sal-gema
Permite:
• Posicionar a Terra, o Sol e os restantes astros segundo cada um dos
modelos.
• Comparar os dois modelos, salientando as diferenças e semelhanças.
• Perceber o carácter dinâmico da Ciência.
• Posicionar a Terra, o Sol e os restantes astros do Sistema Solar.
• Posicionar o Sistema Solar na Via Láctea.
• Comparar o modelo actual da posição da Terra com os modelos
geocêntrico e heliocêntrico.
• Perceber o carácter dinâmico da Ciência.
Permite:
• Recordar os constituintes do microscópio óptico composto.
• Recordar os cuidados a ter com o microscópio óptico composto.
• Recordar o funcionamento do microscópio óptico composto.
• Comparar as células eucarióticas com as células procarióticas.
• Recordar a constituição básica da célula animal.
• Recordar a constituição básica da célula vegetal.
• Identificar as principais diferenças entre as células animais
e vegetais.
• Reconhecer a diversidade e a unidade nos seres vivos.
Permite:
• Identificar os vários níveis de organização dos seres vivos.
• Estabelecer relações entre os vários níveis de organização dos seres
vivos.
• Perceber que a célula é a unidade funcional e estrutural de todos os
seres vivos.
• Reconhecer a diversidade e a unidade nos seres vivos.
• Perceber o princípio de sobreposição de estratos.
• Fazer a datação relativa dos estratos.
• Perceber o princípio da identidade paleontológica.
• Reconstituir a história geológica do local.
Permite:
• Constatar que os continentes possuem formas complementares.
• Perceber os argumentos morfológicos de Wegener.
• Constatar a continuidade de formações rochosas em vários continentes.
• Perceber os argumentos geológicos de Wegener.
• Constatar que existe uma continuidade do registo fóssil em conti-
nentes hoje muito afastados e separados por oceanos.
• Perceber os argumentos paleontológicos de Wegener.
• Identificar as regiões onde existem vestígios de glaciares.
• Reconhecer que os continentes se encontravam numa posição
diferente da que ocupam actualmente.
• Compreender os argumentos paleoclimáticos de Wegener.
Permite:
• Visualizar a posição ocupada pelos continentes no passado.
• Perceber a continuidade das formações geológicas, dos registos fós-
seis e dos vestígios glaciares.
• Localizar as diferentes formas de relevo dos fundos oceânicos.
• Localizar a crosta continental e oceânica, a litosfera e a astenosfera.
• Perceber o mecanismo das correntes de convecção.
• Perceber o mecanismo de formação, movimento e destruição das
placas litosféricas.
• Relacionar a idade da placa litosférica com a sua distância ao
rifte.
• Relacionar os limites divergentes com os riftes.
• Relacionar os limites convergentes com as zonas de subducção.
Permite:
• Localizar as principais placas litosféricas.
• Identificar as placas litosféricas oceânicas e continentais.
• Identificar os vários tipos de limites de placas litosféricas e os seus
respectivos movimentos.
• Relacionar os limites convergentes com as zonas de subducção.
• Perceber os mecanismos de convergência entre diferentes tipos
de placas.
Permite:
• Identificar os elementos de uma dobra.
• Distinguir sinclinais de anticlinais.
• Distinguir os diferentes tipos de falhas.
• Relacionar cada tipo de falha com o tipo de força que lhe deu origem.
Permite:
• Identificar os constituintes de um aparelho vulcânico.
• Posicionar a câmara magmática num aparelho vulcânico.
• Perceber a formação do cone vulcânico.
• Compreender a formação de chaminés e crateras secundárias.
• Comparar aspectos da actividade efusiva e da actividade explosiva.
• Localizar no mundo as principais regiões de vulcanismo activo.
• Relacionar a localização do vulcanismo activo com o limite das
placas litosféricas.
Permite:
• Localizar o epicentro e o hipocentro de um sismo.
• Reconhecer que a libertação de energia se faz sob a forma de ondas
que se propagam em todas as direcções.
• Localizar no mundo as principais regiões sísmicas.
• Relacionar a localização dos sismos com o limite das placas litosfé-
ricas.
Permite:
• Localizar as diferentes zonas da Terra em cada um dos modelos.
• Identificar as principais diferenças entre os modelos físico e químico
da estrutura interna da Terra.
• Relacionar os diferentes tipos de rochas com as respectivas condi-
ções de formação.
• Perceber como as rochas se podem transformar umas nas outras.
Permite:
• Reconhecer que cada uma das figuras constitui um ecossistema.
• Identificar os diferentes constituintes de cada ecossistema.
• Identificar relações em cada ecossistema.
• Perceber a interdependência entre os seres vivos e o meio.
• Relacionar a riqueza de um ecossistema com as condições
ambientais.
Permite:
• Identificar os diferentes subsistemas terrestres.
• Identificar, em cada caso, relações entre os diferentes subsistemas.
• Perceber a influência que cada subsistema exerce nos outros.
• Compreender como a alteração de um subsistema pode influenciar
toda a Terra.
Permite:
• Perceber a sequência de acontecimentos envolvidos no processo geral
de fossilização.
• Reconhecer factores que dificultam a formação dos fósseis, bem
como a sua descoberta.
• Reconhecer que esta sequência de acontecimentos é comum a dife-
rentes tipos de fossilização.
Permite:
• Familiarizar-se com a denominação das Eras e dos Períodos em que se
divide a história da Terra.
• Identificar os principais marcos da história da vida na Terra.
• Reconhecer que ao longo evolução da vida foi aumentando a com-
plexidade dos organismos.
• Constatar que o final das Eras é marcado por acontecimentos
excepcionais, como as extinções em massa.
Permite:
• Compreender a leitura deste tipo de gráficos.
• Compreender a evolução de cada um dos grupos de seres vivos.
• Identificar grupos de animais que se extinguiram no passado.
• Identificar grupos de animais que sofreram redução ou aumento do
número de espécies.
• Identificar grupos de animais que podem fornecer melhores fósseis
de idade.
Permite:
• Distinguir os diferentes tipos de forças tectónicas.
• Relacionar as forças tectónicas com a formação de falhas.
• Relacionar o tipo de força tectónica com o tipo de falha que origina.
Permite:
• Compreender a formação de uma caldeira vulcânica de colapso.
• Perceber a origem de lagoas no interior das caldeiras vulcânicas.
• Relacionar a existência de caldeiras vulcânicas nos Açores com
a actividade vulcânica deste arquipélago.
Permite:
• Compreender como se originam os sismos tectónicos.
• Relacionar os sismos tectónicos com as forças tectónicas e com
as falhas.
Permite:
• Localizar as placas Norte-Americana, Euro-Asiática e Africana e res-
pectivos limites.
• Localizar os Açores relativamente aos limites das placas tectónicas.
• Justificar a denominação de «ponto triplo» à região onde se situa o
arquipélago dos Açores.
• Relacionar a localização dos Açores com a sua susceptibilidade sís-
mica e vulcânica.
• Relacionar a actividade sísmica em Portugal Continental com a
sua localização no contexto das placas tectónicas.
• Reconhecer que o país é atravessado por um número elevado de
falhas activas.
• Relacionar as falhas activas com a actividade sísmica em Portugal Continental.
Permite:
• Reconhecer a grande diversidade litológica de Portugal.
• Identificar as regiões onde abundam as rochas estudadas.
• Identificar o tipo de rocha que predomina na região onde se localiza
a escola.
• Prever o tipo de paisagem que se pode encontrar em diferentes
regiões do país.
• Relacionar o tipo de rocha predominante com o tipo de actividade
humana tradicional ou a paisagem edificada, por exemplo.
É disponibilizado com o manual Sistema Terra um filme didáctico – Fenómenos naturais: Terramotos, Vulcões
e Outros Movimentos Terrestres. Este filme aborda a dinâmica interna da Terra e as suas consequências à superfí-
cie, com recurso a uma linguagem simples e clara e a esquemas bastante elucidativos, possibilitando, assim, a fácil
compreensão da temática.
Sugere-se a exploração deste filme no final do capítulo 3 (Consequências da dinâmica interna da Terra) do tema II
(Terra em Transformação) como reforço das aprendizagens adquiridas. Após o visionamento do filme, os alunos pode-
rão responder às questões que a seguir se sugerem e que poderão ser o ponto de partida para a discussão do filme.
Lapiás – Sulcos mais ou menos profundos e largos, dependendo do estado evolutivo da erosão. No fundo destes sul-
cos existe habitualmente um depósito de argila vermelha (terra rossa), que é depositada à medida que há dissolução da
rocha pela água.
Dolina – Pequena depressão mais ou menos circular, de dimensões compreendidas entre a dezena e a centena de
metros de diâmetro. Os bordos das dolinas são muitas vezes formados por paredes abruptas. Estas depressões têm o fundo
plano e preenchido por terra rossa.
Uvala – Depressão que resulta da coalescência de duas ou mais dolinas próximas.
Algar – Poço natural, por vezes muito profundo, que estabelece ligação entre a superfície e a rede de grutas que exis-
tem no interior do maciço.
Gruta – Caverna no interior do maciço calcário, onde se podem observar estalactites suspensas do tecto e estalagmi-
tes que crescem a partir do solo.
Neste tipo de relevo é ainda possível observar os poljes.
Os poljes são extensas planícies cársicas fechadas e rebaixadas relativamente à topografia envolvente. Estas depres-
sões têm um fundo plano com uma extensão que pode atingir alguns quilómetros e são limitadas por paredes abruptas.
Polje
Percurso
Paragem 3 – Centro de interpretação subterrânea do Algar do Pena, com possibilidade de realizar uma
visita guiada.
Este algar dá acesso à maior sala subterrânea conhecida em Portugal, onde se podem observar aspectos típicos
de uma paisagem calcária subterrânea.
Paragem 4 – Polje de Mira-Minde, onde é possível observar um polje, depressão fechada de grandes dimen-
sões, uma das formas mais interessantes da morfologia cársica.
Em anos de pluviosidade normal, este polje encontra-se inundado três a quatro meses, formando um grande lago.
Paragem 5 – Jazida paleontológica da Pedreira do Galinha, onde se pode observar o mais antigo trilho de
pegadas de Sauropóde, um dinossauro herbívoro.
Estas pegadas foram impressas há cerca de 175 M.a. em lama calcária que existia num meio aquático pouco pro-
fundo, que se transformou posteriormente em calcário.
Durante o percurso é ainda possível observar pedreiras onde se explora calcário, o que permite abordar temáti-
cas como a utilização das rochas pelas populações e os problemas ambientais levantados por este tipo de actividade.
Podem ser observados diversos campos de lapiás com terra rossa e outras formas cársicas. É ainda possível avistar
centrais de aproveitamento da energia eólica.
Contactos: Parque Nacional das serras de Aire e Candeeiros; Posto de turismo e ecoteca de Porto de Mós.
Percurso
Paragem 1 – Farol da Guia ou Boca do Inferno, onde se pode observar, nos calcários, um campo de lapiás
preenchido por terra rossa, sedimento resultante da dissolução dos calcários.
A erosão cársica é observável entre o Farol de Santa Marta e as proximidades do Cabo Raso. A Boca do Inferno,
o acidente mais espectacular, corresponde a uma enorme caverna, talhada pela dissolução da rocha pelas águas da
chuva e pela erosão das ondas, cujo tecto abateu.
Esta região, juntamente com o cabo Carvoeiro (Peniche), são os únicos casos de lapiás litorais do nosso país.
Paragem 3 – Peninha ou outro ponto alto na região da Malveira da Serra para uma observação panorâmi-
ca das rochas que constituem o Maciço Magmático de Sintra e que formam uma paisagem de «caos de blocos», típi-
ca de regiões graníticas.
A laminação que se observa no interior da duna permite conhecer o sentido predominante dos ventos.
Paragem 6 – Lomba dos Pianos (entre as praias de Magoito e de Samarra) para observar disjunção prismática.
Este afloramento de rocha magmática basáltica tem cerca de três quilómetros de extensão e formou-se há cerca
de 72 M.a., durante a actividade vulcânica de Lisboa. O nome Lomba dos Pianos é devido à disjunção prismática, típico
deste tipo de rocha, que aqui é evidente.